As
Indústrias de base já foram os pilares da economia
Indústrias de base
As indústrias de base passaram
por um período difícil de reestruturações e enxugamento dos processos de
manufatura. Ainda assim, a crise econômica mundial e a intensa competição
global dos países emergentes, em que predominam baixos custos e alto nível de
capacitação, apresentam enormes desafios tanto na gestão do nível de custos
como nos quesitos inovação e diferenciação. Por fim, as empresas precisam agora
rever toda a sua cadeia de valor e identificar novas oportunidades de negócios.
Gestão de receitas
O primeiro desafio na gestão da receita é
desenvolver uma estratégia clara de negócios e produtos que possa alavancar
capacidades existentes e garantir a competitividade. O segundo é construir uma
plataforma de inovação capaz de colocar no mercado novos produtos geradores de
receita e de possibilitar a diferenciação, em contraste com um modelo puramente
baseado em custos. O ultimo desafio é criar uma estratégia eficaz de mercado,
incluindo a gestão ativa do valor entregue aos clientes.
Gestão de custos
Os custos
são – e continuarão a ser – um ponto de atenção para qualquer empresa
do setor industrial, que deve ser abordado pela alta gestão. Alavancar
capacitações globais é um imperativo não só para ampliar a base de receitas,
mas também para manter custos competitivos. Nos países emergentes, além de
fabricar a um custo baixo, as indústrias usam cada vez mais habilidades
avançadas de manufatura e engenharia. É preciso aperfeiçoar os processos
de fabricação e o uso da mão de obra. Outra forma de gerenciar custos é criar
um novo modelo de insumos construído em cooperação com os principais
fornecedores, em contraste com o método tradicional de fazer e refazer cotações
baseadas somente em preço.
Gestão da cadeia de valor
Atentar-se somente ao básico pode levar as empresas
a ignorar chances de melhoria em termos de estratégia e rentabilidade que se
apresentam em outras áreas da cadeia de valor, incluindo componentes,
assistência técnica e novos pacotes de serviços, tais como seguros, e até mesmo
nas vendas.
As
Indústrias de base já foram os pilares da economia
Para os que não sabem, o papel da indústria de base
é extrair da natureza as matérias-primas e transformá-las em bens essenciais.
A nossa história conta, que quando os
portugueses desembarcaram no Brasil, há mais de 500 anos, eles procuravam,
sobretudo, ouro. E encontraram, além desse metal, muitas outras preciosidades,
como diamantes, turmalinas paraíba e outras pedras, que enriqueceram mineiros e
governo por bastante tempo. Hoje, não só das pepitas gira nossa indústria
de extração mineral.
Mineração
O Brasil ainda é um dos grandes
produtores de minério de ferro do mundo. Só a empresa Vale, que é uma das
maiores no mercado global, produziu 85 toneladas nos quatro últimos meses do
ano. Nossas reservas de nióbio que é
um metal raro, fundamental para a indústria de alta tecnologia, somam mais de
95% de toda a produção mundial.
Apesar disso, as
empresas dessa indústria passam por dificuldades para atrair a atenção de
investidores. Para a diretora de impostos do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, “o cenário atual, de indefinições jurídicas no setor, assusta os
investidores estrangeiros”. Segundo essa diretora, há também uma escassez de
mão de obra qualificada para a indústria, que pode ser agravar nos próximos
anos, já que, estima-se, sejam criados 150.000 postos de trabalho no setor até
2015.
Para contornar esse
tipo de problema, empresas como Vale, Sama (mineradora de amianto), Anglo American (de níquel) e Samarco
(de minério de ferro) investem em treinamentos internos. Os profissionais mais requisitados
em campo são engenheiros civis e de minas e geólogos, que estudam os minérios e
trabalham como apoio às operações de extração. Para o escritório, a maior
dificuldade é encontrar profissionais de vendas familiarizados com o negócio.
Siderurgia
Não só de
extrativismo vive a indústria de base. Há também as siderúrgicas, por exemplo,
que são dedicadas ao tratamento de aços e ferros fundidos. O Brasil é um dos
dez maiores produtores de aço do mundo, com 29 usinas, administradas por 11
grupos empresariais. Entre eles, estão Gerdau, ArcelorMittal Brasil, CSN,
ThyssenKrupp CSA, Usiminas e Votorantim.
De acordo com o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, as siderúrgicas vão investir 28
bilhões de reais entre 2013 e 2016. Neste setor, as oportunidades de emprego
ficaram em Minas Gerais, o líder na produção de aço do país, mas há empregos em
várias regiões.
O programa de trainee
da Gerdau, por exemplo, contrata todo ano cerca de 60 jovens, de qualquer área,
para trabalhar em sete estados. A Votorantim, na sua unidade de cimentos, que
também faz parte da indústria de base, possui o programa Produzindo Futuros,
também voltado a jovens recém-formados.
Papel e celulose
Outro setor faz parte dessa indústria –
e usa programas de trainee como forma
de recrutar profissionais – é o de papel e celulose, alguns dos produtos mais
consumidos pela humanidade. Eles estão nos livros, nos jornais, nas revistas,
no guardanapo, nos documentos, nas notas de dinheiro, nas cartas, nas
embalagens de produtos, no embrulho de um presente, nos convites de casamento e
até no nosso banheiro!
Segundo a Indústria
Brasileira de Árvores – entidade que representa 62 empresas e emprega cerca de
5 milhões de pessoas direta ou indiretamente –, os projetos de investimento das
empresas chegam a 53 milhões de reais até 2020. Entre as maiores do setor estão
Suzano, Klabin, Fibria, International
Paper e Cenibra.
Por ser um setor que
investe em sustentabilidade, as empresas competem por engenheiros ambientais e
florestais, focados em redução de custos e impactos ambientais. Do outro lado
da indústria, quem tem formação em tecnologia da informação, finanças e
administração tem chance de encontrar boas oportunidades.
Fonte e Sítios Consultados
http://www.strategyand.pwc.com/br
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