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Administração no Blog

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24 de março de 2014

O uso da Máquina Pública, na Visão de um Brasileiro




    

      Esse artigo tem o interesse em abrir uma discussão sobre uma situação muito comum na vida dos trabalhadores, que está diretamente ligada aos prestadores de serviços. Creio que muitos de nós já passamos por situação igual a esta: Um funcionário da empresa “Tal S.A.” esta à procura de um novo emprego e para que ele alcance o sucesso neste objetivo profissional, mesmo ainda prestando serviços à empresa “Tal S.A.”, ele passa a adotar alguns hábitos e condutas que iremos conhecer a partir deste momento.


       O nosso personagem presta serviços para uma empresa de Marketing, mas poderia ser uma empresa de qualquer outro ramo, e a partir deste momento o chamaremos por Luís, o Luís está muito insatisfeito no seu atual local de trabalho. Ele anda meio desanimado com a empresa na qual trabalha e sente que está na hora de partir para outro desafio profissional. E é nesse momento que o Luís percebe a necessidade de “mostrar trabalho” para que ele possa ser visto pelo mercado de trabalho e com isso, conseguir uma recolocação em uma boa empresa, onde, é claro, ele terá melhores chances e novas oportunidades de avançar na sua promissora carreira.




     Então, o Luis passa a executar algumas ações durante o horário do seu trabalho, nosso personagem em questão utiliza os meios de acesso a INTERNET que a empresa “Tal S.A.” disponibiliza para os seus prestadores de serviços possam executar os trabalhos dessa empresa. Também é verdade que o nosso personagem aproveita alguns momentos para acessar os vários sites de Recolocação Profissional, ele envia o seu Currículo para diversas vagas de emprego – isso tudo no mesmo período em que deveria estar prestando serviços para a sua atual empresa, que o mantém dentro do seu quadro de funcionários normalmente sem saber de nada. Por algumas vezes o Luís sai mais cedo ou chega mais tarde ao seu local de trabalho, afinal, ele precisou comparecer a algumas entrevistas de emprego. E é claro, que só conseguiu fazer o contato com essas “oportunidades” de novos empregos, utilizando todas as “ferramentas” da empresa a qual ele ainda esta prestando os seus serviços, afinal ele utilizou a Internet, o telefone e o tempo em que estava prestando serviços à empresa “Tal S.A.”.

                                
    Agora responda, qual de nós já não passou por uma situação semelhante a esta em nossa vida profissional e acredito que não notamos nada de errado em fazer isso, certo? Mesmo sabendo que estávamos agindo somente em benefício próprio, pelo menos ao que parece, já que a empresa “Tal S.A.” não participou destas atitudes e não foi consultada a respeito desse assunto. Mas é claro que tudo isso foi feito sem a intenção de causar nenhum prejuízo à empresa “Tal S.A.”, que tanto ajudou ao nosso personagem, o Luís, na sua carreira e que em todas as ocasiões que ele precisou de apoio durante a sua permanência na "Tal S.A." ele obteve.


    Agora que conhecemos o caso do nosso personagem Luís, seria interessante traçar um paralelo com sucessões que acontecem com os políticos em terras brasileiras. Em todos os cargos públicos se faz à mesma coisa, quando chega o momento das campanhas políticas, os que estão concorrendo a uma reeleição ou a outro cargo, se utilizam da conhecida “máquina” para fazer a sua campanha política deslanchar. Afinal, que mal há nisso? Sempre que executamos atos parecidos nas empresas, será que estávamos errados ao executar tais atos? Ou será que nós, cidadãos comuns, estamos certos porque não se trata de dinheiro público? Ou ainda, será que somente os cargos públicos estão obrigados a seguir alguma regra mais rígida de conduta? Não podemos deixar de tocar no ponto da honestidade, já que em todos os casos foi utilizada a estrutura de uma empresa que não têm a principio, nenhum interesse no resultado final da situação que foi exposta.


    Se existisse uma regra clara dentro das Corporações, tanto nas Públicas, como nas de Capital Privado, com relação ao desligamento de profissionais visando não prejudicar nenhuma parte talvez esse momento não precisasse ser tão traumático. Na verdade, o que existe é um tratamento unilateral, afinal, as empresas quando vão desligar um funcionário, dão a ele 30 dias de aviso prévio e durante estes 30 dias ele poderá chegar ou sair mais cedo e ponto. Afinal, seria muito mais produtivo se houvesse um dialogo aberto entre as partes. Sabemos dessa dificuldade no primeiro instante, mas também sabemos que não é impossível, já que são muitos os relatos de profissionais que saem de empresas e depois retornam para a mesma empresa e conseguem obter mais sucesso nesse seu retorno - Talvez um dos problemas com a sociedade humana é que a natureza confiou demais no altruísmo voluntário! 

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