A importância
da Governança Corporativa
A
chamada governança corporativa ganha importância a cada dia no mercado
financeiro. O seu nascimento foi originalmente nos Estados Unidos e na Grã
Bretanha, e esse movimento de governança se espalhou por muitos outros países.
No Brasil, ela surgiu em resposta à necessidade de atrair capitais e fontes de
financiamento para as atividades empresariais. Mas o que vem a ser governança
corporativa?
Bem,
trata-se de um conceito relativo ao modo como as empresas são dirigidas e
controladas. Em tese, os administradores deveriam se esforçar para aumentar o
valor da empresa aos acionistas, mas alguns fatores fazem com que isso não
aconteça. Uma boa governança corporativa, por outro lado, visa à transparência na
gestão empresarial e a redução de riscos maiores para os investidores, adotando
a prestação de contas (accountability) e a equidade.
Segundo
o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), a governança corporativa
representa o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas,
envolvendo os relacionamentos entre acionistas/cotistas, conselho de
administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal.
Origens no “conflito de
agência”.
O ‘conflito
de agência’ surge porque os interesses daquele que administra a propriedade ou
empresa (‘agente’) nem sempre estão alinhados com os seu titular ou acionista,
o ‘principal’. A governança corporativa procura esse problema, estudado há
muito tempo pela teoria econômica tradicional.
O ‘principal’ delega ao ‘agente’ o
poder de decisão sobre sua propriedade, esperando que este consiga satisfazer
seus interesses. Assim, a principal preocupação é criar mecanismos eficientes,
com sistemas de monitoramento e incentivos, para garantir que o comportamento
dos executivos esteja alinhado com o interesse dos acionistas.
Governança
no Brasil
Os investidores têm procurado boas
práticas de governança corporativa e, desse modo, a questão tem sido
fortalecida no país, mas ainda está defasada. O fato de várias empresas buscarem
listar suas ações na Bovespa também contribui. Como exemplo de iniciativa no
país, podemos citar a classificação das empresas que adotam princípios
diferenciados de governança corporativa da Bovespa.
São três os níveis de governança
corporativa (Nível I, Nível II e Novo Mercado), eles buscam esclarecer ao
mercado a situação da empresa com relação à governança corporativa, para que os
investidores possam tomar suas decisões de compra com maior clareza.
É importante salientar que o ganho de
eficiência na gestão está diretamente aliado ao aumento da liquidez do Mercado
de Capitais Brasileiro e à sua importância no financiamento das empresas
resultam na maior transparência das informações divulgadas pelas empresas.
Atualmente a expressiva quantidade de empresas que utilizam práticas de
Governança Corporativa sugere que tais métodos resultam em benefícios para as
companhias que as adotam.
A maior valorização das ações das
empresas que compõem o IGC (Índice de Governança Corporativa) e ganhos com
maior visibilidade, menores custos de capital e melhora da profissionalização
na gestão, sugerem que as empresas obtêm vantagens ao ingressar no Novo Mercado
nível máximo de Governança Corporativa no mercado brasileiro. A Governança
Corporativa e suas práticas contribuem para o aumento da confiabilidade dos
investidores, colaboradores, instituições financeiras e mercado em geral.
No mercado de capitais verifica-se
que as empresas que adotam as práticas de Governança Corporativa possuem
expectativa de valorização e aumento de liquidez das suas ações, o que de fato
ocorre após a implantação dessas práticas. Nota-se ainda a existência de entraves
quanto à implantação e manutenção da Governança como a conscientização de
colaboradores tempo e excesso de exigências legais para atuação nos seguimentos
diferenciados de listagem. A entrada no Novo Mercado da BOVESPA possui
vantagens quanto à valorização das ações, o crescimento do interesse de
investidores estrangeiros e a visibilidade da companhia no mercado. Seus
entraves estão relacionados à dificuldade de conceder igualdade de condições a
minoritários e possuir todas as ações em negociação sendo ordinárias.
Fonte
e Sítios Consultados
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