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Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

1 de janeiro de 2020

TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO, Antecedentes Históricos







Antecedentes Históricos

Na antiguidade temos exemplos de construção de magníficas obras, realizadas no Egito, na mesopotâmia, na Ásia, comprovando a existência de elementos capazes de planejar e conduzir milhares de trabalhadores...

Exemplos.

· No Egito antigo, constatamos papiros que atestam a importância dada à organização e a administração burocrática;
· Na China, Confúcio sugere a prática para a boa administração pública;
·        Hamurabi, Amásis e Manu estabelecem os códigos disciplinadores do trabalho;
·        Os Hebreus nos deixaram conceitos de organização e o principio escalar;
·  Os romanos deixaram legados tais como administração pública, autoridades dos magistrados, hierarquia e o senado.


Desenvolvimento histórico da administração

        Registros antigos sobre a evolução no campo da administração datam de duas fases: teocrática e empírico-prática.

Fase teocrática: não há conhecimento desta fase, porém haveria apenas um mundo de origem divina.
Nesta fase, destaca-se Hamurabi, rei dos Amoritas, tribo semita que dominou e formou o grande império babilônico, onde destacamos que:

·     Sua legislação influência 15 séculos no oriente médio;

·     Preconizou o salário profissional, as férias, o tabelamento de preços e seguro saúde para os trabalhadores da mesopotâmia;

· Estabeleciam, em contrato, relações entre empregados e empregadores.

 


FIGURAS IMPORTANTES

        Fase empírico-prática:

Século XIII a.C

MOISES

Século IX a.C
SALOMÃO
Século V/VI a.C.
CONFÚNCIO
Século VI/VII d.C
MAOMÉ
Século VIII/IX d.C
CARLOS MAGNO


Na sua grande maioria eram religiosos; agiam de forma empírico-prática, isto é, experimentavam e repetiam o que dava certo, e eliminavam os insucessos.

 

FIGURAS IMPORTANTES


Século IX a.C.

LICURGO

Século VI a.C
SÓLON
Século IV a.C
ALEXANDRE, O GRANDE
Século II/I a.C
CÉSAR




Na idade média as corporações de ofício eram estruturadas em três categorias profissionais:

§  Mestre,
§  Companheiro e
§  Aprendiz


Eventos que marcaram essa fase:

®  A organização do estado Inglês

®  Organização dos Estados Unidos
®  A revolução francesa (1789)


Esta última, que pela Assembleia Nacional da Declaração dos Direitos do Homem, que democratizou as oportunidades de emprego, tanto para o setor público como para o setor privado, dando início á era da competição pelo mérito para o trabalho.





AS INFLUÊNCIAS NA ADMINISTRAÇÃO


DOS FILÓSOFOS


Sócrates (470-399 a. C), esclarece que “a administração deve ser vista como uma habilidade pessoal, separada do conhecimento técnico e da experiência”.


Platão (429 a.C. - 347 a.C) seu ponto de vista sobre a forma de governo e a administração dos negócios públicos


Aristóteles (384-322 a.C.), estuda a organização do Estado e aponta 3 formas de se administração pública:

§  Monarquia ou governo de um só;
§  Aristocracia ou governo de uma elite;
§  Democracia ou governo do povo
   

Francis Bacon (1561 – 1626), método experimental e indutivo, prevalência do principal sobre o acessório.


René Descartes (1596 – 1650), criou as coordenadas cartesianas. Negar tudo até prova em contrário; princípio da análise ou decomposição partindo para a síntese ou composição; revisar tudo como principio de verificações.


DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA
        A hierarquia da igreja, com inspiração no modelo de ordem e disciplina.



DA ORGANIZAÇÃO MILITAR
        Idêntica a inspiração da Igreja, com as competências delimitadas pela hierarquia. A disciplina é um requisito básico para uma boa organização. Surgimento do pensamento estratégico.

Exemplos:

·      O princípio da unidade de comando – fundamental para a função de direção;

·  A escala hierárquica – em seus níveis de comando relativos ao grau de autoridade e responsabilidade correspondentes;

·        A autoridade delegada – para níveis mais baixos

·        O planejamento e controle centralizados e as operações descentralizadas

·        O “estado maior” (staff) (assessoria)

·    O princípio de direção através do qual todo subordinado deve saber o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer

·     A disciplina







A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

        Desenvolveu-se em duas fases:

·   Primeira Fase: 1780 a 1860 – Revolução do Carvão e do Ferro, 

·  Segunda Fase: 1860 a 1914 – Revolução do Aço e da Eletricidade


ASPECTOS LIGADOS À ADMINISTRAÇÃO:

·        Em 1776, James Watt inventa a máquina a vapor e sua aplicação à produção traz modificação na estrutura social e comercial, com mudanças nas áreas econômicas, política e social;

·        Mecanização da indústria e da agricultura (Ex: máquina de fiar, do tear hidráulico, do tear mecânico e do descaroçador de algodão).

·        Uso da força motriz na indústria (com aplicação da máquina a vapor)

·        Surgem as fábricas e os operários (em lugar do artesão e sua oficina)

·        Desenvolvimento dos Transportes e das comunicações é acelerado, principalmente com a introdução da navegação a vapor, locomotiva a vapor, construção de estradas de ferros. Samuel Morse inventa o telégrafo (1835), Graham Bell o telefone (1876), Daimler e Benz constroem o primeiro automóvel, Santos Dumont voa em Paris com o 14 Bis.

          Surgem as grandes transformações

A Revolução Industrial, na segunda fase, caracteriza-se pelos seguintes aspectos:

1.   Substituição do ferro pelo aço na indústria básica;

2.   Substituição do vapor pela eletricidade e pelo petróleo, como fonte de energia;

3.   Maquinaria automática e alto grau de especialização;

4.   A ciência passa a dominar na industria;

5.   Melhoramento das vias férreas, construção de automóveis, aperfeiçoamento de pneumáticos;


   Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista (capitalismo, financeiro, trustes, holding companies, etc)



CONTRIBUIÇÕES


·           Ruptura das estruturas corporativas da idade média;

·           Grau de avanço tecnológico, com as novas formas de energia e conseqüente ampliação dos mercados;

·           A substituição do tipo artesanal pelo tipo industrial de produção





CONTRIBUIÇÃO DOS ECONOMISTAS LIBERAIS

·   Adam Smith (1723-1790) – preconizou o estudo dos tempos e movimentos, mais tarde desenvolvido por Taylor;

·   James Mill (1773-1836) – estabelece medidas para tempos e movimentos a fim de obter o aumento da produção;

·       Samuel P. Newman – destaca que o administrador deve ser uma combinação de várias qualidades dificilmente encontradas em uma única pessoa. As funções da administração, segundo ele, são:


1.   Planejamento

2.   Arranjo

3.   Condução de diferentes processos de produção

 

QUADRO RESUMO DAS TEORIAS PIONEIRAS DE ADMINISTRAÇÃO E SEUS ENFOQUES

Teorias

Teorias

Principais Figuras

Principais Enfoques

Nas tarefas
Administração Científica
Taylor, Ford,
Edson, Gantt,
Gilberth
Organização e racionalização do trabalho em nível operacional
Na Estrutura
Escola Clássica
Henry Fayol
Organização formal
Princípios Gerais da Administração
Funções do Administrador
Nas Pessoas
Das Relações Humanas
Elton Mayo
Follet
Organização Informal Motivação - Liderança
Dinâmica Grupal
Comunicações
No comportamento
Comportamental ou Behaviorismo
Maslow, Herzberg,
Mc Gregor, Argyris
Comportamento do homem no meio em que vive – o meio social – ou o meio das organizações
Voltadas à sociedade
Estruturalista
Karl Marx,
Max Weber
Regras e Procedimentos bem definidos; a burocracia nas organizações.
No Ambiente
Geral dos Sistemas
Bertalanffy,
Schain
Interdependência entre as partes; o universo é sistêmico.
Nas Variáveis ambientais
Da Contingência
Woodward
A interveniência das variáveis ambientais, criando dependência.






ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA (Taylor)

Esta teoria desenvolvida por Frederick Winslow Taylor com o seu livro “Princípios da Administração Científica”, procurava a racionalização do trabalho operário;

Ênfase na análise e na divisão do trabalho operário, sendo a unidade fundamental da organização as tarefas do cargo e o ocupante do mesmo. E uma abordagem de baixo para cima e das partes para o todo. Atenção para o método de trabalho, para os movimentos necessários à execução de uma tarefa, para o tempo padrão, causando: especialização do operário, reagrupamento de movimentos operações, tarefas, cargos, etc. formando a chamada Organização Racional Do Trabalho (ORT).


ENFASE NAS TAREFAS:
Aplicação dos métodos da ciência aos problemas da ADMINISTRAÇÃO, para alcançar uma elevada eficiência industrial: - OBSERVAÇÃO E MENSURAÇÃO.

TAYLOR preocupava-se com o desperdício e perdas sofridas pela indústria e também em elevar os níveis de produtividade com os métodos e técnicas da Engenharia Industrial.


  MAIOR PRODUÇÃO, MAIOR PAGAMENTO:
 (bom para a empresa, bom para o operário).


  
Filosofia básica: Identidade de interesses entre empregados e empregadores.

·        Empregados: altos salários
·        Patrões: baixo custo de produção
·        A análise do trabalho e o estudo de tempo e movimento levam à EFICIÊNCIA:




PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Princípios de TAYLOR:

1. PRINCIPIO DE PLANEJAMENTO: substituir a improvisação através do planejamento do método.

2.PRINCÍPIO DE PREPARO: selecionar cientificamente os trabalhadores e prepara-los e treiná-los para produzir mais e melhor, de acordo com o método planejado e preparar as máquinas e equipamentos de produção, bem como, o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais.

3. Principio DO CONTROLE: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto.

4.   PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem disciplinada.



Outros princípios de TAYLOR:

1) Pagar salários altos e ter custos baixos por unidade de produção;

2) Processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris.

3) Empregados cientificamente colocados em serviços opostos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para melhor cumprimento das normas.

4) Empregados devem ser cientificamente selecionados para que as normas possam ser cumpridas;

5) Atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os trabalhadores.


Para Taylor, a indústria de sua época padecia dos seguintes males:

1.Vadiagem sistemática por parte dos operários (ideias negativas: maior rendimento — homem/máquina causa desemprego; administração força os operários à ociosidade para proteger seus interesses; métodos empíricos ineficientes, causando desperdícios de esforço e de tempo).

2.  Desconhecimento pela gerencia das rotinas do trabalho e do tempo necessário para sua execução.

3.   Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.


O seu livro SCIENTIFIC MANAGEMENT (Gerenciamento Científico) é mais uma revolução que uma teoria (75% de análise e 25% de bom senso)





ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA

·           Ciência em lugar de empirismo.
·           Harmonia em vez de discórdia.
·           Cooperação, não individualismo.
·           Rendimento máximo, não produção reduzida.
·           Desenvolvimento de cada homem para alcançar maior eficiência e prosperidade.




Elementos para aplicação

·           Estudo de tempo e padrões de produção;
·           Supervisão funcional;
·           Padronização de ferramentas e instrumentos de trabalhos;
·           Planejamento das tarefas e cargos;
·           Princípio da exceção;
·           Utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;
·           Fichas de instruções e serviços;
·           Tarefas associadas a prêmios de produção;
·           Sistemas para a classificação de produtos e material;
·           Sistema de levantamento da rotina de trabalho.



ORT – ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO

Método de trabalho para estabelecer os padrões de desempenho das tarefas.

Maior eficiência maior produtividade



ESTUDO DA FADIGA HUMANA (Gilbreth, Frank).

·           Evitar os movimentos inúteis na execução;
·   Executar o mais economicamente possível os movimentos úteis;
·  Dar a esses movimentos selecionados uma seriação apropriada (economia de movimentos)
·   A fadiga predispõe para: diminuição da produtividade e da qualidade, perda de tempo, aumento da rotatividade, doenças, acidentes e diminuição da capacidade de esforço.


PRINCÍPIOS DE ECONOMIA DO MOVIMENTO:

Relativos ao uso do corpo humano.
Relativos ao arranjo do material e do lugar de trabalho.
Relativos ao desempenho das ferramentas e equipamentos.

                          


DESENHO DE CARGOS E TAREFAS

®  Tarefa: Toda e qualquer atividade executada por alguém no seu trabalho (menor unidade possível dentro da organização).

®  Cargo: Conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva
o   (um ou mais ocupantes).

INCENTIVOS SALARIAIS E PRÊMIOS DE PRODUÇÃO

®   Tempo Padrão: Tempo médio necessário para um operário normal realizar a tarefa devidamente racionalizada. Acima disso haveria um prêmio de produção ou incentivo salarial




PEÇAS PRODUZIDAS E NÍVEL DE EFICIÊNCIA


CONCEITO DE “HOMO ECONOMICUS”
A Administração Científica via o homem como um “Indivíduo materialista, limitado e mesquinho, que só trabalha por recompensas salariais, preguiçoso e vadio, tendo que ser constantemente controlado através do trabalho e racionalizado pelo tempo padrão”.





SUPERVISÃO FUNCIONAL
Existência de diversos supervisores, cada um especializado em determinada área e que tem autoridade funcional sobre os mesmos subordinados.





          É a aplicação da divisão do trabalho e da especialização ao nível dos supervisores e chefes. A Supervisão Funcional pressupõe uma autoridade relativa dividida e zoneada



PADRONIZAÇÃO

Padronização das máquinas e equipamentos ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias primas e componentes, no sentido de reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo, assim eliminando o desperdício e aumentando a eficiência. Padronização é a aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir custos, buscando a eficiência e conduzir à simplificação.



CONDIÇÕES DE TRABALHO

        Melhoria da eficiência, bem estar físico e diminuição da fadiga, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para obtenção da eficiência e aumento da produtividade.



LIMITAÇÃO DO CAMPO DE APLICAÇÃO

As observações foram quase que totalmente voltadas para problemas de produção localizados na fábrica, não considerando com maior detalhe os demais aspectos da vida de uma empresa, tais como, financeiros, comerciais, etc.




ABORDAGEM PRESCRITIVA E NORMATIVA

Visualiza a organização como ela deveria funcionar, ao invés de explicar o seu funcionamento.



ABORDAGEM DE SISTEMA FECHADO

Visualiza somente o que acontece dentro da organização, sem levar em conta o meio ambiente em que ela está situada.





PRINCÍPIOS DE EFICIÊNCIA DE EMERSON

·           Traçar um plano objetivo e bem definido.
·           Estabelecer o predomínio do bom senso.
·           Manter orientação e supervisão competente.
·           Manter disciplina.
·   Manter honestidade nos acordos, ou seja, justiça social do trabalho.
·           Manter registros precisos, imediatos e adequados.
·           Fixar remuneração proporcional ao trabalho.
·           Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho.
·           Fixar normas padronizadas para o trabalho.
·           Fixar normas padronizadas para as operações.
·           Estabelecer instruções precisas.
·           Fixar incentivos eficientes ao maior rendimento e à eficácia.



PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FORD

·      Princípio da intensificação: diminuir o tempo de produção com o emprego imediato dos equipamentos e matéria prima e a rápida colocação do produto no mercado.

·   Principio da economicidade: reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria prima em transformação.

·  Princípio da produtividade: aumentar a capacidade de produção ao homem no mesmo período através da especialização e da linha de montagem.



PRINCÍPIO DA EXCEÇÃO

        Verificação das exceções ou desvios dos padrões normais. Corrigir somente as exceções. Deu origem a delegação, que se tornou depois um princípio de organização amplamente aceito.














Fonte e sítios consultados


Teoria Geral da Administração – Chiavenato, Idalberto  ¾ São Paulo : McGraw-Hill do Brasil, 1979.

U58c Universidade Norte do Paraná. Tecnologia em administração de pequenas e médias empresas: módulo 1. Londrina : UNOPAR: CDI, 2005. 170 p. : il.


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