13 de setembro de 2010

Sobre alguns pontos ...

                                                              


   Este artigo se destina aos interessados em esclarecer algumas questões muito comuns do nosso cotidiano, mas que nunca conseguiram obter 100% de êxito nessa procura. Como a construção deste texto aconteceu justamente em época de horário eleitoral gratuito, ou seja, o que é para ser um espaço reservado para se tratar de assuntos de interesse nacional é usado, por muitos, para falar sobre tudo e todos, menos sobre o que realmente interessa ao povo. Mas ainda bem que existem  alguns candidatos sérios e honestos, cabe a nós cidadãos de bem, encontra-los e elegê-los. Iremos então, iniciar este artigo justamente tocando em alguns dos pontos geradores de muita confusão. A nossa intenção é conseguir desvendar alguns dos pontos geradores de conflitos e dúvidas durante a vida acadêmica. O primeiro ponto percebido é o da pontuação propriamente dita: Parênteses, vírgulas, reticências... Será que o uso dos sinais gráficos não é uma questão aleatória? Ou será que eles devem atender ao sentido que se quer dar a um texto? Esperamos poder aprender muito aqui sobre isto, aja visto que o caro leitor deste blog já percebeu o quanto este que vos escreve agora, pena ao tentar transcrever em palavras os seus pensamentos nada ordenados. Vamos partir do inicio, já que este que escreve agora apreendeu desde muito cedo, nas carteiras das escolas que frequentou, que a vírgula tinha uma única função; a de indicar uma breve pausa, já o ponto final de dar descanso à leitura e a interrogação de marcar a entonação. Hoje, percebo que isso é se basear na idéia de que eles servem apenas para marcar uma leitura em voz alta – o que, considerando o uso atual da língua, é no mínimo insuficiente. A pontuação é um dos recursos que o escritor utiliza para dividir o texto em unidades de sentido, dando hierarquia (ou seja, dando mais importância a algo) às informações e ajudando o leitor a compreender o que ele quer dizer. Pontuar, portanto, não é uma atividade secundária na escrita, mas faz parte dos recursos da produção de um texto, assim como as diferentes tipologias, os espaços em branco, o negrito, as notas de rodapé e até os quadros que têm essa mesma função. Para encerrar este primeiro assunto em alto nível, vamos acompanhar o trecho do livro Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector (1920-1977), e verificar os pontos que marcam esse texto. “Houve um momento grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento deram corda no dia e tudo começou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de presa como uma chaleira a ferver” Creio que foi possível perceber claramente como os sinais afetaram o sentido e os efeitos do texto, já que as frases curtas colaboraram para visualizar a lentidão da imagem e as vírgulas da última frase mostram uma sucessão de fatos. As dúvidas sempre surgirão e para podermos resolvê-las sempre devemos estar prontos para nos propormos leituras, execução de produções de textos (como o que está em curso, agora), organizar a reescrita de histórias e revisá-las depois, em texto próprio. Com isso será possível notar as regularidades e perceber quando as regras fazem sentido, como a proibição do uso da vírgula entre o sujeito e o predicado. Toda essa estratégia de sistematização de conteúdo não significa que estamos procurando regras para encaixar os exemplos, mas saber o que se quer comunicar e a capacidade desses recursos de influenciar a qualidade dos textos que queremos fazer.



                                                      




   Iremos agora, verificar quais as diferenças existentes entre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de”. Para começar bem, devemos lembrar que existe a expressão “cerca de”, que pode vir precedida da preposição “a” (“a cerca de”). O sentido de ambas é “aproximadamente” ou “mais ou menos” como se pode observar nas frases “cerca de 70 mil veículos deixaram a capital neste feriado prolongado de sete de setembro” ou “estávamos a cerca de dois quilômetros da cidade”. Na expressão “há cerca de”, temos a referida expressão “cerca de” precedida do verbo haver, o que indica o tempo transcorrido e equivale a “faz”. Portanto, deve-se empregá-la quando o sentido for algo como “faz aproximadamente”, como se nota nas frases “há cerca de um mês numa reunião decidiu a escolha do candidato” e “definimos o cronograma do trabalho da AV2 há cerca e um mês”. Já a expressão “acerca de” é uma locução prepositiva, ou seja, um conjunto de palavras que funciona como preposição, relacionando dois termos de uma oração. Essa expressão é empregada com o sentido de “a respeito de”, “relativamente a”, “quanto a”, “sobre”, como se pode observar nas frases “discutimos acerca de uma boa saída para o caso” e “conversamos acerca da herança”. Portanto, para o correto emprego dessas expressões, é preciso estarmos atentos ao sentido delas no texto em questão.

                                                                                                     foto de um DESERTO



   Qual será a razão da existência das ocorrências de variações bruscas de temperatura ao longo do dia no deserto e o mesmo não acontece em outros locais onde faz tanto calor? Notamos que de manhã no deserto o sol e a aridez reduzem a quase zero a umidade local e não existem formações de nuvens, já que existe pouco vapor d água na atmosfera. Já na cidade litorânea de manhã, a umidade resultante da evapotranspiração, é maior, e o vapor d água aprisiona parte do calor do dia. No período da noite no deserto, o calor se dissipa rapidamente quando anoitece porque a ausência ou a escassez de nuvens impede que ele seja retido. Enquanto isso na cidade litorânea no período da noite, as nuvens funcionam como uma estufa, que retém o calor do dia e evita as grandes perdas durante a madrugada, liberando-o pouco a pouco.

   Neste quarto item iremos tratar de um assunto que requer muita atenção. Procuraremos rever o conceito de uma família desestruturada. É bem provável e comum que alguns de nós já tenhamos lido ou ouvido alguém dizer que os problemas de alguns jovens acontecem em razão deles pertencerem a uma família desestruturada. Essa idéia é extremamente preconceituosa e deve ser deixada de lado, pelo menos é essa a visão da psicanalista Berlinda Mandelbaum, docente e coordenadora do Laboratório de Estudos da Família, Relações de Gênero e Sexualidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Ela defende que pais separados, casais homossexuais, mães solteiras, avós responsáveis por netos e tantas outras configurações compõem núcleos que pode até fugir do idealizado pela sociedade, mas têm plenas condições de obter sucesso na Educação de crianças e jovens sob a sua responsabilidade. Para isso, é importante a colaboração dos professores no sentido de combater os paradigmas. “Nunca houve um modelo definitivo de família. Ela muda constantemente com a sociedade”, afirma Berlinda. Para a especialista, o essencial é a criança ter em casa alguém que exerça os papéis materno e paterno – mesmo que seja uma pessoa só. “É necessário saber o que angustia de fato a criança. E isso só ocorre se for estabelecido um diálogo honesto e livre de preconceito entre os envolvidos na educação dela.” Sabemos que existe muito mais o que falar sobre este tema, mas encerraremos este texto com a seguinte frase: “Não podemos deixar que nos confundam com o que foge do estereótipo do lar perfeito mostrado em comerciais de TV com uma família desestruturada.”
 

                                                                                                                 Carta Marítima

 

   Agora, falaremos sobre um assunto que passou despercebido durante os anos em que estudamos sobre as descobertas marítimas mundiais e olha que sempre se ouvia alguma pergunta do tipo: Será que existe alguma escola que ensina os Portugueses a navegar? Bom, se os Portugueses não tivessem conhecimentos cartográficos* sólidos (procure o que é isso no Google*), eles não teriam se firmado entre as mais poderosas nações na época das grandes navegações. Lá no século 16, era de fundamental importância para os países exploradores saber a localização dos territórios ultramarinos* (mais uma para o Google*) para aumentar a sua soberania – e isso incluía a capacidade de desenhar novos mapas e interpretar bem os já existentes. O desafio de conhecer o espaço que casa nação ocupa no globo já foi superado e hoje temos à disposição aplicativos que disponibilizam na internet imagens de satélite de cada canto do planeta e parelhos GPS portáteis. Para nos aprofundarmos mais neste assunto o mapa-múndi também pode ser o ponto de partida para outra rica discussão: o uso do meridiano de Greenwich como referência, afinal, esta é uma convenção relativamente recente. Mas quando me foi explicaram isso, não me lembro muito bem como foi, só sei que não foi assim: Sei que mapas do século 2 destacavam um meridiano que passava pela ilhas Afortunadas (atuais ilhas Canárias). Em 1871, alguns países já haviam adotado o meridiano de Greenwich como referência para as cartas marítimas, mas ainda utilizavam os que passavam sobre a região para as terrestres. Na verdade chegamos agora ao que interessa realmente neste assunto, desde que estudei isso tudo, sabe quantas vezes utilizei esses conhecimentos na vida? Prá ser exato, utilizei umas quatro ou cinco vezes durante toda a minha vida, e todas essas vezes aconteceram durante a execução de alguma prova do ensino médio.

   Já na altura deste sexto assunto, deixaremos as nossas dúvidas fluírem. Sabemos desde pequenos que problemas, equívocos e os seus porquês nos perseguem durante grande parte da nossa vida acadêmica e é justamente por causa disso, que vamos relembrá-los então: (1) Análise de Problemas – Um atleta corre 100 metros em 10 segundos. Numa prova de 800 metros, ele levará 80 segundos? – Resposta: Sim, porque, se a distância que ele correr for 8 vezes maior, o tempo também será 8 vezes maior. Comentários: o aluno levou em conta a proporcionalidade, mas a situação é irreal porque o corredor não consegue manter essa velocidade constante em provas que exigem habilidades tão distintas. (2) Busca de regularidades inversas – Um automóvel percorre determinada distância em 3 horas com a velocidade média de 60Km/h. Se a velocidade média for de 120Km/h, quanto tempo levará para ele atravessar a mesma distância? – Resposta: Dobro da velocidade: 60Km/h x 2 = 120Km/h, Dobro do tempo: 3 horas x 2 = 6 horas = Ele levará 6 horas. Comentários: o aluno achou que as grandezas (velocidade e distância) eram diretamente proporcionais na verdade a relação entre elas é inversa: se a velocidade dobrar, o tempo será a metade. (3) Busca de Regularidades Diretas – Tenho um quadrado com 3 centímetros de lado e outro com o dobro da medida. A área da segunda figura também será o dobro da área da primeira? – Resposta: Sim. Se o lado é o dobro, a área também é. – Comentários: O estudante considerou que o lado e a área são diretamente proporcionais, o que não é verdade. Nesse caso, a área ficou quatro vezes maior. (4) Análise de constantes – Um colecionador produziu um folheto para divulgar a venda de seus discos antigos. Observe a tabela abaixo e responda se existe uma razão de proporcionalidade entre a quantidade de discos e o preço cobrado. Se sim, qual é ela?


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Quantidade de Discos       1   2   3     4


Preço = R$                        5   9  13   17
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Resposta: Sim, existe porque, se aumenta o número de discos, aumenta o preço. Nesse caso, a razão é 4. – Comentários: É verdade que, se aumenta o número de discos, o preço também aumenta. Porém não na mesma proporção. Se fosse assim, dois discos custariam 10 a não 9. O que o aluno considerou como razão 4 é o valor unitário de cada disco depois da segunda unidade vendida. Para concluir este, foi possível perceber com esses exemplos acima, alguns dos pontos geradores de confusão entre os alunos do nosso País, já que reproduzimos aqui, testes reais de alunos do ensino médio. Compreendê-los é o caminho para ajudar as turmas a avançar e não deixar-los chegarem a Universidade com esses pensamentos, o que é muito mais comum do que muitos podem imaginar.

   Vamos aproveitar este sétimo assunto em pauta, para quebrar alguns tabus. Todos nós já passamos ou logo passaremos pelas diversas fases na vida. E uma das mais perigosas destas fases é a fase em que a curiosidade nos aproxima das drogas e isso sempre acontece primeiro quando somos muitos jovens para entender o que é aquilo. E sabendo que é muito difícil se dizer o não, é preciso um diálogo franco e aberto para que se possa entender o porquê de dizer o não às drogas. Sabemos que tudo é muito rápido, “de repente, o nosso grupo de amigos se junta e alguém diz vamos beber tequila! Aí, vai toda a galera. Cada um toma pelo menos um shot (dose). É normal, todo mundo bebe quando sai” Isso é muito normal na vida dos alunos das escolas públicas aqui do Brasil, nas Universidades etc... Segundo um levantamento do (Cebrig) Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas com estudantes de escolas públicas com idade de 10 e 18 anos, 65,2% dos entrevistados já experimentaram bebida alcoólica. Outros 5,9% fumaram maconha e 15,5% usaram solventes, de acetona a lança perfume. Os números não deixam dúvida: as drogas fazem parte do universo jovem. A relação com elas é constante e, por vezes, ocorre dentro dos muros da escola. Não adianta fingir que o assunto não existe – ou, o que é comum, se livrar dele pela via da expulsão. O tema exige uma ação concreta e urgente. Mas, o que fazer? Pesquisas recentes têm demonstrado que apostar na repressão pura e simples não costuma dar bons resultados. Em vez disso, é melhor compreender a relação dos jovens com as drogas. Entender por que o contato com essas substâncias se intensifica na adolescência é a primeira providência a ser tomada. De inicio, é preciso explicar que a atração pelos entorpecentes tem um forte componente biológico. A principal razão é que o chamado sistema inibitório, a área do cérebro responsável pela ponderação das atitudes, ainda está se desenvolvendo durante a adolescência. A dificuldade de dizer “não”, por sua vez, abre caminho para o estímulo do sistema dopaminérgico, relacionado à busca de recompensa. As substancias psicotrópicas agem justamente sobre essa estrutura, influenciando a produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer. A equação, entretanto ainda não está completa. Além dos fatores fisiológicos, o ambiente em que os jovens se situam pode aproximá-los das drogas. Mas é um erro acreditar que os de famílias pobres ou “desestruturadas” são os mais propensos ao consumo. Pesquisas apontam que os maiores índices de contato com entorpecentes se dão com adolescentes das camadas médias da população. Sabemos que essa idade propícia as transgressões de normas e das regras e ao entender desses, causa um certo status. Somos favoráveis aos debates, mas os debates sem preconceitos. Mais do que concentrar esforços no alarmismo que inibe o diálogo e trava o conhecimento sobre os efeitos das substâncias, uma estratégia mais eficiente é promover ações que ajudem aos adolescentes a desenvolver o seu próprio sistema inibitório. È claro que a abertura do dialogo proposta aqui não deixará de lado as normas estabelecidas, como a proibição de fumar entre outras. O importante é esclarecer a determinação com argumentos lógicos – no caso da nicotina, lembrando os malefícios do fumo passivo, por exemplo, que atinge mesmo quem nunca encostou num cigarro. Juntos, informação e o diálogo auxiliam ao combate às drogas muito mais do que as simples normas. Afinal, ajudam o jovem a desenvolver a capacidade de dizer “não” com consciência, e não penas por medo das possíveis punições futuras. Sabemos das dificuldades dessa batalha e sempre manteremos a idéia da oportunidade de falar nesse assunto, desde cedo é necessário se tocar neste assunto, afinal ele é nosso conhecido a muito tempo e cada vez mais percebemos a necessidade de ser levado mais a sério.






   Será que todas as pessoas têm alergia à picada dos insetos? Ou será que só algumas pessoas têm? Essa dúvida é muito frequente nos dias de hoje, afinal quem nunca foi picado por um inseto que atire o primeiro frasco de repelente! Em casa, no piquenique, na praia, naquele feriadão durante aquele churrasco da Faculdade... Os mosquitos e seus parentes parecem estar por toda parte. Mas já reparou que, enquanto algumas pessoas só sentem uma leve coceirinha no local da picada, outras ficam com a pele bastante inchada, avermelhada e quente! Elas são alérgicas! Mas por quê? É muito comum que as pessoas tenham uma reação alérgica à picada de inseto e, como o nome diz, reação é um tipo de resposta do sistema de defesa do nosso corpo. No caso das picadas, esse sistema entra em alerta quando tem contato com uma substância chamada alergeno. Mas de novo a pergunta: se o alergeno está em qualquer picada, por que algumas pessoas têm reações tão exageradas a ele? Talvez você já tenha ouvido falar no termo “pré-disposição genética”. Ser geneticamente pré-disposto a algo é estar naturalmente mais propenso a algo. No caso da alergia, a pré-disposição está relacionada à capacidade que cada um tem para produzir anticorpos do tipo imunoglobulina E (conhecidos pela sigla igE) depois do contato com os alergenos. Uma pessoa alérgica vai produzir muito igE para combater o alergeno que recebeu na picada. Imagine agora que, como duas peças de um quebra-cabeça, o “alergeno” e o igE se encaixem, formando um complexo. A ação desse complexo faz com que os vasos sanguíneos aumentem de tamanho, aumentando também a circulação de sangue no local. Quando isso acontece, a pele fica avermelhada, quente, inchada, dói e coça muito. Agora, você já sabe: a alergia depende do que vem de fora e do que está dentro de cada pessoa. Quer dizer, depende da quantidade de alergeno que o inseto libera no nosso corpo e da pré-disposição genética de cada um para combater esse invasor. Se esse fator ambiental (do inseto) for somado ao fator genético (da pessoa), é alergia na certa! Ainda não se sabe muito sobre alergia, o fato é que o número de pessoas alérgicas está aumentando no mundo. Então, repelente para eles e até o próximo artigo.


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