A Competição Incentiva o
Crescimento da Educação Corporativa no Brasil
- Empresas se preocupam cada vez mais em formar os
próprios funcionários.
- As Universidades também formatam os cursos às
necessidades das empresas.
A falta de mão de obra
qualificada e a competição entre as empresas incentivam o crescimento da
educação corporativa no Brasil. Uma grande rede varejista construiu um clube
para o lazer dos funcionários. Mas, entre o parquinho e a piscina, estão as
salas de aula. O que era só um espaço para convivência dos trabalhadores virou
a universidade de uma empresa. No local se ensina desde o ‘bê-a-bá’ que, no
caso do varejo, é vender.
“Quando falaram para gente que a gente viria, eu
falei, é uma escola, mas na pratica quando a gente chegou aqui é uma coisa
totalmente diferente, que a gente não conhecia”, diz a vendedora Patrícia
Santos.
Os Vendedores recém-contratados,
como Patrícia, têm, no mínimo, 90 horas de aula antes de abordar o primeiro
cliente. Já o time de gerentes está no meio de um MBA em gestão de varejo. “O
tempo inteiro a gente tem que estar tentando descobrir este novo cliente”,
explica a gerente regional, Ivone Rosella.
Dependendo do treinamento, os
funcionários chegam a ficar duas semanas no local. Por isso, além de salas de
aula, a universidade corporativa tem mais de 60 quartos.
“O mercado no varejo no Brasil tem se
profissionalizado bastante, existe um ditado em inglês: varejo é detalhe, não é
só preço, não é só produto, é relacionamento, é atendimento”, conta o diretor
de RH das Pernambucanas, Nelson Carvalho.
- No Rio de Janeiro, numa grande universidade, a
educação não é a atividade-fim. É o meio para melhorar os resultados da
empresa.
Os desafios da exploração de
petróleo, as novas tecnologias, fazem com que companhia precise ajustar a
formação dos funcionários constantemente. Todo o ano pelo menos 800 cursos são
criados ou adaptados às novas necessidades. Empresa e universidade são como
duas engrenagens, que precisam estar sincronizadas.
Toda vez que a empresa precisa de
um treinamento para uma determinada área, informa para a universidade, que
desenha o curso mais adequado no menor tempo possível.
“Várias das carreiras nossas, o mercado não entrega
o profissional pronto para nós. Se você precisar de um curso de curta duração,
simples, ele sai em questão de semanas. Cursos mais completos podem durar
alguns meses para estarem formatados e prontos”, diz o gerente-geral da
Universidade Petrobras,
José Alberto Bucheb.
Os cursos podem durar de três
dias a dois anos. Em média, cada funcionário passa por 85 horas de treinamento
por ano. “Posso dizer que a maioria da grade do curso é nova para mim, tem
coisas que no técnico a gente não aprende”, fala o técnico de mecânica, Gabriel
Leão.
“Durante o curso, a gente já sabe o que vai fazer
durante a nossa rotina de trabalho o que vai trazer de resultados mais rápido
para a empresa”, explica a geóloga Mariana Pinheiro.
Uma pesquisa da FIA (Fundação
Instituto de Administração) mostra que os cursos mais comuns são os de curta
duração e customizados, ou seja, feitos sob medida para cada empresa.
Em 63% das companhias
pesquisadas, os programas privilegiam o aprendizado técnico. Ainda que o
orçamento seja limitado, as empresas já entendem que o ideal é não economizar
muito nessa área. O mais importante é a qualidade e a confiabilidade do
programa. Se gasta, em média, R$ 1,4 mil por ano para cada funcionário
treinado.
Para a coordenadora da pesquisa,
da FIA, Marisa Eboli, o próximo passo é difundir a educação corporativa
à distância. “Eu não vejo outra forma se não as empresas adotarem de maneira
séria as diversas ferramentas de educação a distância para terem ganho de
escala, otimizarem custos, poderem atingir os diversos públicos, que é um dos
princípios da educação corporativa que a educação a distância pode viabilizar,
que é o aprender a qualquer hora e em qualquer lugar”.
Fonte e
Sítios Consultados
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2012/12/competicao-incentiva-o-crescimento-da-educacao-corporativa-no-brasil.html
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