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29 de janeiro de 2013

Caos, o novo ambiente da Administração


Caos, o novo ambiente da Administração

 
A Administração contemporânea vive novos tempos de caos. As respostas de sempre não respondem mais às novas perguntas, desafiantes, mutantes. As demandas das empresas e suas equipes de trabalho crescem vertiginosamente, sem obter eco por parte dos executivos e gestores de todas as áreas. Os gurus buscam respostas e, quase sempre, repisam as mesmas soluções de décadas. Raros são os que buscam a essência do conhecimento e da descoberta, lapidada nesta citação de Confúcio: “Eu não procuro saber as respostas, eu procuro compreender as perguntas”. A frase de efeito da vencedora campanha publicitária da TIM que está na mídia, é contundente: Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas.


         Clientes não são mais exigentes do que o eram a apenas cinco anos atrás. Embora elas sejam pessoas que querem ser atendidas em suas expectativas e necessidades, estas sim profundamente modificadas por um mundo conectado, interligado, aonde a informação e o conhecimento difundem-se numa velocidade avassaladora, influindo decisivamente nos padrões de comportamento. Isso sim tem forte impacto emocional em suas demandas pessoais, profissionais, existenciais. A necessidade de integração e identidade social pelo consumo é vital no mundo contemporâneo, e isso pressiona demais as pessoas de todas as classes sociais, de todos os níveis de conhecimento.


          E no campo do conhecimento, a Universidade não consegue acompanhar esse caos e também mergulha num oceano de dúvidas e incertezas, gerando ansiedades por não responder às perguntas e dúvidas formuladas por estudantes, docentes e a sociedade. A academia sempre está a reboque da realidade frenética e delirante do mundo corporativo. Somente nas raríssimas instituições de grande porte e projeção mundial o conhecimento insere-se num ‘cenário up to date’, forjado por iniciativa de pensadores fincados na realidade das empresas e dos negócios como consultores, como conselheiros, como cientistas ou pesquisadores dessa realidade.


        Vivemos este cenário formatado por uma realidade com intensas mudanças assimétricas, num mundo repleto de oportunidades e riscos. Isso exige um novo posicionamento dos profissionais da Administração e capacidade para a tomada de decisões diante do caos. E assimetrias são a essência do caos, que é a essência do universo desde tempos imemoriais. Para Hesíodo, o primeiro poeta grego, Caos é o primeiro deus mitológico e que deu origem ao universo. Caos é dinâmico, complexo, aleatório, mas para os pensadores, filósofos e até matemáticos, há ordem no caos. Esta é a questão central para administradores e gestores: identificar como inserir ou obter ordem no caos ou, por outro lado, adaptar-se a ele.


          Desse modo, o desafio permanente é e será a capacidade de adaptar-se a esse extremo de incertezas, aonde as soluções serão o fruto supremo da descoberta, da invenção, da inovação, das tentativas e erros e da incansável energia humana para encontrar alternativas, saídas, respostas. Sempre foi assim, mas agora o será com maior intensidade, maior profundidade. Darwin já identificara que a capacidade de adaptação é o requisito da sobrevivência e continuidade das espécies, mas o processo evolucionista transcende o meio biológico, transformando a seleção natural da competitividade através da adaptação como o foco central de eventos e fenômenos observados nas ciências sociais, na psicologia, na economia e nos mais diversos campos da atividade humana.


          Para adaptar-se, é fundamental quebrar paradigmas, que é a maior força destruidora de novas respostas e novas soluções. O problema é que os paradigmas são a natureza do pensamento e do comportamento humano e exercem um poder impressionante para rejeitar o novo, o diferente, o inusitado. Para quebrar paradigmas, Alvin Toffler já vaticinara: “O analfabeto do século XXI não será aquele que não sabe ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”. E desaprender para reaprender tem sido o maior desafio para o desenvolvimento humano na atualidade, mas vez por outra somos surpreendidos pela dificuldade e resistência que pessoas e grupos de trabalho enfrentam para aprender.


          Este é o cenário desafiante da contemporaneidade, inserido em assimetrias caóticas e incertezas profundas que apontam para o acirramento das condições ambientais para os negócios. Um novo perfil profissional é requerido e empreendedores, líderes, administradores e gestores precisam urgentemente buscar competências novas a partir de mudanças internas, de comportamentos e pensamentos. Precisam tomar para si a responsabilidade intransferível por mudanças no meio ambiente, em busca por resultados e desempenho que considerem maior equidade entre elementos incompatíveis como desenvolvimento e sustentabilidade, crescimento da riqueza e distribuição de ganhos. Enquanto 200 das pessoas mais ricas do planeta concentrarem os ganhos anuais de quatro bilhões de seres humanos, não haverá trégua. A hecatombe global de setembro de 2008 já apontou isso, infelizmente até agora, nada demonstrou que este último desastre foi capaz de gerar um novo aprendizado.

 

Fonte e Sítios Visitados

http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/caos-o-novo-ambiente-da-administracao/33479/

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