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15 de setembro de 2014

Análise de Mercado, qual a sua importancia?


Análise de Mercado


 Antes da criação de qualquer empresa, seja ela de que tamanho for, é necessário se pesquisar muito sobre a atividade escolhida. Por exemplo, em relação à ideia da empresa:


- Por que esta empresa deve existir?

- Qual será a sua particularidade?

- Em que aspecto ela é única?

- Ela será competitiva?

- Quais serão seus clientes?

- Qual o seu nicho de mercado?

- Em que a sua existência modificará as coisas?

- A empresa será local, regional ou nacional?

 

Logo após a conclusão bem detalhada da ideia da empresa, é necessário analisar o mercado. Não é conveniente pensar em desenvolver qualquer projeto sem antes estudar seriamente a conjuntura do mercado. A maior parte das causas de fracassos é devida à ausência ou à insuficiência do mercado, à dificuldade de identificar e de responder às consequências de mudanças socioeconômicas. Por esta razão o estudo de mercado é importante. A análise relativa a produtos existentes será diferente daquela referente a um projeto inovador. Neste ultimo caso, deve-se falar de “teste de conceito”.

 

Seria bom lembrar aqui que, nos dois casos, o objetivo é o mesmo. O estudo de mercado ou o teste de conceito permitem saber se existe uma clientela suficiente e disposta, a um preço dado, a comprar os seus produtos ou serviços. Somente o método para obter esta informação é diferente.

 

No caso de produtos ou serviços existentes, pode-se fazer uma avaliação constante do mercado a partir das estatísticas do censo federal ou de outros dados existentes, inclusive os dados disponíveis na internet. No caso de um produto ou serviço novo, é interessante pesquisar diretamente as pessoas ou empresas às quais são dirigidos os produtos ou serviços, para assim, perceber as suas reações e ser possível à construção de previsões mais confiáveis. O objetivo deste texto não é de formar nenhum especialista em estudo de mercado, mas principalmente de insistir sobre a importância de tal estudo e de desmistificar um pouco seu conteúdo.

 

A Importância dos Testes

O primeiro passo desta questão é relativo à importância de se testar a ideia que se deseja desenvolver. A resposta esperada é simples: um teste, se bem feito, deve disponibilizar as informações sobre o interesse dos clientes em potencial para tais produtos ou serviços e, por conseguinte, condicionar fortemente o sucesso ou insucesso desta ideia, antes de se aventurar em um processo de fabricação ou de criação que irá consumir investimentos importantes. A decisão da implantação ou do abandono do projeto dependerá dessas informações obtidas.

 

O segundo passo consiste em propor o tamanho da medida, ou seja, o quanto essa ideia será testada. É necessário procurar os fatores-chave inerentes ao projeto; estudar se possível, a evolução desses fatores; avaliar as forças e fraquezas do projeto em relação a cada um dos fatores mencionados; conceber, enfim, um projeto capaz de minimizar tais fraquezas. As melhores maneiras de isolar os fatores-chave são através de perguntas e pesquisas junto à concorrência, fornecedores, distribuição, e todos que conhecem bem seus futuros clientes.

 

O Teste de Conceito

Este deve ser feito antes do projeto estar totalmente desenvolvido, isso quer dizer, bem no início do processo de criação de um novo produto ou de serviço. Ele tem por finalidade perguntar aos clientes potenciais o que eles pensam do projeto e como eles veem o produto e os serviços que este projeto deverá fornecer.

 

Em geral este teste é feito antes da realização do protótipo. Através dele pode-se “tomar o pulso” da clientela, mas não assegura 100% de sucesso. Na verdade, não devemos esquecer que tal teste é abstrato. Quanto mais inovador é o projeto, mais difícil será prever as suas chances de sucesso.

Uma resposta negativa nesta fase, qualquer que seja ela, permitirá o abandono do projeto sem perda de muito investimento ou indicará o seu redirecionamento, a fim de obter uma resposta positiva que permita passar à etapa seguinte.

 

O Teste de Utilidade do Produto

Neste teste, o cliente testado deve estar de posse do produto. Ele acontece, portanto, após a realização do protótipo. Isso traz a vantagem de ser menos dispendioso (em comparação ao teste de mercado) e de fornecer informações interessantes sobre os seguintes pontos:

- Você compraria este produto?

- Quanto você está disposto a desembolsar para adquiri-lo?

- O que acha do desenho? Ele é suficientemente “vendedor”?

- Onde estaria disposto a comprá-lo? Através de quais canais de distribuição?

 

Este teste pode ser feito pelo próprio empreendedor, por seus amigos, até por parentes, no caso em que se queira evitar custos. Deve-se reunir um grupo de uma dúzia de pessoas e apresentar-lhes o produto que se deseja testar. Com a ajuda de um questionário pré projetado com o registro das reações de cada um. A fim de melhorar a qualidade e quantidade das informações obtidas, alguns cuidados devem ser tomados:


- Utilizar uma filmadora. Este recurso permitirá a concentração sobre a apresentação do projeto e a revisão de cabeça fria do desenrolar da reunião, quantas vezes forem necessárias;

- Reunir outros grupos de 10 a 12 pessoas e recomece o mesmo processo. Isto permitirá confirmar as respostas observadas e obter as informações que faltam.

- Formar grupos por categorias sócio profissionais, de preferência. Isto permitirá a determinação do perfil ou dos perfis dos compradores potenciais.

 

Antes de seguir em frente com o próximo teste, chamamos a atenção sobre o fato de que este teste, como o anterior, não são capazes de oferecer condições de garantir, caso seja positivo, o sucesso do seu projeto. Este teste indica uma tendência. Se as respostas obtidas são francamente entusiastas, então o seu projeto tem boas chances de sucesso. Se as respostas são mitigadas reveja o seu projeto antes de passar à etapa seguinte.

 

O Teste de Mercado

Chegamos então ao teste dos testes, este é certamente o mais oneroso e o mais complexo, mas também o mais confiável. Com ele, o risco de incerteza é reduzido ao nível mínimo. Ele é feito através de estudos demográficos e geográficos apropriados à confirmação da existência e amplitude de um mercado, bem como seus limites territoriais. À luz de tais dados, o resultado do teste recomenda os meios para responder de maneira adequada e rentável às necessidades reveladas e estima o volume provável de negócios.

 

O Território

Neste estudo deve-se determinar um território preciso para a colocação do produto no mercado. Em se tratando de um comércio ou de um serviço, o estudo deve delimitar uma zona primária e uma zona secundária onde se exercerá a atividade comercial.

 

A zona primária é a zona mais próxima do local visado. Deve ser escolhido, de preferência um local onde não existam obstáculos físicos ou psicológicos de acesso. Um obstáculo físico pode ser um rio ou uma rodovia. Um obstáculo psicológico pode estar vinculado a hábitos ou a obstáculos físicos menores.

 

Já a zona secundária é uma zona distante do local ou uma zona próxima, mas prejudicada por obstáculos físicos ou psicológicos. Aqui é importante considerar os desenvolvimentos futuros, mesmo que a sua realização não esteja assegurada. Um grande volume de informações relativas ao território focalizado pode ser obtido junto aos serviços municipais. É indispensável conhecer a vocação da região bem como as posturas municipais que regulamentam a sua ocupação.

 

A Clientela

Após a definição do território, é possível, a partir de dados do censo ou de outro via internet, identificar as informações que interessam: a população, o número de residências, o número de pessoas por residência, o tipo do morador (proprietário ou locatário), a idade, faixa de renda, etc. Como o censo completo é feito a cada dez anos, é recomendável fazer ajustamentos para corrigir os dados.


Com estes dados em mãos é possível identificar a população por zona, bem como as suas principais características. Por exemplo, o fato de ser proprietário ou locatário torna-se significativo para lojas de ferragem. Com efeito, segundo as estatísticas conhecidas e disponíveis, a compra anual de produtos vendidos por lojas de ferragens é quatro vezes mais elevada para proprietários do que para locatários.

 

Já no caso de uma butique, a idade e o sexo são essenciais. Em outros casos, a idade da clientela é um dado fundamental. Com o número de pessoas por setor e o nível de consumo de um dado produto, é fácil avaliar o mercado potencial através de uma simples multiplicação.

 

Todos sabem que a procura potencial é muitas vezes superior à demanda real. Para certos tipos de comércio existem clientes que compram por catálogo de fornecedores situados fora da cidade ou buscam benefícios oferecidos por empresas situadas em outras praças, ou seja, o e-commerce veio para ajudar a todos.

 

É necessário, desta forma, com base na experiência ou do próprio faro, estimar uma porcentagem de demanda irrecuperável. Através de uma enquete pode-se avaliar se este comportamento é suscetível a mudanças. Após ajustar-se a demanda potencial à demanda real, calcula-se a oferta, isto é, o nível de vendas dos concorrentes.

 

A Concorrência

       Quando se trata de comércio, a visita aos concorrentes, mesmo que virtual, nos permite estimar visualmente a extensão e a disposição física da atividade, como também observar o comportamento do pessoal e atitude dos clientes, além de ser possível recolher informações úteis como: produtos e marcas oferecidos, o leque de preços do varejo, os descontos e abatimentos concedidos, etc.

 

Mediante um preço mínimo, é igualmente possível obter-se da Dunn & Bradstreet, para cada fornecedor, o volume de vendas e os lucros. Com estes dados, a oferta total de um determinado setor pode ser calculada e, pela diferença em relação à demanda, o mercado potencial de um novo comércio.


É, de fato não se pode negligenciar a importância do grau de competitividade que hoje existe em todas as áreas. O empreendedor virtual deve conhecer a reação dos concorrentes diante da chegada de uma nova empresa no seu mercado.

 

Devemos tomar como exemplo uma pessoa que decide abrir sua própria loja após ter percebido a capacidade do mercado. Ela informará a sua existência aos clientes potenciais através de uma campanha publicitária. A concorrência provavelmente reagirá ao novo concorrente e iniciará alguns contra-ataques: baixa geral dos preços, melhoria na qualidade dos serviços, aumento da gama de produtos, lançamento de uma campanha publicitária, etc.

 

Desta forma, é certo que toda empresa recém-chegada irá enfrentar, desde o início, dificuldades adicionais as já esperadas. Em muitas ocasiões não haverá liquidez (capital de giro) suficiente para contra-atacar as manobras da concorrência. Ainda que tais procedimentos não sejam sistemáticos, é preciso levá-los em consideração.

 

A noção de concorrência é essencial e inevitável. Se não existe a possibilidade de se oferecer um produto ou serviço a preço competitivo, é conveniente que não se prossiga, a menos que se faça uma revisão dos preços, ou se possa oferecer um produto ou serviço mais sofisticado e diferenciado, justificando o preço elevado. Jamais se deve entrar no mercado sem antes ter certeza de que o produto, dada certa qualidade, é competitivo, a menos que estejamos preparados para “segurar o tranco” da concorrência.

 

Expertise

Acredita-se que uma pessoa experimentada em estudos de mercado tenha uma relativa facilidade e mais agilidade em encontrar as informações para suportar uma decisão fundamentada. Uma pessoa que se inicia nesta atividade provavelmente encontrará maiores dificuldades. Afinal, afirmamos anteriormente que a ausência de um mercado suficiente constitui frequentemente uma pedra no caminho das novas empresas.

 

Levando-se em conta as realidades específicas, é primordial:

 - Não iniciar uma empresa antes de ter obtido os dados seguros sobre o mercado;


- Investir, se necessário, em um especialista competente para obter-se dados do mercado.

 

É recomendável buscar o auxílio de estudantes universitários de administração de empresas, ou de “consultores de empresas juniores” para se obter serviços a custo mais baixo e de qualidade.

 

Conclusão

É importante ter ciência de que a concepção do projeto de empresa e a pesquisa de mercado iniciam uma etapa crucial no desenvolvimento e sucesso de qualquer empresa. É um processo ao mesmo tempo de análise e de intuição. Os dois elementos devem ser considerados atentamente e sem precipitação inútil. Em caso de dúvidas, deve-se seguir a política de “passo a passo”.

 

A etapa da concepção do projeto de uma empresa é certamente uma das etapas mais importantes e deve-se sentir-se seguro e confortável tanto no que diz respeito à clientela como ao produto ou serviço oferecido. Com efeito, é preciso convencer eventualmente os investidores do quanto o seu projeto é bem fundamentado e em seguida persuadir os clientes sobre o que está sendo oferecido.

 

Se, em algum instante, não estivermos suficientemente seguros sobre o projeto para poder dissuadir dez ou mais negativas no momento de encontrar um financiamento, e se nove entre dez clientes potenciais lhe dizem que o seu projeto não lhes convém, então a simbiose entre o empreendedor, o produto ou serviço e a clientela alvo não é muito profunda.

 

Em último caso, pode ser necessário pagar algumas centenas de reais para obter, de uma firma reconhecida ou de um consultor competente em marketing, um estudo objetivo do mercado potencial do produto ou serviço em questão. Neste caso, escolha criteriosamente o especialista de forma a não ser induzido em erro.


Estando bem clara a concepção do projeto e as técnicas de análise e de pesquisa, você estará pronto para desenvolver uma ação importantíssima que exigirá muita atenção e que se chama Plano de Negócios.

 

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