Muitos profissionais ainda
costumam confundir networking com politicagem, mas esta é uma visão
completamente errônea. Networking significa estabelecer contatos com pessoas
com as quais você compartilha algum tipo de interesse. Este interesse não deve
ser visto como algo negativo (no sentido de “interesseiro”), e sim como uma
oportunidade de conseguir um relacionamento profissional no qual ambos saem
ganhando.
Quem somente fica “puxando o
saco” dos outros, e manipula as informações para seu beneficio, não está
fazendo networking. Este tipo de atitude eventualmente se volta contra a
pessoa, e não rende frutos de longo prazo.
O networking pesa inclusive nas
decisões de contratação e promoção. Em casos nos quais as qualificações
profissionais são semelhantes, é correto escolher a pessoa que já é conhecida e
cujas atitudes e pensamentos são compatíveis com os do contratante.
Além disso, o networking interno
na empresa é muito importante para manter as relações de poder. Na vida real,
formam-se grupos de afinidade nas organizações e estes se apoiam mutuamente
para subir nos degraus hierárquicos. Um ótimo gestor, que não tem boa
capacidade de relacionamento pessoal, provavelmente será deixado para trás
pelos colegas e superiores em algum momento da carreira.
Se você é como a maior parte dos
profissionais, provavelmente perceberá que não está se dedicando o suficiente
do seu tempo na construção de relacionamentos profissionais de confiança.
Sugiro as seguintes dicas para tomar os primeiros passos:
- Comece de imediato.
Ficar somente pensando que precisa trabalhar em seu networking não levará
a nada.
- Aproveite as oportunidades.
Todo almoço, viagem, atividades em grupo ou externas são oportunidades de
networking. Conheça bem as outras pessoas e identifique afinidades com
elas.
- Use suas redes sociais. O
networking não se constrói somente no trabalho. Use suas redes sociais
como amigos, pessoas que compartilham os mesmos hobbies e conhecidos que
frequentam os mesmos lugares que você para desenvolver sua rede de
contatos.
- Não espere você precisar de alguma coisa.
Esta é provavelmente a dica mais importante. Se você iniciar um contato e
imediatamente pedir alguma coisa, parecerá que somente está interessado
em suprir aquela necessidade. Aprenda a ajudar antes de ser ajudado e sua
vida ficará mais fácil.
- Não fique só na conversa.
Dizer aos outros que você pode ajudá-los e que é um ótimo profissional é
muito pouco. Ao invés disso, tome atitudes que levem a um beneficio para
a outra pessoa e mostre sempre a qualidade de seu trabalho.
A Harvard Business Review de Janeiro identificou 3 níveis
de networking que devem ser desenvolvidos:
- Operacional:
ajuda você a executar suas tarefas diárias com maior facilidade, e deve
ser desenvolvido com colegas, chefes e funcionários dentro da empresa.
- Pessoal: contatos
que apoiam seu desenvolvimento pessoal e profissional, e podem lhe dar
referências para oportunidades futuras.
- Estratégico:
permite que você identifique oportunidades e desafios dentro e fora da
organização e que seus projetos estratégicos sejam aprovados pelos
tomadores de decisão.
Desenvolver sua rede de contatos
é muito mais que ter amigos na empresa. No networking profissional, mais
importante do que a amizade é a confiança, sinceridade e imagem. Certamente
você tem amigos que não contrataria, e confia em outras pessoas que não são
necessariamente amigos.
Pense nisso e comece a organizar
seu tempo de forma a permitir oportunidades de contatos com outros
profissionais.
--
Quem nunca ouviu a frase “quem não é político
na empresa, não sobe na carreira”? Outro dia, um velho amigo, executivo de um
grande grupo multinacional, estava frustrado por ser demitido após 20 anos de
casa. Acredita ter sido retaliado ao discordar dos acionistas. Postura nada
diplomática, reconhece.
É fato que quem não sabe travar alianças
internamente certamente ficará fora do jogo. O dom de ser político pode
levar ao sucesso, da mesma forma que a inabilidade em sê-lo acabará jogando-o
ao ostracismo. Não há problema algum em defender um ponto de vista. A diferença
está na forma como sua posição é defendida.
Outro aspecto que muita gente esquece é a
maneira de se mostrar diante dos outros. Não basta apenas ser o melhor, mas sim
ser visto como tal. Ser o primeiro a chegar e o último a sair não significa que
alguém está vendo seu trabalho. Muito pelo contrário. Ficar escondido atrás do
computador é um dos maiores erros que você pode cometer. Tem que circular e
sempre com um sorriso discreto, ar de vencedor, de felicidade.
Acho essencial saber articular-se dentro da
empresa, fazer seu chefe enxergá-lo - mas não apenas como um número. Não falo
de sair gritando pelos corredores sobre seus feitos, como fazem os
incompetentes e inseguros. É saber a hora certa de mostrar que você faz a diferença, que você dá resultados e
sabe questionar com o que não concorda. Com polidez, educação, mas com
convicção.
Muitos ao esconderem-se sem coragem de dar as
caras acabam justificando sua estagnação pela politicagem que há nas empresas.
Aí, muito cuidado. Existe um abismo entre ser político e fazer politicagem, Não
confundam uma coisa com a outra. Todos nós já questionamos alguma vez na vida a
promoção de alguém que consideramos menos competente. Mas não dá para achar que
deve usar da politicagem para crescer como se estivesse sendo político.
A politicagem é um lado da política
reprovável, aquele ligado ao conceito de bajulador, puxa saco. Enquanto a
habilidade de ser político consiste na capacidade de negociar, de articular
grupos em torno de ideias e de persuadir. Ao contrário do que muita gente
imagina, ser político não significa passar rasteira nos outros. O que não se
pode é baixar a cabeça o tempo todo.
Ser político é entender as regras do
jogo, dominar as relações de poder e saber transformar algo
negativo em positivo. Sem dúvida, quem não sabe fazer política, dificilmente
chegará ao topo nas empresas. Aliás, se você almeja o posto de número um, saiba
que é pré-requisito ter jogo de cintura, ser flexível, ser político. E não
pensem que para isso é preciso ter talento nato. Se você souber aprender com
quem sabe, no futuro deixará de se colocar como vítima da realidade e estará na
liderança como quem soube chegar lá.
Nas clínicas de preparação para o
pós-carreira e no aconselhamento a CEO´s
este tema é recorrente, o que demonstra a dificuldade que grande parte das
pessoas tem para distinguir política (sadia) da politicagem (perniciosa).
Qual
a sua opinião sobre isso, você concorda?
Fonte
e Sítios Consultados
http://www.cardozo-group.com/?p=2173
Nenhum comentário:
Postar um comentário