As Incertezas
do Brasil – Cenários para o segundo semestre de 2013 e para o ano de 2014
Ø O melhor cenário: retomada de crescimento
Ao que parece os Estados Unidos
solucionaram o “abismo fiscal”, acertaram a trajetória de redução do déficit
público de longo prazo e estão mantendo um crescimento entre 2 e 2,5%. A China
cresce mais que em 2011. A Europa mantém baixo crescimento, mas os países em
maior dificuldade começam a superar a fase mais aguda da sua crise. A expansão
global alcança os 3,5% em 2013 e pode chegar a 4% em 2014.
Aqui no Brasil o consumo ainda continua
forte, porém existem fatos novos no Brasil, a sociedade brasileira está se
mostrando mais ativa e interessada em cobrar os seus direitos dos governantes. Mas,
mesmo com todos esses movimentos populares, os estímulos governamentais começaram
a surtir efeito, seja na redução de alguns custos, seja na aceleração dos
grandes programas de investimento – rodovias, ferrovias, energia, logística e
obras para a Copa do Mundo. Com tudo isso, e também por conta dos juros que
permanecem baixos, cria-se um ambiente favorável à recuperação da indústria de
transformação, extrativa e da construção civil. Ademais, os programas de
concessão e privatização em vários setores da economia deslancham e aceleram
progressivamente. E o agronegócio permanece dinâmico.
Neste contexto, a confiança dos
empresários vai sendo retomada e a taxa de investimento expande, de início
moderadamente, mas acelerando para mais que 5% ao ano.
No Brasil, o modelo de
crescimento baseado na expansão do consumo dá sinais de esgotamento, inclusive
por conta do elevado endividamento das famílias. Ao mesmo tempo, os estímulos
governamentais demoram a produzir efeito, mesmo nos grandes programas de investimento.
Apesar dos juros baixos e a inflação sob controle, a aversão ao risco permanece
e reduz a propensão ao investimento. Isto afeta, inclusive, a realização
dos programas de concessão e privatização da infraestrutura, que evoluem abaixo
da expectativa inicial. Consequentemente, a recuperação da indústria como um
todo é tímida. O agronegócio permanece dinâmico, mas os gargalos logísticos e
burocráticos reduzem sua competitividade.
Neste cenário, a economia
brasileira só perde atratividade em relação aos demais emergentes e aos seus
vizinhos mais dinâmicos da América Latina: México, Chile, Peru e Colômbia. Como
consequência, o PIB mantém uma trajetória de baixo crescimento, dentro da faixa
de 2011-2012: cresce em torno de 2,0% em 2013 e 2,5% em 2014, com taxas de
desemprego entre 5 e 6%. A taxa de inflação permanece acima da meta, é a mais
alta entre os emergentes; e a carga tributária mantém-se elevada.
Ø As melhores alternativas de investimento
Em qualquer um dos cenários – em
um mundo cujo motor econômico reside no binômio conhecimento/inovação - a
educação é um investimento obrigatório, seja de pessoas, seja das
empresas. Tanto a educação regular e profissional dos mais jovens, como
as especializações e aperfeiçoamentos dos que já estão no mercado são
essenciais para a produtividade e empregabilidade. Nas empresas, programas de
educação corporativa tendem a dar um bom retorno e o risco é muito baixo.
Para as famílias, habitação e
planos de saúde e previdência são as alternativas de investimento mais
racionais a médio e longo prazo, independentemente dos cenários. E para aqueles
que dispõem de mais possibilidades financeiras, há um vasto leque de produtos
financeiros no mercado, com destaque para as ações da bolsa, relativamente
baratas, surgindo como um investimento atraente para pessoas com maior
propensão ao risco.
Com o aumento da volatilidade e
das incertezas é recomendável às empresas fazerem investimentos no sentido de
aumentar sua capacidade de antecipação e resiliência, incluindo ajustes
competitivos em produtos, serviços, modelos de negócios, eficácia operacional e
qualidade da gestão.
Fonte e
Sítios Consultados
http://www.hsm.com.br/editorias/economiafinancas/reduzindoincertezas-dos-cenarios-para-o-brasil-2013-2014
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