De nada adianta a Inovação
sem um Novo Modelo de Negócios
Quem defende essa ideia é Alexander Osterwalder, coautor do best seller mundial "Business Model Generation", segundo
ele montar um plano de negócios para novas ideias "é a melhor forma de perder tempo",
isso porque, segundo Osterwalder, de
nada adianta uma empresa criar produtos e serviços se ela não souber como
montar novos modelos de negócio.
Na visão dele, esse foi o erro da Kodak, afinal essa companhia chegou a
ter 140.000 funcionários e depois "desapareceu". "A Kodak
criou a primeira câmera digital. Eles sabiam inovar, mas saíram do mercado
porque não conseguiram montar um modelo de negócios para o século XXI",
disse na HSM Expomanagement, na quarta-feira dia (05/11/2014), em São
Paulo.
Segundo Osterwalder, é preciso ir além da
inovação em tecnologia, ou seja, precisa dedicar parte dos recursos para
projeto e desenvolvimento (P&D) à criação de novas
fórmulas de se administrar é essencial. Na hora de transformar uma ideia fresca
em uma nova empresa ou atividade, montar um plano de negócios "é a melhor
forma de perder tempo", nas palavras do especialista. Esse tipo de
planejamento, de acordo com ele, funciona bem na execução de projetos que já
foram experimentados, mas "maximiza o risco de fracasso" para
propostas novas.
E Como
fazer
"Colocar
uma inovação em prática não é um processo linear. É caótico. É preciso avançar,
ver o que não deu certo, voltar algumas casas e caminhar de novo", disse Osterwalder.
De acordo com ele, a ferramenta Canvas,
criada por ele, possibilita a visualização, teste e reinvenção de novos modelos
de negócio, sem gastar muito dinheiro. Basicamente, a Canvas indica como gerar
valor para a nova empresa ou serviço que será criada.
Isso é
feito por meio de uma série de questionamentos como:
- Quem serão os nossos consumidores?
- Para quem criaremos valor?
- Quem nos ajudará a atingir esse público?
- Qual tipo de relacionamento vamos estabelecer com
eles?
- Como vamos ganhar dinheiro com isso?
- O que precisamos para esse modelo?
- O que vamos fazer para atingir esse objetivo?
- Com quais parceiros vamos trabalhar?
Além de responder a essas perguntas, é preciso
pensar no que os clientes querem realizar e no que eles esperam dessa
organização.
Depois de tudo isso, o próximo passo, segundo Osterwalder, é criar protótipos simples
e baratos, que se possa jogar fora. Em seguida, é necessário testar esses
exemplares.
"A maioria
das empresas não dá certo porque constroem coisas que ninguém quer. Foi o que
aconteceu com a FLO TV [serviço de televisão móvel da Qualcomm], que foi
fechada em 2011, apenas um ano após seu lançamento. Eles perderam 1,6 bilhões
de dólares porque não testaram antes", disse.
As ideias já consolidadas podem ser testadas, de
acordo com o pensador, de uma forma bem simples. Ele propõe sugerir a ideia
para 40 potenciais clientes e ver se eles aprovam ou não. Depois, pode-se
oferecer a eles um link com informações completares sobre a ideia. Segundo Osterwalder, o número de pessoas que
clicarem no link é o percentual real daquelas que realmente se interessariam
por aquela proposta.
"E quando
você tiver a prova de que tudo isso funcionou, aí sim faz um modelo de
negócios", explicou. "O
grande desafio, em empresas já estabelecidas, é montar esse tipo de sistema
operacional e ao mesmo tempo executar o que traz o seu lucro no presente", completou Osterwalder.
Fonte
e Sítios Consultados
http://exame.abril.com.br
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