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18 de dezembro de 2014

Não viva no Piloto Automático, descubra o Mindfulness


Não viva no Piloto Automático, descubra o Mindfulness


          Algumas pessoas vivem no piloto automático, essa expressão “piloto automático” descreve um estado da mente na qual a pessoa age sem uma intenção consciente ou sem a consciência da percepção sensorial do momento presente. Essa capacidade para operarmos no piloto automático é altamente desenvolvida na espécie humana. Confere-nos uma vantagem evolucionária considerável originando no entanto uma vulnerabilidade para o sofrimento emocional. 


Os seres humanos tem a capacidade limitada de prestar atenção consciente aos acontecimentos, e portanto essa capacidade só nos permite abordar quantidades limitadas de informação num determinado momento. Isto pode dar a impressão de que a nossa limitada capacidade para prestar atenção poderia restringir-nos o desenvolvimento, no entanto a nossa capacidade para entrarmos em piloto automático permite-nos ultrapassar facilmente esta aparente limitação. O fato de não necessitarmos de envolver a atenção consciente em tarefas familiares permite-nos simultaneamente desempenhar um amplo conjunto de tarefas complexas. Essa capacidade que possuímos de desempenhar tarefas físicas como conduzir, caminhar ou escrever, enquanto uma parte do nosso processamento está em piloto automático, é uma importante competência adaptativa.


É certo que alguns dos efeitos prejudiciais do piloto automático surgem quando este tipo de processamento visa a nossa experiência emocional. Por exemplo, só neste mês de dezembro de 2014 aconteceram 2 casos de esquecimento de crianças dentro dos carros e isso levou a morte de duas crianças, um caso foi no estado de Minas Gerais e o outro aconteceu em São Paulo. Estes dois fatos foram semelhantes, os pais sairam de casa para trabalhar levandos os filhos pequenos para deixa-los na escola, mas, eles foram direto para o trabalho, esquecendo as crianças no carro o dia todo. Porém, no final do dia, quando cada um dos pais foi até a escola para buscar a criança, perceberam o que tinha ocorrido.


Outro ponto importante está associado à nossa capacidade para aprender tarefas complexas, temos a elevada competência para a resolução de problemas. Podemos refletir, analisar, deslocar os processos de pensamento para o passado ou para o futuro, aprender com as experiências passadas e converter este conhecimento numa vantagem futura, e podemos verificar as discrepâncias entre os resultados desejados e aquilo que efectivamente temos. Estas competências do “modo de fazer” cognitivo (baseado no pensamento) são alicerces fundamentais para lidar com os inúmeros desafios que encontramos na nossa vida.


Da mesma forma que as nossas competências para as atividades praticas se tornam parte do reportório automático, também este estilo de pensamento se torna automatizado. Muito para além da nossa consciência, a nossa mente pensante está frequentemente envolvida em julgar, monitorizar, e a tentar resolver os mais variados aspectos da nossa experiência interna e externa.


O importante é que neste seculo 21 o ser humano precisa estar atento ao termo Mindfulness’ - atenção plena, mente alerta ou ainda consciência plena (ing. mindfulness) ele designa um estado mental que se caracteriza pela autorregulação da atenção para a experiência presente, numa atitude aberta, de curiosidade, ampla e tolerante, dirigida a todos os fenômenos que se manifestam na mente consciente - ou seja todo tipo de pensamentos, fantasias, recordações, sensações e emoções percebidas no campo de atenção são percebidas e aceitas como elas são.

 

O que é o Mindfulness?

O Mindfulness é uma tradução para inglês da palavra Sati.  Sati é definido como “a capacidade de se lembrar”, e a ideia é de estarmos conscientes do que se passa no nosso corpo, na nossa mente, nos nossos pensamentos e nas nossas emoções. Ou seja, de nos lembrarmos de prestar atenção, a ter consciência de nós próprios.

Quando praticamos Mindfulness estamos a prestar atenção de propósito, no momento presente (aqui, agora) e sem julgamentos. E fazemos isso, direcionando esta consciência para um determinado “local” (para algo físico e também uma emoção/sentimento).

Muitas vezes parece que a nossa mente tem vida própria e não assumimos a liderança sobre ela. Não temos nenhuma intenção ou nenhum propósito para a nossa mente e os nossos pensamentos. Em mindfulness, o propósito (e intenção) é chave. Temos a intenção e o propósito de experienciarmos por inteiro, sendo ela a nossa respiração, certa emoção, uma ação específica ou uma parte do nosso corpo.


 O modo de ser que é cultivado pelo Mindfulness é completamente oposto ao estado de piloto automático, nomeadamente:

  - Em vez da mente ser apanhada pelo que lhe surja, existe uma intenção consciente de direcionar a atenção para um objeto escolhido.

  - Em vez da atenção estar fundamentalmente envolvida em conceitos (pensamentos organizadores de classes de eventos) está envolvida na experiência sensorial direta num determinado momento.

  - Em vez de analisar e fazer julgamentos acerca da experiência, a atitude de Mindfulness está aberta e aceita a experiência de cada momento.


Fundamentalmente, o treino em Mindfulness não envolve o tentar descartar dos padrões problemáticos de funcionamento da mente – isto apenas serviria para os fortalecer. Torna-se claro, agora, que tentar desfazer estes padrões de funcionamento é algo que faz parte do modo de fazer. O que o Mindfulness propõe é um modo de ser e de estar presente na intenção de aprender formas de estar completamente presente na experiência de cada momento ao mesmo tempo que aprendemos a nos relacionarmos com essa experiência.

 

Algumas vantagens da prática de Mindfulness

 

 • estar em melhor contato consigo próprio, outras pessoas e a vida à volta.

 • com confiança experienciar emoções, pensamentos e sensações que causam mal estar.

 • poder estar aqui e agora.

 • sentir mais entusiasmo e energia perante a vida.

 • lidar melhor com stress.

 • lidar melhor com dor.

 • entender que pensamentos e emoções vão e vêm, e são o que são.

 • conseguir ver todas as coisas boas que já existem na vida, grandes e pequenas.

 • desenvolver a auto-aceitação, e consequentemente também a aceitação dos outros.

 

O treinamento e aprendizado do Mindfulness geralmente se dá através de técnicas de meditação e de outros exercícios afins, permitindo ao indivíduo uma maior tomada de consciência de seus processos mentais e de suas ações. A atenção plena, originalmente um conceito da meditação budista, desempenha um papel importante em várias formas recentes de psicoterapia, como a terapia comportamental dialética, o programa de redução do estresse baseado em mindfulness e a terapia de aceitação e compromisso.

 

Fonte e Sítios Consultados

http://www.lifetraining.com


http://pt.wikipedia.org

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