Esse
artigo tem o interesse em abrir uma discussão sobre uma situação
muito comum na vida dos trabalhadores, que está diretamente ligada aos
prestadores de serviços. Creio que muitos de nós já passamos por situação igual
a esta: Um funcionário da empresa “Tal S.A.” esta à procura de um novo emprego
e para que ele alcance o sucesso neste objetivo profissional, mesmo ainda
prestando serviços à empresa “Tal S.A.”, ele passa a adotar alguns hábitos e
condutas que iremos conhecer a partir deste momento.
O nosso personagem presta serviços para uma
empresa de Marketing, mas poderia ser uma empresa de qualquer outro ramo,
e a partir deste momento o chamaremos por Luís, o Luís está muito insatisfeito
no seu atual local de trabalho. Ele anda meio desanimado com a empresa na qual
trabalha e sente que está na hora de partir para outro desafio profissional. E
é nesse momento que o Luís percebe a necessidade de “mostrar trabalho” para que
ele possa ser visto pelo mercado de trabalho e com isso, conseguir uma
recolocação em uma boa empresa, onde, é claro, ele terá melhores chances e
novas oportunidades de avançar na sua promissora carreira.
Então, o Luis passa a executar algumas ações durante o horário
do seu trabalho, nosso personagem em questão utiliza os meios de acesso a
INTERNET que a empresa “Tal S.A.” disponibiliza para os seus prestadores de
serviços possam executar os trabalhos dessa empresa. Também é verdade que o
nosso personagem aproveita alguns momentos para acessar os vários sites de
Recolocação Profissional, ele envia o seu Currículo para diversas vagas de
emprego – isso tudo no mesmo período em que deveria estar prestando serviços
para a sua atual empresa, que o mantém dentro do seu quadro de funcionários
normalmente sem saber de nada. Por algumas vezes o Luís sai mais cedo ou chega
mais tarde ao seu local de trabalho, afinal, ele precisou comparecer a algumas
entrevistas de emprego. E é claro, que só conseguiu fazer o contato com essas
“oportunidades” de novos empregos, utilizando todas as “ferramentas” da empresa
a qual ele ainda esta prestando os seus serviços, afinal ele utilizou a
Internet, o telefone e o tempo em que estava prestando serviços à empresa “Tal
S.A.”.
Agora responda, qual de nós já não passou por uma situação semelhante a esta em nossa vida profissional e acredito que não notamos nada de errado em fazer isso, certo? Mesmo sabendo que estávamos agindo somente em benefício próprio, pelo menos ao que parece, já que a empresa “Tal S.A.” não participou destas atitudes e não foi consultada a respeito desse assunto. Mas é claro que tudo isso foi feito sem a intenção de causar nenhum prejuízo à empresa “Tal S.A.”, que tanto ajudou ao nosso personagem, o Luís, na sua carreira e que em todas as ocasiões que ele precisou de apoio durante a sua permanência na "Tal S.A." ele obteve.
Agora que conhecemos o caso do nosso
personagem Luís, seria interessante traçar um paralelo com sucessões que acontecem
com os políticos em terras brasileiras. Em todos os cargos públicos se faz à
mesma coisa, quando chega o momento das campanhas políticas, os que estão
concorrendo a uma reeleição ou a outro cargo, se utilizam da conhecida “máquina” para fazer a sua campanha
política deslanchar. Afinal, que mal há
nisso? Sempre que executamos atos parecidos nas empresas, será que estávamos errados
ao executar tais atos? Ou será que nós, cidadãos comuns, estamos certos
porque não se trata de dinheiro público? Ou ainda, será que somente os cargos
públicos estão obrigados a seguir alguma regra mais rígida de conduta? Não
podemos deixar de tocar no ponto da honestidade, já que em todos os casos foi
utilizada a estrutura de uma empresa que não têm a principio, nenhum interesse
no resultado final da situação que foi exposta.
Se existisse uma regra clara dentro das
Corporações, tanto nas Públicas, como nas de Capital Privado, com relação ao
desligamento de profissionais visando não prejudicar nenhuma parte talvez esse
momento não precisasse ser tão traumático. Na verdade, o que existe é um
tratamento unilateral, afinal, as empresas quando vão desligar um funcionário,
dão a ele 30 dias de aviso prévio e durante estes 30 dias ele poderá chegar ou
sair mais cedo e ponto. Afinal, seria muito mais produtivo se houvesse um
dialogo aberto entre as partes. Sabemos dessa dificuldade no primeiro instante,
mas também sabemos que não é impossível, já que são muitos os relatos de
profissionais que saem de empresas e depois retornam para a mesma empresa e
conseguem obter mais sucesso nesse seu retorno - Talvez um dos problemas com a sociedade humana é que a natureza confiou
demais no altruísmo voluntário!
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