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Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

1 de julho de 2011

Pesquisas de Mercado

  As Pesquisas de mercado


Quem já foi passou por uma pesquisa de mercado? Afinal, para que servem essas pesquisas, como são feitas e quais são os resultados esperados? Este artigo tem a intenção de elucidar alguns pontos essenciais sobre as pesquisas de mercado, e para isso começaremos identificando conceito de Pesquisa de Mercado. Conceito: A Pesquisa de Mercado é uma ferramenta importantíssima para a obtenção de informações valiosas sobre o mercado em que se atua ou que se pretende atuar. Afinal, não é mais segredo para ninguém que, quanto maior o seu conhecimento sobre o mercado, os clientes, os fornecedores, os concorrentes melhor será o desempenho do negócio. Atualmente, as pesquisas também estão ao alcance das pequenas empresas e podem ser realizadas a partir de institutos de pesquisas contratados, empresas juniores que são compostas por estudantes universitários ou também podem  ser realizadas pelo próprio empresário e seus colaboradores. Porém, dependendo da complexidade da pesquisa é fundamental que se contrate uma instituição capacitada. O processo de decisão da compra é obtido através da percepção que os consumidores têm sobre um problema, ou sobre a necessidade de aquisição um produto. Então, é nesse momento que eles se movem na direção à resolução, e disto decorre um modelo genérico de decisão, que se baseiam em 5 (cinco) passos que o consumidor dá, inconscientemente, para comprar.


São eles:

ü Reconhecimento do problema;
ü Busca;
ü Avaliação da alternativa;
ü Opção;
ü Avaliação pós-aquisição.

A partir deste conhecimento básico, já se tem as condições necessárias para identificar as reais necessidades do cliente. E para realizar a ação de identificação destas necessidades do cliente, podemos utilizar das seguintes ferramentas do Marketing:

- análise de mercado;
- pesquisa de mercado.

Análise de Mercado
Com a análise de mercado identificaremos as características dos clientes conforme os critérios abaixo. Usaremos essas categorias para descrever o padrão dos clientes. Determinando-os pelo agrupamento dos indivíduos descritos por estes critérios. Isso irá ajudar a incrementar os esforços do Marketing.



Dados demográficos:
- faixa de idade;
- sexo;
- renda;
- ocupação;
- religião;
- raça/grupo étnico;
- grau de instrução;
- classe social;
- dados geográficos;
- país;
- região;
- Estado/Município/Cidade/Vila;
- densidade populacional;
- clima.

Dados psicográficos
- líder ou comandado;
- extrovertido ou introvertido;
- orientado para auto-realização, ou satisfeito com o status quo;
- independente ou dependente;
- conservador, liberal, tradicional, ou progressista;
- socialmente consciente, ou egocêntrico.

Consumidor/Comportamental:
- taxa de uso;
- benefícios procurados;
- método de uso;
- freqüência de uso;
- freqüência de compra.

Mercados comerciais:
- tipo de empresa (fabricante, varejo, atacado, serviços);
- tamanho da empresa;
- estabilidade financeira;
- número de empregados;
- localização;
- estrutura;
- nível de vendas;
- exigências especiais;
- padrões de distribuição.



O intuito da Pesquisa de Mercado é...
Conhecer bem o perfil do cliente. Seus gostos, atitudes, preferências, hábitos, costumes, relações sociais e grupais de referência do consumidor. Eis a base inicial de um trabalho de aproximação, sabemos, por exemplo, que o consumidor está se tornando cada vez mais exigente, seletivo, desconfiado, racional. E sem se averiguar as reais medidas que emolduram estas hipóteses qualquer trabalho pode vir a fracassar. O rastreamento do consumidor é uma tarefa que não se esgota de uma só vez, porque suas atitudes são dinâmicas, e que exigem uma análise permanente de seu perfil.

Tipos de Pesquisa

- Pesquisas de hábitos e atitudes: essas pesquisas fornecem informações sobre os hábitos de consumo e de compra de produtos, o grau de envolvimento dos consumidores com os produtos, o conhecimento e a imagem das marcas e os critérios de escolha dos clientes.

- Pesquisas/Painéis repetitivos: Estas pesquisas consistem em colocar periodicamente as mesmas questões junto de uma população determinada, de modo a seguir a evolução das suas respostas ao longo do tempo. É o caso dos barômetros (cujas amostras sucessivas são compostas por indivíduos diferentes) e dos painéis (cuja amostra é constante).

- Pesquisas qualitativas: Estes estudos qualitativos visam compreender as necessidades, motivações e comportamentos dos consumidores. Distinguem-se das outras pesquisas pelo seu questionário, pela maior complexidade e profundidade dos seus métodos de análise. São exemplos deste tipo de estudos: entrevistas livres (em que se deixa o entrevistado falar livremente sobre o tema), ou discussões em grupo (em que um moderador lidera o grupo e apresenta os tópicos a serem discutidos, observando as reações dos participantes). Este último tipo de estudo pode ser muito útil antes do lançamento de um novo produto.

Pesquisa Quantitativa: A pesquisa quantitativa é um método de pesquisa que trabalha com indicadores numéricos e segue critérios estatísticos. Essa pesquisa é apropriada para medir opiniões, atitudes e preferências, estimar o potencial ou o volume de vendas de um negócio e também é utilizada para medir o tamanho e a importância dos segmentos de mercado. Para a sua correta aplicação, é necessário que se determine o perfil do público-alvo a ser pesquisado e o tamanho relativo a esse público.

“Após a definição do método da pesquisa a ser realizado, é necessário definir os seus meios de aplicação”.

- Métodos de experimentação
Estes são os testes de mercado que visam prever as reações dos consumidores e às ações de marketing que a empresa pretende efetuar. Para tal, as empresas programam estas ações em uma escala reduzida para serem medidos os seus efeitos junto de um determinado público-alvo. Os testes tanto podem incidir numa única variável do marketing-mix (preço, ponto de venda, produto e publicidade), como ser relativo a toda a estratégia do marketing da empresa.

Selecione a amostra
A seleção da amostra inclui dois tipos de decisões principais: a dimensão e o método de amostragem.

A quantidade da amostra: Esta decisão dependerá do nível de profundidade do estudo em que se pretende efetuar e dos recursos disponíveis. Há, no entanto, duas regras básicas que devem ser respeitadas. Quanto maior a quantidade absoluta da amostragem, maior a exatidão do resultado. Não esqueça, porém, que a partir de uma determinada quantidade, as vantagens com o aumento da amostragem são cada vez mais diminutas, não compensando, portanto, os respectivos custos.

O método de amostragem: Este método consiste em: amostra aleatória, que se baseia num sorteio absolutamente aleatório da amostra. Este método é, em teoria, o mais correto, uma vez que dá iguais possibilidades a todas as unidades da população a estudar. No entanto, este é o método mais caro e complexo de executar.

Existe ainda o de amostra por quotas, o método mais utilizado atualmente, baseado na regra de que a amostra deverá ter sensivelmente as mesmas características da população a ser estudada. Nestas características incluem-se variáveis como o sexo, a idade, a região, o nível de instrução etc. Tendo a amostra definida, passa-se à elaboração do questionário propriamente dito. Trata-se de um passo fundamental para assegurar que os resultados são representativos da população a ser estudada. Vejamos os aspectos principais que deverão ser levados em conta.


Tamanho e estrutura do questionário
Neste ponto é importante limitar ao máximo a extensão do questionário não apenas ao número de questões e ao tempo de duração, mas também à ordem das questões e ao grau de esforço que será exigido do entrevistado.

 Algumas dicas úteis: 

       - Escreva uma introdução que permita ao entrevistado perceber a razão do estudo de mercado.
·        Comece por questões fáceis para diminuir a eventual resistência do entrevistado.
·        Divida o questionário por tópicos, tendo o cuidado de os mesmos obedecerem a uma estrutura lógica e de fácil percepção.
·        Elabore questões claras e específicas.
·        Use uma linguagem facilmente compreensível por todos os entrevistados.
·        Varie o tipo de questões para evitar a confusão e a irritação do entrevistado.

Tipo de perguntas
Ø Abertas - o entrevistado decide a forma e a extensão da sua resposta;
Ø Fechadas - o entrevistado deve escolher entre um número reduzido de respostas possíveis;
Ø Formatadas - além de optar por uma das respostas possíveis, o entrevistado pode expressar a Escala de atitudes - O entrevistado classifica o seu grau de acordo ou de desacordo com uma dada afirmação.

Principais erros a serem evitados
·        Colocar sua própria opinião;
·        Não faça um questionário demasiado longo. Pense em quanto tempo estaria disponível para responder caso fosse você o entrevistado;
·        Não faça questões muito longas e complicadas. Não coloque questões que forcem o entrevistado a adivinhar a resposta;
·        Não utilize expressões que possam induzir o entrevistado a uma determinada resposta. 

Escolha o método de realização dos questionários
- Existem cinco métodos principais para se realizar uma pesquisa:

- Pesquisas por carta/mala direta: consiste no envio de um questionário pelo correio às pessoas que fazem parte da amostra, adicionando um envelope fechado para a resposta. É um método econômico e cômodo, mas que raramente obtém taxas de resposta elevadas.

- Pesquisas por telefone: são igualmente econômicos, mas pressupõe que seja de curta duração e de resposta imediata. Têm a vantagem de ter taxas de resposta mais altas, mas não possibilitam a apresentação de quaisquer elementos de caráter visual.

- Pesquisas por e-mail ou Internet: são cada vez mais populares, devido ao seu baixo custo, comodidade e rapidez de utilização. Antes de iniciar uma pesquisa via correio eletrônico procure obter a permissão do potencial entrevistado.

- Pesquisas face a face/campo: as entrevistas pessoais, na rua ou em domicílio, são o método mais seguro (mas também o mais caro) para se obter uma maior quantidade e credibilidade de respostas.

- Pesquisas por observação: são os que pressupõem a coleta de informação através da observação direta por parte do entrevistador.



Programe o estudo no campo
Após todos os preparativos, está na hora de programar o seu estudo de mercado no campo. Para esta fase, é necessário contar com uma equipe de bons profissionais capazes de realizar as pesquisas com um elevado nível de qualidade e respeitando os custos e os prazos acordados. Nesta equipe, cada entrevistador deverá ter um número reduzido de entrevistas para realizar, de forma a diminuir o risco de eventuais incorreções. Com o mesmo propósito, deverá ter entre 5 a 10% de entrevistas a mais do que as estritamente necessárias. Na seleção dos entrevistadores, não esqueça que eles estarão representando a sua empresa.
Por isso eles deverão:
- ter uma boa apresentação;
- uma capacidade eficaz de comunicação;
- uma boa preparação para ultrapassar possíveis objeções do entrevistado.


Último passo e muito importante: como os recursos destinados a uma pesquisa de mercado são sempre limitados, muitas vezes vale mais trabalhar com uma amostra menor e concentrar esforços na preparação dos questionários e na contratação de bons entrevistadores. Se tiver de reduzir os custos totais da pesquisa de mercado, procure mexer em aspectos onde não prejudique a qualidade do trabalho no campo.

Analise os resultados
Para realizar este passo é importante conhecer um pouco de cálculos estatísticos. Já existe no mercado softwares específicos para se fazer a tabulação dos dados, principalmente para apurar os valores absolutos para cada resposta. Existem também softwares que fazem o relacionamento dos resultados entre várias respostas.

Finalizando com alguns recados importantes:
Acompanhe a evolução do seu mercado ou ramo de atividade, é muito importante perceber o que está ocorrendo com ele, às novas tecnologias, os novos produtos, as diferenças dos novos usos para os atuais, ou que estão saindo de moda, produtos que estão entrando, ou substituindo outros produtos etc. Acompanhe a evolução de consumo do seu cliente. Veja o que está ocorrendo com ele. Está envelhecendo? Está mudando seu hábito de consumo? Aumentou a renda? Diminuiu a renda? Como está a taxa de reposição de clientes perdidos? Mantenha atualizado seu banco de dados de clientes. Se forem seguidos estes conselhos, com certeza estaremos sempre em sintonia com as necessidades dos clientes.



21 de junho de 2011

Bullying

Bullying

 Bully (Inglês) = Valentão,          Bullied (Inglês) = Provocar, Intimidar alguém  

           Este artigo tem por objetivo investigar a conduta entre os estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio que tanto sofrem no seu convívio escolar. Levaremos em conta alguns tipos de violências vividas ou testemunhadas por eles dentro de um espaço (escola) destinado originalmente ao estudo. Tendo em vista a inquestionável importância de um ambiente escolar em harmonia para que sejam obtidos os resultados esperados nesta importante etapa da vida, e isso se deve ao fato que é exatamente nesta época em que está se formando um cidadão. Sabe-se que a violência nas escolas é uma das facetas mais cruéis do convívio social, porém, não se encontravam muitos estudos sobre este assunto de suma importância, e também é verdade que os primeiros estudos aqui no Brasil só foram iniciados na década de 1980, e naquela época existia uma grande dificuldade para se caracterizar a real dimensão desse fenômeno, já que naqueles tempos eram destacas somente as seguintes modalidades: depredação de patrimônio, roubos, furtos e agressões físicas e verbais, não só entre alunos, como também de alunos contra professores. Os dados de uma pesquisa realizada nesta época em escolas públicas de São Paulo revelaram que as agressões mais frequentes eram: o furto (48%), ameaças (36%), danificação de pertences (33%) e agressão física (4%). Outro estudo realizado no ano de 2.005 em escolas públicas de uma região de alta exclusão social, muito próxima da cidade de São Paulo, verificou que 50,2% dos estudantes relataram já ter sofrido agressão física de colegas, sendo que 27% mais de uma vez e 21% uma única vez. Dentre esses casos, 50% ocorreram na escola e 49% do lado de fora da escola. Porém, a forma de violência que vem sendo cada vez mais estudada no mundo todo é o bullying, já que se trata de uma violência muito difícil de ser caracterizada, pelo aspecto velado da sua manifestação que pode ser através de piadas ou apelidos, quanto pela sua incidência crescente nas escolas.

  O bullying é definido nas pesquisas brasileiras como um comportamento físico ou verbal repetido, que tem o potencial de causar dano físico e/ou psicológico em suas vítimas. Porém ainda podemos acrescentar alguns critérios: “é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais alunos, causando dor, angustia e sofrimento a indivíduos mais fracos e incapazes de se defender” (Fante, 2003, p.58). E o elemento da repetição é considerado essencial para se caracterizar o fenômeno, que pode assumir formas tanto explícitas com ataques, como veladas, com piadas, com apelidos, etc. Em termos quantitativos, o bullying no Brasil parece ocorrer em uma proporção semelhante à de outros países, pois 63% dos alunos do Ensino Médio relataram ter sofrido pelo menos um episódio de maus tratos no decorrer do ano anterior à pesquisa, e 25% dos quais o caracterizariam como bullying pelo aspecto repetitivo de sua ocorrência. No que se refere ás características pessoais de vítimas e vitimizadores observam-se semelhanças entre o que já havia sido levantado no Brasil (Fante, 2003) e nos estudos internacionais (Vienstra et al., 2005). E tais semelhanças residem na busca de reconhecimento e admiração que nem sempre são alcançados pelos “seus” colegas. E a razão dessa coragem em transgredir está aliada a atitudes favoráveis quanto à intolerância em relação ao diferente, seja física ou psicologicamente, o que parece ser uma fiel reprodução de um “padrão familiar disruptivo” e admirado pelo vitimizador. Um dado importante encontrado no Brasil diz respeito à associação entre o mau comportamento e a tendência ao BULLYING, tanto entre alunos do ensino Médio como também entre Universitários, que relataram já ter sofrido ou já terem praticado tais atos anteriormente, e isso se deve a expectativa de uma não punição e a perpetuação dessa má conduta, já que o sistema permitiu uma perpetuação dessa transgressão consentida.



   Vale lembrar ainda a importância de duas importantes variáveis descritas por estas pesquisas. Uma é a maior probabilidade de envolvimento do sexo masculino em conflitos (Leme, 2004), e perpetração de intimidação repetida como bullying, o que tem sido atribuído às praticas de socializações diferenciadas entre os sexos, mais tolerantes com relação à agressividade em meninos. Aqui vale a pena se abrir um parêntese agora, a cultura Brasileira sempre impôs um maior espaço para os homens, inclusive até hoje nos postos de trabalho os salários masculinos são na sua esmagadora maioria, maiores do que o pago a um mesmo profissional do sexo feminino. Também se observou que nestas pesquisas as características das vitimas, em termos do seu potencial para reagir, não são um consenso e devem ser melhor examinadas, por tanto, as pesquisas internacionais como as nacionais apontam para a existência de dois tipos de vítima: a que reage agressivamente e aquela que não reage. O que se pode notar dessa situação vem de encontro a um fato muito importante nesse estudo sobre o bullying, é que ambos os modelos de vitimas sofrem de um isolamento social e são portadoras de algumas características diferentes da média, como: peso, voz, ansiedade, hesitação em se defender, estatura, raça, etc. Além dessas diferenças no aspecto físico, as vitimas podem ser identificadas também pelos seguintes sinais, que já podem ser um efeito da violência sofrida: inibição e retraimento, isolamento social, sintomas físicos como dor de cabeça e de estomago, tonturas, mudanças repentinas de humor, baixo rendimento escolar, resistência a frequentar a escola, medo de falar em publico, lesões corporais frequentes e perda ou danificação de objetos pessoais. Deve-se observar que no Brasil foram identificados dois tipos de vitimas: a passiva, que não reage, é tímida e retraída, e a reativa, que reage agressivamente.

 As pesquisas que foram feitas até o momento sobre este tema, eximem a organização da escola da responsabilidade pelos conflitos descritos aqui, da mesma forma que a naturalização desses conflitos ocorridos entre os alunos é conferida a vários comprometimentos do convívio em sociedade. Além disso, vale verificar se os seguintes aspectos não estão comprometendo o bom convívio escolar, como, por exemplo: a tolerância frente a um tratamento diferenciado por professores e funcionários a alguns alunos, o que pode vir a configurar uma injustiça para os últimos, a tolerância a indicadores de problemas enfrentados na escola, como absenteísmo e depredação do patrimônio e, finalmente, se essas normas não poderiam ser revistas quanto à sua adequação, para que não ocorram injustiças na sua aplicação. Acreditamos ainda que muito disso se deve a inoperância dos responsáveis (seus pais) por estas crianças, já que as escolas não têm a capacidade plena de criar valores éticos e morais nestes jovens. A escola tem sim o dever de colocá-los em contato com a cultura, a educação e todas as formas de diferenças existentes numa sociedade tão globalizada como a dos dias atuais, e isso também vem a ser um problema, já que é muito comum acompanharmos várias autoridades, sejam elas: Prefeitos, Governadores, Deputados, Vereadores, Ministros da Saúde, Secretário de algumas Prefeituras e até Policias serem acusados e até presos por desvios de conduta. E é claro que estes fatos não são bons exemplos para a sociedade como um todo, e ainda mais para as crianças e os jovens que já estão começando a entender como as coisas funcionam. Entendemos por fim, que o Bullying é o produto de uma sociedade doente e contaminada pela falta dos valores éticos e morais, e que está tão concentrada no “seu” ser individual, que já não consegue mais enxergar o seu próximo como um ser igual a ele; talvez porque ele mesmo se considere um ser acima do ser humano normal.


Referências bibliográficas
Fante, C (2003). Fenômeno Bullying: estratégias de intervenção e prevenção da violência entre escolares. São José do Rio Preto. Ativa.
Leme, M.I.S (2004) Resolução de conflitos interpessoais: interações entre cognição e afetividade na cultura. Psicologia: Reflexão e Crítica. 17, 3, 367-380
Vienstra, R ET AL. (2005).   Bullying and victimization in elementary schools: a comparison of bullies, victims, bullies/victims and uninvolved adolescents” Developmental Psychology. 41, 4, 672-682

17 de junho de 2011

Fazer menos é muito melhor!






     Quando o se fazer menos, é muito melhor     


   Iremos verificar a relação entre “horas de trabalho real x horas de trabalho Ideal”, e você já deve ter ouvido ou visto em algum lugar esta frase: fazer menos para fazermos melhor”. Este é um pensamento que habita o mundo corporativo faz algum tempo, mesmo tendo esta idéia causada alguns desconfortos num primeiro instante para as corporações, já que ela sustenta que o se fazer menos pode ser melhor. Isso no primeiro instante pode parecer uma idéia totalmente desprovida de fundamentos consistentes e que se tratava de mais uma “moda passageira” do mercado corporativo, porém, o tempo e os resultados positivos vêem demonstrando a sua eficácia e a verdade sobre essa nova proposta que chegou para mudar a nossa relação com a labuta diária.

     - Afinal, quanto tempo do dia passamos trabalhando?

     Se já refletimos sobre esse assunto - percebemos que toda vez falta algum tempo em nossa agenda totalmente repleta de atividades, e aí acabamos pensando nisso - percebemos que essa resposta tende a ser um número muito maior do que aquele que gostaríamos. E não é porque necessariamente não gostamos daquilo que fazemos. Pode até ser que estejamos contentes e satisfeitos com o emprego atual – e vamos supor que realmente estejamos mesmo. Mesmo assim, o resultado dessa equação (horas de trabalho real x horas de trabalho ideal) tende a ser negativo, já que no final do dia, a impressão é que passamos tempo demais na frente do computador, em reuniões intermináveis, recebendo inúmeras ligações, elaborando relatórios..., e a nossa rotina de labuta parece nunca ser suficiente para darmos conta de tudo. Essa sensação de dever “não cumprido” tem a ver, talvez, com a mesma pergunta do início deste parágrafo, mas com uma leve reformulação: quanto tempo do seu dia você passa, efetivamente, trabalhando?

     Para tentar responder a esta indagação, vamos propor uma reconstituição da nossa rotina de trabalho: chegamos ao nosso local de trabalho e ligamos o computador, e vamos pegar um café. Damos uma rápida olhada em cima da mesa para ver o que ficou do dia anterior e checamos os e-mails. À medida que respondemos as mensagens mais importantes, os colegas de trabalho vão chegando e papeando sobre os últimos acontecimentos e o que fizemos de ontem para hoje. Após alguns (muitos?) minutos de conversa, começamos a trabalhar naquele relatório importante do fechamento do mês e aí nos lembramos daquela reunião importante. Depois de uma hora e meia de reunião, voltamos para frente do computador, lemos mais alguns e-mails e trabalhamos mais um pouco. Logo chega a hora do almoço. Na volta, checamos os e-mails, trocamos idéias com os colegas de trabalho sobre alguns dos projetos em andamento, falamos com o chefe, resolvemos algum problema em outro departamento e (finalmente) voltamos para frente do computador para terminar “aquele” relatório. Mas já é hora de ir embora e a tarefa fica (de novo) para amanhã. Pois bem, não é de se admirar que voltemos para casa com “aquela” sensação de o dia não ter rendido o que deveria. Por mais estranho que pareça, a verdade é que não conseguimos trabalhar efetivamente em nosso local de trabalho. E essa constatação, é tão bizarra quanto lógica, e está nos abrindo novos caminhos para que possamos repensar a nossa relação com o batente diário.

    “Vivemos a era das muitas informações disponíveis e da velocidade que aumenta exponencialmente, nos causando uma urgência permanente e uma distração sem fim”.




     Algumas “novas formas” de se fazer nos chegaram por intermédio de dois programadores norte-americanos, David Heinemeier e Jason Fried. Eles são os criadores de uma empresa de softwares que se tornou uma referência até mesmo para a maioria das companhias acostumadas a atingir o primeiro lugar dos famosos rankings de “melhores para se trabalhar”, Isso não significa que eles oferecem um salário milionário nem que permitem que seus funcionários tenham 90 dias de férias. O grande diferencial está no investimento em produtividade de seus colaboradores – e, principalmente, na forma utilizada para proporcionar isso. A primeira constatação diz respeito aos novos anseios dos profissionais, que mudaram e continuam mudando no decorrer dos últimos anos. Segundo essa dupla de programadores norte-americanos, os profissionais não estão mais interessados em ganhar dinheiro a qualquer custo nem buscar estabilidade em uma companhia onde não são felizes. “Esses profissionais querem fazer algo que amam e ser pagos por isso”, escreveram na apresentação de “REWORK” (“Retrabalho”, em tradução livre), livro recém lançado nos Estados Unidos, ainda sem edição aqui no Brasil. Até aí, nenhuma novidade. Mas, para os jovens empresários, o mais importante é que eles “querem poder trabalhar”.
                                     

     Se sempre ficamos até mais tarde na empresa e trabalhamos aos finais de semana, não significa necessariamente que se tem muita coisa a fazer. Isso se deve porque não estamos fazendo o suficiente no trabalho e a razão disso são as constantes interrupções, segundo Fried e Hansson. Para eles, a maioria das pessoas consegue trabalhar melhor no início da manhã ou no final da tarde. “Não é coincidência que esses sejam os períodos em que há menos pessoas à nossa volta”, justificam. “Quanto mais gente ao redor, mais interrupções acabam atrapalhando e quebrando a rotina. No modelo que temos hoje, estamos fadados a um esquema em que você começa, para, começa, para. E isso não é ruim só para as empresas, mas também para os profissionais, que passam a ficar cada vez mais descontente com o próprio desempenho e isso causa uma constante desmotivação”. Pensando nisso, o consultor de empresas norte-americano Tony Schwartz defende que a visão de que “a forma como estamos trabalhando não está adiantando”. Esse, aliás, é o título do seu último livro, que também vem engrossar a lista de lançamentos que não param de chegar ao mercado editorial internacional para discutir esse novo sistema de trabalho.

     Quando o menos é mais. Afinal, vivemos numa era em que, mais do que nunca, as informações estão muito disponíveis e a velocidade das coisas aumenta exponencialmente, o que nos causa um senso de urgência permanente e uma distração sem fim. “Nós temos mais clientes para atender, mais e-mails para responder, mais reuniões para participar, mais telefonemas para retornar e mais tarefas para fazer. Se não damos conta de tudo, nos sentimos menos realizados”, afirma Schwartz. E realização é palavra de ordem hoje para nós profissionais. Todo mundo quer trabalhar para se sentir completo e feliz, acima de qualquer coisa. Existem muitos profissionais de sucesso que estão fazendo escolhas totalmente motivada pela melhoria da qualidade de vida, como o fotógrafo Everett Bogue, que trocou o seu emprego de sucesso na Revista New York, por uma rotina mais pacata e tranquila. Cansado de tanta correria nas redações, decidiu trabalhar menos. “Eu não via mais sentido em ficar sentado em uma estação de trabalho pelo resto da minha vida. Hoje, trabalho cerca de duas horas por dia, e o resto do meu tempo dedico a projetos pessoais, como aprender a praticar ioga, por exemplo,” conta. O estilo de vida minimalista adotado por Bogue mudou suas relações, inclusive com o dinheiro – já que passou a ganhar bem menos para se sustentar. E com essas e outras atitudes ele se tornou mais um propagador de um modo de vida em que viver com menos é, realmente, mais. Lançou um livro (A Arte de Ser Minimalista, sem edição aqui no Brasil) e um blog (farbeyondthestars.com), em que conta sua experiência sobre como é possível ter uma vida mais simples. “Muitos trabalhos são focados em criar porcarias para as pessoas consumirem. O meu foco é criar melhor”, diz. E nisso temos que concordar com ele, sabemos que muitas pessoas trabalham para comprar o que acham que precisam, mas quando se dão conta, percebem que não queriam comprar e pagar por aquilo que, no fundo, nem precisam, mas aí já é tarde, o poder do consumismo já aconteceu. E continuando, ele diz mais, - “consumir menos, é uma forma de Liberdade, pois não exige que você se mantenha em um emprego para ter de bancar um estilo de vida que escolheu”.



    Acreditamos que essa nova conscientização tem a ver com a morte anunciada do mito do “workaholic. “Em particular, conheci muitos profissionais desse tipo durante grande parte minha vida profissional e quase me tornei um deles, durante as duas décadas em que atuei como gestor de recursos de Marketing Político, mas fui salvo a tempo”. E, durante muito tempo eles, “os workaholics”, foram vistos como heróis, afinal, o cara ficava até bem tarde no escritório, só sabia falar de trabalho na happy-hour da firma e mal tinha tempo para se dedicar à família e aos filhos, ele chegou a ser considerado um profissional ideal. Durante anos, a nossa cultura celebrou o “workaholic, mas, agora, percebeu-se como esse modelo de profissional é desnecessário – para não dizer estúpido. “Trabalhar mais não significa que você se preocupa mais ou faz mais coisas. Significa simplesmente que você trabalha mais, concluem Fried e Hansson. Afinal, cá para nós, o verdadeiro herói consegue dar conta dos afazeres para encontrar a sua namorada, ou para chegar à sua casa a tempo de brincar com os filhos e não precisa desmarcar aquela “pelada semanal” com os amigos, só porque ficou no preso em meio a vários relatórios no escritório. É aquele que prima por ter uma vida fora do ambiente de trabalho – e assim tem tempo livre para viver e até trabalhar melhor.


     É claro que essa mudança de mentalidade é gradual, já que faz parte de uma herança desgastada e atualmente, improdutiva. Mesmo assim, ainda há empresas que acham que os seus funcionários precisam ser uns bitolados, que praticamente fazem do escritório a sua casa. É uma herança cultural que nos foi legada através dos séculos, portanto é até compreensível que leve um tempo para ser modificada. “Vivíamos numa sociedade industrial, onde éramos a “mão de obra” e o bom operário deveria deixar o cérebro e as emoções em casa”, é o que afirma Marcos Cavalcanti, coordenador do Crie (Centro de Referência em Inteligência Empresarial) da UFRJ. “Hoje, vivemos em uma sociedade em que o conhecimento se transformou no principal fator de produção de riqueza, e a criatividade e a capacidade de inovar são essenciais. O drama é que o nosso sistema educacional e a maioria das empresas continuam com se vivêssemos na sociedade industrial”. Uma prova disso é o horário de trabalho. Por que temos que trabalhar todos na mesma hora? “Porque era assim na fábrica”, justifica. “Para que ela pudesse funcionar, todos tinham de estar nela na mesma hora. Isso não faz mais sentido hoje, pois a atividade industrial representa 15% do trabalho no Brasil. Fazermos todos nós o mesmo horário só serve para engarrafar mais ainda o nosso trânsito diário, já tão caótico”, diz Cavalcanti. Mas só essa constatação não irá fazer com que as empresas passem a adotar horários flexíveis e façam outras mudanças, já que por anos elas estão sendo resguardadas em missões e visões cunhadas por consultorias que cobram caro demais para isso. Essa nova relação com o trabalho é uma revolução silenciosa, que começa a tomar corpo nas empresas pequenas, mais fáceis de adaptarem ao novo cenário. Voltando a falar de Hansson e Fried, as suas idéias talvez pareçam ideológicas demais para as grandes corporações e multinacionais que, acima de tudo, precisam seguir modelos globais de organização corporativa. A saída para uma nova relação com o trabalho, deve começar por nós e a forma como lidamos com o nosso ofício de todo dia. Se as interrupções acabam por minar nossa atenção e produtividade, devemos tentar nos programar para buscar uma zona de isolamento. Talvez, tentando negociar um horário mais flexível ou um espaço mais restrito. Ou, um decreto: um período do dia em que você não irá responder e-mails, telefonemas e nem participar de reuniões. “Também vale lançar mão de ferramentas de comunicação remotas”. - Claro que estas ações devem ser discutidas com o chefe e com todos os departamentos da empresa, pois, só assim darão o resultado esperado, sem gerar conflitos desnecessários.

     Antes de encerrar, confesso que este texto foi desenvolvido meio assim - no ritmo do para, retoma, para, retoma, para de novo. Nem sempre é fácil, desenvolver uma atividade, como um texto por exemplo - já que precisamos dar atenção à família (no meu caso, a minha filha - coisa de Pai Solteiro), Também é preciso acompanhar as notícias desse Brasil tão sofrido, e tudo mais que vier junto. E para tornar possível o desenvolvimento deste texto, eu acordei mais cedo alguns dias, tomei café por algumas madrugadas no meu quarto e até cheguei a relembrar dos tempos 'passados', os quais atuei como Gestor Financeiro em várias campanhas políticas (é eu também já fui um workaholic). Bem, mas esse foi o meu jeito de conseguir administrar os meus afazeres e deixá-los em dia - o importante mesmo é saber perceber se estamos passando do ponto e tomarmos as atitudes certas para a correção do destino. Acredito ter conseguido traduzir isso aqui neste texto, a importância de  atingir os objetivos que desejamos e nunca esquecer que isso só depende da nossa capacidade de administrar todos os recursos disponíveis - mas mesmo assim, é preciso continuar a trabalhar nisso em todos os momentos dia.






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