Competitividade Empresarial – dentro
do contexto brasileiro
A competitividade vem sendo uma das mais importantes questões empresariais
no Brasil. Desde as recentes transformações econômicas que foram ocasionadas
pela abertura de mercado e a estabilidade monetária que fizeram com que as
estratégias empresariais se voltassem cada vez mais para a longevidade das
empresas. A proteção de mercado e os ganhos financeiros, do então período de
alta inflação, contribuíram para que as estratégias focadas no negócio fossem
tratadas em segundo plano por muitas indústrias brasileiras até o início da
década de 90.
Sabemos que existe competição onde há disputa por algo que dois ou mais
competidores desejam. Devido a isso, são vários os tipos de competições que se estão
acontecendo o tempo todo no nosso cotidiano. Mas, vamos tratar da competição de uma forma ampla, a
competição existente em um ambiente que se denomina sistema concorrencial, no
qual duas ou mais organizações disputam mais pela sobrevivência no mercado que
pela busca do maior lucro possível. O sistema capitalista nunca estará imune às
alterações de sua estrutura e do comportamento de seus agentes econômicos, que
se transformam para criar ou desenvolver novas formas ou configurações a fim de
possibilitar a reprodução do capital.
Um exemplo claro dessas alterações foi a globalização, esse foi um fenômeno
que modificou as configurações do sistema quando trouxe novos papéis e funções
para os agentes econômicos de forma que eles tiveram a necessidade de encontrar
condições para reproduzir o capital e sobreviver no sistema capitalista. A
competitividade não pode ser vista como uma característica intrínseca da
empresa, pois advém de fatores internos e externos, que podem ser controlados
ou não por ela. Por definição, a competitividade é intrínseca à concorrência,
pois onde há concorrência há competição e, portanto, competitividade, mas a
própria competitividade transcende às características peculiares de cada
empresa.
É importante saber que o resultado da concorrência não depende só da
organização, mas de vários fatores que a cercam. E cada fator tem a sua
importância e peso dentro de um ambiente de competição, e, em alguns mercados,
um fator pode ser mais representativo que outro, formando-se no contexto da
interação dos fatores sistêmicos, estruturais e internos da empresa. Segundo especialistas
dessa área, um dos aspectos mais marcantes do atual contexto social é a
exacerbada competição que aparece impregnada nas relações humanas. Embora essa
tenha sido uma característica também de outros tempos, podemos notar que a sua
presença é tão forte em muitos espaços da nossa vida como nos parece ser a
intenção de desenvolvê-la na consciência das pessoas.
“A competitividade ou livre concorrência é um
dos princípios da economia liberal”. Esse
pensamento teve como principais defensores Adam Smith e David Ricardo. Segundo
Smith, na procura apenas de um ganho pessoal, a pessoa trabalha, coincidentemente,
para elevar ao máximo possível a renda anual da sociedade. Por uma mão
invisível a pessoa estaria sendo misteriosamente levada a executar um objetivo
que jamais fez parte das suas intenções. E, buscando apenas seu interesse
exclusivo, a pessoa muitas vezes trabalharia de modo bem mais eficaz pelo
interesse da sociedade do que se tivesse de fato esta intenção. Podemos notar
que a idéia básica da livre concorrência é a fé depositada na ideia de que as
pessoas, uma vez competindo entre si, automaticamente estariam contribuindo
para o progresso geral da sociedade.
Por que as
pessoas aceitam desafios competitivos se neles já está inerente sua lógica
excludente? Vamos entender isso com este
simples exemplo: se numa corrida onde há dez atletas competindo e já está dado
como certo que apenas um sairá vencedor, por que os dez continuam correndo? A
razão é que cada um dos dez atletas imagina-se sendo, individualmente, o
vencedor. Mas, e o que acontecerá com os demais, que são a
maioria? Isso parece que não importa,
já que não teriam sido “capazes” para vencer. É evidente que essa lógica
competitiva, que divide o mundo em vencedores e perdedores (onde a minoria vence e o restante perde), é capaz de produzir situações de angústia e revolta nos excluídos.
Essa temida onda de violência que assola todo o Brasil, em pleno final do ano
de 2014, e que só vem aumentando assustadoramente em nossa sociedade e que
passou a atingir fortemente também as escolas, deve ter relação com o
sentimento de exclusão que atinge a maioria das pessoas do planeta. Como
encontrar alternativas de solução para isso? Entendemos que o primeiro passo é
perceber como a competição está presente em nosso cotidiano, para conseguirmos
refletir sua problemática. Num segundo momento, é necessário nos contrapormos à
ela, construindo um novo jeito de viver e de se relacionar com os outros,
acrescentam alguns especialistas.
Estudiosos acreditam que há uma verdadeira guerra – silenciosa, mas,
contundente – que vem acontecendo no mundo dos negócios. Independentemente do
segmento de mercado e do tamanho da empresa, todos estão envolvidos na acirrada
luta pela sobrevivência que vem se desenrolando num cenário internacional
altamente competitivo. Desde que o mundo se tornou globalizado as empresas encontraram
a dura realidade de ter que comprovar suas expertises perante o seu segmento de
mercado. Os administradores deveriam estar cientes de que as competências iriam
ser avaliadas ou mensuradas, também e principalmente, pelo seu efetivo
compromisso socioambiental da organização, contextualizado por um clima de
incerteza.
As empresas estão descobrindo com maior ou menor custo, que vale mais
empregar energia na busca de novas parcerias do que entrar numa guerra
predatória em relação aos seus concorrentes. Compreendem assim, que podem
superar suas metas ou ampliar seu share de mercado sem a necessidade
de se envolver ou provocar um embate destrutivo com seus concorrentes. “A
fórmula S = R – E (Satisfação
é igual Resultado menos Expectativa) está em alta e permeia continentes
sem fronteiras, do ponto de vista econômico. Quanto maior a expectativa que
criamos perante nossos observadores (outros profissionais,
empresas, a sociedade, etc.) ou perante aqueles que nos
são mais íntimos (pais, filhos, cônjuge,
amigos, etc.) maior terá de ser o resultado
apresentado em nossos resultados profissionais ou nas consecuções pessoais para
superação de expectativas. Neste momento cabe uma observação:
isso foi exatamente o contrário que o ex-bilionário e até então empresário Eike
Batista fez, já que ele sempre superdimensionou a exposição de suas
empresas e superfaturou os possíveis resultados que as suas empresas iriam
obter, resultados esses, que essas empresas nunca chegaram nem perto de
conseguir.
Chegamos ao paradoxo da expectativa! Pois é, quanto mais certinho for um
cidadão, quanto mais competente apresentar-se um profissional, maior será a
expectativa criada sobre seus observadores e, portanto, maior deverá ser o
resultado apresentado por eles para garantirem – na estruturação da fórmula S = R
– E – uma “Satisfação” acima do índice “zero”. É comum os dirigentes
das organizações ou gestores de negócios buscarem, diante de necessidades
profissionais ou pessoais, colaboradores que estão sobrecarregados de afazeres
em detrimento daqueles que apresentam menor grau de ocupação ou têm expressão melancólica.
Motivo simples e matemático para afirmarmos quanto mais você faz, mais
capacidade você adquire para fazer mais. Justificando, hipoteticamente: O
empreendedor profissional tem que ser 'multe especialista'. Deve atuar com
competência em mais de uma atividade empresarial. Atualmente, temos de colocar
um pé em uma canoa e o outro, apesar dos riscos, em uma outra canoa, mesmo
diante das turbulentas águas do mercado profissional. É comum, para esse tipo
de empreendedor, a prestação de serviços em duas ou mais organizações ou o
vínculo CLT numa empresa simultâneo à gestão de seu próprio negócio. Quanto
mais você assumir, com competência, atribuições ou trabalhos, mais capacidade
você terá para se incumbir de um maior número de outras atividades e,
certamente, superará expectativas e garantirá assim, os resultados positivos em
decorrência da fórmula S = R – E”.
A superação de expectativas e responsabilização é comum num espaço
contemporâneo em que o homem, sim foi o homem quem criou isso, monitora e
afirma ter controle sobre o aparato tecnológico, comemora 40 anos de seus
primeiros passos na lua, agora com viagens virtuais, e proclama planejamento de
chegar a Marte em 2030. Esse mesmo homem, empreendedor, pesquisador,
calculista, emocional, gregário, impõe-se disciplina espartana para garantir o
crescimento das organizações, mesmo diante dos gargalos modernos ou restrições
do tipo “meio ambiente” – “uso e costumes” – “crenças” – “desnutrição”
– “multiplicação de vírus e bactérias
nocivas” – “instabilidade econômica”
– entre outros. A fórmula S = R – E é uma mera ferramenta diante de um deslumbrante
e, ao mesmo tempo, assustador aparato tecnológico, que é impiedoso ao exigir
criatividade, imediatismo e permanente aperfeiçoamento. Os personagens dessa
guerra silenciosa, pessoas jurídicas e físicas, sabem que o mundo dos negócios
não admite vacilação ou titubeios, sendo imperativo a comprovação, em tempo
real, da chamada superioridade competitiva.
Fonte e Sítios
consultados
Nenhum comentário:
Postar um comentário