21 de outubro de 2012

Teórico da contingência


Aula: 02/10/12

Teoria da Contingência Estrutural
                            Ênfase no ambiente e nas demandas ambientais.
 
 
 
 
A palavra contingência significa algo incerto que pode ou não ocorrer.
A abordagem contingencia saliente que não se atinge a eficácia organizacional seguindo um único modelo organizacional. Não existe uma forma que seja melhor para alcançar os objetivos variados em ambientes também variados.
Conceito: Enfatiza que nada é absoluto nas organizações, tudo é relativo. Tudo depende. Explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização.
            A otimização da estrutura organizacional variará de acordo com formas como: estratégia, tamanho, tecnologia e incertezas nas tarefas.
Origem: Nasceu de uma série pesquisas feitas para verificar quais eram os modelos de estrutura mais eficazes em determinados tipos de empresas constataram que não havia um modelo único a ser seguido em uma estrutura organizacional que dependia da relação entre o ambiente externo.
Premissa contingencial: Tudo muda: tecnologia, ambiente, tarefas, logo as situações administrativas são especificas e exigem tratamento personalizado. Todos os modelos administrativos são ferramentas válidas; cabe ao administrador usá-las e combina-las  no momento adequado, seguindo as características exigidas pelas situação.
Principais contribuições:
A Pesquisa de Chandler realizou investigações sobre as mudanças estruturais de 4 empresas (Du Pont, GM, Sears e Standar Oil) relacionando-as com a estratégia de negócios. Concluiu que na história industrial dos últimos 100 anos, a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo determinada pela estratégia mercadológica.
A Pesquisa de Burns e Stalker. Pesquisaram 20 indústrias inglesas para verificar a relação existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias. Constataram que os métodos e procedimentos administrativos eram diferentes e classificaram  estas industrias em 2 tipos: Organizações orgânicas e organizações mecânicas.
- Tarefas repetidas são passíveis de formalização burocrática.
- Mais incertezas = menos burocracia e mais advocacia.
A Pesquisa de LAWRENCE E LORSCH: A teoria Contingencial surgiu desta pesquisa. Compararam 10 empresas diferentes em busca de uma resposta à pergunta: Quais são as características que uma empresa deve ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externar, tecnológicas e de mercado?
 
Ø  Um dos maiores problemas dos administradores é a diferenciação e a integração os quais são determinados pelas exigências do ambiente que estão inseridos. Na medida em que as organizações crescem, suas partes diferenciam-se, mas de forma integrada, buscando um perfeito ajuste entre elas.
As indústrias com elevado desempenho apresentam um perfeito ajuste às necessidades do ambiente, definindo sua diferenciação e integração.
Obs.  Teoria Contingencial: muda de acordo com a mudança do ambiente. Ela muda a forma para atender a contingencia, tudo depende.
 
 
Na Teoria Contingencial não existe uma receita de bolo:
1º. Passo: fazer um diagnóstico e depois escolher o modelo específico.
 
= Relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas apropriadas = Tem que analisar o ambiente junto com as técnicas administrativas.
 
Ø  Premissa Contingencial: Tudo muda inclusive as situações personalizadas.

Ø  Tarefas repetidas = Fica mais fácil de controlar e barato de gerar processos.
Ø  Tarefas incertas = Adocracia = ela é menos formalizada, atua com incertezas.
 
- Organizações Mecânicas: estrutura burocrática baseada:
- divisão do trabalho, cargos ocupados por especialização, altamente centralizados pelos níveis superiores, hierarquia rígida baseada no comando, sistemas de controle simples, predomínio da interação vertical, maior confiança nas regras e procedimentos formais, com ênfase nos princípios da Teoria cientifica e clássica.
- Organizações Orgânicas: estrutura com pouca divisão do trabalho e cargos ocupados por generalistas:
- relativamente descentralizada nos níveis inferiores, baseada no conhecimento dos empregados, hierarquia flexível, sistemas complexos e flexíveis de controle, predomínio da organização horizontal, maior confiança nas comunicações, ênfase na Teoria das Relações Humanas.
 
Pesquisa de Joan Woodward
Desenvolveu um estudo com 100 empresas e 100 empregados utilizando o sistema de produção operante nas organizações.
 Produção unitária: Processo menos padronizado e mais automatizado = orgânico.
· Tecnologia utilizada: Habilidade manual ou operação de ferramentas, artesanato. Pouca padronização e pouca automatização. Mão de obra intensiva e não especializada. Exemplo: produção de navios, motores de grande porte, aviões comerciais, locomotivas.
· Resultado da produção: Produção em unidades, pouca previsibilidade dos resultados e incerteza quanto a incerteza das operações.
 
Produção em massa: processo em larga escala com linha de montagem = mecânica.
· Tecnologia utilizada: Máquinas agrupadas em baterias do mesmo tipo (seções ou departamentos). Mão de obra intensiva e barata, utilizada com regularidade. Exemplo: Empresas montadoras de automóveis
· Resultado da produção: Produção em lotes e em quantidades regular conforme dada lote. Razoável previsibilidade dos resultados. Certeza quanto á sequência das operações.
 
Produção em processo: Produção continua  e  automática,  monitorada  por  poucos  empregados         = mecânica/organizacional.
· Tecnologia utilizada: Processamento contínuo por meio de máquinas especializadas e padronizadas, dispostas linearmente. Padronização e automação. Tecnologia intensiva. Pessoal especializado. Exemplo: produção nas refinarias de petróleo, produção química, siderúrgicas.
· Resultado da produção: Produção contínua e em grande quantidade. Forte previsibilidade dos resultados. Certeza absoluta quanto a sequência das operações.
Em resumo: Há um imperativo tecnológico, isto é, a tecnologia adotada pela empresa determina a sua estrutura e comportamento organizacional.
 
Ø  Constatou que os princípios da administração não tinham a mesma validade para as diferentes empresas pesquisadas.

·         CONCLUSÕES DAS PESQUISAS.
Em lugar de propor um único e melhor modo de organizar-se a pesquisa sugere:
Que  a  empresa  deve  se  concentrar  na  analise  sistemática  dos  requisitos  do ambiente  e  relaciona-los  com  as  características  ‘pela’  organização”.
 Finalizando: Essas quatro pesquisas revelam a dependência da organização em relação ao seu ambiente e a tecnologia adotada. As características da organização não dependem dela própria, mas das circunstâncias ambientais e da tecnologia que ela utiliza. Daí a Teoria da Contingência que mostra que as características da organização são variáveis dependentes e contingentes em relação ao ambiente e à tecnologia.
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 Aula: 16/10/2012
- Modelo Teórico da contingência estrutural -
             - Fatores contingenciais da estrutura (tamanho/tecnologia) ‘são os principais’.
            À medida que as empresas se diversificam de um único produto ou serviço para múltiplos produtos/serviços, a estrutura funcional original deixa de responder à complexidade das decisões. A estrutura multidivicional reduz a complexidade à medida em que cada divisão passa a decidir sobre seus produtos e mercados (estrutura material): consequências:
·         Aprimoramento das decisões.
·         Aumento da velocidade decisória
·         Concentração da alta administração nas decisões estratégicas
·         Quanto maior a organização. Mais burocrático  e mais descentralizado.
 Dinâmicas de estratégia e estrutura
                                            Estrutura funcional (combinações adequadas ou inadequadas)
Desempenho
                           _________ Estrutura Divisional     
 DONALDSON * Corporações adequadas superam o desempenho das inadequadas
·         Adequação ocorre antes do desempenho. Então, a adequação é a causa e o desempenho é o efeito.
·         Adequação da estratégia e da estrutura afeta o desempenho
 
-- Correlação entre mudança da contingencia e mudança da estrutura.
Ø  A Teoria da Contingência sustenta que a contingência causa a estrutura a longo prazo, pois a curto e médio prazos causa inadequação.
 
Ø  Conduz a mudanças de estrutura e a uma adequação.
 
Ø  O ciclo de adaptação estrutural é iniciado pela mudança na contingencia.
 
Ø  Inadequação causa mudança organizacional.
 
Ø  Mudança estrutural foi predominantemente adaptativa, ou seja, adotou-se uma estrutura divisional para adequar a estrutura a uma estratégia corporativa e diversificada.
Conclusão: A Inadequação estrutural causa adaptação estrutural.
 
v  Uma organização inadequada pode sofrer queda de desempenho, mas esse fator pode ser menor importância frente às demais causas de perda do desempenho. Ex. monopólio, indústrias protegidas.

v  Quando a inadequação não é mais tolerável e é necessário restaurar a adequação, isto pode ser feito mantendo-se a estrutura e alternando-se a contingencia de modo que a estrutura se ajuste (rota alternativa de escolha estratégica).

v  A adaptação estrutural tende a ocorrer quando a organização tem baixo desempenho.
 
v  Críticos afirmam que, enquanto a Teoria da contingencia sugere que a organização responde ao ambiente, por outro lado, a organização pode alternar o ambiente, tornando-o mais favorável aos seus objetivos. Ex: barreiras de entrada.
-- -- -- -- -- -- -- -- -- Matéria de PO -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
 
- Uma explanação sobre o assunto:
            A contingência estrutural surgiu da ideia de que as ações organizacionais dependem das relações ambientais da organização. Baseada na ideia da teoria de sistemas, onde a organização é vista como um sistema aberto que interage com o ambiente externo, ou seja, com os clientes, fornecedores, concorrentes, entre outros, a teoria da contingência tenta ignorar um modelo padronizado de estruturação e solução dos problemas numa empresa.
            Como o seu próprio nome sugere, a estrutura organizacional é contingente as pressões e incertezas ambientais. O nível de analise desta perspectiva está nos fatores ambientais que condicionam as formas organizacionais. Muitos analistas observam que contingência estrutural é uma maneira de combinar elementos importantes a cerca dos objetos, conflitos e das restrições ambientais. Existem dois pressupostos a cerca da perspectiva da contingência estrutural: não existe uma melhor forma de se organizar e cada caminho da organização não é igualmente efetivo.
            Segundo Chiavenato, é na teoria da contingência que ocorre o deslocamento da visão do administrador de dentro para fora da organização e este autor ainda fala que a contingência é conceituada por ser algo incerto, que pode ou não acontecer, não há mais uma estrutura organizacional eficaz para que todas as empresas sejam consideradas bem sucedidas, acredita-se que tudo depende das circunstâncias. Para se chegar até as conclusões úteis e positivas para o desenvolvimento da empresa é necessário seguir-se um caminho estrutural, ou seja, é preciso analisar o mercado, pesquisar os clientes, pesquisar a concorrência, pesquisar e dialogar com os fornecedores, e só após isso, tomar qualquer decisão, pois é preciso muita cautela para se concretizar isso. Afinal, a alteração de um modelo de sistema organizacional, desde que ele siga os requisitos citados tem uma grande possibilidade de chegar ao sucesso pretendido.
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Bibliografia

- Aula do 7º.semestre de TO.

- http://adm1acao.blogspot.com.br

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