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1 de janeiro de 2021

O Paradoxo da ignorância: Efeito Dunning-Kruger


 

 

Quem nunca presenciou pessoas que adoram dar opinião a respeito de qualquer  tema  acreditando que tem conhecimento para fazer isso com propriedade? Se a resposta foi sim, é possível que estejamos diante de alguém que vivencia o efeito Dunning-Kruger e que ainda não sabe disso – o efeito Dunning-Kruger  é um viés cognitivo que leva as pessoas com menos habilidade e conhecimento a pensar que sabem mais do que as outras. O fato é que quanto menos elas sabem mais elas pensam que sabem e realmente, elas acreditam ser totalmente gabaritados.

 

Muitas vezes, aqueles que têm esse problema tendem a impor suas ideias, em vez de simplesmente dar uma opinião, considerando-as verdades absolutas. Os outros são vistos como totalmente ignorantes e incompetentes, mesmo que não o sejam.

 

 

O efeito Dunning-Kruger

Esse fenômeno foi descrito e estudado em 1999 pelos psicólogos Justin Kruger e David Dunning da Cornell University e se referem a indivíduos que não têm competência em uma determinada área, mas acreditam verdadeiramente que sabem mais do que os mais preparados e versados no tema. Os especialistas investigaram o que levava essas pessoas a tomarem decisões ruins e alcançar resultados indevidos pela insistência em um conhecimento que não possuem – foi quando Dunning e Kruger concluíram que esses indivíduos estariam sofrendo com uma superioridade ilusória e que a sua incompetência os impedia de entender seus próprios erros. Esses indivíduos que estariam superestimando as suas habilidades no campo intelectual e/ou social. As duas principais dificuldades nesse caso são ter que administrar os resultados negativos obtidos de seus erros e a incapacidade cognitiva de perceber que não sabem o que acreditam saber.

 



Um exemplo real - em 1995, McArthur Wheeler assaltou dois bancos consecutivos no mesmo dia na cidade de Pittsburg, na Pensilvânia, Estados Unidos. Detalhe: ele não usou nenhuma máscara para esconder seu rosto. É claro que ao ser flagrado pelas câmeras, ele foi obviamente reconhecido e facilmente capturado. Ao ser preso, ele estava profundamente desolado afinal, ele havia passado suco de limão no rosto e acreditava que, com isso, teria ficado totalmente invisível.

 

O fato é que alguns amigos do assaltante McArthur Wheeler haviam “ensinado” um truque a ele e ele testou: aplicou suco de limão no rosto e logo tirou uma fotografia sua. Então, ele pôde comprovar que a sua imagem não saia nela. No entanto, o mesmo limão o tinha impedido de ver que ele não tinha focado o seu rosto, mas sim no teto. “Como alguém pode ser tão idiota?”.

 

Essa história chegou ao conhecimento do profissional de psicologia social da Universidade de Cornell, David Dunning, que se perguntou se a incompetência pode nos fazer desconhecer o quanto somos incompetentes. Então, ele iniciou uma série de experimentos com seu colega Justin Kruger e foi esse estudo que deu origem ao efeito Dunning-Kruger. Para analisar esse fenômeno cientificamente, os psicólogos aplicaram testes de lógica, gramática e humor (percepção de graça ou não em algo) para alunos do curso de psicologia da Cornell University. Os participantes quase em sua maioria superestimaram os resultados que obtiveram nos testes. A segunda etapa do experimento consistiu em oferecer a eles qualificação nas áreas abordadas - então, um novo teste foi realizado e agora que os estudantes tinham maior conhecimento, subestimaram o quão bem tinham ido nos exames. Em resumo, o que esse experimento identificou é que quanto mais incompetente uma pessoa é, menos ela tem consciência de sua própria incompetência. Durante quatro experimentos, os dois psicólogos analisaram as habilidades de algumas pessoas no campo da gramática, raciocínio lógico e humor, pedindo-lhes para estimar seu nível de competência e, em seguida, realizando testes de avaliação. Eles perceberam que, quanto mais incompetente era uma pessoa, menos consciente disso ela era. Enquanto as pessoas mais competentes se subestimavam.


Ou seja, foram avaliados diversos comportamentos humanos que validaram um modelo que esclarece porque pessoas com pouco conhecimento sobre um determinado assunto, quando fazem uma auto avaliação, podem se considerar mais sábias do que de fato são. Em resumo, aquele que pouco conhece sobre um tema não tem a dimensão ampla e o comparativo com quem é especialista no assunto. A confiança elevada viria justamente pela falta de conhecimento do que seria um nível elevado de sabedoria numa determinada matéria.   

 


 


 

Pontos importantes do efeito Dunning-Kruger

O estudo de Dunning e Kruger possibilitou tirar algumas conclusões bem interessantes a respeito de pessoas incompetentes, a lista abaixo contém um pequeno resumo que permite entender melhor a questão.

 

Os incompetentes não conseguem reconhecer a sua incompetência, podendo passar a acreditar que são injustiçados por não conseguirem os resultados esperados. Mesmo que estejam passando por problemas decorrentes de erros cometidos por não terem conhecimento, esses indivíduos pensam que sabem mais do que a maioria e que estão acima dos demais.

 

– Os incompetentes não são capazes de reconhecer a competência em outros indivíduos, pois tendem a acreditar que são os mais inteligentes no grupo em que se encontram. Se alguém disser o contrário, é bem provável que eles identifiquem isso como inveja ou como o desejo de lhes roubar o seu status diferenciado.



 


– A incompetência rouba dos indivíduos a capacidade cognitiva de entender que não têm conhecimento numa área específica. Dunning comparou essa incapacidade a anosognosia, que corresponde à perda de consciência e negação sobre a própria doença e suas limitações, ou seja, é uma condição em que uma pessoa que possui alguma deficiência simplesmente a ignora, independente do grau de severidade. O incompetente não tem exatamente o que precisa para saber que nada sabe.

 

Os indivíduos que sofrem com o efeito Dunning-Kruger podem reconhecer e aceitar que eram incompetentes se passarem por um processo de qualificação e adquirirem conhecimentos. A melhor solução é sempre o aprendizado e, quando se percebe que boa parte da população está caminhando para um efeito Dunning-Kruger coletivo, é um sinal de alerta para pensar em políticas de educação para essas pessoas - Durante esse processo de investigação do fenômeno, os pesquisadores perceberam que a evolução do conhecimento pode ser representada na forma de um gráfico. Curiosamente, antes de descobrir e aceitar que não se sabia nada ou muito pouco sobre um tema, o indivíduo passa por uma fase chamada de “monte da estupidez”, que é exatamente o momento em que ele acredita saber muito e quer dar sua opinião sobre o assunto em questão, sem perceber que provavelmente está passando vergonha.

 

 


UM ALERTA: Ninguém está livre do efeito Dunning-Kruger

Caso alguém esteja pensando em como as pessoas podem ser iludidas de seu próprio conhecimento, seria bom saber que também podem ser vítimas do efeito Dunning-Kruger.  Assim, quando alguém te perguntar a respeito de alguma habilidade sua, fique atento se não está superestimando o seu desempenho. Uma forma de evitar ser vítima desse fenômeno é manter a leitura em dia e sempre estar se qualificando. O conhecimento é a principal ferramenta para combater a ignorância em relação à própria ignorância

 

 







Os perigos do efeito Dunning-Kruger

Se as questões a respeito do efeito Dunning-Kruger girassem apenas em torno de pessoas que acham que jogam pôquer melhor do que realmente jogam ou que sabem mais do que realmente sabem sobre literatura russa, não haveria grande problema. Porém, esse fenômeno pode ter consequências reais e muito graves em muitos setores, veja o que acontece atualmente (2020/2021) com essa pandemia do Coronavirus, muitas pessoas preferem ignorar o perigo que elas ‘sabem que correm’ tendo atitudes contrárias as recomendações médicas sobre como se proteger. E na economia, por exemplo, isso se repete - em 2008, o mundo foi atingido por uma crise financeira que teve seu início nos Estados Unidos devido a esquemas arriscados desenvolvidos por indivíduos do setor financeiro e o desconhecimento dos consumidores. No ano de 2012, foi realizada uma pesquisa em que 23% das pessoas que haviam declarado falência nesse período acreditavam que eram especialistas em finanças. Se essas pessoas reconhecessem a sua incompetência como investidoras poderiam ter evitado a tomada de decisões ruins e diminuído o impacto da crise financeira que teve alcance mundial. Outras áreas podem ser bastante prejudicadas com a inserção de pessoas sem preparo, como a política, por exemplo. Não há nada mais arriscado do que um indivíduo que desconhece a sua falta de conhecimento em uma área crítica para inúmeras outras pessoas.

 

 

Uma Curiosidade Sobre o Efeito Dunning-Kruger

Dunning e Kruger foram agraciados com o Prêmio IgNobel do ano 2000, que tem o nome inspirado no tradicional Prêmio Nobel. Para quem não conhece, esse prêmio é oferecido para as descobertas científicas que são consideradas as mais inusitadas do ano. Mas, que fique claro que não se trata de um demérito, pois geralmente essas descobertas provocam riso e depois abrem a perspectiva de reflexão. Segue o padrão do efeito Dunning-Kruger, em que primeiro se é ignorante a respeito de algo, sem que se possa entender a própria incompetência, e somente depois, com conhecimento, se torna possível adquirir consciência da relevância da questão. Com certeza, não há dúvidas de que entender esse fenômeno está cada vez mais importante em uma sociedade que está tão focada em ler e escrever comentários em redes sociais a respeito de variados temas - é como se todo mundo fosse especialista em tudo.

 

Finalizamos esse com o pensamento de que o efeito Dunning-Kruger é uma realidade contundente nesta era onde quase toda nossa interação pessoal acontece virtualmente, mas, não se limita à vida on line – e o grande desafio é conseguir perceber esse fenômeno em si mesmo e nos outros, o que seria um grande passo para a evolução do aprendizado e da melhoria no compartilhamento de informações úteis. Seria interessante que evitássemos propagar dados não seguros e opiniões carregadas de emoção, que não condizem com a verdade.

 








Fonte e Sítios Consultados

 

https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento

https://www.pensarcontemporaneo.com

https://valor.globo.com/carreira/coluna


30 de dezembro de 2020

BRASIL - Moral da Integridade e a Moral do Oportunismo

 




       Vamos aproveitar esse final do ano de 2020 para rever como anda a moral dos brasileiros - é fato que obrasileiros entraram neste século 21 percebendo que o 'seu' país passa por momentos delicados no que se refere à honestidade do seu povo – e sabemos que não é preciso fazer grandes ‘pesquisas’ para encontrarmos vários exemplos disso em qualquer segmento da nossa sociedade, como por exemplo:




· Sonegação de imposto - O dinheiro sonegado poderia contribuir para a construção de estradas, hospitais e melhorar a infraestrutura do Brasil. A grana acabou indo pelo ralo pelas mãos da própria população.

 

·  Carteirinhas falsas - O fato é que a carteirinha falsa já se espalhou de tal maneira, que produtores de espetáculos praticamente dobraram o valor das entradas no Brasil para poder compensar o dinheiro perdido com as falsificações.

 

· Colas em Vestibulares e Concursos – Isso acontece a todo instante por esse país, como por exemplo, nos muitos vestibulares ou nos concursos de muitas classes profissionais, como dos Advogados, dos Médicos e etc.

 

·  Compra de CNH – Esse é um tipo de crime muito comum em todo o Brasil, talvez essa possa ser uma das explicações para o número absurdo de mortes no transito brasileiro.

 

·  Políticos Corruptos – Ficou comum acompanhar ‘diariamente’ denuncias a essa classe da sociedade e isso acontece em todos os níveis, como: Prefeitos, Governadores, Ministros, Presidentes e ex-presidentes e todos os demais cargos públicos deste Brasil, inclusive o caso das ‘rachadinhas’, que é quando existe o desvio de salários de assessores de políticos que são repassados aos parlamentares.  

 



 

·   Pirataria – Esse é o exemplo clássico de um crime que a sociedade brasileira convive diariamente com total naturalidade, onde o comércio é realizado à luz do dia e sem o menor constrangimento, tanto para o vendedor quanto para o comprador. A mesma regra se aplica à cópia ilegal de músicas, filmes, softwares ou qualquer tipo de conteúdo com direitos autorais feitas pela internet.

 

· Desrespeito aos outros – Exemplos deste tipo são muitos, por isso vamos apenas a alguns, como: aquela vaga de deficiente não é sua, o lugar para idosos e deficientes no transporte público, nas filas do mercado e etc. Aquele som alto do vizinho ou do carro em frente as nossas casas e etc.

 

·O troco errado – Quem nunca ficou feliz ao perceber que levou vantagem no erro do outro, ou seja, aquela malandragem existente na cultura brasileira que faz com que a “lei do mais esperto” transforme tudo em uma bola de neve.

 

· Pagando um "cafezinho" – O ato de oferecer um "cafezinho" para quem quer que seja a fim de obter alguma vantagem ilícita.  Essa é a Lei do mais esperto ‘do levar vantagem em tudo’ que entra em ação mais uma vez, simplesmente com a intensão de corromper alguém, que pode ser com algum fiscal, um guarda de transito, um funcionário público e etc.

 

· Gatonet – Isso é muito comum, ‘infelizmente’ encontrar o comércio daquele aparelhinho com o poder de “sintonizar (de graça) todos os canais da sua TV a cabo”. Basta pagar uma vez e pronto, você tem todos os canais livres para consumo. 

 



 

                É verdade que convivemos a muito tempo com ‘aquela’ história de levar vantagem em tudo”, que nada mais é do que moral do oportunismo.  - sabendo que além da moral do oportunismo existe a moral da integridade, e cada uma delas têm seu espaço próprio e refletem a ambivalência da sociedade brasileira, que podemos dividir em dois discursos: o discurso oficial (da integridade, para mostrar para os outros) e o discurso oficioso (aquele do oportunismo, das ações que não se quer mostrar em público), que alimenta e sacramenta a hipocrisia.

  


Quando tratamos da moral da integridade, como o próprio nome diz é comum acontecerem reclamações e indignações (reais ou fingidas?) contra a corrupção, a falta de vergonha na cara, e tudo quanto é tipo de patifaria. Já, na moral do oportunismo, o melhor a fazer é levar vantagem em tudo, de modo que isso não se torne público, o importante ‘é nos darmos bem’, e quem não quer fazer parte desse esquema é “babaca”, “ingênuo”.

 


Examinando essas duas morais brasileiras, percebemos que a primeira, a moral da integridade, é um sistema de normas morais oficiais do imaginário brasileiro, com ações e comportamentos baseados na virtude e em atos decentes. Ela é compartilhada nas escolas, nas igrejas, direciona os tribunais e a imprensa consciente. Caminha junto de valores como a honestidade, a lealdade, a idoneidade, o decoro, a lisura na administração pública, tem o habito de cumprir com a palavra, de cumprir as obrigações, de zelar e obedecer aos costumes, de respeitar a verdade e a legalidade e junto do próximo. Caracteriza a pessoa confiável, aquela que se pode acreditar. Nesse caso, os interesses privados são subordinados ao bem comum. A probidade é enaltecida, em detrimento da desonestidade, da enganação, da fraude, do blefe e da manipulação da “inocência” dos outros.

 

 

-  A Moral da integridade configura o comportamento considerado decente e virtuoso.

 

-  Faz apologia da virtude, distingue as que possuem “caráter” daquelas que “não prestam”.

 

-  Enaltece as que são sérias e dignas de confiança.

 

-  Inúmera os valores que moldam “as pessoas de bem”: honestidade, idoneidade, lealdade, veracidade, confiabilidade, legalidade, respeito ao próximo, lisura no trato da coisa pública, decoro, etc.

 

-   A moral da integridade prioriza o bem comum quando ensina a cumprir as obrigações sociais.

 

-   Ela não tolera a desonestidade, a fraude, o blefe, a manipulação da inocência dos outros.

 

-   É uma concepção dogmática: é preciso cumprir os deveres sociais como se fossem mandamentos (ética da convicção).

 

 



- A Moral do oportunismo

 

-  É eminentemente egoísta. Configura o comportamento dito esperto.

 

-  Ensina a ser aproveitador, tirar partido de tudo, dar “jeitinho” valer-se da ingenuidade alheia.

 

-  Em resumo, aspira a que o indivíduo se saia bem, ainda que em detrimento dos interesses dos outros, além de nutrir-se de hipocrisia, pois, em público, todos simulam aderir à moral da integridade.

 

-   Corresponde ao triunfo da conveniência sobre os princípios ou sobre a responsabilidade social.

 

Ela exalta a malandragem como se fosse uma simples travessura, como se fizesse parte do cotidiano; ser esperto é um modo de vencer na vida. É o extremo oposto da moral da integridade. moral do oportunismo é assumida por aqueles que valorizam o enriquecimento fácil e rápido. Ela consagra os lemas do “cada um por si” e “salve-se quem puder”.  Quanto àqueles que “marcam bobeira” reservam uma sentença fatídica: “Ninguém mandou ser trouxa”.

 

 

Práticas empresariais que caracterizam a moral do oportunismo

 

 

Entre tantas possibilidades, vamos indicar algumas práticas empresariais que caracterizam a moral do oportunismo: caixa dois, subornos de fiscais, sonegação fiscal, compra ou venda de produtos sem nota fiscal, fraudes contábeis, formação de cartéis, superfaturamentos, exploração do trabalho infantil, contratação de funcionários sem carteira assinada, assédio moral e assédio sexual, danos ao meio ambiente, etc.



 




 

 

Os efeitos da dupla moral

 

São muitos os moldados por uma moral casuística, que vivem oscilando entre a moral da integridade e do oportunismo. Ora inescrupulosos, ora idôneos, ficam horrorizados com as grandes falcatruas dos políticos, mas não perdem a oportunidade de dar um jeitinho para se ‘dar bem. Basta que os interesses próprios sejam ameaçados para que deixem de cumprir com as promessas e acordos, não se seguem as regras. Só prevalece a integridade quando nada “aperta o calo” e sobressai o oportunismo quando os acontecimentos “exigem”.

 

 O senso comum geralmente distingue os oportunistas contumazes dos oportunistas de ocasião, pessoas que eventualmente se desviam do bom caminho.

 

 - Tal graduação não apaga, é claro, a adesão ao oportunismo.

 

 

Por sua vez, a moral do oportunismo é o conjunto de normas morais oficioso, do comportamento esperto, egoísta. O indivíduo tem que se dar bem, mesmo que em cima da desgraça alheia. O crescimento é na sombra, na malícia, e extremamente hipócrita, pois se diz, em público, aderir aos ditames da moral da integridade. As promessas são informais e secretos, com a complacência dos mais íntimos, ou daqueles que levam vantagem no esquema. Obviamente, muitos desses procedimentos são imorais e ilegais. É preferível ser conveniente a ter princípios e ter honesto. Para a moral do oportunismo, o “certinho” é babaca, ou “inocente”, é alguém que pode ser manipulado ou tirado do caminho conforme se considerar necessário.


 

Na moral da integridade, se procura o jogo limpo na esperança de que todos os participantes cumprirão as suas regras, daí, há confiança em pessoas de fora do seu grupo. Já na moral do oportunismo não se tem tanta confiança em pessoas de fora da “panelinha”, pois não se sabe se elas irão manter em segredo, os “esquemas” 'e/ou' aqueles “jeitinhos” para a obtenção das vantagens e dos lucros.

 












Fonte e Sítios Consultados

         Conteúdo do Curso de Bacharel em Administração de Empresas - 8º. Semestre - Disciplina Ética.

         http://www.diretodaredacao.com/


17 de dezembro de 2020

Proteja-se de alguns golpes mais comuns da internet




 

         Nesta postagem veremos algumas armadilhas que o Procon listou para ajudar na proteção contra: mensagens falsas em nome de bancos, operadoras e empresas de streaming e etc. – devido o boom das compras on-line nesse período da pandemia os golpes na internet aumentaram muito e, por isso é preciso muita cautela antes de fechar negócios pela internet para não cair em golpes. Para ajudar os consumidores, o Procon-RJ elaborou uma lista das armadilhas mais comuns, dentre elas: mensagens falsas em nome de instituições bancárias, operadoras de telefonia ou empresas de streaming.

 

Acompanhe, abaixo, como funcionam.

 

Notificações falsas das redes sociais - Um alerta aparece na tela do computador informando sobre notificações das redes sociais, geralmente sobre novos amigos, suas atividades, comentários, curtidas, entre outros. São notificações falsas, que ao clicar, usuários inserem seus dados de usuário e senha em uma página de login falsa, achando que estão acessando o site oficial da rede social. Outra variante comum dessa prática são mensagens de mídias sociais que alegam a detecção de atividades suspeitas na sua conta, ou que uma nova ferramenta foi adicionada, a qual necessita de consentimento, sem o qual o usuário seria bloqueado. Seja qual for o caso, a mensagem possui um botão que direciona para um site malicioso que infecta o computador de usuários para roubar dados do sistema.

 

Pacote de dados gratuito - Promessas de pacote com 7 GB de internet gratuita para estimular os brasileiros a ficarem em casa diante da pandemia. O benefício era enganosamente atribuído à Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), que divulgou um alerta sobre a fraude. Ao clicarem no link suspeito, as vítimas eram direcionadas a um site que pedia informações sobre a linha telefônica do usuário.

 

Auxílio emergencial - Antes mesmo do ‘Governo Federal’ liberar o cadastramento de beneficiários do “auxílio emergencial”, criminosos criaram um site falso que prometia um “auxílio cidadão” no valor de R$ 200 reais para as vítimas. A plataforma apropriou-se de marcas de canais do governo para enganar os consumidores, incentivando o usuário a clicar em um link ou baixar um arquivo malicioso.

 

Agências bancárias - Mensagens SMS em nome de instituições financeiras alegando o fechamento de agências bancárias, solicitando que a vítima abra um link e preencha um cadastro com informações pessoais. O objetivo é captar informações pessoais dos consumidores. Um outro golpe também aplicado em nome dos bancos é sobre o “novo gerente da conta”. O cliente recebe uma mensagem supostamente do banco, informando que houve uma alteração no gerente da conta. O consumidor recebe um contato do possível novo gerente e o golpista começa a solicitar informações pessoais, alegando que tem novos investimentos e aplicações para indicar ao cliente.

 


Vacina contra covid-19 - Criminosos se passaram pela Organização Mundial da Saúde para difundir o vírus por e-mails com o assunto “Urgent Information Letter: First Human Covid-19 Vaccine Teste/Result Update (Informação urgente: atualização sobre primeiro teste de vacina da Covid-19 em humanos”). Alguns conteúdos alegam que a vítima pode estar infectada pelo coronavírus, outros oferecem um agendamento online para vacinação contra a Covid-19 – sendo que ainda não existe vacina contra a doença.

 

Filmes gratuitos - O consumidor recebe uma mensagem informando que uma famosa Plataforma de Filmes Pagos estava oferecendo um mês grátis de assinatura durante a pandemia. O link era semelhante ao oficial e redirecionava para uma página falsa, que pedia informações pessoais dos usuários.

 

Perfil falso nas redes sociais - Para conseguir dados pessoais, estelionatários criam perfis falsos de empresas, ONGs e entidades do governo, como o Procon-RJ, utilizando nomes de usuário muito parecidos com os oficiais. Esses perfis falsos interagem com os seguidores das páginas oficias, respondem comentários e enviam mensagens inbox. Solicitam informações pessoais com a desculpa que os dados são necessários com a finalidade de realizar um cadastro para registrar as solicitações.

 

Máquina de cartão com visor quebrado - O golpista vai fazer entrega de delivery e informa ao cliente que, devido à crise do coronavírus, o aplicativo cobra uma taxa adicional de R$ 1,90 que deveria ser paga no cartão de débito. O entregador então digita um valor muito acima do informado em uma maquininha com o visor quebrado/embaçado. Sem saber o valor da transação, o cliente digita a senha e confirma o pagamento.

 

Páginas falsas de empresas - Envio de links por mensagens eletrônicas (geralmente e-mails), em nome de marcas conhecidas, com propostas diversas, desde atualizar o cadastro do cliente até brindes e ofertas irresistíveis. É enviado um e-mail, em nome de um renomado site de comércio eletrônico, cia aérea instituição financeira, etc, que tenta induzir o usuário a clicar em um link. Ao fazer isto, é direcionado para uma página da web falsa, idêntica ao site que a pessoa realmente deseja acessar, onde são solicitados os seus dados pessoais e senhas. O intuito de todas elas é roubar seus dados para fazer transações em seu nome.

 

Formulários - A vítima recebe uma mensagem eletrônica contendo um formulário com campos para a digitação de dados pessoais e financeiros. A mensagem solicita o preenchimento dos dados e o clique em um botão para confirmar o envio das informações. Ao preencher os campos e confirmar o envio, dados são transmitidos para os golpistas.

 


Downloads - Um e-mail enviado ao internauta tenta induzi-lo a clicar em um link, para baixar e abrir/executar um arquivo. Ao clicar, é apresentada uma mensagem de erro ou uma janela pedindo que você salve o arquivo. Após salvo, quando o é aberto/executado, será instalado um código malicioso no computador.

 

Recadastramento de e-mails - Você recebe uma mensagem, supostamente enviada pelo grupo de suporte da instituição de ensino da qual é aluno, informando que o serviço de e-mail está passando por manutenção e que é necessário o recadastramento. Para isto, é preciso que você forneça seus dados pessoais, como nome de usuário e senha. Ao passar as informações, os golpistas têm acesso aos seus dados.

 


Loja falsa - Neste golpe, o fraudador cria um e-commerce com produtos e ofertas reais, com o objetivo específico de enganar os possíveis clientes que, após efetuarem os pagamentos, não recebem as mercadorias. Os anúncios chegam à vítima por meio de envio de spam, links patrocinados em sites e redes sociais, descontos em sites de compras coletivas com produtos muito procurados e com preços abaixo dos praticados pelo mercado.

 

Golpe da Selfie - O consumidor realiza a compra em uma loja virtual através do Mercado Livre. O golpista pede que o consumidor envie uma foto da identidade e também uma selfie com o documento em mãos para emitir a nota fiscal. Em pose dos documentos, os fraudadores se fazem passar pelo consumidor e informam à plataforma que já receberam a mercadoria, para que o valor à receber seja liberado. O fraudador recebe da plataforma o valor pago pelo consumidor, porém não enviam o produto, sendo o consumidor prejudicado.

 

Site de leilão - O golpe ocorre tanto com comprador quanto com o vendedor. O golpista comprador tenta receber a mercadoria sem realizar o pagamento ou o realiza por meio de transferência efetuada de uma conta bancária ilegítima ou furtada. Já quando o golpista é vendedor, ele tenta receber o pagamento sem efetuar a entrega da mercadoria ou a entrega danificada, falsificada, com características diferentes do anunciado ou adquirida de forma ilícita e criminosa (por exemplo, proveniente de contrabando ou de roubo de carga). Ambos enviam e-mails falsos, em nome do sistema de gerenciamento de pagamentos, como forma de comprovar a realização do pagamento ou o envio da mercadoria que, na realidade, não foi feito.

 


Oferta no boleto - Outro tipo de golpe muito comum na internet, são de promoções muito vantajosas, ofertas de brindes, ou prêmios. Normalmente são sites vendendo produtos, como eletrodomésticos, com valores bem abaixo do mercado, mas as pessoas compram, geralmente por boleto bancário ou transferência e nunca recebem o produto.

 

Clonagem no Whatsapp - Uma das fraudes comuns realizadas por esse meio ocorre quando o golpista oferece uma vantagem irresistível na contratação de serviços, planos de operadoras de telefone e TV ou compra de produtos por um preço até 10 vezes menor do que o normal. Para aproveitar a “vantagem”, o golpista solicita informações pessoais e um código que a vítima irá receber por sms. Aos passar o código, o golpista tem acesso ao whatsapp e todos os contatos do consumidor. Com as informações em mãos, começa a extorquir os contatos da vítima e também usa os dados pessoais para praticar outros crimes.

 

Plataforma de compra e venda - Golpistas visualizam anúncios de produtos usados em plataforma conhecida de compra e venda livre de mercadorias, clonam as publicidades e se passam por vendedores. As vítimas acreditam nos anúncios, efetuam o pagamento do produto, porém nunca recebem. Há relatos de consumidores que caíram nos golpes ao comprar automóveis e motocicletas.

 

Produtos falsos - Anúncios patrocinados oferecem curas milagrosas, produtos fictícios com soluções inexistentes no mundo real, mas que todos gostaríamos que fosse verdade. Criminosos utilizam técnicas de marketing persuasivo para fazer o comprador adquirir o produto. No entanto, o produto nunca chega e a vítima ainda tem os seus dados roubados para realização de outros Cibercrimes.

 

Passe expresso no pedágio - O consumidor faz alteração cadastral na empresa para incluir um novo veículo e remover o anterior. O fraudador entra em contato informando que constam dois carros no cadastro, o novo e o anterior, e afirma que virão duas cobranças. Para que isso não ocorra, o golpista diz que o consumidor precisa informar um código que ele irá gerar e será enviado para o celular da vítima. O objetivo é clonar o celular e roubar dados pessoais.

 

Anúncio de emprego - Golpistas criam sites falsos com a oferta de vagas de emprego inexistentes. Para se cadastrar às vagas, exigem do candidato uma série de documentos e exames médicos, além de uma taxa em dinheiro. A pessoa paga e não é direcionada à qualquer vaga, pois esta não existe. Outra forma como golpe de oferta de emprego é aplicado: informam que a vaga foi preenchida, mas como a empresa não é no Rio de Janeiro e possui muita movimentação bancária, é feita uma proposta de aluguel de conta bancária para recebimentos em troca de uma pequena porcentagem. A pessoa, precisando de emprego, aceita e começa a receber dinheiro proveniente de crime sem saber.

 

Falso militar americano - O golpista copia todos os dados de um militar americano real e entra em sites de namoro. Ao contatar a vítima, informa que o tempo de serviço dele já acabou, porém está em país diverso aos EUA, local onde estão seus bens e necessita que taxas sejam pagas à alfândega para transferência dos bens dele ao Brasil. Dessa forma convence a vítima a efetuar a transferência de valores para esse pagamento, enviando inclusive documentos (falsos) da alfândega comprovando pagamento. Depois, esse falso militar desaparece.

 


Comunicado da Receita Federal - E-mail falso informa recebimento de intimação/comunicação da Receita Federal de inquérito ou notificação. Sempre acompanhado de anexo para atrair o clique do usuário no documento. Além de roubar os dados da vítima, pode causar vários danos e infectar o computador com vírus.

 

Quitação de dívida - O golpista cria páginas e anúncios em nome de grandes bancos de empréstimo chamando a atenção para descontos em quitação de dívidas. A vítima clica no link e informa todos os dados pessoais e do empréstimo. Logo após o golpista envia o boleto falso para pagamento.

 

 

Como se proteger?

       O fundador do Pelando, plataforma de promoções e cupons de desconto para compras on-line, Guilherme Vieira, afirma que é preciso pesquisar a reputação das lojas antes de fazer compras, o que pode ser feito no site do Procon, no Reclame Aqui e no portal E-bit, que concede selos de qualidade - também é importante consultar as avaliações de outros usuários no site do Pelando. Uma boa pesquisa pode evitar dor de cabeça ou surpresas desagradáveis depois da compra, aconselha Vieira: Desconfie de superpromoções! Além disso, muitos consumidores esquecem de detalhes importantes na hora da compra, como prazo de entrega e preço do frete.

Ele ainda diz que é preciso ter cuidado ao receber e-mails de lojas ou links compartilhados por aplicativos de mensagem e redes sociais: Antes de clicar, verifique se é real, buscando pelo nome da loja no Google e conferindo sites de reclamações.

 









Fonte e Sítios Consultados

 

https://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/




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