PONTO DE EQUILÍBRIO (1)
- Vamos conhecer as possibilidades de calcular
o Ponto de Equilíbrio.
O Ponto de Equilíbrio (PE)
informa ao empresário o faturamento mensal mínimo necessário para cobrir os custos (fixos e variáveis), informação esta
que muitas vezes é vital para a análise de viabilidade de um
empreendimento ou da adequação da empresa em relação ao mercado.
Para calcular o Ponto de Equilíbrio (PE) em reais
(faturamento), faça o seguinte:
Fórmula:
PE = Custo Fixo / IMC (índice da margem de
contribuição).
Portanto, inicialmente calcule:
• O valor total do custo fixo mensal.
• O índice da margem de
contribuição.
Para calcular o índice da margem de contribuição
utilize o DRE.
Modelo de Demonstrativo de Resultados – DRE
Modelo DRE
* Índice da Margem de Contribuição
35 / 100 = 0,35
Assim, após ter em mãos as duas informações, divida
o custo fixo pelo índice da margem de
contribuição e terá o ponto de equilíbrio mensal da sua empresa.
PE (R$) = Custo fixo / IMC (Índice Margem
Contribuição)
PE (R$) = R$ 7.500 / 0,35 = R$ 21.428,57
--
-- -- --
PONTO DE EQUILÍBRIO (2)
O ponto de equilíbrio equivale ao
lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os
custos e despesas variáveis por unidade do produto. Isto significa que, em cada
unidade vendida, a empresa terá um determinado valor de lucro.
Multiplicado pelo total das vendas, teremos a contribuição marginal total do
produto para o lucro da empresa. Em outras palavras, Ponto de Equilíbrio significa
o faturamento mínimo que a empresa tem que atingir para que não tenha prejuízo,
mas que também não estará conquistando lucro neste ponto.
É muito comum encontrarmos
empresários que afirmam saber o que significa Ponto de Equilíbrio. Alguns
realmente sabem, outros pensam que sabem e têm aqueles que literalmente não
fazem a menor ideia do que venha ser Ponto de Equilíbrio. Se soubessem o quão
importante é o conhecimento deste indicador para a sobrevivência de um
empreendimento, jamais se permitiriam desconhecê-lo. Muitas MPE´s (micros e
pequenas empresas) não conseguem completar um ano de vida, em alguns casos pelo
completo desconhecimento do ramo de atividade a que se propuseram, e, na
maioria dos casos, por completo descontrole administrativo. O descontrole administrativo
é tão grave que às vezes o executivo se ilude pensando que está obtendo lucros
em suas operações, mas na verdade, acabam quebrando sem saber o motivo. Por
incrível que pareça, acreditam que se as receitas forem iguais às despesas
fixas (aluguel do imóvel, salário do pessoal, condomínio, combustível, material
de expediente, pró-labore...) estarão pelo menos "tocando o negócio e
empatando", como se diz na gíria, não obtendo, nem lucro, nem prejuízo. A
falência é uma questão de tempo.
O Ponto de Equilíbrio é um dos indicadores
contábeis que informa ao executivo o volume necessário de vendas, no período
considerado, para cobrir todas as despesas, fixas e variáveis, incluindo-se o
custo da mercadoria vendida ou do serviço prestado. Este indicador tem por
objetivo determinar o nível de produção em termos de quantidade e ou de valor
que se traduz pelo equilíbrio entre a totalidade dos custos e Retângulo de
cantos arredondados: DIRETORIA das receitas. Para um nível abaixo deste ponto,
a empresa estará na zona de prejuízo e acima dele, na zona da lucratividade. É
o mínimo que se deve alcançar com receitas para que não amargue com prejuízo.
Ponto de Equilíbrio
Conforme se pode observar a
figura acima, o Ponto de Equilíbrio é o ponto onde a linha da Receita cruza com
a linha do custo total. Para se calcular o Ponto de Equilíbrio, necessário se
faz é o conhecimento do conceito de Margem de Contribuição. Ele representa o
lucro variável. É a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os
custos e despesas variáveis por unidade de produto. Significa que em cada
unidade vendida a empresa lucrará determinado valor. Multiplicado pelo total
vendido, teremos a contribuição marginal total do produto para a empresa.
Margem de Contribuição, nada mais é do que os resultados positivos, obtidos
através da Receita, menos os Custos Variáveis. Este resultado, que é a Margem
de Contribuição, deverá ser igual aos Custos Fixos para que se chegue ao Ponto
de Equilíbrio.
Fórmula
do Ponto de Equilíbrio : PE = Custos Fixos / % Margem Contrib.
Demonstração de Resultado da empresa " XYZ
"
| ||
ITEM
|
VALORES
|
%
|
Receita
|
R$ 100.000,00
|
100 %
|
( - )
Custos Variáveis
|
R$ 65.000,00
|
65 %
|
=
Margem de Contribuição
|
R$ 35.000,00
|
35 %
|
( - )
Custos Fixos
|
R$ 28.000,00
| |
=
Resultado
|
R$ 7.000,00
|
É o mínimo que deveremos vender
num determinado período de tempo para que nossas operações não deem prejuízo.
Obviamente que também não estaremos conseguindo lucro. No caso da empresa
acima, o Ponto de Equilíbrio seria:
Custo Fixo
| ||
PE =
|
---------------------------
|
então,
|
% Margem Contribuição
| ||
R$ 28.000,00
| ||
PE =
|
---------------------------
|
=>
PE = R$ 80.000,00
|
35 %
|
Então, R$ 80.000,00 é o mínimo,
aproximadamente, que esta empresa tem que vender para conseguir bancar a sua
estrutura, ou seja, para não amargar com prejuízo.
Verificação:
Demonstração de Resultado do PE da empresa "
XYZ "
| ||
ITEM
|
VALORES
|
%
|
Receita
|
R$ 80.000,00
|
100 %
|
( - )
Custos Variáveis
|
R$ 52.000,00
|
65 %
|
=
Margem de Contribuição
|
R$ 28.000,00
|
35 %
|
( - )
Custos Fixos
|
R$ 28.000,00
| |
=
Resultado
|
R$ 0,00
|
Ponto de Equilíbrio Econômico
É o Ponto de Equilíbrio com um
lucro desejado. Poderá acontecer de, no processo de elaboração orçamentária, a
diretoria determine um Ponto de Equilíbrio com um lucro desejado. Vamos ver o
cálculo, tomando como exemplo a demonstração da empresa " XYZ ",
considerando que a diretoria determinou um lucro desejado de R$ 6.000,00, acima
do Ponto de Equilíbrio:
PE =
|
R$ 28.000,00 + R$ 6.000,00
|
=>
PE = R$ 97.142,86
|
35 %
|
Verificação:
Demonstração de Resultado do PE da empresa "
XYZ "
| ||
ITEM
|
VALORES
|
%
|
Receita
|
R$ 97.142,86
|
100 %
|
-
) Custos Variáveis
|
R$ 63.142,86
|
65 %
|
=
Margem de Contribuição
|
R$ 34.000,00
|
35 %
|
( - )
Custos Fixos
|
R$ 28.000,00
| |
=
Resultado
|
R$ 6.000,00
|
É quando dentro dos Custos Fixos,
existem variações patrimoniais que não significam desembolsos para a empresa,
mas que, de acordo com os Princípios Contábeis, estas variações devem figurar
no resultado do exercício, sendo confrontados com as receitas, porque
contribuíram para a constituição da mesma. Exemplo clássico é a depreciação.
Usando o mesmo exemplo anterior, sem o lucro desejado, vamos imaginar que
dentro dos custos fixos exista um valor de R$ 2.000,00 referente à depreciação.
Eliminando-se a depreciação, o Ponto de Equilíbrio cai.
PE =
|
R$
28.000,00 - R$ 2.000,00
|
=>
PE = R$ 74.285,71
|
35 %
|
Verificação:
Demonstração de Resultado do PE da empresa "
XYZ "
| ||
ITEM
|
VALORES
|
%
|
Receita
|
R$ 74.285,71
|
100 %
|
( - )
Custos Variáveis
|
R$ 48.285,71
|
65 %
|
=
Margem de Contribuição
|
R$ 26.000,00
|
35 %
|
( - )
Custos Fixos
|
R$ 26.000,00
| |
=
Resultado
|
R$ 0,00
|
Limitações da Análise do Ponto de
Equilíbrio
Apesar de o Ponto de Equilíbrio
ser uma ferramenta fundamental na Administração Financeira, este coeficiente
não é exato, sendo passível de alguma diferença no decorrer do período. E isso
é fácil de explicar. O Custo Fixo, na realidade ele não é fixo como se diz. Ele
tem esta denominação, de custo fixo, porque ele não varia de acordo com as
vendas, por isso que é chamado de custo fixo. Porém, os custos que o compõem,
na realidade variam de acordo com o desperdício administrativo. Por exemplo, a
energia elétrica, o gasto com comunicações, com combustível e outros gastos
considerados fixos, se não houver controle, eles sempre estarão variando e, com
eles variando, o Ponto de Equilíbrio também variará. Por isso, este coeficiente
tem seu valor aproximado. Mas apesar disso, o Ponto de Equilíbrio é uma
ferramenta extremamente importante na Administração Financeira.
Fonte
e Sítios Consultados
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