13 de maio de 2010

A História do descaso

       "Esta passagem foi tema de estudo em Classe na semana passada (08/05/2010), o texto que usamos é do ano de 2008, percebe-se que se fosse do ano de 2010 estaria atual."


      Somente no Estado de São Paulo, a Fundação CASA ou Fundação Estadual do Bem Estar do Menor, atende a mais de 20.000 jovens que estão sob medidas sócio-educativas. O que muitos desconhecem é que a história da Fundação Casa vem desde os tempos do Império, afinal o primeiro projeto de proteção à infância do qual se tem conhecimento foi assinado por José Bonifácio de Carvalho, nos tempo do Império.








     E como podemos acompanhar nos noticiários policiais de hoje em dia, não existe muito do que se orgulhar a esse respeito. Segundo SILVA (2008), foram necessárias dezoito rebeliões só nos três primeiros meses desse ano para que o nosso Governo percebesse o problema e tomasse alguma providência concreta para resolvê-lo, ou pelo menos tentar resolver.



     Voltando a falar sobre alguns fatos do passado, existem relatos de que após a abolição da escravatura, em 1888, o número de abandonados e infratores cresceu muito, o que fez com que no ano de 1894 fosse proposta a criação de uma instituição específica para a criança e os adolescentes que, até então, ficavam em prisões comuns.



     Percebemos que o tempo passa e os problemas continuam os mesmos, afinal, não existe nenhuma técnica ou estudo específico sobre esse assunto, o método utilizado nessa situação é o mesmo utilizado com os animais. Para SILVA (2008), como o do Tatuapé, os outros quatro complexos gigantes que a Febem mantém hoje parecem ter sido meticulosamente planejados para dar errado, além da heterogeneidade das populações, existe a mistura de infratores primários com reincidentes, o que por si só, já é um erro absurdo.
    




     Para finalizarmos essa triste constatação, é importante perceber que o tempo passa, as formas de governo mudam, os políticos são substituídos e nenhum resultado eficaz é obtido. Talvez seja o momento de se repensar o que realmente queremos para o futuro e como iremos identificar e consertar as reais falhas da estrutura comportamental, tanto na estrutura da família, como na estrutura dos governos e na própria estrutura do ser humano que se apresenta nos dias de hoje.





Bibliografia: SILVA, Arnaldo José. A Fome e a Modernidade. 2º. Ed. São Paulo – Cortez, 2008.

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