A União Europeia (EU) é uma união econômica e política
de 28 Estados-membros independentes situados principalmente na Europa, sua Área
é de 4.325.000 km² - ela foi fundada em 01 de novembro de 1993, Maastricht,
Países Baixos e possui suas sedes
em: Cidade de
Bruxelas, Bélgica – a EU contava com uma taxa de desemprego de 9,6% em abril de 2015 de acordo com a Eurostat
– e possui uma divida pública como porcentagem do PIB: 87,4%
do PIB (2013) segundo a Eurostat
– os fundadores foram: França, Bélgica, Luxemburgo, Itália, Países Baixos e a
Alemanha.
Os países integrantes (*pelo menos até a data de 24/06/2016) são:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia,
Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda,
Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino
Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia. A Macedônia, a Croácia e a Turquia ainda
se encontram em fase de negociação. Estes países são politicamente
democráticos, com um Estado de direito em vigor.
Existem
alguns tratados que definem a União Europeia, são eles:
· Tratado da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA),
· Tratado da Comunidade Econômica Europeia (CEE),
· Tratado da Comunidade Europeia da Energia Atômica
(EURATOM),
·
Tratado da União Europeia (UE) e o
· Tratado de Maastricht, que
estabelece fundamentos da futura integração política. Neste último tratado, se
destaca acordos de segurança e política exterior, assim como a confirmação de
uma Constituição Política para a União Europeia e a integração monetária,
através do euro.
Para o
funcionamento de suas funções, a União Europeia conta com instituições básicas
como o Parlamento, a Comissão, o Conselho e o Tribunal de Justiça. Todos estes
órgãos possuem representantes de todos os países membros.
Os países
membros da União Europeia e os 19 países de maiores economias do mundo fazem
parte do G20. Os países da União Europeia também são representados nas reuniões
anuais do G-8 (Grupo dos Oito).
A
Moeda Única é o euro
Com o
propósito de unificação monetária e facilitação do comércio entre os países
membros, a União Europeia adotou uma única moeda. A partir de janeiro de 2002,
os países membros (exceção da
Grã-Bretanha) adotaram o euro para livre circulação na chamada Zona do
Euro, que envolve 19 países.
Os países que fazem parte da Zona do Euro são:
·
Alemanha,
·
Áustria,
·
Bélgica,
·
Chipre,
·
Eslováquia,
·
Eslovênia,
·
Espanha,
·
Estônia,
·
Finlândia,
·
França,
·
Grécia,
·
República da Irlanda,
·
Itália,
·
Letônia,
·
Lituânia,
·
Luxemburgo,
·
Malta,
·
Países Baixos e
·
Portugal.
O fato é que houve uma grande repercussão mundial no dia 24 de junho de
2016 - com a decisão dos votos de 382 distritos do Reino Unido de se separem
da União Europeia, a qual ela faz parte desde 1973. E mesmo que este processo
ainda precise passar pelo Parlamento, o que ainda pode demorar uns dois anos, os mercados financeiros mundiais foram muito abalados por essa onda de choque
global.
A saída da União Europeia venceu por uma margem
apertada - 51.9% a 48,1% - no plebiscito realizado no Reino
Unido, o que mostra uma grande divisão no país. Confira
abaixo alguns dos fatores que determinaram o veredito dos britânicos, que deve
ter consequências profundas no mundo.
*Os motivos pelos quais os britânicos votaram pela saída da União Europeia:
·
O peso (ou não) da economia
O público britânico foi bombardeado de alertas
sobre como ficaria mais pobre caso escolhesse sair da União Europeia. Mas isso
parece não ter convencido muito.
Especialistas do FMI (Fundo Monetário
Internacional), da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) e de várias outras organizações se pronunciaram afirmando que o
crescimento econômico seria prejudicado, o desemprego aumentaria, o valor da
libra cairia e as empresas britânicas ficariam em uma espécie de terra de
ninguém fora do bloco.
Internamente, o Bank of England levantou a hipótese
de recessão e o governo afirmou que poderia ser obrigado a aumentar o imposto
de renda e cortar os gastos no serviço público de saúde (o NHS), na educação e
na defesa.
Além disso, o presidente americano, Barack Obama,
sugeriu que a Grã-Bretanha voltaria para "o fim da fila" nos acordos
com os Estados Unidos.
Enquanto alguns partidários da permanência na UE
admitiam que o chamado "Projeto Medo" estava indo longe demais, os
defensores da saída foram rápidos em afirmar que o temor era espalhado pelas
elites ricas.
Mas o fato de o público ter descartado tão
rapidamente as opiniões de especialistas indica algo que supera a simples
revolta contra o sistema. Sugere que muitos se sentiram fora do alcance dos
benefícios econômicos dos mais de 40 anos de permanência no bloco.
·
Promessa de dinheiro para a saúde
A declaração de que a saída do bloco iria liberar
até 350 milhões de libras (mais de R$ 1,7 bilhão) a mais por semana para
aplicar na saúde pública é o tipo de frase política dos sonhos para qualquer
marqueteiro: fácil de entender e atraente para todas as idades e correntes
políticas.
Por isso os partidários da saída da UE a usaram
tanto em sua campanha.
E o fato de que a promessa não resiste à análise -
o número foi questionado por autoridades do governo e descrito como
potencialmente enganador pela Autoridade de Estatísticas britânica - não
reduziu sua força.
·
Imigração
A campanha pela saída do bloco transformou a
questão da imigração em seu trunfo, principalmente ao englobar assuntos como
identidade nacional e cultural, o que tinha apelo entre os eleitores de baixa
renda.
O resultado sugeriu que o medo da imigração, o impacto
dela na sociedade e o temor do que pode acontecer nos próximos 20 anos eram
mais amplos e profundos do que se suspeitava.
O argumento central era de que o Reino Unido não
poderia controlar o número de pessoas entrando no país enquanto continuasse no bloco.
A linguagem e imagens usadas pela campanha foram
criticadas e houve tensão até mesmo entre as várias correntes partidárias
pró-saída. Suas mensagens, porém, estavam em sintonia no argumento central:
retomar o controle das fronteiras e garantir a soberania nacional.
·
O primeiro-ministro
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pode
ter saído vitorioso de uma eleição geral e dois referendos nos últimos dez
anos, mas sua popularidade parece ter chegado ao fim.
Ao se colocar no centro e à frente da campanha pela
permanência na UE, e qualificando a decisão como uma questão de confiança, ele
colocou em jogo seu futuro político e reputação pessoal.
Cameron apostou que conseguiria mudar a relação da
Grã-Bretanha com a União Europeia até mesmo dentro de seu partido, o
Conservador.
O problema é que isso era baseado em promessas de
reformas que muitos achavam modestas demais.
Sem conseguir convencer os conservadores mais
céticos de seu partido, Cameron também não conseguiu o apoio dos trabalhistas e
muito menos dos indecisos.
Com o fracasso, o primeiro-ministro anunciou que
renunciará ao cargo em outubro.
·
Os trabalhistas
A campanha pela permanência precisava dos eleitores
trabalhistas, e o fato de que eles não participaram tanto quanto esperado ainda
vai ser motivo de muita discussão entre os integrantes da oposição ao governo
conservador.
O Partido Trabalhista - que tinha 90% de seus
parlamentares a favor de ficar na UE - julgou muito mal o comportamento de seus
partidários e, quando percebeu que havia algo errado, não conseguiu fazer muita
coisa para mudar isso.
Eles até usaram as figuras mais famosas do partido
na campanha - como o ex-primeiro-ministro Gordon Brown e o prefeito de Londres
Sadiq Khan. Mas não conseguiram mudar a impressão de que havia uma divisão
profunda dentro do partido.
Seu líder, Jeremy Corbyn, receberá a maior parte da
culpa. Críticos afirmam que o apoio dele à UE foi muito morno, e que sua ênfase
na necessidade de uma "Europa social" simplesmente não convenceu
muita gente.
·
Estrelas do 'Leave'
Os britânicos sempre souberam que alguns ministros
de governo iriam apoiar a saída do bloco.
Mas o ministro da Justiça, Michael Gove, foi além,
se tornando um dos grandes motores da campanha pela saída ao lado do
ex-prefeito de Londres, o conservador Boris Johnson.
Gove trouxe o peso intelectual e Johnson, o apelo
popular que conseguiu conquistar eleitores além da divisão entre conservadores
e trabalhistas.
Ambos percorreram o país todo. O ex-prefeito, por
exemplo, "mergulhou" em pubs; o ministro ajudou a elaborar o
manifesto pela saída e encarou as perguntas do público em programas de TV.
Por outro lado, há também Nigel Farage, líder do
Partido Independente do Reino Unido (Ukip) e um dos rostos mais famosos da
campanha pela saída do bloco.
Ele fez o que era esperado: provocou muita polêmica
com suas declarações e também motivou os eleitores de seu partido e muitos
outros a irem votar.
·
Eleitores mais velhos
Nas próximas semanas os especialistas poderão
debater detalhes do comparecimento do eleitorado. Uma das conclusões já
previstas: os mais velhos aprovaram em peso a saída da União Europeia.
É fato: quanto mais velho é o eleitor, maior é o
esforço para ir votar - 78% das pessoas com 65 anos foram às urnas na eleição
britânica de 2015; entre as de 18 a 24 anos, 43%; e de 25 a 34 anos, 54%.
Muitos eleitores, porém, correram para se registrar
entre os dias 15 de maio e 9 de junho: 2,6 milhões de pessoas, muitas delas
jovens, se credenciaram para ir às urnas.
·
Relacionamento difícil
O casamento entre Reino Unido e Europa nunca foi
fácil.
Foram necessários anos para os britânicos se
juntarem à Comunidade Europeia, em 1975. E muitos apoiaram a entrada de má
vontade, ou apenas por razões econômicas superficiais.
Essa ambivalência se transformou em hostilidade:
foram décadas de ceticismo de políticos e de grande parte da imprensa britânica
em relação à União Europeia.
A geração mais jovem era vista como mais favorável
ao bloco, mas ainda é preciso comprovar a afirmação com análises mais
detalhadas de como foi a votação desta quinta.
Parece claro que o resultado não é só uma decisão
de cunho político, mas também uma declaração de identidade nacional.
No encerrando deste iremos rever quem são os nossos personagens a Inglaterra, a Grã-Bretanha e o Reino Unido:
- A Inglaterra é o país que tem como capital a cidade de Londres, onde se localizam o Parlamento britânico e o Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha Elizabeth II.
- A Grã-Bretanha é o nome da maior ilha britânica, que abriga a Inglaterra, o País de Gales e a Escócia.
- O Reino Unido compreende os três países da Grã-Bretanha mais a Irlanda do Norte. O Reino Unido, cujo nome oficial é Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, foi criado em 1801, quando a Irlanda foi incorporada ao bloco - em 1922, a República da Irlanda sai da união, deixando apenas a parte norte da ilha no Reino Unido. Em setembro de 2014, os escoceses rejeitaram a independência do país em um plebiscito histórico. Um fato interessante é que cada país tem autonomia para decidir questões internas, mas, com a união, o poder passou a ficar mais concentrado em Londres, onde o Parlamento centraliza as decisões sobre o Reino Unido e onde vive a chefe de Estado de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, a rainha Elizabeth II.
Fonte
e Sítios Consultados
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36609225
http://veja.abril.com.br
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