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5 de maio de 2015

O Brasil e a Epidemia de Dengue



O Brasil está vivendo uma epidemia de dengue neste mês de maio de 2015, embora o Governo Brasileiro tenha relutado muito para confirmar essa informação ‘publicamente’. Vamos conhecer mais detalhes sobre a dengue e a dengue hemorrágica.  Elas são causadas por quatro tipos de vírus relacionados. Ela é uma doença dos trópicos, e é espalhada pelo Aedes aegypti - um mosquito que pica seres humanos para se alimentar de seu sangue.

As primeiras epidemias que foram relatadas ocorreram em 1779-80 na Ásia, África e América do Norte. Durante essa época, a doença era considerada não letal e que atingia os visitantes dos trópicos. Em geral, houve grandes intervalos (10-40 anos) entre as epidemias, principalmente por que a virose só podia ser transmitida entre as populações que viajavam de barco para outras partes do mundo.

Uma epidemia global de dengue teve início no Sudeste da Ásia durante a Segunda Guerra Mundial, e tem se intensificado nos últimos 15 anos. Por volta de 1975, a dengue tornou-se uma das maiores causas de hospitalizações e morte entre crianças de diversos países do sudeste asiático.

Na década de 1980, a dengue hemorrágica começou a se expandir no Sri Lanka e na Índia. Na década de 1980, após uma ausência de 35 anos, a dengue epidêmica voltou a atingir Taiwan e China. Cingapura também sofreu um ressurgimento da doença de 1990 a 1994, apesar de ter adotado um programa de prevenção à dengue que havia evitado significante a transmissão da doença no país por mais de 20 anos.

A dengue epidêmica também se expandiu pela África desde 1980, e atingiu a África Oriental, especialmente Quênia, Moçambique e Somália.

A emergência da dengue e dengue hemorrágica tem sido mais grave nas Américas. Numa tentativa de evitar a febre amarela urbana, que também é transmitida pelo Aedes aegypti, a Organização Pan Americana de Saúde desenvolveu uma campanha que erradicou o mosquito de grande parte da América do Sul e Central, nas décadas de 1950 e 1960. Mas o programa de erradicação do Aedes aegypti foi oficialmente interrompido nos Estados Unidos na década de 1970, e foi também deixado de lado em outros países das Américas. Consequentemente, esta espécie de mosquito começou a infestar novamente países nos quais havia sido erradicado. Em 1997, a distribuição geográfica do mosquito tornou-se ainda maior que antes de seu programa de erradicação: 18 países na região das Américas confirmaram casos de dengue hemorrágica.



A expansão global da dengue é comparada à da malária. Um número estimado em 2,5 bilhões de pessoas vive em áreas de risco de transmissão da epidemia. Todo ano, ocorrem dezenas de milhões de casos de dengue, e dependendo do ano, centenas de milhares de casos do tipo hemorrágico. A média de fatalidade desta espécie de dengue é aproximadamente 5% - na maioria dos casos são crianças e adolescentes.

Razões da Epidemia
Diversos fatores importantes podem ser identificados para explicar a dramática emergência global da dengue. É importante saber que o controle efetivo do mosquito, não existe na maioria dos países que são atingidos pela dengue. Na maioria dos países não existe um programa para evitar a multiplicação do mosquito Aedes aegypti. Além disto, a urbanização descontrolada facilita o surgimento de uma epidemia de dengue. Mudanças geográficas mal planejadas, moradias sujas e sistemas inadequados de água, esgoto e administração do lixo facilitam a transmissão da doença pelo mosquito.

Para agravar essa situação, muitos países atingidos pela dengue têm uma estrutura de saúde pública precária. A falta de recursos financeiros e humanos vem resultando na negligência de programas para desenvolver um vasto programa de prevenção à doença. Países como o Brasil recorrem a medidas de emergência para combater a doença. Raramente são implantadas medidas para prevenir futuras epidemias. Portanto, não é de se surpreender que o País esteja passando por mais uma crise no âmbito de saúde pública.

Informações Básicas sobre a Dengue
O causador da dengue é um vírus, mas seus transmissores (chamados de vetores) são mosquitos, geralmente do gênero aedes, popularmente chamados de pernilongo da dengue. Este mosquito geralmente é escuro e rajado de branco, é menor que um pernilongo comum, pica durante o dia. Esses mosquitos geralmente se desenvolvem em água parada e limpa.

A transmissão epidêmica normalmente ocorre durante e pouco após a temporada de chuvas. A dengue pode ocorrer em qualquer país onde o mosquito possa se procriar.



O mosquito que transporta o vírus é o mesmo da febre amarela, o Aedes aegypti. O mosquito é infectado quando ele pica um indivíduo que já está com dengue (humanos e possivelmente algumas espécies de macaco) durante os primeiros três dias de doença. A partir daí, são necessários de 8 a 11 dias para que o Aedes aegypti incube o vírus, antes de poder transmiti-lo para outro indivíduo. Após este período, o mosquito fica infectado por toda a sua vida. A vida útil do mosquito transmissor é de 45 dias, podendo vir a contaminar até 300 pessoas. O vírus da dengue é injetado na pele da pessoa pelas gotas de saliva do mosquito. Não ocorre transmissão da doença por contato direto entre pessoas, nem através de água ou alimentos.

A epidemia da dengue é imprevisível pois existem quatro espécies da doença. Para quem já teve dengue uma vez, deve-se tomar ainda mais cuidado. Em uma segunda contaminação, há maior chance da doença evoluir para a forma hemorrágica, que pode ser letal.

A dengue é caracterizada por febre repentina, fortes dores de cabeça, dores nas juntas e nos músculos, intensa dor atrás dos olhos, um segundo aumento de temperatura após uma pequena redução, náusea e vômito, além de manchas vermelhas na pele. As manchas tendem a aparecer entre 3 a 4 dias após o início da febre. A infecção pode ser detectada por um exame de sangue, que verifica a presença de vírus ou anticorpos. A doença pode durar até 10 dias, mas a recuperação completa da pessoa leva de 2 a 4 semanas.


Lista dos Sintomas
Febre alta repentina.
Fortes dores de cabeça.
Dores nas juntas e músculos.
Dores intensas atrás dos olhos.
Náusea e vômito.
Manchas vermelhas no corpo


Uma pessoa infectada com dengue deve permanecer em repouso, bebendo muito líquido e tomando medicamentos, tais como o Tylenol. A pessoa com dengue não pode tomar certos medicamentos como aspirina, Melhoral, Doril, Sonrisal, Buferin etc. A razão disto é que remédios à base de ácido acetil salicílico podem facilitar o sangramento. Apesar da intensa dor causada pela doença, pessoas contaminadas com dengue devem evitar anti-inflamatórios que também podem facilitar o sangramento.


Ainda não existe uma vacina para a doença. Sendo assim, as pessoas devem evitar áreas com pontos de água parada. Aqueles que viajam para regiões onde existe uma grande quantidade de mosquitos devem tentar permanecer em locais encobertos e ventilados. Aconselha-se o uso de repelentes e inseticidas.

Para evitar a dengue, é preciso prevenir o nascimento desses mosquitos. Não se deve deixar água, mesmo limpa, ficar parada em algum recipiente como garrafas, caixas d'água, pneus, copinhos descartáveis e outros depósitos de água.


Brasil vive epidemia de dengue, reconheceu o ministro Chioro

São Paulo tem mais da metade dos casos do país. Dos 745,9 mil casos, 401 mil ocorreram no estado paulista.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, confirmou no último dia 04/05/2015, na capital paulista, que o país enfrenta uma epidemia de dengue. “Nós temos 745.957 casos até 18 de abril. Sabemos que esse número aumentará. O Brasil vive situação de epidemia concentrada em nove estados, que são os que têm mais de 300 casos por 100 mil habitantes”, declarou, após participar de encontro na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) com empresas de biotecnologia. Ele destacou que apenas três estados tiveram redução dos casos de dengue neste ano em relação a 2014: Espírito Santo, Distrito Federal e Amazonas.
      Chioro destacou que houve elevação em praticamente todo o país, na comparação com 2014, sobretudo, porque ele foi um ano “excepcionalmente bom” em relação à dengue. “Tivemos redução do número de casos, de ocorrências graves, dos óbitos. De certa forma, em algumas localidades, o bom ano passado fez com que se desarmasse a mobilização da sociedade e de algumas ações”, avaliou. Em relação ao mesmo período de 2014, houve aumento de 234,5%. O ministro comparou a situação deste ano também com 2013, quando no mesmo período haviam sido registradas 1,4 milhão de casos da doença. “Nós ainda temos uma redução de 48% [sobre 2013]”, disse.
São Paulo tem mais da metade dos casos do país. Dos 745,9 mil casos, 401 mil ocorreram no estado paulista, assim como as mortes (169 das 229 registradas no país). Em termos proporcionais, a pior situação é do Acre, com 1.064 casos por 100 mil habitantes, seguido por Goiás (968 por 100 mil/hab), São Paulo (911 por 100 mil/hab), Mato Grosso do Sul (462 por 100 mil/hab) e Tocantins (439 por 100 mil/hab). O ministro apontou que é fundamental olhar os estados, pois isso define o plano de contingência. “O fato de termos uma situação epidêmica nacionalmente, não muda em absolutamente nada o plano de contingência, a estratégia de controle, a gravidade”, reforçou.
O ministro explicou que a tendência é de diminuição da dengue, com a chegada do inverno. “Em alguns estados, isso já se observa. As temperaturas começam a cair e as medidas de controle estão funcionando”, apontou. Embora o frio ajude a diminuir o impacto da doença, as estatísticas ainda devem indicar crescimento. Isso ocorre porque as próximas divulgações incluirão o restante de abril e maio. Ele destaca que é preciso manter as ações de prevenção, mesmo com a diminuição dos casos. “É possível que em muitos estados se interrompa em definitivo, até o início do verão. Isso não significa que a dengue deixou de ser uma preocupação”, destacou.

Fonte e Sítios Consultados

http://www.10emtudo.com.br

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-05-04/brasil-vive-epidemia-de-dengue-reconhece-o-ministro-chioro.html

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