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12 de fevereiro de 2021

MUNDO PÓS-PANDEMIA, COMO SERÁ?



     É fato que a vida humana será diferente depois dessa pandemia do Covid-19 - um comportamento mais digital das pessoas e das empresas veio pra ficar depois desta crise. Mas, será que percebemos o que mudou em nossas vidas? Não estamos falando apenas das alterações da rotina causadas pelos dias de isolamento, em que não podíamos sair de casa para caminhar ou encontrar com os amigos. O fato é que essa crise mundial terá um impacto prolongado sobre o comportamento das pessoas e não há nenhum exagero em dizer que esse momento está gerando mudanças permanentes na forma de como nos relacionamos, consumimos, trabalhamos e fazemos negócios. Mas esta não é a primeira crise que vivemos tudo bem que não foram crises tão graves como essa que estamos vivendo. Especialmente aqui no Brasil – mas vamos voltar às duas últimas décadas e lembrar que passamos por algumas crises econômicas, como: 

• O crash da Nasdaq e 11 de Setembro em 2001,

 • A crise do subprime em 2008, 

• A recessão no Brasil em 2015/2016).



    Também é verdade que passamos a utilizar algumas tecnologias que nunca imaginamos – apenas para exemplificar isso, vamos falar sobre o iPhone, que existe há pouco mais de 10 anos apenas, e hoje em dia é 'quase' impossível imaginar um mundo sem os smartphones. Hoje em dia ‘quase’ tudo pode ser feito por esse meio de comunicação afinal, estamos vivendo num mundo de pandemia onde tudo funciona por meio de agendamentos. Ou seja, até que todos estejam vacinados e até mesmo depois disso, a vida humana será uma vida agendada, programada para evitar aglomerações. Mesmo que os brasileiros sejam um povo avesso a cumprir horários e ou fazer reservas em restaurantes, esta será uma mudança cultural grande, mas inevitável.

    É bom que todos entendam que o mundo mudou e aquela vida antes do ‘coronavírus’ já não existe mais. Essa Pandemia marcou o fim do século 20 como nós conhecíamos, podemos afirmar que esse foi um marco no tempo, afinal, o ser humano sempre utilizou um marcador de tempo: virou o século, tudo mudou. Se bem que estamos percebendo que isso não funciona assim, é a experiência humana que constrói o tempo – perceba que o século 19 terminou com a Primeira Guerra, com mortes, com a experiência do luto, mas também o que significou sobre a capacidade destrutiva. E essa pandemia marcou o final do século 20, que foi o século da tecnologia, onde tivemos um grande desenvolvimento tecnológico, mas agora essa pandemia veio para mostrar esses limites.


    Alguns ‘futuristas’ internacionais dizem que o ‘coronavírus’ vai funcionar como um acelerador de futuros - a pandemia antecipou algumas mudanças que já estavam em curso, como o trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade e a cobrança, por parte da sociedade, para que as empresas sejam mais responsáveis do ponto de vista social. Além de outras mudanças que ainda eram embrionárias e talvez ainda não fossem tão notadas, mas agora ganharam novo sentido diante da revisão de valores que foi provocada por essa crise sanitária sem precedentes para a essa geração.



Vejam as mudanças/transformações que estamos vivenciando: 

• Economia, 

• Política,

 • Modelo de negócios, 

• Relações sócias, 

• Cultura, 

• Psicologia social, espaço público e etc... 


Para tentar entender essas e outras questões, vamos ver essa lista com algumas tendências, que podem estar por vir.


    Possíveis tendências para o mundo pós-pandemia O Menos é mais - essa crise financeira decorrente da pandemia por si só já foi um motivo para que as pessoas economizem mais e revissem os seus hábitos de consumo. Esperamos que exista alguma mudança não só pela falta de dinheiro no momento, mas sim pelo fato das pessoas terem revisto a sua relação com o consumo, reforçando um movimento que já vinha acontecendo - consumir por consumir saiu de moda. Atualmente se faz necessário pensar no valor concedido às pessoas, no impacto ambiental, na geração de um impacto positivo na sociedade e no engajamento com uma causa. Faz-se necessário olhar definitivamente com confiança para os colaboradores já que o home office deixou de ser uma alternativa para ser uma realidade. Faz-se necessário repensar a sociedade do consumo e refletir o que é essencial.



    Revisão de crenças e valores - Uma crise como essa é capaz de mudar valores, afinal, as crises obrigam as comunidades a se unirem e trabalharem mais como equipes, seja nos bairros, entre funcionários de empresas, seja como for... E isso pode afetar os valores daqueles que vivem esse período, assim como ocorre com as gerações que viveram guerras – no Brasil, no centro da cidade de São Paulo é possível encontrar vários exemplos desse, como pessoas que se unem para ajudar idosos e servir comidas para pessoas que vivem nas ruas.



- A Reconfiguração dos espaços do comércio - essa pandemia só fez aumentar o medo e a ansiedade das pessoas e com isso estimulou-se novos hábitos. Assim, os cuidados com a saúde e o bem-estar, passaram a ter mais atenção, quando as pessoas voltarem a frequentar espaços públicos, depois do fim das restrições, as empresas devem investir em estratégias para engajar os consumidores de modo profundo, criando locais que tragam a eles a sensação de estar em casa. E nessa hora a atenção recai para bares, restaurantes, cafeterias, academias e coworkings esse espaços precisam redesenhar seus espaços para reduzir a aglomeração e facilitar o acesso a produtos de higiene, como álcool em gel. Os espaços compartilhados, como coworkings, terão um um grande desafio nesse novo cenário.



- Restaurantes fantasmas - uma tendência será a dos “restaurantes fantasmas”, termo usado para descrever os estabelecimentos que funcionam só com delivery. Como a possibilidade de novas ondas da pandemia num futuro próximo, o setor de restaurantes deve ficar atento a mudanças no seu modelo de negócios, e o serviço de entrega vai continuar em alta e pode se tornar a principal fonte de receita em muitos casos.


- Experiências culturais imersivas - esse segmento deve evoluir para o que se pode chamar de experiências culturais imersivas, que tentam conectar o real com o virtual a partir do uso de tecnologias que já estão por aí, mas que devem se disseminar, como a realidade aumentada e virtual, assistentes virtuais e máquinas inteligentes.



 - Morar perto do trabalho - Essa tendência já era conhecida, afinal morar no centro de São Paulo tornou-se um objeto de desejo para muitas pessoas justamente por conta disso, entre outros motivos. Mas, com o receio de novas ondas de contágio, morar perto do trabalho, a ponto de ir a pé e não usar transporte público, deve se tornar um ativo ainda mais valorizado.



 - Trabalho remoto – o tão falado home office virou uma realidade para muita gente, de freelancers e profissionais liberais a funcionários de companhias que já adotavam o modelo. Mas essa modalidade vai crescer ainda mais. Com a pandemia, muitas empresas de diferentes portes passaram a se organizar para trabalhar com esse modelo. Além disso, o trabalho remoto evita a necessidade de estar em espaços com grande aglomeração, como ônibus e metrôs, especialmente em horários de pico.



 - Busca por novos conhecimentos - num mundo em constante transformação, atualizar seus conhecimentos é questão de sobrevivência no mercado. E as incertezas trazidas por essa pandemia só aguçou esse sentimento nas pessoas, que passam nesse primeiro momento, a ter mais contato com cursos online com o objetivo de aprender coisas novas, se divertir e/ou se preparar para o mundo pós-pandemia. Afinal, muitos empregos estão sendo fechados e algumas atividades perderam espaço, enquanto outros serviços ganham mercado.



 - A Educação à distância - a busca por conhecimentos está em alta, o canal para isso daqui para frente será a educação à distância. Neste contexto, uma nova figura deve entrar em cena, ou seja, devem surgir novas plataformas ou serviços que conectam mentores e professores a pessoas que querem aprender sobre diferentes assuntos.



 - O Shopstreaming - o isolamento social fez com que as lives explodissem, principalmente no Instagram. As vendas pela Internet também, passando a ser uma opção também para lojas que até então se valiam apenas do local físico. Pois pense na junção das coisas: o shopstreaming é isso. Uma versão Instagram do antigo ShopTime.



   Encerramos esse reforçando que os recursos que foram utilizados para passar por este momento do ‘coronavírus’ não devem ser deixados de lado depois da crise. Todas as conveniências de hoje não serão passageiras, elas ainda permanecerão quando tudo isso passar. O ato de digitalizar tudo é com certeza um caminho sem volta - tomara que todos entendam isso e aproveitem essas oportunidades para gerar mais parcerias, estreitar o relacionamento com o cliente e com todos os parceiros de negócios.



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