Os novos conhecimentos da humanidade surgem a todo instante com imensa rapidez
e é com essa mesma velocidade que eles estão desafiando as lideranças. Desde a
descoberta da falsa divindade dos monarcas aos escândalos políticos e
corporativos da atualidade, o poder vem sendo transferido de mãos superiores
para mãos inferiores, e isso provocou um rápido amadurecimento do consciente
coletivo: o rato, quando assume o lugar do gato, também vira gato.
Acreditem, com a mesma intensidade que as mudanças acontecem no mundo e
nas pessoas, é que amadurece também a incerteza que fundamenta as decisões das
governanças corporativas e políticas. Tal insegurança perfurou as barreiras
antes mantidas como fiéis protetoras e mantenedoras dos poderes das lideranças
e isso deixou meio sem jeito à percepção de todos os seus seguidores.
Entretanto, os programas de formação e estímulos de habilidades
corporativas estão desenvolvendo competências relacionais nos ocupantes das
linhas inferiores dos organogramas que têm colocado mandantes e comandados num
mesmo nível de autoridade. As ordens antes dadas parecem não terem mais sentido
ou efeito se sua necessidade não for entendida e compartilhada por todos. Atualmente,
ninguém mais manda porque não se pode mais mandar e ninguém mais obedece porque
não se têm mais juízo para obedecer. Pelo menos, não mais o juízo de valores que mantinham os
liderados obedientes há algum tempo atrás, isso quer dizer que os seguidores
amadureceram.
A situação foi uma tremenda novidade para os executivos e gerentes cujas
respectivas táticas desconsideram esta óbvia mudança, é preciso dizer que
ninguém mais pode contar com seu papel formal para se garantir como mandante de
uma equipe. É necessário influenciar essas pessoas se utilizando de autoridade
– diferentemente
de poder, autoridade não vem
do cargo, mas das virtudes para a
influência interpessoal. E aos executivos e gerentes que buscam
desenvolver a habilidade da autoridade, será preciso, fundamentalmente, eficácia
e integridade.
É fato que o influenciador, influencia alguém a algo. Isso quer dizer
que a causa da influência precisa estar lá e sua definição tem que ser aceita
por todos ou quase todos. As maneiras de se alcançá-la também devem seguir o
modelo participativo e serem bem argumentadas. Afinal, não existirá eficácia na
influencia se não acontecer aquele brilho diante da equipe e a possibilidade da
visualização do estado futuro desejado.
Todo líder influente é coerente com o que ele é e com o que ele pensa. A
sua ação sempre comunica uma ética admirável que referencia o grupo. A
hipocrisia salta aos olhos e pode ser notada indiscriminadamente por qualquer
um do time.
Uma coisa é certa em toda essa história, não
havendo essas competências na liderança ou se apenas existir o uso de ordens, com
certeza surgirão atos de uma falsa concordância que o autor Moscovicci chamou de acordo
mórbido – diante dos mandantes as pessoas se mostram indiscutivelmente
concordantes, mas, em suas vísceras, já enterraram o trato feito.
Fonte
e Sítios Consultados
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http://www.aptware.com.br
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Equipes
que dão certo, autor:
Moscovici, Fela, editora: JOSE OLYMPIO, ano 1994, 1º. edição
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