Cidadania, Politica e Marginalização Política
- Cidadania e política referem-se ao agir
na sociedade, em vista do bem comum, igualdade social e dignidade coletiva.
Política
O
termo vem do grego “pólis” que significa cidade.
O filósofo Aristóteles usou pela
primeira vez a palavra "política" como ciência e arte do bem comum.
Tomás
de Aquino dizia
que política é a arte de governar os homens e administrar as coisas, visando o
bem comum, de acordo com as normas da reta razão.
Para Maquiavel, em sua obra “O Príncipe”, a política deve se
preocupar com as coisas como são e não como deveriam ser. Para ele, quaisquer
meios são válidos para alcançar fins desejados.
Não por acaso, o termo “Maquiavélico” tornou-se adjetivo para designar
pessoas sem escrúpulos, capazes de esconder suas reais intenções e manipular as
situações a seu favor.
“O Príncipe” seria um manual de tirania que ensina
a fazer o que for necessário para alcançar e conservar o poder.
Maquiavel teria expulsado
para sempre a moral da política. Para alguns interpretes, no entanto, Maquiavel
fingindo dar lições ao príncipe, alertava o povo contra sua tirania.
Marginalização política
Muitos hoje,
decepcionados com a forma do exercício do poder político, afirmam não gostar da
política e nas eleições apenas votam por ser obrigatório.
Esse
desinteresse equivale a renunciar à cidadania. Platão dizia: - “Não há nada de errado com aqueles que não
gostam de política. Simplesmente serão governados por aqueles que gostam”.
O
que significa isso? Quanto
menos as pessoas participam da política mais os interesses particulares dos que
estão no poder irá prevalecer em detrimento dos interesses coletivos.
Ao assumirmos a alienação política, estaremos aceitando que os problemas que dizem respeito às nossas vidas sejam pensados e resolvidos por outras pessoas.
Ao assumirmos a alienação política, estaremos aceitando que os problemas que dizem respeito às nossas vidas sejam pensados e resolvidos por outras pessoas.
Do latim, civitas,
"cidade" é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está
sujeito em relação à sociedade em que vive.
O conceito de
cidadania referia-se à condição daqueles que, pertencendo ao corpo político das
cidades gregas, tinham o direito não apenas de viver em seu território, mas
também de participar diretamente das decisões que determinavam os rumos da vida
da cidade.
Hoje,
o exercício da cidadania ocorre através das relações que estabelecemos com os
outros, com a coisa pública e com o meio ambiente. Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade.
Quem não
tem cidadania está marginalizado ou
excluído da vida social e da tomada de
decisões.
A concretização do exercício da cidadania se dá desde
gestos simples como respeitar as outras pessoas, saber dizer obrigado,
desculpe, por favor... até fiscalizar e denunciar ações das empresas, governo, etc.
“SER” CIDADÃO?
O
direito a vida
O
direito a vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que se constitui
em pré-requisito à existência e no exercício de todos os demais direitos.
Os
direitos humanos
Quando
falamos sobre direitos humanos nos referimos ao conjunto de direitos
necessários para assegurar a vida digna do ser humano. O rol de direitos
humanos abrange, entre outros, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
educação, à saúde, à moradia. Tais direitos são universais, ou seja, são de
todos, não importando a nacionalidade, credo, etnia, opinião política etc.
A
dignidade da pessoa humana
Dignidade
é a consciência que cada pessoa tem sobre seu próprio valor. É, também, o
respeito que a comunidade tem pelas pessoas que nela vivem, o reconhecimento do
valor individual de cada um.
A
sociedade livre e solidária
Sociedade
livre é aquela em que os seus membros estabelecem livremente as regras a que
querem se sujeitar, através de seus representantes, e necessárias à convivência
social. Solidária é a sociedade em que seus membros não apenas buscam a
realização pessoal, mas também contribuem para a realização dos outros,
especialmente daqueles que apresentem maior fragilidade individual.
Liberdade.
Todos
os homens nascem livres e a liberdade é a possibilidade de agir segundo as
próprias convicções.
A
liberdade só pode ser restringida quando há prática de conduta prevista como
crime nas leis do País.
O
direito e ir e vir
É o
direito garantido pela Constituição Federal a todo cidadão, de locomover-se
livremente pelo território nacional em tempo de paz, sem a necessidade de
prévia autorização.
O
direito à intimidade e à privacidade
Direito
a intimidade consiste no direito de proteger as relações subjetivas, os
segredos íntimos da pessoa, relativos à vida amorosa e familiar, às convicções
pessoais e relações de amizade, etc., de modo a impedir intromissões na vida
interior. A intimidade diz respeito às convicções de foro íntimo, aos
pensamentos, aos atos praticados na solidão ou partilhados por aquele que
comunga do mesmo propósito, tal como a prática sexual e as conversas íntimas.
O
direito à igualdade
A
Constituição do Brasil afirma que todos os homens nascem livres e são iguais.
As leis valem para todos e é proibido discriminar as pessoas, que devem ser
tratadas de maneira igual pelo Estado e por todos. Direito à igualdade é o
direito de ser diferente também.
Direito
a informação
Todos
os cidadãos têm direito de conhecer os atos praticados pelas pessoas que
exercem funções administrativas da sociedade. A imprensa deve ser livre para
poder relatar às pessoas, com precisão, os fatos que acontecem no mundo.
A
liberdade de consciência e de crença
A
liberdade de consciência tem relação com a livre manifestação do pensamento. Já
a liberdade de crença relaciona-se à pratica de rituais religiosos.
A
liberdade de expressão
É a
possibilidade que todos têm de expressar seus pensamentos e suas opiniões, sem
censura. Não se pode, no entanto, expressar opiniões racistas e
discriminatórias.
Os
direitos políticos
São os direitos que permitem ao cidadão
participar da soberania popular, ou seja, exercer de forma concreta a liberdade
de participação nos negócios políticos do Estado. São direitos políticos: o
direito de votar e ser votado, a iniciativa popular de lei, a ação popular e a
participação em partidos políticos.
O nascimento da ética do político
Há cerca de
5 séculos, O Príncipe marca o imaginário social
Em
milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da academia
para que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não
sabe quem eles foram: Platão e Maquiavel. Todos ouviram falar em amor platônico
ou em pessoas maquiavélicas.
O
Príncipe tem características notáveis. Primeira: é livro facílimo de ler.
Segunda: apesar disso, não há acordo sobre o que quer dizer. Lemos com
facilidade e não temos certeza do que ele pretende. Talvez porque, terceira
característica, parece contradizer o resto da vida e obra do autor.
Maquiavel
foi um dos chefes da República de Florença, passou anos escrevendo uma grande
obra republicana - os Discursos - mas somente se tornou um dos maiores
pensadores devido a um livro curto que redigiu em poucas semanas.
Por isso
nos perguntamos o que é O Príncipe: é um livro de apologia à monarquia ou uma
sátira cáustica? Sustenta que os fins justificam os meios ou mostra a essência
da política?
- Concentro-me em duas questões
principais do Príncipe.
A
primeira é a convicção de Maquiavel, segundo a qual metade (por assim dizer) do
que acontece em nossas vidas depende da fortuna. "Fortuna" inclui
aqui o infortúnio - a sorte, o acaso, em suma, o que não está em nossas mãos.
O máximo
que conseguiremos, com muito empenho, será controlar a outra metade. Para isso,
teremos de mostrar valor, que ele chama 'virtù'. Usamos a palavra italiana
justamente porque é o contrário do que costumamos chamar de virtude e nada tem
de moral.
Quando
Maquiavel diz que, para reduzir o quinhão da fortuna, o homem tem de ser um
autêntico "vir" (a palavra latina para varão, macho), ele conclui que
não poderá seguir a moral cristã.
Passemos
à segunda questão. Muitos, diz Maquiavel, trataram de Estados ideais e reis
justos, mas tais entes não existem ou não subsistem.
Ele fala
dos Estados reais e como funcionam. Seu capítulo 15 é tido como certidão de
nascimento da ciência política: em vez de discutir como as coisas deveriam ser,
pensa como realmente são.
Para o
leitor, não haveria problema em Maquiavel afirmar que pretenda fazer ciência e
não moral.
O que
choca são as consequências. Primeira: Será que "os fins justificam os
meios"?
Consultei o Google: só em português,
essa expressão aparece 16.500 vezes junto a seu nome.
O curioso é que Maquiavel nunca disse
isso.
Daí a
segunda consequência: ele teria aconselhado os príncipes a mentir, faltar à
palavra. Contudo, diz ele, o príncipe deve fazer o bem sempre que possível, e
usar do mal só quando necessário.
Essa
dupla ressalva dá a Maquiavel a fama de amoral: não fazer o bem sempre, mas quando
possível. Sua análise do poder é uma festa para a ciência, é uma preocupação
para a moral.
Como
controlar nosso destino, como reduzir o quinhão da fortuna?
No
penúltimo capítulo do livro, o autor explica. Há dois tipos de homem, o
cauteloso e o impetuoso. Certas épocas requerem cautela, outras, impetuosidade.
O ideal seria o homem adaptar-se à conjuntura. Este seria o homem prudente.
Maquiavel
exorta: O príncipe deve ser prático, mutável, bom quando possível mau se
necessário, mas, sobretudo, cauteloso conforme a ocasião.
Maquiavel
está na origem da "ética do político". Mas o notável no pensador
florentino é que, sabe ele, essa ética não garante sucesso e pode resultar em
fracasso.
Ser
político não é só vencer. É saber fazê-lo com virtù - capacidade, ação
deliberada e, também, certa honra.
- Talvez,
O Príncipe seja o mais belo elogio da política.
Fonte e Sítios Consultados
Conteúdo da disciplina de Ética do 8º. Semestre do Curso de Bacharelado em Administração
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