Gerenciamento nas organizações
Você já encontrou o seu lugar nas
organizações em que participa?
As
organizações são como as pessoas. Encontramos organizações mesquinhas,
fechadas, autoritárias, voltadas para o passado, que repetem rotinas, que são
incapazes de evoluir.
Existem
outras organizações que evoluem perifericamente, que só fazem mudanças cosméticas,
de fachada, sem mexer no essencial.
Existem
também organizações deslumbradas, que mudam de acordo com a moda do momento, ou
as que têm gurus de plantão, as que adotam todas as novidades, tem as acreditam
que o marketing é mais importante do que a realidade.
E há,
finalmente, as organizações que possuem uma visão integrada, aberta, flexível
das pessoas, dos seus objetivos, do seu futuro. Organizações interessantes são
as que veem, em cada problema, um desafio. Diferente das Organizações
problemáticas, que enxergam mais os problemas do que as oportunidades e fazem
destas, novos problemas.
Nos
diversos grupos e organizações em que participamos - principalmente os
familiares, os educacionais e os profissionais - encontramos formas de
gerenciamento diferentes, umas tendendo mais para o autoritarismo, o controle
pessoal ou burocrático, e
outras, para a desorganização, a anarquia. Entre o
autoritarismo e a anarquia, encontramos várias formas de gerenciamento
intermediário, mais ou menos participativo, mais ou menos estruturado.
No gerenciamento
autoritário tudo se subordina ao controle. O controle pode ser pessoal
- alguém centralizando as decisões principais - ou burocrático - a estrutura é
hierárquica e só a cúpula decide; os escalões intermediários executam o que vem
de cima e têm pequeno grau de autonomia.
No gerenciamento
anárquico não há um centro de comando. A organização é muito fluida,
depende da relação momentânea de forças. Altera-se com certa frequência o
equilíbrio. É uma organização instável, sujeita a crises. Alterna períodos de
alta efervescência e criatividade com outros de inatividade ou apatia.
No gerenciamento
participativo, de um lado há organização: códigos, estruturas,
esquemas, limites, normas claras e implícitas, hierarquia; de outro, essa
organização é flexível, se adapta às circunstâncias, confia nas
pessoas, apoia inovações, desburocratiza os procedimentos, trabalha de
forma sinérgica. O gerenciamento participativo pode acontecer em grupos
menores, como o familiar, assim como em grupos maiores como em escolas e
empresas, com vários níveis de interação, de comunicação aberta.
Todos os
grupos e instituições, que evoluem e crescem, trazem consigo formas de integrar
organização e criação, normas e liberdade, autoridade e confiança. As
organizações que mais evoluem são as que reúnem pessoas abertas, que sabem
gerenciar seus conflitos pessoais, que sabem comunicar-se e aprender.
O grande
problema do “atraso” empresarial é educacional e cultural: é a falta de
desenvolvimento integral das pessoas em todas as esferas das suas vidas. O maior
capital de uma organização é o pessoal: ter pessoas realizadas, bem resolvidas,
abertas, honestas, que inspirem confiança. Temos carência dessas pessoas em
todos os níveis organizacionais, da alta gerência até às funções mais simples.
As pessoas maduras, abertas são responsáveis pelas mudanças fundamentais das
organizações.
As
organizações que triunfam em longo prazo são as que não visam unicamente o
lucro, mas que vivenciam espaços - reais e virtuais - ricos em interações, onde
existe diálogo, respeito, valorização de todas as pessoas e atividades.
Triunfam as que incentivam a integração sinérgica, facilitando a troca de
informações, de experiências, de propostas, de soluções.
É
importante que cada um de nós encontre o seu lugar em cada organização em que participa
e que se torne produtivo em todas as dimensões: para a empresa, para nós mesmos
e para os que trabalham ao nosso lado. A interação nas diversas organizações
pode levar-nos, se estivermos atentos, a encontrar o equilíbrio entre o pessoal
e o social; a mostrar o melhor de nós mesmos sem anular nossa personalidade; a
colaborar criativamente, cooperar e também atuar pessoalmente, individualmente;
a saber discernir, quando podemos expor-nos ou preservar-nos. É um aprendizado
constante, que nos ajudará a comunicar-nos melhor, a sermos vistos de forma
menos preconceituosa. Se desconfiarmos demais, se nos fecharmos demais, os
outros tenderão também a ver-nos com desconfiança e a fechar-se em relação a
nós.
Fonte e
Sítios Consultados
http://www.eca.usp.br/moran/organiz.htm
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