O
termo Behaviorismo vem da palavra “behavior” que
em inglês significa comportamento
- ou às vezes comportamentismoPB,
é o conjunto das teorias psicológicas (dentre elas a Análise do
Comportamento, a Psicologia Objetiva) que postulam o
comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia.
Comportamento geralmente é definido por meio das unidades analíticas respostas
e estímulos. Historicamente, a observação e descrição do comportamento fez
oposição ao uso do método de introspecção.
O Behaviorismo é também conhecido
como Psicologia comportamental ou Psicologia Experimental,
porque visa à análise minuciosa do comportamento tendo como base
a influência do ambiente – sabe-se que o Behaviorismo surgiu
a partir do artigo intitulado “Psicologia, como os behavioristas a vêem”,
escrito por John B. Watson,
publicado em 1913.
No entanto, como se verá a seguir, o representante
mais importante desta escola é Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1994), psicólogo
estadunidense - para Watson, o comportamento deveria ser estudado como função
de certas variáveis do meio. Os estímulos provocam
os comportamentos.
O Behaviorismo não trabalha com o
inconsciente e descarta qualquer tipo de explicação mental para o
comportamento. Expressões como: “fez porque quis”, “sento neste lugar
porque gosto”, “fiz porque deu vontade”, não são consideradas. Antes, importam
as variáveis do meio como determinantes do
comportamento.
O Reflexo
Condicionado
Ivan Pavlov era um fisiologista russo com o Nobel de Medicina
que fez em 1927 uma grande descoberta para a Psicologia: o reflexo condicionado. Ele elaborou
um estudo em três fases para medir a salivação em cães.
· A primeira fase
consistia em apresentar pedaços de carne aos cães e medir a quantidade de
saliva que era depositada em pequenos tubos de ensaio colocados na região da
boca dos animais. O cientista verificou que na ocasião em que o cão recebia
alimento, a secreção salivar era abundante, um reflexo que é natural nesse
animal.
· A segunda fase do
experimento Pavlov utilizou uma ferramenta denominada: Método de Pareamento, que consistia em
tocar uma campainha antes de oferecer o alimento ao animal.
· Na fase final do
estudo, depois de parear várias vezes os estímulos (campainha–alimento), Pavlov
passou a tocar apenas a campainha,
sem a entrega do alimento ao cão. Como resultado se percebeu que o cão
também salivou abundantemente
ao ouvir apenas o som da campainha. O
cão relacionou (pareou) os dois estímulos (campainha e alimento) apresentando o
que se denominou de reflexo
condicionado.
Comportamento
Respondente - Comportamento Respondente
Os comportamentos respondentes são interações estímulo-resposta
incondicionadas, nas quais certos eventos ambientais eliciam certas
respostas do organismo que independem da aprendizagem - dito de outra forma: os
comportamentos respondentes são interações em que emitimos um
comportamento em resposta a determinado estímulo ambiental, e isto de maneira
automática, como uma reação natural do organismo, sem qualquer relação com
processos de aprendizagem.
Exemplos:
·
Contração das
pupilas quando uma luz forte
incide sobre os olhos;
·
Suor sob alta temperatura.
·
Reflexo
patelar (leve martelada na patela).
O Comportamento Operante
Os comportamentos operantes incluem todos os movimentos
de um organismo que têm efeito sobre algo no mundo em redor - ou seja, o
comportamento operante opera alguma influência sobre o ambiente. Mencionou-se
no início desta apresentação a importância de Skinner para o
movimento behaviorista.
A teoria de Skinner é conhecida como a teoria
do condicionamento operante porque o comportamento opera uma
transformação no meio e o meio opera uma transformação no comportamento,
condicionando-o.
Exemplo: se cumprimento as demais pessoas com um aperto de
mão firme, olhar nos olhos e um sorriso provavelmente terão como resposta um
cumprimento semelhante. Isto tenderá a me condicionar a adotar sempre esta modalidade de cumprimento. Ou
seja, atuei sobre o ambiente de determinada maneira (operei sobre a meio certa
influência) e o meio atuou sobre mim (operou
certa influência sobre mim). Deste modo, o comportamento é
controlável por suas consequências, as quais funcionarão como reforços dos
comportamentos.
Mais exemplos: o professor gosta de contar piadas
para tornar sua aula mais atraente e prender a atenção de seus alunos. Este
comportamento opera uma transformação no meio: os alunos riem, onde o riso
dos alunos exerce uma influência no comportamento do professor que passa a usar
cada vez mais este recurso. Ou seja, o meio operou uma transformação,
um condicionamento no professor.
Explicitando
mais uma vez: exerço (opero) uma influência no
ambiente e, como consequência, o ambiente retorna sobre minha ação também
exercendo (operando) uma influência sobre mim - dependendo do retorno que o
ambiente me dá em razão de minha atuação sobre ele, meu comportamento passa a
ser modelado, moldado.
Esta consequência, este retorno que o ambiente me
dá se conhece por reforço. É de interesse considerar, pois, que enquanto
o comportamento respondente é
controlado por seus antecedentes, o comportamento operante é controlado por suas consequências, pelos
eventos que seguem o comportamento.
O Reforço
O Reforço é
qualquer evento ou estímulo que aumente a frequência de
um comportamento, ou seja, aquilo que faz com que um comportamento continue a
se repetir - o Reforço deve ser apresentado logo após a emissão
de um comportamento a fim de que aumente a probabilidade de emissão
de determinada resposta.
Reforço
Positivo: refere-se a qualquer evento
ou estímulo (percebido como agradável) que, aplicado após a ocorrência de um
comportamento, aumenta a frequência desse comportamento. Exemplos: Elogios, sorrisos, salário,
etc.
Será que os elogios são capazes de aumentar a
frequência de comportamentos?
O mesmo funcionaria se considerarmos os sorrisos?
Ele pode reforçar comportamentos?
Quais os comportamentos possíveis de serem
reforçados pelo salário?
Por exemplo: Assiduidade, pontualidade,
produtividade, dentre outros...
Reforço
Negativo: é o estímulo que reduz
ou elimina uma resposta, um comportamento. - os reforços negativos são
estímulos adversos e por este motivo os organismos tendem a fugir dele.
Os reforços positivos ou negativos regulam
ou controlam comportamentos.
Skinner sempre defendeu que os comportamentos
são condicionados por uma combinação de reforços positivos e negativos. No
entender de Skinner, é possível explicar a ocorrência de qualquer
comportamento se houve um conhecimento suficiente dos reforços em jogo.
A pesquisa inicial de Skinner se deu
com animais - os reforços por ele utilizados eram alimentos, água (positivos)
ou choques de baixa intensidade (negativos). Os reforços tinham
uma ligação direta com as necessidades básicas do animal. Um animal
faminto ou sedento aprendia a abrir uma pequena janela ou a acionar uma
alavanca e era recompensado (reforçado) com alimento ou água.
Skinner
separou os reforços em:
· Primários: Recompensas
físicas, aquelas que atendem a necessidades básicas, como alimento e
água.
· Secundários:
Inicialmente são neutros, não atendendo a nenhuma necessidade em si.
Mas se ligam diretamente aos reforços primários passando a ser vistos
então como recompensas. O exemplo clássico seria o dinheiro.
Skinner denomina de ficções explanatórias as explicações
dadas pelos não behavioristas para descrever o comportamento. Segundo seu
entendimento, conceitos como autonomia, liberdade e criatividade seriam
dados por aqueles que desconhecem os reforços envolvidos no
comportamento, os quais se investigados podem produzir o verdadeiro controle
do comportamento.
Skinner não vê sentido na possibilidade de um comportamento
se dar sem estar ligado aos estímulos que o antecederam e os reforços que
os sucederam. Por isso não encontra sentido na discussão que envolva um homem
autônomo. Para ele, todo comportamento terá relação com esta equação: estímulo-resposta-reforço.
Sobre a criatividade, Skinner questiona:
·
Será que o poeta
cria, dá origem, inicia a coisa chamada poema, ou será que seu
comportamento é um mero produto de suas histórias genética e ambiental?
Em relação à vontade, Skinner posiciona: Vontade,
livre-arbítrio, força de vontade são ficções explanatórias que
se referem a processos não observáveis.
Aplicações
Para o Behaviorismo, ao invés de censurar e punir
as pessoas quando apresentam comportamento desviante, pode ser mais útil modificar
os reforços em seu ambiente - ou seja, a importância do meio externo é
um fator preponderante em detrimento da dinâmica interna do indivíduo.
De acordo com o behaviorismo, se os reforços
são modificados de modo a não mais recompensar o comportamento
desviante, este deveria desaparecer do repertório
comportamental.
Nesta mesma direção, pode-se conseguir a instalação
de comportamentos desejáveis pela modificação do ambiente considerando-se
que existam reforçadores para estes comportamentos desejáveis.
Por exemplo, nas prisões, ao invés de o direito
a um colchão ser algo garantido, poder-se-ia utilizar este mesmo
colchão como reforçador, algo fornecido apenas após a
emissão de comportamentos disciplinados.
Critérios
para a correta aplicação de reforços:
1.
O indivíduo precisa
manifestar o comportamento para receber o reforço.
2. O reforço deve
ser aplicado imediatamente após um comportamento desejável.
3. Verificar o
que de fato é reforçador para uma pessoa, pois, o que é reforçador para uma
pode não ser para outro. O reforço também pode surtir efeito em uma
ocasião e não em outras.
4.
Vários
reforçadores (positivos e negativos) devem ser utilizados.
5. A utilização
em excesso de um mesmo reforço pode fazer com ocorra a perda de
sua eficácia.
Terapia
A terapia
comportamental tenta ajudar as pessoas a se tornarem capazes de responder
às situações de vida de modo como gostariam de fazê-lo. Isto
inclui tanto o aumento da frequência de comportamentos desejáveis quanto
à diminuição de comportamentos indesejáveis.
Na terapia comportamental o cliente e o terapeuta
chegam a uma compreensão explícita do problema apresentado, em termos de
comportamento real do cliente - ambos decidem mutuamente as metas terapêuticas de
tal forma que quando os objetivos são atingidos isto é percebido com
clareza por ambos.
Criticas
Deve ser mencionado que Skinner e outros psicólogos
comportamentais têm pesquisas abundantes que demonstram situações em
que o ‘reforçamento’ é eficaz e
pode ser generalizado - as críticas que se fazem aos behavioristas não é a de
que seus resultados não sejam válidos, mas apenas que não são explicações
tão gerais quanto os escritos de Skinner nos fariam crer. De toda forma,
há que se destacar que o método de Skinner enraíza-se firmemente na
metodologia da ciência moderna e se constitui em um ponto de vista
consistente para o entendimento da dinâmica de uma série de comportamentos.
Psicologia
Os antigos gregos entendiam a alma como:
·
Fonte da vida -
elemento que fornece vida ao corpo.
·
Princípio
imaterial que do movimento da vida.
·
Centro da
consciência, das emoções, dos desejos.
A Psicologia se origina na Grécia Antiga
Etimologicamente:
ψυχη = (psykhe): alma
λογος = (logos) : estudo
Assim, sob o ponto de vista da origem da
palavra, Psicologia significa: estudo da alma.
Dentre alguns dos nomes de destaque preocupados com
as questões que envolviam a alma encontramos: Hipócrates (460 – 377
a.C.), Platão (428 - 347 a.C.) e Aristóteles (384 - 322
a.C.).
Estes estudiosos preocupavam-se em estudar a
natureza humana e voltavam sua atenção para: A consciência – a
capacidade humana de perceber as coisas, o intelecto – a capacidade
de pensamento e raciocínio e a ética e a moral que
diferenciavam o homem dos animais.
“A psicologia se manteve ligada a filosofia desde o tempo dos antigos
gregos e assim atravessou os séculos até o século XIX.”
Wilhelm
wundt era um médico, filósofo e psicológico que fundou a Universidade
de Leipzig, na Alemanha, o 1º. Laboratório de Psicologia
Experimental (1859). WUNDT tinha
como AMBIÇÃO estabelecer uma identidade DIFERENTE para
a PSICOLOGIA e para tanto fez uso do Método
Científico. E em que consiste um Método? Resposta: “Um
Método consiste em um conjunto, racionalmente ordenado, de regras ou de
princípios, tendo em vista obter determinado resultado”. (Comte-Sponville,
Dicionário Filosófico, 2003).
O Método Científico se caracteriza
pela experimentação.
· E o que vem a
ser experimentação? Resposta: “A
experimentação científica consiste em uma experiência ativa e deliberada
de interrogação sobre o Real. A experimentação científica visa testar
hipóteses sob determinadas condições (geralmente em laboratórios), as
quais devem ser possíveis de serem reprodutíveis”.
Não há experimentação sem uma hipótese prévia.
Para um espírito científico, todo conhecimento é uma resposta a uma
pergunta. Se não houve uma pergunta, não pode haver
conhecimento científico. A experimentação é, pois, algo que se vincula
necessariamente à intencionalidade.
Partindo-se destas premissas iniciais, o Cientista
segue alguns passos para a construção do conhecimento:
·
Identificação do problema a estudar.
·
Observação dos dados – experimentos.
·
Descrição dos fenômenos observados.
·
Repetição e Confirmação das experiências.
Teorização – Estabelecimento
de Leis
O NASCIMENTO DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA - Com sua iniciativa, portanto,
WUNDT obteve para a psicologia o Status de Ciência. E para
nós, a prioridade de um Administrador não
estará nas salas, nos computadores, nos cálculos, nas marcas, nos produtos ou
somente nos processos de uma empresa/organização. A prioridade do
administrador será as pessoas desta empresa.
Quanto mais o Administrador for conhecedor dos processos que regem os Processos
Psíquicos, o que motiva, o que rege o comportamento das pessoas, maior será
a probabilidade de atuar com competência e sucesso. E neste
contexto, os elementos proporcionados pela Ciência, tais como o estabelecimento
de causa e efeito, ou do antecedente-consequente permitirão a
realização de previsões passíveis de fornecer resultados mais
favoráveis.
E os Resultados são muitos:
1. Objetividade
2. Competência
3. Competitividade
4. Lucratividade
5. Sucesso
Em termos gerais, é possível afirmar que são
objetos de estudo da psicologia:
÷ Processos Mentais
÷ Processos de Comportamentos
Mesmo que este seja o enfoque principal da
psicologia, algumas escolas se destacam por estudarem a Identidade
Funcional entre corpo e mente, ou seja,
a influência recíproca que exercem entre si. Isso que dizer:
os estados da mente podem influenciar o corpo, assim como os estados do corpo
podem atuar sobre a mente. Em alguns casos esta influência se torna
crônica a tal ponto de alguns especialistas em psicologia serem capazes de
identificar por meio do corpo (posturas, tensões, etc.) quais os padrões
mentais e de comportamento daquele indivíduo.
Outros focos de estudo da psicologia:
·
Indivíduos especiais (fora da média)
·
Personalidade (diferenças
individuais)
·
Psicopatologia (desvios
de padrões de comportamento)
·
Grupos (dinâmica
dos relacionamentos)
Todos estes aspectos
visam a um objetivo comum:
· Pergunta: Por
qual motivo as pessoas se comportam de uma
determinada maneira e não de outra?
· O profissional
de Psicologia pode atuar em algumas áreas, dentre as quais se
destacam:
o Clínica
o Educação
o Saúde
o Organizacional
o Esportiva
o Marketing
PSICOLOGIA, PSIQUIATRIA, PSICANÁLISE.
A partir do impulso dado ao estudo do ser humano no
século XIX, muitos progressos foram obtidos no entendimento dos processos
mentais e dos comportamentos. O esforço de muitos estudiosos acabou por gerar
olhares distintos e algumas diferenças no modo de entender e abordar as
questões relativas ao ser humano.
Neste contexto, surgem três grandes linhas
dentro do eixo central que consiste no estudo da psicologia:
·
Psicologia (Analítica, Behaviorismo, Gestalt, etc.)
·
Psiquiatria
·
Psicanálise
As semelhanças entre as
três vertentes são:
· Concentração
no estudo dos processos mentais e dos comportamentos destes decorrentes.
· As três
tendências atribuem a si mesmas o status de ciência.
As diferenças mais
elementares envolvem:
·
Formação
profissional.
·
Método de
trabalho.
Formação profissional:
· Psicólogo
Clínico – Graduação em Psicologia – Especializações em Psicologia Clínica.
·
Psiquiatra –
Graduação em Medicina – Especializações em Saúde Mental.
·
Psicanalista
– Graduação em Psicologia ou Medicina – Especialização em Institutos de
Psicanálise.
Método de trabalho:
·
Psicólogo
Clínico – Observação escuta
intervenções verbais.
· Psiquiatra
– Observação escuta intervenções
verbais, além da prescrição de medicamentos.
· Psicanalista
– Estímulo à associação-livre do
paciente, utilização da atenção flutuante, análise e interpretação
de sonhos, análise da transferência e das resistências.
A PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
·
Qual o interesse da Psicologia para as Organizações?
A Psicologia deve gerar um
interesse para as Organizações na medida em que
consiste na ciência que busca o entendimento das variáveis que
determinam o comportamento humano. Neste sentido, a psicologia é a ciência que
pode contribuir para dar rumos mais adequados à vida das pessoas, às suas
relações e, como consequência, trazendo reflexos no interior das organizações.
A psicologia pode ser vista como um instrumento à disposição
do Administrador para apoiá-lo na busca do contínuo aumento da
eficácia dos processos organizacionais através das pessoas, promovendo melhoria
na qualidade de vida, dos produtos e dos serviços proporcionados pela
organização.
Aplicações Práticas da PSICOLOGIA nas ORGANIZAÇÕES
·
Seleção de pessoas.
·
Conciliação de perfis às especificidades das tarefas.
·
Desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacidades (treinamento).
·
Acompanhamento de desempenho (mudanças de rotina).
·
Análise das condições de trabalho.
·
Administração das relações interpessoais (alteração de
pessoal).
PSICOLOGIA DA GESTALT
A Psicologia da Gestalt é
uma escola de origem alemã, a tradução do termo Gestalt para
o português não ocorre de modo preciso, sendo os sentidos mais aproximados: forma, boa
forma, configuração, todo.
Um dos pressupostos principais da teoria da Gestalt consiste
no fato de que no processo de organização da percepção o olho humano tende
a agrupar as várias unidades de um campo visual para formar um todo - este
princípio conceitua a visão como uma experiência criativa, não como um
simples ato de ver - ou, ainda, como um processo mental ativo e não
simplesmente receptivo.
Fundadores
·
Max Wertheimer (1880-1943)
·
Wolfgang Köhler (1887-1967)
·
Kurt Koffka (1886-1941)
Estes cientistas iniciaram seus estudos por meio
da sensação e percepção, tomando como base inicial a ilusão
de ótica, na qual um estímulo físico é percebido pelo sujeito de uma forma
distinta da que ele tem na realidade.
Sensação e Percepção
A Gestalt enfatiza
a importância da sensação e da percepção, vinculando-as de modo estreito e tem
como ponto de partida a percepção, que por sua vez é dependente da sensação - a
sensação é o processo pelo qual um estímulo externo ou interno provoca uma
reação específica, produzindo uma percepção.
Tomamos conhecimento
do mundo externo por meio dos órgãos dos sentidos (sensações).
As mensagens recebidas por estes são transmitidas ao cérebro
através do sistema nervoso, formando na nossa mente impressões de
objetos e situações (percepções).
A percepção
é algo mais que a simples recepção de sensações provenientes dos órgãos dos
sentidos - ela é composta por algumas leis características dos seres
humanos, além de se relacionar com as expectativas e experiências
passadas. Deste modo,
a junção destes elementos formará uma configuração em nosso
cérebro de tal maneira a dar sentido a nossa experiência.
A Teoria Gestalt baseia-se
também no princípio de que as coisas são percebidas formando um todo que
não pode ser compreendido pela soma das partes, por exemplo, um rosto seria
algo mais que olhos, nariz, boca, orelha, testa, queixo, etc.
Processamento de Informações
O organismo percebe, assim, um conjunto
de elementos como uma forma completa em que os componentes estão
integrados entre si, de um modo que não é possível decompô-los sem destruir o
conjunto. Ou seja, um conjunto passa a ser uma nova entidade, que não é
simplesmente a soma dos seus componentes.
De acordo com a teoria
da Gestalt o cérebro seria regido por princípios
operacionais que tenderiam a organizar os estímulos provenientes
dos sentidos - tais princípios são também conhecidos como princípios de
organização perceptual. São eles:
·
Continuidade
·
Segregação
·
Semelhança
·
Unidade
·
Proximidade
·
Pregnância
·
Fechamento
Organização Perceptual
O Princípio da Continuidade: refere-se à preferência pelos contornos
contínuos e sem quebra ao invés de outras combinações mais complexas. Por meio
do Princípio da Continuidade percebemos duas linhas que se cruzam ao
invés de quatro linhas que se tocam ou quatro ângulos opostos.
Princípio da Segregação: Se relaciona a
capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades
formais em um todo compositivo ou em partes deste todo - a Segregação pode
ser feita por diversos meios tais como: pelos elementos de pontos, linhas,
planos, volumes, cores, sombras, brilhos, texturas e outros.
Princípio
da Semelhança: alguns elementos
são associados com mais intensidade quando eles compartilham de características
visuais básicas.
Principio
da Unidade: a unidade pode ser
entendida como o conjunto de mais de um elemento, configurando o
"todo" propriamente dito, ou seja, o próprio objeto.
Nossa
percepção faz com que enxerguemos elementos soltos como um único objeto.
·
Devido ao Principio
da Proximidade os olhos organizam primeiro os pontos em quatro colunas
porque a separação horizontal é maior que a separação vertical:
· Principio da
Pregnância: diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais
simples.
· O sistema tende
espontaneamente à estrutura mais equilibrada, mais homogênea, mais regular,
mais simétrica.
Principio da
Pregnância: se refere ao princípio da
simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é
assimilada: desta forma, a parte mais facilmente compreendida em um desenho é a
mais regular, que requer menos simplificação.
Fonte e Sítios Consultados
Material do
Curso de Administração do 5º.. Semestre da Disciplina de Psicologia
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