Os indivíduos em seus processos
criativos e de aprendizado dependem de grande motivação intrínseca, assim como
de interação com outros, da combinação de múltiplas perspectivas e experiências.
Aponta a Gestão do
Conhecimento como uma estratégia central para desenvolver a
competitividade de empresas e países, discute: investimento em P&D,
tecnologias relacionadas à Gestão do
Conhecimento e teorias sobre criatividade e aprendizado individual e
organizacional.
Vivemos um momento de importante transição do ambiente econômico,
onde a gestão proativa do conhecimento adquire um papel central para a
competitividade tanto das empresas, como dos países. Isto, entretanto, nem
sempre foi assim, pois, no passado, vantagens de localização, assim como o
acesso à mão de obra barata, recursos naturais e ao capital financeiro tinham
papéis muito mais determinantes.
No Brasil, verifica-se que o recurso "conhecimento" vem
aumentando aceleradamente sua importância para o desempenho empresarial e que
os desafios impostos pela relativa e recente abertura econômica tornam a
questão da gestão do conhecimento ainda mais fundamental para as empresas brasileiras.
Acreditamos que sem estratégias empresariais, setoriais e nacionais muito bem
concatenadas e rapidamente implementadas, ficará muito difícil imaginar que as
empresas brasileiras conseguirão se tornar competitivas e, mesmo, sobreviver
aos desafios impostos pela competição internacional.
O modelo econômico de substituição de
importações, adotado até recentemente pelo Brasil, privilegiava o "aprender ao operar".
A abertura econômica e a competição interna e externa com empresas de países
desenvolvidos, contudo, tornam outras formas de aprendizado muito mais
relevantes e requerem uma reversão nas tendências de estagnação dos gastos
públicos em C&T e de falta de cooperação entre as instituições de pesquisa
e o setor público, além de um aumento nos gastos de P&D privados ainda
muito baixos.
Buscando corroborar as afirmações acima sobre a magnitude do
desafio brasileiro, várias evidências encontradas em diversos estudos e bases
de dados mostram que a relativamente recente abertura econômica vem impondo
importantes desafios às empresas brasileiras e aumentando a necessidade do
investimento em tecnologia, em educação e da gestão do conhecimento, de maneira
geral.
A Gestão do Conhecimento vai, no entanto,
muito além, do investimento em tecnologia ou o gerenciamento da inovação. A
Gestão do Conhecimento nas organizações passa, necessariamente, pela
compreensão das características e demandas do ambiente competitivo e, também,
pelo entendimento das necessidades individuais e coletivas associadas aos
processos de criação e aprendizado.
De um lado, é evidente que estamos vivendo em um ambiente
cada vez mais turbulento, onde vantagens competitivas precisam ser
permanentemente, reinventadas e onde setores de baixa intensidade em tecnologia
e conhecimento perdem, inexoravelmente, participação econômica. Neste contexto,
o desafio de produzir mais e melhor vai sendo suplantado pelo desafio,
permanente, de criar novos produtos, serviços, processos e sistemas gerenciais.
Por sua vez, a velocidade das transformações e a complexidade crescente dos
desafios não permitem mais concentrar estes esforços em alguns poucos
indivíduos ou áreas das organizações.
Os trabalhadores, por sua vez, vêm aumentando, de forma considerável,
seus patamares de educação e aspirações, ao mesmo tempo em que o trabalho passa
a ter um papel central em suas vidas. De fato, verifica se que os "indivíduos
organizacionais", de forma crescente, se realizam sendo criativos
e aprendendo constantemente.
Esta coincidência aponta, de um lado, para uma grande
oportunidade: a de se criar círculos virtuosos de geração de conhecimentos.
Estes ocorrem no momento em que as empresas cientes da necessidade de se
reinventarem, de desenvolverem suas competências, de testarem diferentes
ideias, de aprenderem com o ambiente e de estarem sempre buscando grandes
desafios, adotam estilos, estruturas e processos gerenciais que desencadeiam
processos semelhantes no nível individual.
A revisão da literatura mostra que os
processos de criação e aprendizado individual, de forma análoga ao processo
organizacional, demandam e implicam em reinvenção pessoal, ou seja, estão
associados à mudanças de modelos mentais, mapas cognitivos e de comportamentos,
assim como à busca de grandes desafios e resoluções de tensões internas. Além
do mais, também se verifica que os indivíduos, em seus processos criativos e de
aprendizado, dependem de grande motivação intrínseca, assim como da interação
com outros, da combinação de múltiplas perspectivas e experiências e,
finalmente, de tentativas e erros pessoais.
Os conceitos acima, bastante associados aos das "Learning Organizations"
ou das "Knowledge
Creating Companies", não são, todavia, facilmente traduzíveis,
transferidos e aplicáveis à prática gerencial. É com esta perspectiva que é
preciso analisar os "Facilitating Factors"
ou "Enabling
Conditions", ou seja, as práticas, normas e processos que estimulam ou
inibem a captação, geração, difusão e armazenamento de conhecimento pelas
organizações.
Fonte e Sítios Consultados
http://biblioteca.terraforum.com.br/Paginas/OGrandeDesafioEmpresarial!.aspx
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