Perspectivas de Inovação
Já faz algum tempo que as algumas empresas (micro, pequena e média) são o centro das atenções de grande parte do mercado econômico brasileiro, e isso só acontece devido ao grande potencial de geração de emprego e de renda que elas detêm. Então, qual seria a razão das políticas de inovação voltadas para estas empresas não funcionarem bem? Para nos ajudar na obtenção da resposta para esta pergunta, vamos acessar alguns dados do SEBRAE: as últimas estimativas desde órgão demonstravam que cerca das quatro milhões de empresas do Brasil estão divididos em - micros, pequenas, e médias empresas - sendo que dois milhões dessas empresas são formadas por microempresas. Alguns desses estudos demonstraram que as limitações das empresas deste segmento se da em razão de máquinas obsoletas, uma logística precária e uma péssima administração. Também é verdadeiro o fato que a dificuldade na obtenção de crédito só amplia todos estes problemas, o que não é fácil de entender, é o fato desses recursos não chegarem com facilidade às mãos dos maiores interessados. Afinal, em nosso país, como em outros países em desenvolvimento existem certos tipos de mecanismos de créditos específicos para esse público, porém em muitas ocasiões eles não chegam a atendidos por estas linhas de créditos. E isso acontece, também, devido às exigências que são muito pesadas para os pequenos empreendedores, enquanto isso, as grandes empresas têm todas as vantagens que o mercado pode oferecer inclusive algumas redes gigantescas de varejo ganham créditos bilionários e até sociedade desses órgãos públicos que são destinados a efetuar tais créditos ao pequeno empreendedor. É neste momento que verificamos o porquê das empresas menores não terem um grande potencial inovador, falta-lhes o acesso as informações tecnológicas de ponta, o que sem dúvida as deixarão menos propensas a tais inovações, já as gigantes do mercado, continuarão crescendo cada vez mais.
Outro fato importante que merece destaque é: será que estes microempresários têm consciência do que estão deixando de ganhar quando não inovam? Afinal, é certo que no Brasil só se inova quando é percebida uma real oportunidade de negócio diretamente ligada com a inovação ou em razão da forte concorrência, ou ainda da exigência dos clientes. E o que mais se percebe nas empresas pequenas do Brasil, é uma capacitação gerencial obsoleta, que se deve ao fato das famílias gerenciarem a maioria dessas pequenas empresas, já que o seu tamanho reduzido faz com que os seus administradores tenham um horizonte pequeno e fiquem presos naquela visão do dia a dia e não vislumbrem um planejamento estratégico de longo prazo. Voltemos agora às dificuldades das políticas de inovação junto às micros, pequenas e médias empresas. Sabemos que aqui pelas bandas dos países latino-americanos, acredita-se que o governo só deve intervir no mercado quando existir algum caso de falência de mercado, e com isso as atuais políticas industriais e de tecnologias irão se horizontalizar e não será possível privilegiar ninguém. Sabendo disso, reforçamos a idéia de que é fundamental que as iniciativas de capacitação tecnológicas e gerenciais, como as do SEBRAE continuem acontecendo, mesmo sabendo que só elas não darão conta de promover o crescimento continuo de todas essas empresas, e para que isso possa acontecer será necessário que as empresas pequenas, visando incrementar os seus conhecimentos e a sua competitividade, firmem laços de cooperação com instituições de ensino e outras empresas do ramo, para que todos juntos possam alcançar o tão desejado ciclo de inovação permanente. E se essas ações inovadoras forem concretizadas com eficácia, acreditamos que o crescimento será amplo em todas as redes que irão se formar dentro desse nosso mercado, e aquela visão de isolamento setorial será de uma vez por todas “deletada”, afinal, tudo está interligado e não há mais lugar ao sol para quem ignorar isso.
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