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31 de março de 2013

A Competição - Incentivadora do Crescimento da Educação Corporativa no Brasil


A Competição Incentiva o Crescimento da Educação Corporativa no Brasil

 


 

- Empresas se preocupam cada vez mais em formar os próprios funcionários.

 

- As Universidades também formatam os cursos às necessidades das empresas.

 

A falta de mão de obra qualificada e a competição entre as empresas incentivam o crescimento da educação corporativa no Brasil. Uma grande rede varejista construiu um clube para o lazer dos funcionários. Mas, entre o parquinho e a piscina, estão as salas de aula. O que era só um espaço para convivência dos trabalhadores virou a universidade de uma empresa. No local se ensina desde o ‘bê-a-bá’ que, no caso do varejo, é vender.

“Quando falaram para gente que a gente viria, eu falei, é uma escola, mas na pratica quando a gente chegou aqui é uma coisa totalmente diferente, que a gente não conhecia”, diz a vendedora Patrícia Santos.



Os Vendedores recém-contratados, como Patrícia, têm, no mínimo, 90 horas de aula antes de abordar o primeiro cliente. Já o time de gerentes está no meio de um MBA em gestão de varejo. “O tempo inteiro a gente tem que estar tentando descobrir este novo cliente”, explica a gerente regional, Ivone Rosella.

Dependendo do treinamento, os funcionários chegam a ficar duas semanas no local. Por isso, além de salas de aula, a universidade corporativa tem mais de 60 quartos.

“O mercado no varejo no Brasil tem se profissionalizado bastante, existe um ditado em inglês: varejo é detalhe, não é só preço, não é só produto, é relacionamento, é atendimento”, conta o diretor de RH das Pernambucanas, Nelson Carvalho.

- No Rio de Janeiro, numa grande universidade, a educação não é a atividade-fim. É o meio para melhorar os resultados da empresa.



Os desafios da exploração de petróleo, as novas tecnologias, fazem com que companhia precise ajustar a formação dos funcionários constantemente. Todo o ano pelo menos 800 cursos são criados ou adaptados às novas necessidades. Empresa e universidade são como duas engrenagens, que precisam estar sincronizadas.

Toda vez que a empresa precisa de um treinamento para uma determinada área, informa para a universidade, que desenha o curso mais adequado no menor tempo possível.

“Várias das carreiras nossas, o mercado não entrega o profissional pronto para nós. Se você precisar de um curso de curta duração, simples, ele sai em questão de semanas. Cursos mais completos podem durar alguns meses para estarem formatados e prontos”, diz o gerente-geral da Universidade Petrobras, José Alberto Bucheb.
 
 

Os cursos podem durar de três dias a dois anos. Em média, cada funcionário passa por 85 horas de treinamento por ano. “Posso dizer que a maioria da grade do curso é nova para mim, tem coisas que no técnico a gente não aprende”, fala o técnico de mecânica, Gabriel Leão.

“Durante o curso, a gente já sabe o que vai fazer durante a nossa rotina de trabalho o que vai trazer de resultados mais rápido para a empresa”, explica a geóloga Mariana Pinheiro.

Uma pesquisa da FIA (Fundação Instituto de Administração) mostra que os cursos mais comuns são os de curta duração e customizados, ou seja, feitos sob medida para cada empresa.

Em 63% das companhias pesquisadas, os programas privilegiam o aprendizado técnico. Ainda que o orçamento seja limitado, as empresas já entendem que o ideal é não economizar muito nessa área. O mais importante é a qualidade e a confiabilidade do programa. Se gasta, em média, R$ 1,4 mil por ano para cada funcionário treinado.

Para a coordenadora da pesquisa, da FIA, Marisa Eboli, o próximo passo é difundir a educação corporativa à distância. “Eu não vejo outra forma se não as empresas adotarem de maneira séria as diversas ferramentas de educação a distância para terem ganho de escala, otimizarem custos, poderem atingir os diversos públicos, que é um dos princípios da educação corporativa que a educação a distância pode viabilizar, que é o aprender a qualquer hora e em qualquer lugar”.
 

 

Fonte e Sítios Consultados

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2012/12/competicao-incentiva-o-crescimento-da-educacao-corporativa-no-brasil.html

 

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