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10 de abril de 2013

Cidadania, Politica, Marginalização Política e Maquiavel


Cidadania, Politica e Marginalização Política



- Cidadania e política referem-se ao agir na sociedade, em vista do bem comum, igualdade social e dignidade coletiva.



Política

O termo vem do grego “pólis” que significa cidade.

O filósofo Aristóteles usou pela primeira vez a palavra "política" como ciência e arte do bem comum.


Tomás de Aquino dizia que política é a arte de governar os homens e administrar as coisas, visando o bem comum, de acordo com as normas da reta razão.


Para Maquiavel, em sua obra “O Príncipe”, a política deve se preocupar com as coisas como são e não como deveriam ser. Para ele, quaisquer meios são válidos para alcançar fins desejados.


Não por acaso, o termo “Maquiavélico” tornou-se adjetivo para designar pessoas sem escrúpulos, capazes de esconder suas reais intenções e manipular as situações a seu favor.




“O Príncipe” seria um manual de tirania que ensina a fazer o que for necessário para alcançar e conservar o poder.

Maquiavel teria expulsado para sempre a moral da política. Para alguns interpretes, no entanto, Maquiavel fingindo dar lições ao príncipe, alertava o povo contra sua tirania.




Marginalização política

Muitos hoje, decepcionados com a forma do exercício do poder político, afirmam não gostar da política e nas eleições apenas votam por ser obrigatório.


Esse desinteresse equivale a renunciar à cidadania. Platão dizia: - “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política. Simplesmente serão governados por aqueles que gostam”.



O que significa isso? Quanto menos as pessoas participam da política mais os interesses particulares dos que estão no poder irá prevalecer em detrimento dos interesses coletivos.
Ao assumirmos a alienação política, estaremos aceitando que os problemas que dizem respeito às nossas vidas sejam pensados e resolvidos por outras pessoas.




 Cidadania

Do latim, civitas, "cidade" é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.


O conceito de cidadania referia-se à condição daqueles que, pertencendo ao corpo político das cidades gregas, tinham o direito não apenas de viver em seu território, mas também de participar diretamente das decisões que determinavam os rumos da vida da cidade.


Hoje, o exercício da cidadania ocorre através das relações que estabelecemos com os outros, com a coisa pública e com o meio ambiente. Ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade.


Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões.


A concretização do exercício da cidadania se dá desde gestos simples como respeitar as outras pessoas, saber dizer obrigado, desculpe, por favor... até fiscalizar e denunciar  ações das empresas, governo, etc.




SER” CIDADÃO?


O direito a vida

O direito a vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que se constitui em pré-requisito à existência e no exercício de todos os demais direitos.


Os direitos humanos

Quando falamos sobre direitos humanos nos referimos ao conjunto de direitos necessários para assegurar a vida digna do ser humano. O rol de direitos humanos abrange, entre outros, o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à educação, à saúde, à moradia. Tais direitos são universais, ou seja, são de todos, não importando a nacionalidade, credo, etnia, opinião política etc.


A dignidade da pessoa humana

Dignidade é a consciência que cada pessoa tem sobre seu próprio valor. É, também, o respeito que a comunidade tem pelas pessoas que nela vivem, o reconhecimento do valor individual de cada um.


A sociedade livre e solidária

Sociedade livre é aquela em que os seus membros estabelecem livremente as regras a que querem se sujeitar, através de seus representantes, e necessárias à convivência social. Solidária é a sociedade em que seus membros não apenas buscam a realização pessoal, mas também contribuem para a realização dos outros, especialmente daqueles que apresentem maior fragilidade individual.


Liberdade.

Todos os homens nascem livres e a liberdade é a possibilidade de agir segundo as próprias convicções.

A liberdade só pode ser restringida quando há prática de conduta prevista como crime nas leis do País.


O direito e ir e vir

É o direito garantido pela Constituição Federal a todo cidadão, de locomover-se livremente pelo território nacional em tempo de paz, sem a necessidade de prévia autorização.





O direito à intimidade e à privacidade

Direito a intimidade consiste no direito de proteger as relações subjetivas, os segredos íntimos da pessoa, relativos à vida amorosa e familiar, às convicções pessoais e relações de amizade, etc., de modo a impedir intromissões na vida interior. A intimidade diz respeito às convicções de foro íntimo, aos pensamentos, aos atos praticados na solidão ou partilhados por aquele que comunga do mesmo propósito, tal como a prática sexual e as conversas íntimas.


O direito à igualdade

A Constituição do Brasil afirma que todos os homens nascem livres e são iguais. As leis valem para todos e é proibido discriminar as pessoas, que devem ser tratadas de maneira igual pelo Estado e por todos. Direito à igualdade é o direito de ser diferente também.


Direito a informação

Todos os cidadãos têm direito de conhecer os atos praticados pelas pessoas que exercem funções administrativas da sociedade. A imprensa deve ser livre para poder relatar às pessoas, com precisão, os fatos que acontecem no mundo.


A liberdade de consciência e de crença

A liberdade de consciência tem relação com a livre manifestação do pensamento. Já a liberdade de crença relaciona-se à pratica de rituais religiosos.


A liberdade de expressão

É a possibilidade que todos têm de expressar seus pensamentos e suas opiniões, sem censura. Não se pode, no entanto, expressar opiniões racistas e discriminatórias.


Os direitos políticos

São os direitos que permitem ao cidadão participar da soberania popular, ou seja, exercer de forma concreta a liberdade de participação nos negócios políticos do Estado. São direitos políticos: o direito de votar e ser votado, a iniciativa popular de lei, a ação popular e a participação em partidos políticos.


O nascimento da ética do político

Há cerca de 5 séculos, O Príncipe marca o imaginário social



Em milênios de filosofia, só dois filósofos quebraram as fronteiras da academia para que seus nomes gerassem adjetivos conhecidos de todos, até de quem não sabe quem eles foram: Platão e Maquiavel. Todos ouviram falar em amor platônico ou em pessoas maquiavélicas.


O Príncipe tem características notáveis. Primeira: é livro facílimo de ler. Segunda: apesar disso, não há acordo sobre o que quer dizer. Lemos com facilidade e não temos certeza do que ele pretende. Talvez porque, terceira característica, parece contradizer o resto da vida e obra do autor.


Maquiavel foi um dos chefes da República de Florença, passou anos escrevendo uma grande obra republicana - os Discursos - mas somente se tornou um dos maiores pensadores devido a um livro curto que redigiu em poucas semanas.


Por isso nos perguntamos o que é O Príncipe: é um livro de apologia à monarquia ou uma sátira cáustica? Sustenta que os fins justificam os meios ou mostra a essência da política?


- Concentro-me em duas questões principais do Príncipe.


A primeira é a convicção de Maquiavel, segundo a qual metade (por assim dizer) do que acontece em nossas vidas depende da fortuna. "Fortuna" inclui aqui o infortúnio - a sorte, o acaso, em suma, o que não está em nossas mãos.


O máximo que conseguiremos, com muito empenho, será controlar a outra metade. Para isso, teremos de mostrar valor, que ele chama 'virtù'. Usamos a palavra italiana justamente porque é o contrário do que costumamos chamar de virtude e nada tem de moral.


Quando Maquiavel diz que, para reduzir o quinhão da fortuna, o homem tem de ser um autêntico "vir" (a palavra latina para varão, macho), ele conclui que não poderá seguir a moral cristã.



Passemos à segunda questão. Muitos, diz Maquiavel, trataram de Estados ideais e reis justos, mas tais entes não existem ou não subsistem.


Ele fala dos Estados reais e como funcionam. Seu capítulo 15 é tido como certidão de nascimento da ciência política: em vez de discutir como as coisas deveriam ser, pensa como realmente são.


Para o leitor, não haveria problema em Maquiavel afirmar que pretenda fazer ciência e não moral.


O que choca são as consequências. Primeira: Será que "os fins justificam os meios"?


Consultei o Google: só em português, essa expressão aparece 16.500 vezes junto a seu nome.


O curioso é que Maquiavel nunca disse isso.


Daí a segunda consequência: ele teria aconselhado os príncipes a mentir, faltar à palavra. Contudo, diz ele, o príncipe deve fazer o bem sempre que possível, e usar do mal só quando necessário.


Essa dupla ressalva dá a Maquiavel a fama de amoral: não fazer o bem sempre, mas quando possível. Sua análise do poder é uma festa para a ciência, é uma preocupação para a moral.


Como controlar nosso destino, como reduzir o quinhão da fortuna?


No penúltimo capítulo do livro, o autor explica. Há dois tipos de homem, o cauteloso e o impetuoso. Certas épocas requerem cautela, outras, impetuosidade. O ideal seria o homem adaptar-se à conjuntura. Este seria o homem prudente.


Maquiavel exorta: O príncipe deve ser prático, mutável, bom quando possível mau se necessário, mas, sobretudo, cauteloso conforme a ocasião.


Maquiavel está na origem da "ética do político". Mas o notável no pensador florentino é que, sabe ele, essa ética não garante sucesso e pode resultar em fracasso.


Ser político não é só vencer. É saber fazê-lo com virtù - capacidade, ação deliberada e, também, certa honra.


- Talvez, O Príncipe seja o mais belo elogio da política.













Fonte e Sítios Consultados

Conteúdo da disciplina de Ética do 8º. Semestre do Curso de Bacharelado em Administração



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