O abastecimento de água e o
colapso iminente
A crise do abastecimento de água
no estado de São Paulo está afetando
a todos, cidadãos e empresas. Vamos acompanhar o que os supermercados,
shoppings, agricultura, as empresas e os cidadãos podem e já estão fazendo para amenizar esta
situação. E o dado alarmante disso é que este problema já evoluiu para o nível emergencial, e isso se agravou muito em razão do calor
absurdo que está assolando essa região do país, da falta de chuva e do alto
consumo de água. Se o consumo continuar no nível que está hoje (Janeiro/2015), da ordem de 20 m³ por segundo, em três ou no
máximo quatro meses chegaremos ao colapso no abastecimento de água no estado. Este "preocupante"
diagnóstico partiu do governo federal na reunião realizada no Planalto na tarde
no dia 23/01/15 noticia essa apurada pelo
o jornal O Estado de São Paulo. Este encontro foi comandado pelo
ministro da Casa Civil e teve a participação de seis
ministros onde se avaliou a situação crítica dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O governo federal deve chamar os
governadores dos três estados para que eles apresentem planos de contingência
de que dispõem e, juntos, possam construir uma proposta conjunta de trabalho
para tentar diminuir os prejuízos à população. Como medida preventiva, o
governo federal anunciou a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) uma obra que promete aumentar a
disponibilidade de água no Sistema Cantareira e beneficiar a região
metropolitana de São Paulo, que sofre com a escassez de água.
Segundo apurou a reportagem do jornal
O
Estado de São Paulo, o governo também avaliou nesta reunião os impactos
da forte estiagem na irrigação, que poderá atrapalhar a produção agrícola e até
mesmo na indústria, trazendo prejuízos ao País em momento em que a economia já
enfrenta sérios problemas. Também existe o planejamento de redução de
fornecimento de água, em caso de agravamento da crise, tema esse que também foi
tratado neste encontro. Há uma decisão de que hospitais e residências serão
preservados. Caso haja necessidade de escalonamento de consumo, uma das medidas
poderia ser readequação de horários de aula e até suspensão, em último caso.
O
diretor metropolitano da Sabesp, Paulo
Massato, afirmou no dia (27/01/15) que existe a possibilidade de acontecer
um rodízio na região metropolitana de São Paulo e que esse racionamento teria
que ser "drástico", isso pode ser entendido como: "2 dias com água e 5 dias sem água". De acordo com o apurado pela http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado.htm
"Para
fazer rodízio, teria que ser muito pesado, muito drástico. Para ganhar mais do
que já economizamos hoje, seriam necessários dois dias com água e cinco dias
sem água", afirmou, durante o anúncio da ampliação da adutora Guaratuba
para o sistema Alto Tietê, evento que contou com a participação do governador
Geraldo Alckmin (PSDB). Massato também chegou a afirmar que o rodízio pode
ocorrer se os órgãos reguladores acharem necessário e "se não
chover". "Nossa engenharia está correndo contra o relógio. Estamos
batendo novos recordes de baixas precipitações", disse Massato.
A Crise hídrica já afeta o
comércio e as indústrias Paulistas
Em meio a esta crise hídrica, o
comércio, as indústrias e a agricultura do estado de São Paulo já trabalham
para encontrarem opções para os cenários de racionamento. As alternativas
representam custos adicionais para empreendedores e podem resultar em aumentos
no preço final de mercadorias e serviços. Entre todos os setores, o setor mais
preocupado é o de bares e restaurantes. O repasse dos custos para o consumidor
é praticamente certo. "O mínimo de adequação para a crise exigiu um
investimento que era inesperado. No caso de bares e restaurantes, praticamente
tudo o que aumenta custos acaba sendo repassado", é
o que afirmou o presidente da entidade em São Paulo, Associação Brasileira de
Bares e Restaurantes (Abrasel.)
Mesmo com a instalação de mais de
uma caixa d'água e a perfuração de poços artesianos já são iniciativas que
outros setores do comércio também têm adotado como forma de manter os negócios
mesmo no caso de interrupção no fornecimento de água, comenta o físico José Goldemberg. Ele preside um conselho na Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)
que tem orientado os estabelecimentos. "Acho que o racionamento é
inevitável, mas há iniciativas que conseguem manter o comércio
funcionando", comentou. "Só que vai ficar mais difícil e algumas
coisas vão ficar mais caras."
- O que
fazer para sobreviver a falta de água?
Os Supermercados: Nas
redes os poços artesianos já estão sendo usados. O diretor de Meio Ambiente da
Associação Paulista de Supermercados comenta que em alguns casos é preciso
recorrer ao caminhão-pipa, alternativa mais cara. Dono da rede São Vicente, ele
conta que na sua rede alguns poços chegaram a secar e, para não atrapalhar o
atendimento nas lojas, foi preciso usar os caminhões.
Os Shoppings: a
prioridade é manter o atendimento. Segundo a Associação Brasileira de Shopping
Centers (Abrasce) muitos
empreendimentos têm pedido autorização para cavar poços artesianos. Em último
caso, o caminhão-pipa é acionado. O presidente da entidade destaca que essas
alternativas são custosas e podem elevar as taxas pagas por lojistas.
A Agricultura: A
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) afirma que
está orientando os produtores para o uso consciente da água na irrigação. O
anúncio foi feito após declarações de que o governo de São Paulo deverá
restringir o uso da água na agricultura, em meio à grave crise de
abastecimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
As Empresas: O fato
é que o medo da falta de água está agitando os negócios de várias empresas
privadas de saneamento, enquanto a Sabesp
quebra a cabeça para garantir água para a população, algumas empresas privadas
aproveitam para vender sistemas de reuso
de água e outras opções de abastecimento para a indústria e para as
prefeituras. É preciso dizer que os maiores consumidores de água são as empresas - já
que o insumo água representa de 70% a 90% dos componentes utilizados
para a produção de cosméticos e produtos de limpeza, por exemplo. O
governo do Rio de Janeiro estuda reduzir ou até mesmo cortar o fornecimento de
água para cinco grandes indústrias de Santa Cruz, na zona oeste da capital,
para preservar o abastecimento humano, ameaçado pela crise hídrica que afeta a
região sudeste. Além da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), da Gerdau, da
Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC), da Petrobrás, da Usina Termelétrica de
Santa Cruz e da Casa da Moeda do Brasil. Por aqui em São Paulo já existe um rodízio
na produção, corte de turnos, uso de caminhões-pipa e aproveitamento da água
que sai do ar-condicionado estão entre as medidas adotadas pelas indústrias na
atual crise hídrica em São Paulo, que atinge as regiões metropolitanas da
capital paulista e da região de campinas. A verdade é que apelar para os
caminhões-pipa tornou-se uma alternativa necessária para as fábricas da Grande
São Paulo e do interior, principalmente nos últimos três meses.
Os Cidadãos: Bem, quanto
a nós cidadãos comuns, tomara que possamos aprender o mais rápido possível a consumir somente
o necessário e saber fazer o reaproveitamento da água. Por exemplo, para lavar o chão devemos armazenar água do enxágue da
máquina de lavar em baldes e utiliza-la para lavar banheiros, cozinha, quintal
e até mesmo o automóvel. Quem consegue captar a água da chuva pode utiliza-la
para regar as plantas e lavar o chão.
Vamos acompanhar como a redução da água está afetando 10 bairros da cidade de São Paulo, atualmente em 30/01/2015.
Fonte http://exame.abril.com.br
O que o Governo de São Paulo está fazendo?
Em
meio a essa crise hídrica, o Governador de São Paulo está trabalhando em um
projeto emergencial que contam com 8 obras para enfrentar este problema, que
segundo o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, é o “Deserto de 2015”. Nestas
obras estarão as novas adutoras e estações elevatórias, isso para aumentar as
fontes de água e a capacidade de tratamento dos sistemas Guarapiranga e Alto
Tietê. A intenção é de atender parte dos 6,2 milhões de moradores que hoje
são atendidos pelo sistema Cantareira, o maior da Grande São Paulo e que pode
chegar ao nível ZERO neste próximo mês de abril. Sabendo que no dia 03/01/2015
o Cantareira já operava com 5,1% de sua capacidade, bem próximo do seu final.
Para o sistema Alto Tietê, responsável
pelo abastecimento de 4,5 milhões de pessoas, existe a previsão de construção
de dutos desde o sistema Rio Grande, que abastece as cidades do ABC. Isso em
razão do Alto Tietê possuir uma maior capacidade de tratamento. Segundo o
Governador, essa obra poderá transferir 4.000 litros de água por segundo. Outra obra
é a reversão do rio Guaratuba, com a intenção de aumentar a reserva no Alto
Tietê. Também anunciou-se a possibilidade da captação de água do ribeirão
Guaió, já que existe a ideia de construir uma adutora e uma estação elevatória entre o
Guaió e um outro rio que alimenta uma represa do sistema Alto Tietê. Outra novidade
pode ser a reversão do rio Itatinga, para abastecer o Alto Tietê.
Para o Guarapiranga, que abastece 5,2 milhões
de pessoas existe a previsão de quatro obras: ampliação de captação do braço
Taquacetuba, da Billings. O Taquacetuba também deverá ser reforçado com as
obras de captação de água do rio Capivari, no extremo sul da cidade de São
Paulo. E outra obra será no Alto Juquiá, que abastecerá diretamente um afluente
do Guarapiranga. E a oitava obra deste pacote seria a ampliação da capacidade
de tratamento de uma estação na zona sul, que hoje tem a capacidade para 14 mil
litros e depois das obras concluídas terá capacidade de 16 mil litros por
segundo.
Como Administrador e
morador da cidade de São Paulo, espero que possamos sair deste momento de crise
hídrica com sabedoria e com maior respeito e conhecimento sobre o consumo dos
bens naturais do nosso planeta, afinal, nós somos os maiores interessados na
preservação da vida humana e infelizmente, também somos o seu maior vilão.
Os
Refugiados Hídricos de SP
Com o rodízio restrito de água em
andamento, acabou surgindo um novo tipo de cidadão em São Paulo: os refugiados
hídricos, afinal
hoje em dia é comum encontrar pessoas que fazem ginástica nas academias, as
que fazem natação, as que jogam futebol e até os que visitam os amigos e
aproveitam para tomar uma ducha rápida ao final destes acontecimentos sociais.
Enquanto
o Governo de São Paulo por meio da Sabesp não divulga o esquema do rodízio
de água, que pode ser de ‘5 por 2’
ou talvez de ‘4 dias sem e 2 com água’,
ao que tudo indica, o governo paulista esta só esperando o Carnaval passar para
divulgar esse sistema de rodízio. “Em minha opinião, isso é mais uma
postura equivocada dos nossos governantes, afinal eles já fizeram isso durante todo
o período eleitoral de 2014. Eles simplesmente ignoraram o problema hídrico durante
todo o ano de 2014, para não adotarem ações ‘antipopulares’ as vésperas das
eleições. E com isso, a situação chegou ao ponto que estamos vivendo hoje".
De acordo com o que explicou o Presidente
da Associação dos Profissionais Universitários Hídricos (APU) da Sabesp, “qualquer medida que não seja tomada em
toda região irá criar uma segregação de território. As pessoas vão querer fugir
para onde tem água. Teremos refugiados
hídricos”. Afinal, em janeiro de 2014 a Sabesp havia planejado um rodízio
oficial restrito ao Cantareira, conforme noticiou o Jornal o ESTADO àquela época. Contudo, esse
plano foi vetado pelo governo Alckmin
que apostava na redução da pressão, no bônus, na transferência de água de
outros sistemas e nas chuvas. O que temos oficialmente em 07 de fevereiro de 2015 é que ainda não existe uma definição sobre
o esquema do rodízio de água em São Paulo.
Fonte e sítios Consultados
http://www.atitudessustentaveis.com.br
http://familia.com.br
http://noticias.uol.com.brhttp://sao-paulo.estadao.com.br/noticias
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