18 de maio de 2010

Os Anos 80, com Administração e a Visão da Sociologia.



     A década dos anos 80 foi marcada por um grande salto tecnológico. Quando a automação, a robótica e a microeletrônica tomaram o universo fabril e trouxeram um conjunto de experimentos, ocasionando novos processos de trabalho aonde o cronômetro e a produção em série e de massa são “substituídos” pela flexibilização da produção, pela “especialização flexível” e por novos padrões de busca de produtividade. Começam a ser ensaiadas as modalidades de desconcentração industrial, que buscam os novos padrões de gestão da força de trabalho como a busca da “qualidade total”.

    Sabendo que o controle do tempo e movimentos pelo cronômetro taylorista e a produção em série fordista foram consolidadas no último século, agora atribui-se a Sabe e Piore a tese da “especialização fluxível”: que seria a expressão de uma processualidade, que articula um significativo desenvolvimento tecnológico e de outro lado uma desconcentração produtiva.





    Mesmo com ressalvas sobre está tese de Sabe e Piore, podemos sugerir que a fragmentação do trabalho adicionada ao incremento tecnológico, veio possibilitar uma maior exploração e um maior controle sob as atividades de trabalho, já que a acumulação flexível envolve rápidas mudanças dos padrões do desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regiões geográficas, criando um segmento de serviço chamado de “setor de serviços.”

    Em conseguencia dessas formulações, Harley desenvolveu sua tese de acumulação flexível, que mantém três pontos essenciais. A primeira é voltada para o crescimento, a segunda é o crescimento em valores reais que se apóia na exploração do trabalho vivo no universo da produção e a terceira cita o capitalismo como tendo uma intrínseca dinâmica tecnológica e organizacional.

    Para atender às exigências mais individualizadas de mercado, no melhor tempo e com melhor “qualidade”, é preciso que a produção se sustente num processo produtivo flexível, que permita a um operário operar várias máquinas, rompendo assim com a relação um homem/uma máquina. È a chamada polivalência, que mais do que a expressão é exemplo de uma maior qualificação, ao mesmo tempo, o trabalho passa a ser realizado em equipe.

    A conseguencia mais evidente aparece no distanciamento pleno de qualquer alternativa para além do capital, à medida que se adota uma ótica do mercado, da produtividade, das empresas, não levando em conta os outros elementos como a questão do desemprego estrutural, que está globalizado e não poupa qualquer nação do mundo.





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