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30 de dezembro de 2020

BRASIL - Moral da Integridade e a Moral do Oportunismo

 




       Vamos aproveitar esse final do ano de 2020 para rever como anda a moral dos brasileiros - é fato que obrasileiros entraram neste século 21 percebendo que o 'seu' país passa por momentos delicados no que se refere à honestidade do seu povo – e sabemos que não é preciso fazer grandes ‘pesquisas’ para encontrarmos vários exemplos disso em qualquer segmento da nossa sociedade, como por exemplo:




· Sonegação de imposto - O dinheiro sonegado poderia contribuir para a construção de estradas, hospitais e melhorar a infraestrutura do Brasil. A grana acabou indo pelo ralo pelas mãos da própria população.

 

·  Carteirinhas falsas - O fato é que a carteirinha falsa já se espalhou de tal maneira, que produtores de espetáculos praticamente dobraram o valor das entradas no Brasil para poder compensar o dinheiro perdido com as falsificações.

 

· Colas em Vestibulares e Concursos – Isso acontece a todo instante por esse país, como por exemplo, nos muitos vestibulares ou nos concursos de muitas classes profissionais, como dos Advogados, dos Médicos e etc.

 

·  Compra de CNH – Esse é um tipo de crime muito comum em todo o Brasil, talvez essa possa ser uma das explicações para o número absurdo de mortes no transito brasileiro.

 

·  Políticos Corruptos – Ficou comum acompanhar ‘diariamente’ denuncias a essa classe da sociedade e isso acontece em todos os níveis, como: Prefeitos, Governadores, Ministros, Presidentes e ex-presidentes e todos os demais cargos públicos deste Brasil, inclusive o caso das ‘rachadinhas’, que é quando existe o desvio de salários de assessores de políticos que são repassados aos parlamentares.  

 



 

·   Pirataria – Esse é o exemplo clássico de um crime que a sociedade brasileira convive diariamente com total naturalidade, onde o comércio é realizado à luz do dia e sem o menor constrangimento, tanto para o vendedor quanto para o comprador. A mesma regra se aplica à cópia ilegal de músicas, filmes, softwares ou qualquer tipo de conteúdo com direitos autorais feitas pela internet.

 

· Desrespeito aos outros – Exemplos deste tipo são muitos, por isso vamos apenas a alguns, como: aquela vaga de deficiente não é sua, o lugar para idosos e deficientes no transporte público, nas filas do mercado e etc. Aquele som alto do vizinho ou do carro em frente as nossas casas e etc.

 

·O troco errado – Quem nunca ficou feliz ao perceber que levou vantagem no erro do outro, ou seja, aquela malandragem existente na cultura brasileira que faz com que a “lei do mais esperto” transforme tudo em uma bola de neve.

 

· Pagando um "cafezinho" – O ato de oferecer um "cafezinho" para quem quer que seja a fim de obter alguma vantagem ilícita.  Essa é a Lei do mais esperto ‘do levar vantagem em tudo’ que entra em ação mais uma vez, simplesmente com a intensão de corromper alguém, que pode ser com algum fiscal, um guarda de transito, um funcionário público e etc.

 

· Gatonet – Isso é muito comum, ‘infelizmente’ encontrar o comércio daquele aparelhinho com o poder de “sintonizar (de graça) todos os canais da sua TV a cabo”. Basta pagar uma vez e pronto, você tem todos os canais livres para consumo. 

 



 

                É verdade que convivemos a muito tempo com ‘aquela’ história de levar vantagem em tudo”, que nada mais é do que moral do oportunismo.  - sabendo que além da moral do oportunismo existe a moral da integridade, e cada uma delas têm seu espaço próprio e refletem a ambivalência da sociedade brasileira, que podemos dividir em dois discursos: o discurso oficial (da integridade, para mostrar para os outros) e o discurso oficioso (aquele do oportunismo, das ações que não se quer mostrar em público), que alimenta e sacramenta a hipocrisia.

  


Quando tratamos da moral da integridade, como o próprio nome diz é comum acontecerem reclamações e indignações (reais ou fingidas?) contra a corrupção, a falta de vergonha na cara, e tudo quanto é tipo de patifaria. Já, na moral do oportunismo, o melhor a fazer é levar vantagem em tudo, de modo que isso não se torne público, o importante ‘é nos darmos bem’, e quem não quer fazer parte desse esquema é “babaca”, “ingênuo”.

 


Examinando essas duas morais brasileiras, percebemos que a primeira, a moral da integridade, é um sistema de normas morais oficiais do imaginário brasileiro, com ações e comportamentos baseados na virtude e em atos decentes. Ela é compartilhada nas escolas, nas igrejas, direciona os tribunais e a imprensa consciente. Caminha junto de valores como a honestidade, a lealdade, a idoneidade, o decoro, a lisura na administração pública, tem o habito de cumprir com a palavra, de cumprir as obrigações, de zelar e obedecer aos costumes, de respeitar a verdade e a legalidade e junto do próximo. Caracteriza a pessoa confiável, aquela que se pode acreditar. Nesse caso, os interesses privados são subordinados ao bem comum. A probidade é enaltecida, em detrimento da desonestidade, da enganação, da fraude, do blefe e da manipulação da “inocência” dos outros.

 

 

-  A Moral da integridade configura o comportamento considerado decente e virtuoso.

 

-  Faz apologia da virtude, distingue as que possuem “caráter” daquelas que “não prestam”.

 

-  Enaltece as que são sérias e dignas de confiança.

 

-  Inúmera os valores que moldam “as pessoas de bem”: honestidade, idoneidade, lealdade, veracidade, confiabilidade, legalidade, respeito ao próximo, lisura no trato da coisa pública, decoro, etc.

 

-   A moral da integridade prioriza o bem comum quando ensina a cumprir as obrigações sociais.

 

-   Ela não tolera a desonestidade, a fraude, o blefe, a manipulação da inocência dos outros.

 

-   É uma concepção dogmática: é preciso cumprir os deveres sociais como se fossem mandamentos (ética da convicção).

 

 



- A Moral do oportunismo

 

-  É eminentemente egoísta. Configura o comportamento dito esperto.

 

-  Ensina a ser aproveitador, tirar partido de tudo, dar “jeitinho” valer-se da ingenuidade alheia.

 

-  Em resumo, aspira a que o indivíduo se saia bem, ainda que em detrimento dos interesses dos outros, além de nutrir-se de hipocrisia, pois, em público, todos simulam aderir à moral da integridade.

 

-   Corresponde ao triunfo da conveniência sobre os princípios ou sobre a responsabilidade social.

 

Ela exalta a malandragem como se fosse uma simples travessura, como se fizesse parte do cotidiano; ser esperto é um modo de vencer na vida. É o extremo oposto da moral da integridade. moral do oportunismo é assumida por aqueles que valorizam o enriquecimento fácil e rápido. Ela consagra os lemas do “cada um por si” e “salve-se quem puder”.  Quanto àqueles que “marcam bobeira” reservam uma sentença fatídica: “Ninguém mandou ser trouxa”.

 

 

Práticas empresariais que caracterizam a moral do oportunismo

 

 

Entre tantas possibilidades, vamos indicar algumas práticas empresariais que caracterizam a moral do oportunismo: caixa dois, subornos de fiscais, sonegação fiscal, compra ou venda de produtos sem nota fiscal, fraudes contábeis, formação de cartéis, superfaturamentos, exploração do trabalho infantil, contratação de funcionários sem carteira assinada, assédio moral e assédio sexual, danos ao meio ambiente, etc.



 




 

 

Os efeitos da dupla moral

 

São muitos os moldados por uma moral casuística, que vivem oscilando entre a moral da integridade e do oportunismo. Ora inescrupulosos, ora idôneos, ficam horrorizados com as grandes falcatruas dos políticos, mas não perdem a oportunidade de dar um jeitinho para se ‘dar bem. Basta que os interesses próprios sejam ameaçados para que deixem de cumprir com as promessas e acordos, não se seguem as regras. Só prevalece a integridade quando nada “aperta o calo” e sobressai o oportunismo quando os acontecimentos “exigem”.

 

 O senso comum geralmente distingue os oportunistas contumazes dos oportunistas de ocasião, pessoas que eventualmente se desviam do bom caminho.

 

 - Tal graduação não apaga, é claro, a adesão ao oportunismo.

 

 

Por sua vez, a moral do oportunismo é o conjunto de normas morais oficioso, do comportamento esperto, egoísta. O indivíduo tem que se dar bem, mesmo que em cima da desgraça alheia. O crescimento é na sombra, na malícia, e extremamente hipócrita, pois se diz, em público, aderir aos ditames da moral da integridade. As promessas são informais e secretos, com a complacência dos mais íntimos, ou daqueles que levam vantagem no esquema. Obviamente, muitos desses procedimentos são imorais e ilegais. É preferível ser conveniente a ter princípios e ter honesto. Para a moral do oportunismo, o “certinho” é babaca, ou “inocente”, é alguém que pode ser manipulado ou tirado do caminho conforme se considerar necessário.


 

Na moral da integridade, se procura o jogo limpo na esperança de que todos os participantes cumprirão as suas regras, daí, há confiança em pessoas de fora do seu grupo. Já na moral do oportunismo não se tem tanta confiança em pessoas de fora da “panelinha”, pois não se sabe se elas irão manter em segredo, os “esquemas” 'e/ou' aqueles “jeitinhos” para a obtenção das vantagens e dos lucros.

 












Fonte e Sítios Consultados

         Conteúdo do Curso de Bacharel em Administração de Empresas - 8º. Semestre - Disciplina Ética.

         http://www.diretodaredacao.com/


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