Será que é possível alguém aprender a pensar? Afinal, ninguém nasce
sabendo pensar. O pensar é uma aprendizagem que o ser humano carrega para a
vida toda. É uma realidade absolutamente nova em relação a tudo que existe no
mundo. Nos primórdios o ser humano tinha a rudeza que apenas o separava do
animal bruto. O ser humano trilhou uma longa caminhada.
Vamos pensar o pensar um pouco?
1) Do pensar espontâneo ao pensar reflexo.
Todo ser humano pensa. Mas nem sempre o faz de maneira reflexa. O pensar
espontâneo fixa-se no objeto pensado. Termina praticamente aí seu processo de
conhecimento. Interessa-nos aqui “aprender a pensar”. Isso significa passar de
um nível espontâneo, primeiro e imediato a um nível reflexo, segundo, mediado.
2) Provocador do processo.
Como aprender a entrar nesse processo e não permanecer unicamente no
simples pensamento direto, imediato, espontâneo? O segredo está em saber
levantar perguntas, aprender a aprender. O segredo do pensar: alguém aprenderá a
pensar à medida que souber fazer-se perguntas sobre seu pensamento. A
capacidade de avançar na reflexão depende de ir se fazendo perguntas,
respondendo-as e, em seguida, levantando novas perguntas a estas respostas até
esgotar toda a facúndia interrogativa.
3) Experiência na base da pergunta.
Há, porém, perguntas fundamentais. A elas nos referimos. Estão em jogo a
vida, o ser, os valores transcendentes. Percebemos como é importante não viver
totalmente envolvidos num círculo fechado de afins culturais, religiosos,
humanos, que nos trancam na identidade repetitiva de nós mesmos e não permitem
que nos venham a emergir perguntas fundamentais. Trata-se da experiência do
diferente, da alteridade, da ruptura da “mesmidade”.
AS TRÊS ATITUDES PARA SABER PENSAR:
O pensar supõe um tríplice movimento a que correspondem três perguntas:
a) O que diz a realidade? Distância: momento objetivo. A arte de pensar inicia com uma pergunta sobre a realidade. É um momento de humildade, de escuta, de honestidade objetiva. A arte de pensar começa com a educação da leitura, despojando-se, enquanto possível, dos preconceitos ideológicos, religiosos, dogmáticos.
b) O que me diz a realidade? Proximidade:
momento subjetivo. Quando perguntamos a nós mesmos pela realidade,
pelo texto lido, a resposta será o que assimilamos, aprendemos. Aqui mora nossa
originalidade.
c) O que a realidade me faz dizer?
Comunicação: momento intersubjetivo. Não aprendemos só para nós. Existe para fazer a
comunidade crescer. Cumpre uma função social e moral. Pensar termina num
serviço qualificado à comunidade.
= PENSAR AS PARTES
NO TODO E O TODO NAS PARTES =
Aprender a pensar encontra-se numa encruzilhada: a superespecialização,
que fragmenta os conhecimentos de tal forma que se perde a noção do conjunto. Saber
pensar é precisamente situar os problemas, as realidades em seus contextos. Um
pensar multidimensional, que se opõe ao fragmentar, ao compartimentar e ao
pulverizar os saberes.
A cultura do estudo e da leitura.
Cultura do estudo significa hábitos comuns, comportamentos normais,
referências consensuais de que estudar, ler, não é loucura, mas deveria ser o
normal de alguém que vive no mundo de hoje. Ler e estudar fora de aula e por
gosto deveria ser um hábito cultivado desde os jovens anos de vida.
DINÂMICA: Exercício de distinção.
I. O ser
humano é racional e irracional.
II. O ser
humano é bom e é mal.
III.
Lutero diz que “somos ao mesmo tempo justos e pecadores”.
IV. O
Brasil é um país rico e pobre.
Fonte
e Sítios Consultados
http://meuartigo.brasilescola.com
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