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21 de julho de 2013

A Cultura Brasileira da Desonestidade



   A Cultura Brasileira da Desonestidade



A cultura corporativa brasileira nunca foi matéria de um estudo mais aprofundado por parte da literatura brasileira. Afinal, o Brasil sempre foi um dos países onde menos se respeitou o horário do trabalhador, isso quer dizer, o trabalhador sempre ficava mais tempo no seu posto de trabalho e normalmente não era remunerado por isso. Também há que se falar que os laços pessoais sempre apareceram primeiro do que os méritos profissionais, isso porque os ambientes profissionais eram convertidos facilmente em extensões familiares, em chacrinhas afetivas, com exageros e atritos domésticos. E acredita-se que daí é que vem a fofoca, o assédio, ou seja, é um tal de gente se metendo no assunto dos outros; confundindo colega de trabalho com amigo, isso é, quando na verdade só o bom coleguismo já é algo raro. Precisamos também mencionar os cargos de chefia, é fato que os chefes sempre quiseram subordinados que os copiassem em tudo, e com isso boicotassem a vida fora da empresa e sabe-se que isso levará os empregados ao mais alto nível de estresse e nessa hora, aparecerá um alto nível de tensão onde só deveria haver o talento.



A Cultura Brasileira

Sabemos que na Cultura Brasileira existiram três raças que se misturaram em proporções diversas e deram origem a várias subculturas no Brasil. Dessa forma, é muito forte a cultura cabocla ou mameluca na Região Norte, em Estados como Amazonas e Pará, mas também em outras regiões e Estados. A cultura cabocla é aquela em que a matriz indígena é mais forte. No Nordeste e no Centro-Oeste, predomina a cultura sertaneja, que provavelmente combina as três matrizes de forma mais equilibrada. Em São Paulo e Minas Gerais, predomina a cultura caipira, em que talvez o predomínio do português tenha sido mais forte, acrescido em São Paulo da cultura do imigrante, principalmente italiano. Todavia, a presença do negro e do índio também são fortes, principalmente no modo de falar.

Também foi marcante a presença dos imigrantes europeus (não portugueses) e orientais (principalmente japoneses e árabes) foi de grande importância na região Sudeste, incluindo o Estado de São Paulo, mas especialmente na região Sul, isto é, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Imigrantes russos, franceses e ingleses existem ou existiram no Sul, mas as colônias mais significativas são as de alemães, italianos, poloneses e portugueses das ilhas dos Açores. Isto tudo permite identificar no Sul uma cultura de "gringos", compreendendo os europeus não portugueses, uma cultura de matutos, compreendendo os descendentes de açorianos, e uma cultura gaúcha, ligada ao pastoreio, muito próxima dos povos da fronteira com o Uruguai e a Argentina. Ao contrário do Estado de São Paulo, a miscigenação parece ser menos negra nos Estados do Sul, embora isto venha modificando-se consideravelmente.



Há quem defenda o que pareceu marcar profundamente a cultura brasileira, o aristocratismo ibérico, que passa às outras etnias, como marca de sucesso e ascensão social. Da mesma forma, a escravidão – abolida em 1888 – está presente nas relações interraciais, de forma evidente, tornando difícil a construção de uma sociedade verdadeiramente igualitária. O racismo brasileiro, sem dúvida diferente do norte-americano e de outros países, não é, no entanto, menos daninho, especialmente quando consideramos que a maioria da população brasileira possivelmente seria considerada mulata em muitos outros países.



Cultura organizacional e cultura brasileira

          Não são apenas raças e etnias, ou ainda suas combinações, que produzem culturas. Classes sociais, instituições e organizações também produzem. Os muitos livros e artigos sobre cultura organizacional e empresarial produzidos desde a década de 80 têm-se ocupado em definir e aprofundar essa apropriação das diversas concepções de cultura no âmbito social e organizacional.

Porém, mesmo com a potencial diversidade de culturas que podem ser geradas dentro das sociedades, é também verdade que, com a globalização, há tendências para profunda uniformização nas classes dominantes e médias de todo o mundo. Essa uniformização começa nas empresas, onde a ideologia tecnocrática instaurou um modo muito semelhante de racionalidade e de comportamento.


 De onde será que nasceu a ideia de honestidade do povo brasileiro? Será que o brasileiro é mesmo um povo honesto? Visando responder estas indagações recorremos à pesquisa efetuada pelo Instituto Gerp. Esse instituto desenvolveu uma pesquisa especifica para o Brasil, visando descobrir qual seria o comportamento das pessoas entrevistadas diante de situações em que levariam vantagem burlando alguma regra legal ou social. Essa pesquisa concluiu que os brasileiros, na sua maioria, são honestos!


Foram doze perguntas que queriam saber sobre permanecer com um troco a mais num caixa de supermercado, utilizar-se de um recurso para sonegar imposto de renda, estacionar na vaga destinada a deficientes físicos, fazer um “gato” na TV por assinatura, levar para casa canetas e envelopes da empresa ou de um órgão público, ficar com o dinheiro de uma carteira achada na rua, levar consigo uma toalha do hotel em que se hospedou, furar a fila no embarque do ônibus, exceder o limite de velocidade ou avançar o sinal quando tiver certeza de impunidade, contar ao(a) melhor amigo(a) que vira seu cônjuge em ato de traição conjugal, usar cópia ilegal (pirata) de softwares de computador, dirigir mesmo suspeitando que bebeu acima do limite permitido.






Essa mesma pesquisa foi feita anteriormente em alguns países da Europa e, no cômputo geral, concluiu-se que os brasileiros, em tese, são mais honestos que os europeus. Porém, acreditamos que essa pesquisa não refletiu a realidade: os brasileiros, com as devidas exceções, são capazes de atos desonestos. Basta lembrar a infinidade de golpes e desfalques que são aplicados diariamente, a preocupação que todos nós temos com a nossa segurança pessoal, de nossas famílias, nossas casas, veículos, etc.; tudo isto nos mostra que há uma imensa horda de pessoas não confiáveis por aí.


Notou-se nessa pesquisa que as respostas dos entrevistados atestam que além de desonestos os brasileiros são também mentirosos. Observemos o comportamento dos nossos políticos e perceberemos o quão desonestos são – até alguns tidos como intocáveis já deixaram cair suas máscaras e, com certeza, há outros por aí na mesma situação... Os políticos são pessoas saídas do seio da sociedade e é dela que trazem consigo a propensão de se apoderar do que não lhes pertence. Há uma cultura de desonestidade ao nosso redor: impera a chamada “Lei de Gerson” em que o fim é obter vantagem, o meio utilizado não faz diferença.





Como sempre no Brasil existem infindáveis ondas de denúncias de práticas de corrupção por grande parte dos políticos brasileiros e já virou comum que esses fatos vivam ocupando os noticiários do país e, por mais incrível que isso possa parecer os brasileiros já não ficam mais surpresos com esses fatos. Mesmo com a atual onda de violência sem limites que o Brasil vive é comum encontrarmos quem tente nos convencer de que somos um povo ordeiro, gentil, trabalhador e honesto.


É importante saber que isso não é verdade! O brasileiro não é um povo honesto: tudo isto é tão somente uma mitificação ideológica. Com as devidas exceções, somos um povo desonesto (além de violento e avesso ao trabalho), talvez isso seja devido a nossa colonização, já que os Portugueses que por aqui chegaram não eram exatamente a ‘nata’ da sociedade portuguesa e também estavam aqui para saquear as nossas terras, em outras palavras: eles já estavam levando vantagem, certo?. A grande maioria dos brasileiros seria capaz de praticar os pequenos atos de desonestidade constantes das perguntas da pesquisa, contudo, poucos são capazes de assumir que o fariam. As nossas falsas demonstrações de bairrismo e de falso patriotismo impedem que nos assumamos tal qual realmente somos – a maioria de nossas ações são motivadas por interesses pessoais e/ou de pequenos grupos.





A nossa cultura de desonestidade ganha inclusive, respaldo legal. De acordo com o jornalista Franklin Martins, da Rádio CBN e Rede Globo de Televisão, o deputado federal Jutay Magalhães, do PFL da Bahia, foi o autor de um projeto de lei que proíbe o Ministério Público investigar atos de corrupção do Presidente da República, Governadores de Estados, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Prefeitos. Esses tais projetos de Lei, se aprovados forem, em tese, vão legalizar a corrupção no Brasil. Talvez em forma de uma dessas PEC´s (que as últimas ondas das manifestações populares rechaçaram) e talvez, algum projeto igual a esse já tenha sido aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados – e pode estar engavetado temporariamente até que baixe a poeira das torrentes de corrupção, das manifestações populares que têm jorrado por aí. Se o Ministério Público, que ainda é uma das poucas instituições públicas merecedoras de crédito neste país, ficar impedido de investigar atos de corrupção de políticos, estará sendo instituída a roubalheira desses políticos, não como costume, mas como norma. O povo será obrigado a viver imerso nesse lamaçal sem nada poder fazer para mudar os rumos dessa imundície.
          

Vamos fazer um esforço coletivo e com sinceridade pensar um pouco: será que diante de tantas evidências ainda é possível que os brasileiros falem para todos que são um povo honesto?  E como mudar essa situação?  Acreditamos ser necessário em primeiro lugar tomar consciência do que realmente somos para depois empreendermos as mudanças necessárias no nosso comportamento. E só ai então, dever-se-ia procurar mobilizar toda a sociedade como um todo para a necessidade de se aprender a respeitar o próximo – desonestidade é, sobretudo, desrespeito pelo próximo; todo ato desonesto implica em algum tipo de desrespeito.













Fonte e Sítios Consultados

http://intervox.nce.ufrj.br





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