Inflação
Inflação é um processo pelo qual
ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e serviços, provocando perda do
poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos,
sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos
produtos.
Há vários fatores que podem gerar
inflação. O aumento muito grande do preço de um item básico na economia pode
contaminar os demais preços provocando uma alta generalizada. É o caso do
petróleo e da energia elétrica, por exemplo. O excesso de consumo também
provoca inflação, pois os produtos tornam-se escassos ocasionando aumento de
seus preços. Em outra hipótese, se o Governo gasta mais do que arrecada, e para
pagar suas contas emite papel-moeda, provoca inflação, pois está desvalorizando
a moeda, uma vez que criou dinheiro novo sem lastro, sem garantia, sem que
tenha havido criação de riqueza, de produção. Assim, os bens e serviços
continuam os mesmos, mas o dinheiro em circulação aumenta de volume. Passa-se,
então, a exigir maior quantidade de dinheiro pela mesma quantidade de produto,
o que alguns economistas chamam de dinheiro fraco, dinheiro podre.
O processo inflacionário, quando
instalado, é de difícil controle. Funciona como um círculo vicioso, obrigando a
realização de reajustes periódicos de preços e salários, com o seu consequente
agravamento. E quem mais sofre com tudo isso é a camada mais pobre da
população, que não tem como se proteger. Em épocas de inflação galopante,
tivemos no Brasil contas bancárias com reajustes diários como forma de repor o
poder de compra que o dinheiro perdia de um dia para o outro. Mas as pessoas
mais pobres não tinham (e ainda não têm) acesso a contas bancárias, não podendo
se utilizar desse benefício. E assim, seu dinheiro valia menos a cada dia.
A Correção Monetária tem o objetivo de
minimizar (ou até neutralizar) as distorções causadas pela inflação na
economia. Com ela, os valores monetários são reajustados com base na inflação
ocorrida no período anterior, calculada por índices que procuram medir as
mudanças que ocorrem nos níveis de preços de um período para outro. No Brasil,
o cálculo destes índices é feito por entidades credenciadas, como o IBGE -
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Outras instituições também têm
elaborado estes cálculos, como a FGV - Fundação Getúlio Vargas, no Rio de
Janeiro; FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o DIEESE -
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, ambos em
São Paulo; o IPEAD - Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e
Contábeis, em Belo Horizonte, dentre outros.
Os índices de preços, ou de inflação,
são, portanto, indicadores que procuram mensurar a evolução do nível de preços.
É um número que está associado à média ponderada dos preços de um conjunto de
produtos, denominado cesta, em um determinado período. Assim, se de um mês para
o outro determinado índice de preços sofre uma elevação de 0,6%, por exemplo,
significa que os preços que fazem parte da cesta correspondente a esse índice
aumentaram, em média, 0,6%.
--
A Inflação
é aumento no preço dos
produtos
Definição
Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai.
Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai.
Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês,
um trabalhador compra cinco quilos de arroz num mês e paga R$ 10,00. No mês
seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$
11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder
de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120%
do valor de compra.
A inflação é muito ruim para a
economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais
pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a
correção inflacionária.
Podemos
citar as seguintes causas da inflação:
- Emissão exagerada e descontrolada de
dinheiro por parte do governo;
- Demanda por produtos (aumento
no consumo) maior
do que a capacidade de produção do país;
- Aumento nos custos de produção
(máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos.
No Brasil, existem vários índices que
medem a inflação. Os principais são: IGP ou Índice Geral de Preços (calculado
pela Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice de Preços Ao Consumidor (medido pela
FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), INPC ou Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE) e IPCA ou Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE).
Você
sabia?
No ano de 2012, a inflação brasileira
foi de 5,84% (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). É
importante ressaltar que a meta estabelecida pelo Banco Central Brasileiro é de
4,5%, com margem de dois pontos para mais ou para menos.
Consequências da inflação alta
As principais consequências da inflação alta para a economia de um país, pontos negativos, hiperinflação.
Alta nos preços dos produtos: uma das consequências da inflação alta
Principais consequências da inflação alta
A
inflação alta é prejudicial para a economia de um país. Quando alta ou fora de
controle, pode gerar diversos problemas e distorções econômicas. Taxas de
inflação altas são aquelas que ficam acima de 6% ao ano.
-
Desvalorização da moeda do país.
Com a
inflação elevada, a moeda vai perdendo seu valor com o passar do tempo e os
consumidores (trabalhadores) que não tem reajustes constantes não conseguem
comprar os mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente. O preço dos
produtos sofrem reajustes constantes. Uma inflação de 50% ao mês
(hiperinflação), por exemplo, corrói pela metade o salário dos trabalhadores.
- Alta do
dólar e aumento dos preços dos importados
Outro
problema é que enquanto a moeda do país se desvaloriza, as outras
(principalmente o dólar) faz o movimento inverso. Se este país com inflação
elevada é muito dependente de importações, os produtos importados aumentam de
preço, fato que alimenta ainda mais a alta da inflação.
-
Diminuição dos investimentos no setor produtivo
Num
ambiente de inflação elevada, muitos investidores preferem deixar o dinheiro
aplicado em bancos (para que ocorra a correção monetária) do que investir no
setor produtivo. Embora dê uma falsa ideia de que o dinheiro está “rendendo”
muito, muitas pessoas preferem as aplicações financeiras.
- Clima
econômico desfavorável
Um país
que sofre de inflação alta é visto no mercado internacional de forma negativa.
Os grandes investidores e empresas evitam fazer investimentos produtivos de
médios e longos prazos nestes países, pois sabem que a inflação alta é um
indicativo de economia com problemas.
- Aumento
da especulação financeira
Muitos
investidores externos, em busca de rendimentos altos e rápidos, costumam fazer
investimentos em países de inflação alta com o objetivo de tirar vantagens das
altas taxas de juros. Este capital especulativo é prejudicial para a economia
de um país, pois grandes somas de capital podem entrar e sair rapidamente,
causando instabilidade no mercado de câmbio.
-
Elevação da taxa de juros
Muitos
países usam o recurso da elevação da taxa de juros como mecanismo de controlar
a inflação. A lógica é simples: com juros elevados o consumo diminui, forçando
os preços a caírem. Porém, a alta dos juros desestimula a tomada de
financiamentos, prejudicando assim os investimentos internos no setor
produtivo, o mercado imobiliário e a venda de bens de consumo duráveis
(veículos, eletrodomésticos, etc.).
- Aumento
do desemprego
Países
que não conseguem baixar e controlar a inflação sofrem, no longo prazo, com o
aumento das taxas de desemprego. Isso acontece, pois ocorre diminuição
significativa nos investimentos no setor produtivo.
Você
sabia?
- Em
2012, a inflação no Brasil foi de 5,84% (IPCA). Vale lembrar que a meta
estipulada pelo governo brasileiro é de 4,5%, com margem de dois pontos para
mais ou para menos.
Índices
de inflação no Brasil
Os principais índices que medem a inflação no Brasil, institutos responsáveis, características de cada um, índices de 2012.
Economia brasileira: vários índices para medir a inflação
Principais índices de inflação no Brasil
IPC
(Índice de Preço ao Consumidor)
-
Instituto responsável: FGV - Fundação Getúlio Vargas
- O que é
medido: aumento de preços no varejo para famílias com renda mensal entre 1 e 33
salários mínimos.
-
Características: os dados utilizados são referentes a sete capitais.
IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
-
Instituto responsável: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- O que é
medido: variação de preços no varejo para famílias com renda mensal entre 1 e
40 salários mínimos.
-
Características: utiliza dados de 11 capitais.
INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
- Instituto
responsável: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- O que é
medido: variação de preços no varejo de itens consumidos por famílias com renda
mensal entre 1 e 5 salários mínimos.
- Características:
medido nas 11 principais regiões metropolitanas do Brasil.
IPA
(Índice de Preços ao Produtor Amplo)
-
Instituto responsável: FGV - Fundação Getúlio Vargas
- O que é
medido: variação de preços de produtos industriais e agrícolas dos atacadistas
ao varejo.
-
Características: calculado para três intervalos diferentes (M, DI e 10).
INCC
(Índice Nacional de Preços da Construção Civil)
-
Instituto responsável: FGV - Fundação Getúlio Vargas
- O que é
medido: a variação de preços na construção civil como, por exemplo, mão de obra,
materiais de construção e serviços.
-
Características: usado no financiamento direto das construtoras.
IGP
(Índice Geral de Preços)
-
Instituto responsável: FGV - Fundação Getúlio Vargas
- O que é
medido: variação de preços através de uma média ponderada de três índices: INCC
(10%), IPA (60%) e IPC (30%).
-
Características: muito usado em contratos de longo prazo como, por exemplo,
reajuste de aluguéis.
IPC-Fipe
(Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
-
Instituto responsável: Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP
- O que é
medido: habitação, alimentação, transportes, despesas pessoais, saúde,
vestuário e educação.
-
Características: dados referentes à cidade de São Paulo. Verifica o custo de
vida das famílias com ganhos mensais de 1 a 20 salários mínimos.
IGP-M
(Índice Geral de Preços do Mercado)
-
Instituto responsável: FGV - Fundação Getúlio Vargas
- O que é
medido: formado por 60% do IPA, 30% do IPC e 10% do INCC. Mede as mudanças de
preços de matérias-primas agrícolas e industriais no atacado e de bens e
serviços finais no consumo
-
Características: pesquisado entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte.
Calculado para três intervalos diferentes (M, DI e 10).
Índices
de inflação em 2012:
- IPCA:
5,84%
- IGP-M: 7,81%
- IPA: 8,90%
- IPC: 5,73%
- INCC: 7,12%
- INPC: 6,20%
- IPC-Fipe: 5,11%
- IGP-M: 7,81%
- IPA: 8,90%
- IPC: 5,73%
- INCC: 7,12%
- INPC: 6,20%
- IPC-Fipe: 5,11%
Fonte
e Sítios Consultados
http://www.suapesquisa.com/economia/consequencias_inflacao.htm
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