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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

7 de março de 2017

Influencias na Evolução da Administração


           O mundo é palco de continuas mudanças – mudar sempre foi algo comum por aqui: as pessoas, o mundo, os processos, as formas de pensar... Tudo continua se transformando com o tempo, nada permanece igual – aproveitando essa ideia veremos algumas das influencias que a administração sofreu em sua trajetória.

DOS FILÓSOFOS
  
Sócrates (470-399 a.C), esclarece que “a administração deve ser vista como uma habilidade pessoal, separada do conhecimento técnico e da experiência”.



Platão (429 a.C. - 347 a.C) seu ponto de vista sobre a forma de governo e a administração dos negócios públicos


Aristóteles (384-322 a.C.), estuda a organização do Estado e aponta 3 formas de se administração pública:
      • Monarquia ou governo de um só;
      • Aristocracia ou governo de uma elite;
      • Democracia ou governo do povo


Francis Bacon (1561 – 1626), método experimental e indutivo, prevalência do principal sobre o acessório.





René Descartes (1596 – 1650), criou as coordenadas cartesianas. Negar tudo até prova em contrário; princípio da análise ou decomposição partindo para a síntese ou composição; revisar tudo como principio de verificações.







DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA
A hierarquia da igreja, com inspiração no modelo de ordem e disciplina.




DA ORGANIZAÇÃO MILITAR

                    Idêntica à inspiração da Igreja, com as competências delimitadas pela hierarquia. A disciplina é um requisito básico para uma boa organização. Surgimento do pensamento estratégico.




Exemplos:
  • O princípio da unidade de comando – fundamental para a função de direção;
  • A escala hierárquica – em seus níveis de comando relativos ao grau de autoridade e responsabilidade correspondentes;
  • A autoridade delegada – para níveis mais baixos
  • O planejamento e controle centralizados e as operações descentralizadas
  • O “estado maior” (staff) (assessoria)
  • O princípio de direção através do qual todo subordinado deve saber o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer
  • A disciplina


A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

           


Desenvolveu-se em duas fases:


  • Primeira Fase: 1780 a 1860 – Revolução do Carvão e do Ferro, e
  • Segunda Fase1860 a 1914 – Revolução do Aço e da Eletricidade
  

ASPECTOS LIGADOS À ADMINISTRAÇÃO:

  • Em 1776, James Watt inventa a máquina a vapor e sua aplicação à produção traz modificação na estrutura social e comercial, com mudanças nas áreas econômicas, política e social;
  • Mecanização da indústria e da agricultura (Ex: máquina de fiar, do tear hidráulico, do tear mecânico e do descaroçador de algodão).
  • Uso da força motriz na indústria (com aplicação da máquina a vapor)
  • Surgem as fábricas e os operários (em lugar do artesão e sua oficina)
  • Desenvolvimento dos Transportes e das comunicações é acelerado, principalmente com a introdução da navegação a vapor, locomotiva a vapor, construção de estradas de ferros. Samuel Morse inventa o telégrafo (1835), Graham Bell o telefone (1876), Daimler e Benz constroem o primeiro automóvel, Santos Dumont voa em Paris com o 14 Bis.

            Surgem as grandes transformações
 A Revolução Industrial, na segunda fase, caracteriza-se pelos seguintes aspectos:

1.   Substituição do ferro pelo aço na indústria básica;
2.   Substituição do vapor pela eletricidade e pelo petróleo, como fonte de energia;
3.   Maquinaria automática e alto grau de especialização;
4.   A ciência passa a dominar na indústria;
5.   Melhoramento das vias férreas, construção de automóveis, aperfeiçoamento de pneumáticos;
Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista (capitalismo, financeiro, trustes, holding companies, etc)

CONTRIBUIÇÕES

     - Ruptura das estruturas corporativas da idade média;
  • Grau de avanço tecnológico, com as novas formas de energia e consequente ampliação dos mercados;
  • A substituição do tipo artesanal pelo tipo industrial de produção

A CONTRIBUIÇÃO DOS ECONOMISTAS LIBERAIS

  • Adam Smith (1723-1790) – preconizou o estudo dos tempos e movimentos, mais tarde desenvolvido por Taylor;
  • James Mill (1773-1836) – estabelece medidas para tempos e movimentos a fim de obter o aumento da produção;
  • Samuel P. Newman – destaca que o administrador deve ser uma combinação de várias qualidades dificilmente encontradas em uma única pessoa. As funções da administração, segundo ele, são:
1.   Planejamento
2.   Arranjo
3.   Condução de diferentes processos de produção

RESUMO DAS TEORIAS PIONEIRAS DE ADMINISTRAÇÃO E SEUS ENFOQUES

Teorias
Teorias
Principais Figuras
Principais Enfoques
Nas tarefas
Administração Científica
Taylor, Ford,
Edson, Gantt,
Gilberth
Organização e racionalização do trabalho em nível operacional
Na Estrutura
Escola Clássica
Henry Fayol
Organização formal
Princípios Gerais da Administração
Funções do Administrador
Nas Pessoas
Das Relações Humanas
Elton Mayo
Follet
Organização Informal Motivação - Liderança
Dinâmica Grupal
Comunicações
No comportamento
Comportamental ou Behaviorismo
Maslow, Herzberg,
Mc Gregor, Argyris
Comportamento do homem no meio em que vive – o meio social – ou o meio das organizações
Voltadas à sociedade
Estruturalista
Karl Marx,
Max Weber
Regras e Procedimentos bem definidos; a burocracia nas organizações.
 No Ambiente
Geral dos Sistemas
Bertalanffy,
Schain
Interdependência entre as partes; o universo é sistêmico.
Nas Variáveis ambientais
Da Contingência
Woodward
A interveniência das variáveis ambientais, criando dependência.



ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (Taylor)

 Esta teoria desenvolvida por Frederick Winslow Taylor com o seu livro “Princípios da Administração Científica”, procurava a racionalização do trabalho operário;

         Ênfase na análise e na divisão do trabalho operário, sendo a unidade fundamental da organização as tarefas do cargo e o ocupante do mesmo. E uma abordagem de baixo para cima e das partes para o todo. Atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão, causando: especialização do operário, reagrupamento de movimentos operações, tarefas, cargos, etc. formando a chamada Organização Racional Do Trabalho (ORT).


ENFASE NAS TAREFAS:

Aplicação dos métodos da ciência aos problemas da ADMINISTRAÇÃO, para alcançar uma elevada eficiência industrial: - OBSERVAÇÃO E MENSURAÇÃO.

  
TAYLOR  preocupava-se com o desperdício e perdas sofridas pela indústria e também em elevar os níveis de produtividade com os métodos e técnicas da Engenharia Industrial.
  
Filosofia básica: Identidade de interesses entre empregados e empregadores.

  • Empregados: altos salários
  • Patrões: baixo custo de produção
  • A análise do trabalho e o estudo de tempo e movimento levam à EFICIÊNCIA:
  
PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇAO CIENTÍFICA
 Princípios de TAYLOR:

1.   PRINCIPIO DE PLANEJAMENTO: substituir a improvisação através do planejamento do método.
2.   PRINCÍPIO DE PREPARO: selecionar cientificamente os trabalhadores e prepara-los e treiná-los para produzir mais e melhor, de acordo com o método planejado e preparar as máquinas e equipamentos de produção, bem como, o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.
3.   Principio DO CONTROLE: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto.
4.   PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem disciplinada.


 Outros princípios de TAYLOR:


1.   Pagar salários altos e ter custos baixos por unidade de produção;
2.   Processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris.
3.   Empregados cientificamente colocados em serviços opostos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para melhor cumprimento das normas.
4.   Empregados devem ser cientificamente selecionados para que as normas possam ser cumpridas;
5.   Atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os trabalhadores.
 Para Taylor, a indústria de sua época padecia dos seguintes males:
1.   Vadiagem sistemática por parte dos operários (ideias negativas: maior rendimento — homem/máquina causa desemprego; administração força os operários à ociosidade para proteger seus interesses; métodos empíricos ineficientes, causando desperdícios de esforço e de tempo).
2.   Desconhecimento pela gerencia das rotinas do trabalho e do tempo necessário para sua execução.
3.   Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
O seu livro SCIENTIFIC MANAGEMENT (Gerenciamento Científico) é mais uma revolução que uma teoria (75% de análise e 25% de bom senso)


ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA

  • Ciência em lugar de empirismo.
  • Harmonia em vez de discórdia.
  • Cooperação, não individualismo.
  • Rendimento máximo, não produção reduzida.
  • Desenvolvimento de cada homem para alcançar maior eficiência e prosperidade.

 Elementos para aplicação

  • Estudo de tempo e padrões de produção;
  • Supervisão funcional;
  • Padronização de ferramentas e instrumentos de trabalhos;
  • Planejamento das tarefas e cargos;
  • Princípio da exceção;
  • Utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;
  • Fichas de instruções e serviços;
  • Tarefas associadas a prêmios de produção;
  • Sistemas para a classificação de produtos e material;
  • Sistema de levantamento da rotina de trabalho.

ORT – ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO
 Método de trabalho para estabelecer os padrões de desempenho das tarefas.
Maior eficiência maior produtividade
  


ESTUDO DA FADIGA HUMANA (Gilbreth, Frank).

  • Evitar os movimentos inúteis na execução;
  • Executar o mais economicamente possível os movimentos úteis;
  • Dar a esses movimentos selecionados uma seriação apropriada (economia de movimentos)
  • A fadiga predispõe para: diminuição da produtividade e da qualidade, perda de tempo, aumento da rotatividade, doenças, acidentes e diminuição da capacidade de esforço.
  

PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DO MOVIMENTO:
 Relativos ao uso do corpo humano.
Relativos ao arranjo do material e do lugar de trabalho.
Relativos ao desempenho das ferramentas e equipamentos.



DESENHO DE CARGOS E TAREFAS

  • Tarefa: Toda e qualquer atividade executada por alguém no seu trabalho (menor unidade possível dentro da organização).
  • CargoConjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva
    • (um ou mais ocupantes).
  

INCENTIVOS SALARIAIS E PREMIOS DE PRODUÇAO

  • Tempo Padrão: Tempo médio necessário para um operário normal realizar a tarefa devidamente racionalizada. Acima disso haveria um prêmio de produção ou incentivo salarial


CONCEITO DE “HOMO ECONOMICUS”          
A Administração Científica via o homem como um “Indivíduo materialista, limitado e mesquinho, que só trabalha por recompensas salariais, preguiçoso e vadio, tendo que ser constantemente controlado através do trabalho e racionalizado pelo tempo padrão”.



SUPERVISÃO FUNCIONAL
Existência de diversos supervisores, cada com especialização em determinada área e que tem autoridade funcional sobre os mesmos subordinados.


PADRONIZAÇÃO
Padronização das máquinas e equipamentos ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias primas e componentes, no sentido de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo, assim eliminando o desperdício e aumentando a eficiência. Padronização é a aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir custos, buscando a eficiência e conduzir à simplificação.


CONDIÇÕES DE TRABALHO
          Melhoria da eficiência, bem estar físico e diminuição da fadiga, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para obtenção da eficiência e aumento da produtividade.


LIMITAÇÃO DO CAMPO DE APLICAÇÃO
As observações foram quase que totalmente voltadas para problemas de produção localizados na fábrica, não considerando com maior detalhe os demais aspectos da vida de uma empresa, tais como, financeiros, comerciais, etc.













Fonte e Sítios Consultados

Apostilas do Curso de Administração



5 de março de 2017

Educação Brasileira e os Meios Digitais



A relação entre a educação e a tecnologia ainda não trilha por caminhos de sucesso neste Brasil de 2018, isso porque esbarramos em vários entraves, como: o mais comum deles é que os Nativos Digitais (aqueles que já nasceram conectados à Internet e dominam esses recursos tecnológicos com extrema facilidade) conhecem mais sobre os novos recursos do que o professor.

O fato é que o professor sempre foi o detentor do saber, porém, neste século 21 isso foi modificado e existe uma maior troca de conhecimentos – é fácil perceber que isso assusta alguns profissionais da educação, mas isso é um erro, isso não deveria acontecer. Todos sabem que os alunos atualmente dominam varias ferramentas virtuais e muitos conteúdos via Internet – mas é preciso saber que é o professor quem tem a didática e a bagagem de informações aliadas à experiência profissional. Quanto a isso o pensamento é fácil: A Internet e a tecnologia são ferramentas, mas não constituem a estrutura do aprendizado como um todo. O aprendizado em sala de aula depende muito mais da didática e da relação do professor com os alunos.

É preciso saber que existem muitos pontos positivos no uso de meios digitais nas salas de aulas, talvez o mais importante seja mostrar aos estudantes as diferenças existentes em cada uma das linguagens que utilizamos - isso em razão da linguagem de um livro impresso ser diferente daquela usada em um vídeo, por exemplo. Do mesmo modo que não podemos confundir o que é feito para o meio digital com o que se destina à publicação em papel – é comum perceber pessoas afirmando que a linguagem utilizada na internet, com suas abreviações e símbolos, estão atrapalhando a escrita, mas e se existir a possibilidade de que esse tipo de comunicação seja apenas ‘uma’ outra linguagem, destinada a outras situações de uso que não as que acontecem na sala de aula, e neste caso os alunos devem entender isso e utilizá-la apenas naquele meio.



Outro problema apontado é a distração que esses recursos podem causar nos alunos – porém o pensamento por aqui é um só: A tecnologia só vai atrapalhar quem não souber fazer bom uso dela. O professor tem a responsabilidade de mostrar ao aluno que essas ferramentas podem ser fundamentais para que ele aprenda coisas interessantes. E engana-se quem pensa que os alunos não concordam com essa visão, é fácil encontrar grupos digitais debatendo o que é dito em sala de aula, ou seja, discutir trabalhos, tirar dúvidas e montar apresentações não é uma besteira da Internet, é algo importante para os estudantes que se interessam.


Alguns sites e serviços para a sala de aula

- YouTube: Visitado por bilhões de usuários no mundo todo, o site reúne vídeos sobre os mais variados assuntos. Além disso, neste mês, o Google divulgou que existem mais de mil canais educativos na página.

-  Udutu: Editor e publicador de cursos online, o site permite criar e organizar uma sequência de aulas, sem a necessidade de grandes conhecimentos sobre programação. Além disso, todo o arquivo gerado pela página pode ser salvo em um CD.

-  Toondoo: Com comandos em inglês, o software explora o aprendizado da língua por meio da criação de histórias em quadrinhos feitas pelos próprios alunos.

- Geogebra: O objetivo desta ferramenta é facilitar e aproximar os alunos da matemática. Por isso, o site reúne recursos de álgebra, geometria, gráficos e tabelas.

- Stellarium: Um planetário na tela do computador. O programa permite mostrar planetas e constelações em 3D. O software pode ser visualizado nos sistemas operacionais Windows, Mac e Linux.

- Pense +: Com aplicativo, desenvolvido para Android, o professor pode trabalhar mais de 350 questões dos simulados do Ensino Nacional do Ensino Médio (ENEM) dos anos de 2009 e 2010.

- Músculos Anatomia: Com este aplicativo, gratuito para Android, é possível acessar imagens e descrições detalhadas sobre toda a anatomia humana.



- Google Maps: Mapa virtual do Google repleto de interatividade, o Maps permite a navegação por escalas dos mais variados lugares do mundo.

- Google Art Project: Também desenvolvida pelo Google, a ferramenta permite que o professor crie uma visita virtual aos principais museus do mundo e tenha acesso às obras de arte consagradas.

- Tríade: Boa plataforma para professores de História ensinarem sobre a Revolução Francesa. O jogo, produzido no Brasil, e de download gratuito, faz uma viagem ilustrada ao século XVII, com gráficos em 3D, e permite o aluno se aventurar pela história da revolução.

- Voicethread: O site tem como sua principal funcionalidade auxiliar a prática do inglês e do espanhol. Para desfrutar da ferramenta, basta ter um microfone e se cadastrar. Na página é possível gravar áudio com a voz do aluno e associar a gravação a uma imagem de preferência do mesmo.










Fonte e Sítios Consultados

http://www.techtudo.com.br
https://www.oficinadanet.com.br




18 de fevereiro de 2017

O Mundo do Século 21 e suas Transformações


        
         Com a ajuda do Livro Império, dos autores Michael Hardt e Antonio Negri tentaremos evoluir neste tema, afinal, essa obra teve a ambição de falar sobre as transformações que o mundo vem passando nesse inicio de século – o que chama a atenção é a sua originalidade, afinal existe uma síntese jamais tentada entre elementos do marxismo, pós-modernismo e liberalismo. Talvez o que torne essa obra mais instigante seja o fato dela atentar para os temas importantes para o conhecimento da sociedade e a ação política no mundo de hoje, levantando pistas interessantes para várias discussões. Mas também por sua ingenuidade: como a forma que as categorias “impérioo” e “multidãoo” (que vertebram o livro) foram apresentadas - para um texto que pretende dialogar com a tradição intelectual da esquerda, tão singela que em uma primeira leitura chega a desnortear. E por suas enormes consequências políticas: uma atuação a partir dos parâmetros por ela estabelecidos se situa em um terreno onde grande parte do que consideramos eficácia na prática política perde sentido.

Existe uma desorientação que só aumenta ao passo que é possível perceber as formas muito diferenciadas como, para além da intenção de seus autores, se dá a recepção da obra, isso porque ela pode variar do reforço da passividade pós-moderna a uma recolocação na ordem do dia da questão da dominação imperial (e para os incautos, identificada com o imperialismo norte-americano, em oposição direta ao que Hardt e Nedri afirmam).


É importante salientar que a ideia central trata sobre essa nova época histórica que vivemos, a qual é caracterizada pelo domínio do império, “a substância política que, de fato, regula essas permutas globais, o poder supremo que governa o mundoo”. A soberania dos Estados-nações tem gradualmente diminuído; “a soberania tomou uma nova forma, composta de uma série de organismos nacionais e supranacionais, unidos por uma lógica ou regra única. Esta nova forma global de economia é o que chamamos de Impérioo”.



Os autores dizem com todas as letras que, “os Estados Unidos não são, e nenhum outro Estado-nação poderia ser, o centro de um novo projeto imperialista. O impe­ria­­lismo acabouu”. E ele estaria sendo substituído por um novo ordenamento que “não estabelece um centro territorial de poder, nem se baseia em fronteiras ou barreiras fixas. É um aparelho descentralizado e ‘desterritorializado’ do geral que incorpora gradualmente o mundo inteiro dentro de suas fronteiras abertas e em expansão. O Império administra entidades híbridas, hierarquias flexíveis e permutas plurais por meio de estruturas de comando reguladoras. As distintas cores nacionais do mapa imperialista se uniram e mesclaram, num arco-íris imperial globall”. Em consequência, as “divisões espaciais dos três mundos (Primeiro, Segundo e Terceiro) ficaram tão misturadas que a qualquer momento nos deparamos com o Primeiro Mundo no Terceiro, o Terceiro no Primeiro, e o Segundo, a bem dizer, em parte algumaa”.

É importante perceber que grande parte deste livro constitui o rechaço de qualquer papel para ‘o Estado-nação’ no mundo pós-moderno em que viveríamos e a afirmação da nova soberania imperial. Nenhum Estado nacional, nem mesmo os Estados Unidos, teria enquanto nação um lugar ao sol no novo sistema. A existência de uma hierarquia mundial de poder político que tem como local de expressão os Estados nacionais perde totalmente sentido na análise de Hardt e Negri.



O contraponto do império é a multidão. “O poder imperial já não pode resolver o conflito de forças sociais pelo esquema mediador que substitui os termos do conflito. Os conflitos sociais que constituem o político confrontam-se diretamente, sem qualquer espécie de mediação. Esta é a principal novidade da situação imperial. O Império cria um potencial maior de revolução do que os regimes modernos de poder, porque nos apresenta, juntamente com a máquina de comando, uma alternativa: o conjunto de todos os explorados e subjugados, uma multidão que se opõe diretamente ao Império, sem mediadoress”.




É impressionante como a ideia de multidão está pouco desenvolvida em Império, merecendo destaque apenas no capítulo final, onde é introduzida e debatida à luz de Santo Agostinho. Apesar disso, os autores apontam algumas demandas da multidão: uma cidadania global, o direito a um salário social, o direito à ‘reapropriação’ (ingenuamente referido à constituição dos Estados Unidos) e a posse, isto é, sua constituição como sujeito político.

O poder constituinte: Ensaio sobre as alternativas da modernidade, de Antonio Negri é, em boa medida, a fundamentação conceitual de Império. Neste livro de 1992, encontramos uma genealogia da multidão como “sujeito absoluto da potênciaa”. Negri procura recuperar – de Maquiavel, passando pelos ideólogos radicais das revoluções inglesa, norte-americana e francesa, até chegar ao marxismo – o que para Hanna Arendt é a capacidade permanente de fundação ou criatividade dos processos revolucionários. É aí que começa a ficar mais clara a fundamentação teórica do pensamento de Negri na tríade Maquiavel, Espinosa e Marx, em uma articulação conceitual onde o social é diretamente político. Isso fica evidente na obra de alguns seguidores do pensador italiano, As multidões e o império: Entre a globalização da guerra e a universalização dos direitos (Rio de Janeiro, DP&A, 2002), organizada por Giuseppe Cocco e Graciela Hopstein.

Mas Negri – como antes Althusser, Della Volpi, Colletti e Cerroni – reconstrói um Marx sem dialética e por isso mesmo incapaz de reconhecer a teia de mediações que constroem um percurso do social ao político e do político ao social. Como o que Negri busca é justamente apresentar toda ideia de soberania como um aparato transcendental de domesticação da multidão, o que ele faz, em O poder constituinte, é uma fenomenologia da potência constituinte da multidão, da mesma forma que Império empreende a fenomenologia da dominação imperial. Mas depois de 450 páginas de discussão da filosofia política moderna, ficamos com a sensação de que a irrupção do poder constituinte na história (e, portanto da multidão) é um processo metafísico. Ele parece inapreensível por um sistema de categorias mais refinado.



    Ora, vale destacar que a emergência de um sujeito ‘anti-sistêmico’ construído ao longo de um processo cumulativo de lutas, bem como a redefinição da hierarquia de poder entre os Estados nacionais, sempre compreendendo um centro e uma periferia - são temas que estão no coração das reflexões dos teóricos do sistema mundial. E que foram também publicados recentemente livros importantes desta escola. Após o liberalismo: Em busca da reconstrução do mundo é a primeira obra de fôlego que sai no Brasil daquele que podemos considerar o inspirador desta concepção, Imma­nuel Wallerstein. Uma importante pesquisa coletiva coordenada por Giovanni Arrighi, junto com Beverly Silver, Caos e governabilidade no moderno sistema mundial desenvolve e atualiza as teses deste autor, já apresentadas em O longo século XX e A ilusão do desenvolvimento - e esta abordagem veio sendo aprofundada entre nós nos livros recentes de José Luís Fiori, principalmente no que ele organizou com Carlos Medeiros, Polarização mundial e crescimento (Petrópolis, Vozes, 2001).

É possível que essas obras venham a enriquecer os debates sobre as distintas explicações teóricas fundamentais para as profundas transformações pelas quais o mundo vem passando nessas últimas duas décadas.











Fonte e Sítios Consultados

http://novo.fpabramo.org.br 


  

17 de fevereiro de 2017

O Sucesso e o seu preço




          Os brasileiros cada vez mais estão sentindo a necessidade de possuir um negocio próprio, alguns encaram isso como um sonho, outros como um desejo pessoal, outros por aptidão mesmo e outros encaram como um desafio de vida. Porém, podem existem diversos outros motivos capazes de justificar esse interesse pela atividade empresarial. Os mais frequentes são: desejo de liberdade, vontade de ganhar mais dinheiro, necessidade de realização profissional, falta de oportunidade de trabalho e até o preenchimento de tempo livre.




Mesmo com todo esse interesse pela atividade empresarial, as estatísticas mostram um quadro pouco  otimista: aproximadamente 80%  das pequenas empresas fecham suas portas em até dois anos após a sua abertura. Diversas pesquisas têm sido realizadas para explicar as causas desse percentual tão elevado de insucesso. Todas elas apresentam as mesmas conclusões, mostrando que os principais motivos do problema estão centrados no empreendedor.

É verdade que o índice de mortalidade de empresas também é elevado nos Estados Unidos, embora menores que os do Brasil. Na Europa ocidental, este índice já é bem mais reduzido porque os governos não permitem que se abra uma pequena empresa sem antes fazer um curso de iniciação empresarial. O desemprego aqui no Brasil sempre foi um fator decisivo e responsável por levar muitos ex-funcionários a se tornarem empresários, e isso acontece com mais frequência quando funcionários de empresas aderem a programas de demissão voluntária para investirem todo o seu dinheiro recebido na rescisão contratual em um negócio próprio. Algum tempo depois, muitas dessas pessoas veem esse dinheiro evaporar num negócio fracassado e depois estes empresários fracassados voltam a procurar emprego.

No mundo dos negócios todos sabem que a atividade empresarial se caracteriza pela incerteza. Já no mercado financeiro sem risco, a taxa histórica de retorno real em longo prazo é de 6% ao ano. Uma empresa bem sucedida em qualquer lugar do mundo remunera o capital nela investido em 15% ao ano. Estes nove pontos percentuais a mais esperados para a atividade empresarial é um bom prêmio e é justificado pelo grande risco empresarial. Porém, para conquistar esse prêmio o empresário necessita atender a alguns requisitos básicos do negócio, como: vocação para a atividade empresarial, liderança, criatividade, inovação, capacidade de alinhar-se com as novas tecnologias, tolerância ao risco e capacidade administrativa representada pela habilidade para organizar, planejar, controlar e dirigir o negócio.




Um fator muito importante no negócio é o Planejamento, já que ele tem como objetivo reduzir a incerteza do negócio, porém ele nunca conseguirá eliminá-la totalmente. Agora, com um planejamento adequado o empresário pode evitar decisões com erros previsíveis, por outro lado, sem o planejamento muitos negócios já nascem fadados ao fracasso, independente de qualquer imprevisto. O improviso e o empirismo não são mais aceitos nos dias de hoje. Por menor que seja o negócio, as funções gerenciais básicas de planejamento, organização e controle devem ser realizadas com eficácia. É uma situação bem diferente daquela enfrentada pelos empreendedores pioneiros, quando a simples iniciativa de abrir um negócio já lhes garantia clientes e lucros.

Se fizéssemos uma analogia com o futebol, poderíamos dizer que numa pequena empresa, o dono precisa saber jogar nas onze posições. É um quadro bem diferente da grande empresa, onde seus titulares não precisam entender de tudo já que podem contratar profissionais e delegar poderes para que executem as tarefas necessárias ao bom desempenho da empresa. É muito comum encontrar nas pequenas empresas ou microempresas a divisão do trabalho entre dois sócios, mas nem sempre isso ajuda, afinal, em muitos casos eles não têm um conhecimento completo das principais funções da empresa (operação, produção, vendas, compras, finanças e pessoal).

Sabemos que o Brasil é um país com uma grande população e ainda têm muitos degraus para subir no quesito desenvolvimento, mas, mesmo com esses entraves este país oferece um amplo leque de oportunidades para os vários tipos de negócios que estão surgindo neste século 21. Este potencial econômico só é encontrado atualmente em poucos países e, por este motivo, isso provoca um crescente interesse dos capitais internacionais em investir em nosso país. Isto significa maior concorrência e, portanto, maior necessidade de preparo por parte dos empresários brasileiros.

Do ponto de vista socioeconômico, as pequenas empresas têm uma grande importância, tendo em vista que elas geram a maioria dos empregos no país. Só este fato já seria um motivo suficiente para que elas tivessem, como ocorre nos países desenvolvidos, um maior apoio por parte do governo. O apoio tributário hoje existente ainda é insuficiente na medida em que grande parcela do setor de serviços, grande absorvedor de mão de obra, se encontra fora do Super Simples. O crédito, na maioria dos casos, ainda tem um custo muito alto. Uma forma de apoio eficaz seria a criação de um extenso programa de capacitação a gerencia de microempresas, começando ainda nos bancos escolares.

Mesmo com as crises políticas/moral/econômicas que vivem assolando o nosso país, no cômputo geral, as perspectivas para quem abre um negócio no Brasil são bastante promissoras, principalmente para quem seguir dois mandamentos básicos:

- Utilizar o mínimo de capital de terceiros, pelo menos enquanto as taxas de juros reais dos financiamentos estiverem elevadas.  Tudo indica que o atual quadro de juros altos da maioria das operações de crédito se manterá.

- Fazer um investimento prévio de tempo e dinheiro em sua capacitação empresarial.


A verdade é que os prêmios reservados para quem seguir os preceitos vistos aqui neste artigo podem ser bastante compensadores, mas o final dessa história só você será capaz de escrever.


Fonte e Sítios Consultados



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