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6 de junho de 2015

A educação do Brasil no século 21 é igual a do século 19

Vamos falar sobre a baixa eficiência das instituições de ensino Brasileiras, das inúmeras escolas sucateadas, das várias greves de professores ou dos muitos problemas desse universo da educação nacional, como: a discussão sobre o sistema educacional orientado em provas, onde os alunos não são avaliados ao longo do curso, ou seja, os alunos só aprendem  o necessário para fazer a prova - o que faz com que a maioria só se interesse pelas aulas da véspera das provas e no restante do tempo, tudo não passa de um grande passatempo.

         Atualmente, a quantidade de informação que recebemos é enorme e isso levanta uma questão: Estariam as escolas e os professores do Brasil preparados para lidar com isso? E mais, com toda essa tecnologia disponível atualmente, o professor deixou de ser ‘aquele que sabia de tudo, afinal, qualquer ferramenta de busca da internet é capaz de informar com detalhes sobre qualquer assunto.
         Então, nesta hora precisamos fazer algumas perguntas: 

  1. Será que os conhecimentos aprendidos nas escolas brasileiras fazem alguma diferença na vida dos brasileiros? 
  2. Será que estes conhecimentos ajudam a entender e atuar no mundo deste século 21? 
  3. E ainda mais, os alunos estão sendo preparados para passarem nos exames ou para enfrentar os desafios da vida?
         Outro dia, em uma entrevista da psicóloga Viviane Senna, irmã do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna e uma figura proeminente no debate sobre educação no Brasil, disse acreditar que o sistema educacional brasileiro parou no século 19 e que precisamos resolver esse problema rapidamente. "A ideia é gerar e disseminar conhecimentos que possam ajudar a levar o século 21 para dentro da escola", explica Viviane.
         Todos que frequentaram a cadeira escolar sabem o tipo de ensino que é utilizado aqui no Brasil. À verdade é que as crianças não podem apenas decorar conceitos ou receber informações dos professores. Seria preciso atuar no desenvolvimento de um pensamento crítico e um raciocínio lógico mais aguçado - desenvolver capacidades de inovar, de criar, de ser flexível em resolver problemas. Falo isso com conhecimento de causa, já que em Julho de 2013 concluí o Curso Universitário em Administração de Empresas em uma Universidade particular localizada aqui na cidade de São Paulo e não encontrei um cenário muito diferente do descrito logo acima.

Mas e quando surge aquela pergunta: qual a razão da escola brasileira estar ultrapassada? Vamos recorrer a uma ideia: Imagine se fosse possível transportar um cirurgião do século 19 para um hospital dos dias de hoje, ele provavelmente não teria ideia do que fazer. O mesmo vale para um operador da bolsa de valores ou um piloto de avião do século passado. É bem provável que eles não soubessem qual botão apertar. Agora é que vem a surpresa e se o indivíduo transportado do século 19 para os dias atuais fosse um professor, ele encontraria na sala de aula deste século a mesma lousa, os mesmos alunos enfileirados. Isso quer dizer que ele saberia exatamente o que fazer, isso significa dizer que as escolas brasileiras permaneceram imóveis por décadas – até parece que não estamos acompanhando as inúmeras revoluções científicas e tecnológicas que vem provocando grandes mudanças no nosso dia a dia, e o pior de tudo, continuamos preparando os alunos para um mundo que não existe mais.

Mas qual o motivo do Brasil não perceber o que existe algo tão errado com a educação brasileira?

Talvez seja só o fato dos professores não serem mais vistos  como a 'única' fonte de conhecimento, e isso só acontece em virtude do conhecimento estar se multiplicando de forma exponencial, em questão de segundos. E esse fato, é o efeito das descobertas revolucionárias não precisarem mais de tanto tempo para acontecer, hoje, temos uma grande inovação a cada cinco anos. Só neste ano a previsão é de que sejam produzidos mais conhecimentos e informações do que nos últimos 5 mil anos. Na prática, isso significa dizer que ao começar um curso técnico de quatro anos, por exemplo, quando estamos no terceiro ano, mais da metade do que se aprendeu no primeiro já está defasado.

A verdade é que o método utilizado hoje em dia, onde o professor é o detentor do conhecimento e o aluno é um arquivo onde esse conteúdo deve ser "depositado" - este modelo do século 19 não suporta mais o momento atual. É preciso fazer com que o século 21 chegue até as cadeiras das escolas – isso não quer dizer deixar os smartfhones ligados. Isso significa criar sistemas que deem aos alunos a oportunidade e a capacidade de acessar esse arsenal de novidades produzido de forma constante em diversas disciplinas.
         Muitos acreditam que a simples utilização de equipamentos digitais modernos seja o suficiente para causar uma revolução nas escolas e traze-las para o século 21, será que é só isso? Com certeza não! Mesmo existindo uma grande confusão nesta hora, já que quando se fala em escola do século 21 as pessoas pensam que estamos falando em levar tablets e smartphones para as salas de aula. Não é exatamente só isso. É evidente que toda nova tecnologia da informação sempre será bem vinda. Mas, elas são apenas uma pequena parte dessa imensa revolução na produção de conhecimento que estamos vivenciando. O que precisamos é de uma escola que consiga preparar as crianças para viver, se relacionar e trabalhar em um mundo complexo como o que temos hoje, uma sociedade e uma economia do conhecimento.


As habilidades sócio  emocionais são cruciais para que tanto as pessoas como o país consigam prosperar. E o professor deve ser um mediador nesse processo. Mais do que o conhecimento certo, é preciso fomentar atos e atitudes certas.
No Brasil, era costume falar que as crianças pobres não conseguiam aprender direito porque  elas eram subnutridas por não se alimentarem bem. Esse discurso já não cabe mais, mas muita gente ainda continua tentando atribuir o problema do fracasso escolar as dificuldades criadas pelo nível socioeconômico dos alunos. Como se esse fosse um fator determinante. Então é fácil para o Estado, na figura da escola, lavar as mãos e dizer que a criança não aprende porque é pobre e vem de uma família desestruturada.
O triste disso é saber que o papel da escola é mudar isso. Caso contrário, seria preciso enriquecer todas as crianças brasileiras e suas famílias para que elas se tornem capazes de aprender - o que é um absurdo. A educação só ajuda na ascensão social de qualquer cidadão. Não o contrário. Estudos mostram que mesmo crianças pobres, com backgrounds familiares desfavoráveis, conseguem prosperar na escola e na vida se tiverem as habilidades ‘sócio emocionais adequadas.

Finalizando este texto que teve como pano de fundo a entrevista da psicóloga Viviane Senna, e a triste realidade pela qual estamos passando, que é ver a nossa 'pátria educadora' efetuar cortes no orçamento na educação ‘as custas’ de uma má gestão do Governo que se viu obrigado a executar cortes para promover um ajuste fiscal. Para Viviane Senna, o Brasil está em um momento bastante difícil do ponto de vista econômico, político e ético. E a educação não pode ser isolada desse contexto adverso. Acredito que a nossa grande tarefa hoje ainda é identificar qual direção queremos tomar em termos de educação pública, porque se não sabemos para onde vamos, não importa se o contexto está favorável ou não. Nenhum vento ajuda quem não sabe em que porto quer atracar”.


Fonte e Sítios Consultados
http://educacao.uol.com.br
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/06/150525_viviane_senna_ru


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