PEQUENAS E MÉDIAS
EMPRESAS
Estrutura e
Funcionamento
O modo de produção capitalista instalado no país definiu, há muito
tempo, o tipo de empresário clássico que, geralmente, é visto como um homem
de empresas multinacionais. No entanto, ao seu lado surge uma nova categoria
de empreendedor com grande energia e muita vontade de vencer as adversidades
do mercado. Tradicionalmente, o empresário está às voltas com um impulso
empreendedor, mas, nos dias atuais, tem-se um grupo de empresários surgido em
função do desemprego ou subemprego. Ao fazer qualquer tipo de abordagem sobre
os problemas de expansão de uma empresa, deve-se considerar o empresário ou
empreendedor que estará à frente dessa organização, podendo ser ele o
principal agente motivador dos sucessos ou dos problemas desse autêntico
processo de modificação das organizações por eles comandadas.
A tentativa que se apresenta é considerar esta análise sob o ponto de
vista da conjugação de fatores ou características pessoais do empresário e do
cenário apresentado para o crescimento ou expansão das organizações. Assim,
parte-se da análise de alguns aspectos das pequenas e médias empresas e de
seus empresários e de como eles podem influenciar a expansão futura. O
pequeno e médio empresário apresenta alguns pontos em comum na sua origem. O
novo dirigente pode ter sido um ótimo técnico que tem o domínio de um
determinado ramo de atividades e decide colocar esse conhecimento para seu
próprio uso; um vendedor com uma performance brilhante que resolve
capitalizar individualmente o seu sucesso nas vendas.
Pode, ainda, ser um eterno descontente que não se conforma em ser
somente um entre muitos empregados de uma grande empresa, canalizando a sua
vontade e empenho criador e sua energia para um negócio privado; e, mesmo, um
empresário surgido em função de uma herança. Ao se tornar empresário, o novo
homem passa a se dedicar com afinco às novas funções, com sacrifício de sua
vida familiar e pessoal, vendo a empresa como uma obra única, não tendo
ninguém ao seu lado para compartilhar o poder, pequeno mas real,
centralizando as decisões e ficando despreparado diante de uma situação
conjuntural difícil, como por exemplo, uma crise econômica, sendo que a sua
dedicação e empenho não são suficientes para encarar e resolver os problemas.
Poderá, também, ficar mais tempo envolvido com o sistema financeiro,
público ou privado, tentando resolver problemas de caixa, do que administrando
o seu empreendimento. Surgirá, então, mais uma categoria de dirigente: o
empresário bem sucedido, pela satisfação de seus desejos pessoais, de uma
empresa fora de controle.
Os problemas se agravam quando pode ser verificado que o estilo
gerencial adotado pelo novo homem de empresa não assegura o sucesso da mesma.
Um bom vendedor não se transforma, necessariamente, em um excepcional homem
de Marketing ou um empresário de sucesso. Esta análise é agravada quando se
percebe que o empresário de pequena e média empresa não desenvolve uma
consciência crítica da forma de atuação de sua companhia, principalmente em
relação às corporações, analisando seus pontos positivos e negativos para
deles extrair o seu caminho.
Apesar da relevância das pequenas e médias empresas na estrutura
econômica vigente no Brasil, o valor e os problemas dessa modalidade de
iniciativa ainda não estão sendo totalmente reconhecidos e equacionados a
partir de um entendimento que as possa colocar em seu devido lugar. Normalmente,
as pequenas e médias empresas não são apresentadas como tendo características
administrativas próprias, mas somente como uma curiosidade de um universo
dominado por grandes companhias. Os vários fatores presentes nas organizações
empresariais e a multiplicidade de tarefas a elas solicitadas levam diversos
autores a agrupá-las, classificando-as, na procura de denominadores comuns
que auxiliem na difícil tarefa de melhor compreendê-las.
A mais comum classificação das organizações é de acordo com o seu
tamanho ou porte, tipificando as empresas em micros, pequenas, médias,
grandes e grandes diversificadas. Apesar de ser a mais usual, especialmente
no Brasil, por finalidades fiscais e burocráticas, conceituar uma empresa
pelo seu tamanho apresenta inúmeras dificuldades pela relatividade dos
critérios adotados. Conceituar uma grande empresa é relativamente fácil, pois
a maioria da literatura trata do tema. A definição de pequena e média
empresa, que à primeira vista aparenta ser simples, na realidade mostra que
existem várias possibilidades. Geralmente a classificação é em função do
número de empregados e a maioria das entidades definidoras estabelece como
microempresa, aquela que tem até 10 empregados; pequena, até 100; média, até
500; e grande, acima de 500 empregados. Esta classificação poderia ser
aceita, mas se mostra frágil em função da aplicação de mão-de-obra, no
sentido do tipo de empreendimento a ser realizado. Por exemplo, uma empresa
de construção civil poderá ter muitos empregados e não ter o equivalente em
faturamento que a justifique como uma grande empresa.
Outro critério, portanto, é o do faturamento. A classificação estaria
ligada ao volume de recursos obtidos durante o período de um ano. Entretanto,
esta mesma classificação poderá variar em função dos setores examinados,
compreendendo desde a extração e tratamento de minerais, passando pelos
diversos tipos de empresas (metalurgia, de transporte, de mobiliário, de
papelão, química, alimentar, gráfica etc., por exemplo). Este critério também
é relativo e não permite uma generalização. O tipo de administração e a
divisão do capital apresentam outra possibilidade de classificação. Uma
empresa pode ser organizada de várias formas, dependendo da maneira como o
capital se divide entre os proprietários. As pequenas e médias empresas se
organizam na forma de sociedade por cotas, com responsabilidade limitada ou
não, ou sob a forma de sociedades anônimas de capital fechado. As grandes
empresas organizam-se, geralmente, na forma de sociedades anônimas de capital
aberto, com ações livremente negociáveis nas bolsas de valores.
Nas pequenas e médias empresas, a direção é, habitualmente, entregue
aos proprietários. Já nas grandes empresas, é frequente a contratação de
administradores profissionais para dirigi-las. Pequenas e médias empresas
poderão, também, estar sob o controle do poder público, tendo uma direção por
ele indicada. Além destas tentativas de definições, pode-se observar o “o
fato de que um negócio empresarial é considerado pequeno ou médio, de acordo
com determinado atributo — para um gênero ou setor da atividade econômica —,
com o objetivo de atender uma finalidade específica, poderá também ser
concebido como grande, ao se levar em consideração algum outro critério,
setor ou objetivo organizacional; e porque o universo que compreende as
pequenas e médias empresas é significativamente amplo, em virtude de o país
possuir reconhecidas dimensões continentais e, ao mesmo tempo, apresentar
intenso e heterogêneo desenvolvimento regional”.
Pelo que foi exposto, verifica-se que existe um grande número de
tentativas para se conceituar as pequenas e médias empresas, que consideram o
número de funcionários e o critério de faturamento, mas nenhum deles satisfaz
plenamente a necessidade de uma caracterização que considere as
peculiaridades regionais, os ramos de negócios, o maior ou menor emprego de mão
de obra e o alcance dessas empresas.
A proposta que se apresenta é um estudo comparativo de diversas características
estruturais ou o predomínio de características, para que seja
montada a correta definição dos eventuais portes das empresas presentes na
economia nacional e, assim, realizar o exame dos problemas de sua expansão.
ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
As estruturas organizacionais observadas indicam que as pequenas
empresas apresentam um organismo burocrático com um único nível hierárquico.
Ao crescer, desenvolvem uma estrutura elementar, baseada nas funções de
produção, comercialização e administração de pessoal. O tipo de administração
dessas unidades confunde-se com a própria companhia, quando o proprietário
(diretor-geral e fundador) exerce uma direção unipessoal e autoritária,
coordenando as áreas operacionais e tomando todas as decisões. Para desenvolver-se,
implanta uma divisão real do trabalho e inicia a procura por profissionais
habilitados para dirigi-la e gerenciá-la.
A origem do capital na pequena empresa está na economia familiar, de
empréstimos obtidos por linhas especiais de crédito, ou é proveniente de um
dos sócios. A companhia torna-se o meio de vida do proprietário e o nível de
reinvestimento é muito baixo, pois a preocupação maior é com a sobrevivência,
embora ele comece a pensar em termos de lucro, mais do que a simples
remuneração pelo seu trabalho. Quando amplia suas operações, o retorno sobre
o investimento é maximizado e o reinvestimento faz parte da rotina de
planejamento da organização. A relação do proprietário com o modo de produção
demonstra uma separação rudimentar entre os processos técnicos e as
atividades administrativas. A organização, ao apresentar sinais de ampliação,
incrementa, por meio de profissionais, as funções de caráter administrativo.
O nível de assessoramento é muito restrito, e os sistemas de controle
são pessoais. Para crescer, passa a exigir um assessoramento interno inicial
mais sofisticado, ampliando o externo, e os sistemas de decisões operacionais
e estratégicas implantados permitem maior delegação, baseando-se em regras
previamente consideradas. As políticas de administração de pessoal são
assistemáticas e, com frequência, paternalistas. Quando há crescimento,
estabelecem-se políticas mais coerentes, com ênfase na estabilidade e nos
serviços prestados, baseadas em critérios técnicos e nos custos operacionais,
tornando-se cada mais impessoais.
ESTRUTURAS OPERACIONAIS
As pequenas empresas apresentam, normalmente, um único produto ou
serviço para a comercialização. Sua definição é determinada por questões
momentâneas de mercado, não necessitando, no caso dos produtos, de serviços
complementares.
A produção é limitada à capacidade de vendas e utiliza processos
técnicos simples. O sucesso com um produto ou serviço determina o incremento
da produção e o aumento da cobertura do mercado pelo oferecimento de uma
linha especial de bens, originando os serviços complementares, as
preocupações com a qualidade e com as garantias dadas aos consumidores. O
domínio de uma tecnologia singela, suficiente para a fabricação de um
produto, orientada pelo diretor proprietário, pode constituir a única
atividade de pesquisa e desenvolvimento praticada na pequena empresa, havendo
uma preocupação incipiente quanto à melhoria de produtos e processos. Quanto
à área de abrangência, a pequena companhia atua no seu próprio espaço
geográfico e tem pouca participação no momento geral do ramo, utilizando a
matéria-prima encontrada nas proximidades da empresa ou aplicando trabalho
nas de fácil aquisição e transporte e mesmo em materiais pré-fabricados.
Emprega e distribui, também, produtos ligados a outras companhias, o
que determina a sua condição de “satélite” de grupos maiores, embora conserve
uma existência própria, procurando cada mais espaços para garantir a sua
sobrevivência. Para expandir-se, a empresa estuda as possibilidades de
abertura de filiais ou ampliações do raio operativo, participando ativamente
do movimento geral do ramo, podendo estar abaixo de uma gigante ou
organização líder do setor.
O mercado da pequena empresa é fronteiriço ou limitado, servindo,
eventualmente, num âmbito maior mas a um número reduzido de clientes. Os
canais de distribuição comportam somente a venda direta ou um percurso
reduzido. Os processos de vendas estão diretamente vinculados ao cargo do
empresário ou são supervisionados diretamente por ele. Cresce aquela empresa
que amplia o seu mercado, atendendo-o por meio de uma equipe de vendas e,
eventualmente, por grupos dedicados exclusivamente a um determinado produto
ou serviço.
As escolhas estratégicas da pequena unidade estão conexas às
necessidades do proprietário e não especificamente às exigências da empresa.
Quando existe a integração entre os objetivos da participação de mercado e a
ampliação da linha de produtos ou serviços, a companhia está crescendo.
Portanto, o tamanho da empresa tem ligação direta com a capacidade do
empresário em administrá-la: uma organização continua pequena porque o seu
dirigente não tem desejo ou condições de crescer. Os resultados da análise de
cada uma destas estruturas, permitem determinar a estratégia futura
compatível com as capacidades inerentes ao empreendimento de menor porte; ao
quantificar os hiatos que existem entre a disponibilidade atual de recursos e
uma posição futura mais desejável, fornecem as bases para o plano de obtenção
desses meios, escalas de prioridades etc., servindo também para as revisões
da estratégica escolhida, necessárias face às mudanças que sofrem as
condições internas, bem como o ambiente externo da organização.
Devido às grandes dificuldades de se encontrar um padrão genérico e
aceitável que classifique as empresas de acordo com o porte, principalmente
pelas inúmeras possibilidades de combinação de variáveis, o exame das
estruturas particulares das pequenas e médias empresas — as quais estabelecem
o caráter e a constituição orgânica desse tipo de empreendimento —,
evidenciam determinadas características bem marcantes e diferenciadas, tendo
o tamanho como uma constante para se verificar as composições de seus
recursos organizacionais dirigindo-os ao alcance de todos os envolvidos com a
companhia (veja gabarito para determinação do porte da empresa, em anexo).
VANTAGENS ESTRUTURAIS E ORGÂNICAS
Qualquer unidade produtiva razoavelmente organizada defende o melhor
aproveitamento de seus recursos humanos e materiais ao alcance das metas para
as quais se dirige, atuando num ambiente de forte competitividade e, às
vezes, essas capacidades não são totalmente explícitas. As pequenas e médias
empresas têm algumas características específicas e sabendo administrá-las,
independentemente do tempo de existência da companhia, caracteriza-se melhor
o negócio, distinguindo-o dos demais.
O primeiro grupo de vantagens das empresas menores reúne os seguintes
elementos:
Algumas vantagens das pequenas e médias empresas são de caráter
operacional, como estas:
Todas estas vantagens das pequenas e médias empresas fazem com que as
grandes empresas criem as suas unidades estratégicas de negócios e, mesmo com
o crescimento de uma companhia, não podem ser perdidas, mantendo-as
independentemente do porte da organização.
Entretanto, apesar deste quadro amplo e animador, não existem somente
facilidades. As características das companhias de pequeno porte também são
vistas pelo ângulo de suas desvantagens de estruturação e organizacionais.
PROBLEMAS PECULIARES
As desvantagens específicas das empresas menores, tidas como
inconveniências, dificultam seus propósitos e suas funções nas áreas
administrativas, financeira e tecnológica.
Os problemas mais relevantes são os seguintes:
As desvantagens das pequenas e médias empresas, por sua vez, são mais
facilmente superadas nas unidades estratégicas de negócios, pela sua íntima
ligação com a companhia-mãe, mas os valores presentes devem ser sustentados
mantendo sempre a flexibilidade, principal característica das companhias de
menor porte.
TRÊS CATEGORIAS DE ENQUADRAMENTO
O empresário que toma a iniciativa de criar uma companhia para atuar
paralelamente aos grandes empreendimentos deve levar a pequena e média
empresa a agir respeitando parâmetros que são assim definidos pelo
assessoramento de Relações Públicas:
A dinâmica empresarial e do mercado pode trazer a ideia do
crescimento, baseada na premissa de que as pequenas e médias empresas são um
estágio limitado para se alcançar, um dia, o estado de grande empresa.
A administração e os problemas de gerenciamento decorrentes da
possibilidade de crescimento tendem a determinar um grande risco, pois “o
crescimento resulta em mudanças tanto no tamanho como na forma da organização
da empresa. O tamanho de uma empresa provoca impactos sobre os seus
empregados, sobre a sociedade e sobre a própria organização empresarial.
Existe maior tensão e o processo de despersonalização pode conduzir ao
descontentamento dos indivíduos, apesar de estas consequências negativas
serem parcialmente aliviadas pela presença de grupos informais. Por outro
lado, o tamanho provoca impactos sobre a própria empresa, impondo problemas
relacionados com controle, coordenação e comunicações”.
Por todos estes motivos e pelo desejo de manter o empreendimento sob
controle, o caminho pode ser a permanência na categoria de pequena ou média
empresa, mas considerando a diferenciação e o potencial verdadeiro como base
estratégica para o sucesso.
Para isto, a organização deve ser analisada detidamente e os
resultados podem indicar que a companhia é considerada marginal. “Não possui
nenhum traço diferencial, nem vestígio de criatividade, nada que lhe confira
uma vantagem competitiva apreciável. A maioria das empresas marginais nunca
ultrapassa sua pequena dimensão, permitindo a seu proprietário-gerente viver
com certa independência em troca de grande sacrifício e de algumas exigências
de trabalho, com freqüência, mais duras do que as que poderia oferecer-lhes
um emprego em outra empresa.
“Muitas dessas empresas marginais nascem como resultado de uma
intuição simples que leva a pessoa empreendedora a julgar-se capaz de fazer o
mesmo que outros, mas de forma melhor. Assim, nos setores onde as barreiras
de entrada são pouco importantes (confecções, calçado, móveis, brinquedos de
plástico), é fácil encontrar zonas geográficas nas quais se desenvolveu uma
certa concentração de pequenas empresas de uma determinada atividade, surgidas
de operários que se tornaram independentes e acabaram criando eles mesmos
suas próprias firmas”.
São companhias marginais brasileiras os pequenos mercados, serviços
rápidos de reparos, bares e restaurantes e outras semelhantes, bem como toda
a economia submersa, para as quais não existe nenhuma possibilidade de
crescimento na estrutura empresarial existente e praticada no país.
As possibilidades de crescimento passam a existir quando a análise
indica que é uma empresa diferente — pequena, mas contendo alguma
diferenciação. “Esta vantagem competitiva garante tanto a sobrevivência da
empresa como a possibilidade de que seus proprietários ou gerentes consigam
um nível de vida confortável. Evidentemente, a capacidade de supervisão
eficiente por parte de seus proprietários tem um limite que determina o
tamanho da empresa. Claro que a empresa poderia crescer ainda mais, mas isto
exige outro estilo e provavelmente uma especialização, transladando-se sua
competência específica da confiança na habilidade e capacidade de um
profissional excepcional para a confiança na eficácia de determinado método”.
Os exemplos relacionam-se com empresas especializadas, como as
abrangidas pelos profissionais liberais — advogados, arquitetos, economistas
— e outras áreas que prestam atendimento especializado, personalista e
dirigido a uma clientela necessitada de apoio específico que uma grande
organização, provavelmente, não poderia proporcionar. Crescer, neste caso,
descaracteriza o empreendimento, baseado na diferenciação, confiança e
capacidade profissional para atender essa clientela.
Considera-se, ainda, que ao abandonar um determinado segmento, essa
empresa diferenciada tem o seu espaço no mercado ocupado por uma nova
companhia que irá prestar os mesmos serviços que proporcionaram crescimento à
primeira. Esta segunda categoria compreende a grande maioria das pequenas e
médias empresas brasileiras estabelecidas há mais de cinco anos.
A terceira categoria abriga as empresas de menor porte com verdadeiro
potencial. “Essas organizações descobriram um produto ou serviço capaz de
atender uma necessidade ainda não satisfeita, ou realizada de maneira
insuficiente ou imperfeita, tendo, como destino, o crescimento verdadeiro.” A
avidez dos mercados do mundo industrializado permite rápida expansão às
empresas que descobriram um novo conceito de produto ou serviço.
“Nos anos 80, a eletrônica relacionada com o microcomputador, às
tecnologias associadas ao raio laser, a biotecnologia e a engenharia
genética, a robótica, o design e o lançamento para produção apoiados por
computador, as novas tecnologias de fabricação de medicamentos, o diagnóstico
por imagens, a transmissão por fibras óticas, e muitas outras tecnologias
permitem a formulação de novos produtos com enormes mercados potenciais. A
aplicação da ciência em produtos úteis é em grande parte um fenômeno da
chamada pequena empresa de alta tecnologia”.
São aquelas empresas que se desenvolvem, basicamente, ao acompanhar as
pesquisas tecnológicas das universidades brasileiras. Nesta categoria estão
também às organizações que utilizam o sistema de franchising para
comercializar novas tecnologias ou novos produtos e serviços.
Percebe-se, então, a viabilidade dos pequenos e médios
empreendimentos, mesmo que permaneçam como tais. O assessoramento de Relações
Públicas deve deixar claro que não há uma necessidade compulsória para o
crescimento da organização. “Seria lícita a visão que encara, na pequena
empresa atual, a média de amanhã, e a ”grande” no futuro próximo?
Tratar-se-ia de um fenômeno geral, inerente ao crescimento econômico, ou
apenas casos isolados, ocorridos em ramos específicos? Novamente, evidências
empíricas e estudos sobre a história da industrialização brasileira parecem
invalidar a tese do crescimento gradual e paulatino das empresas.
“Na maioria dos ramos, a criação e implantação de estabelecimentos
industriais foram caracterizados pela presença do grande capital
oligopolizado, desde o início, aproveitando os favores e incentivos mediante
a política econômica, para impor e fortalecer seu domínio sobre os
respectivos mercados”.
Cabe, portanto, às pequenas e médias empresas procurar os caminhos não
trilhados pelas grandes corporações, visto que essas concentram os seus
esforços na acumulação de capital e tecnologia, muitas vezes não acessível às
companhias menores. A alternativa pode parecer muito restrita, mas torna-se
crítica para as atividades de outras companhias maiores e nesse caminho
avança o pequeno empresário.
Além disso, crescer ou permanecer pequeno “não modifica a natureza de
uma empresa ou os princípios da sua administração. Não altera a essência dos
problemas básicos da administração de administradores. E não afeta de modo
algum a exigência de administrar o trabalho e os trabalhadores”.
A estrutura final de uma organização empresarial está ligada
diretamente à evolução do pensamento acadêmico dos pesquisadores que a
examinam. A evolução da sociedade contribui para que os seus aspectos
determinantes fossem aplicados no modo de pensar dos administradores,
adaptando as exigências sociais e culturais na estruturação de suas
organizações e estabelecendo os sistemas mais sofisticados de controle, para
que o poder capitalista estivesse assegurado pela reprodução desse mesmo
capital.
Deste modo, a análise que se efetiva procurará contemplar os aspectos
externos e internos que determinam as estruturas das organizações em função
dos problemas comuns às pequenas e médias empresas.
Fonte e Sítios Visitados
http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/outrasareas/administracao/0006.htm
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31 de janeiro de 2013
Estrutura e Funcionamento das Pequenas e Médias Empresas
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