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7 de abril de 2017

Kurt Lewin e sua obra





Kurt Lewin foi o psicólogo que contribuiu para a passagem das relações Humanas para o próximo movimento das Ciências do Comportamento, quando orientou grande parte dos pesquisadores dedicados à Administração e à Psicologia Industrial de década de 1960 - com Gordon Allport, Lewin foi a maior influência para a introdução da Psicologia Gestalt nas universidades americanas.


Kurt Lewin, psicólogo alemão-americano, nascido em 1890 em Mogilno; morreu em Newtonville, Massachusetts, Estados Unidos, em 1947. Formação: Universidade de Munique Ludwig-Maximilians, Universidade Humboldt de Berlim e Universidade de Friburgo.



Iniciou a sua carreira de pesquisador em 1921, quando Kurt Lewin - consagrou ‘algo próximo’ a oito dos vinte e cinco anos da sua vida universitária, de 1939 a 1946, à exploração psicológica dos fenômenos de grupo. E estes oito anos constituem um marco decisivo na evolução da psicologia social - de tal modo que, alguns anos após sua morte, a pesquisa em psicologia social continuou inspirando-se, em grande parte, nas teorias e descobertas de Kurt Lewin.

Conhecido pela sua modéstia intelectual e bom senso - ele demonstrou grande capacidade de experimentação e de realismo científico de experimentação, o que acabou conduzindo a psicologia social a um plano mais realista. O estudo de pequenos grupos constituía para Lewin uma opção estratégica que permitiria eventualmente, em um futuro imprevisível, esclarecer e tornar inteligível a psicologia dos macro fenômenos de grupo. Foi neste sentido que Kurt Lewin, pelo impulso e nova orientação que transformou a psicologia social numa ciência experimental; autônoma.


Sua Trajetória:

·        09/09/1890 - Nasce Kurt Lewin na Prússia.

·        1914 - doutora-se em filosofia Universidade de Berlim.

·  1926 - Primeira Obra A investigação em psicologia sobre comportamento e emoção e tornou-se professor titular de Psicologia da Universidade de Berlim.

·   1933 - Estatuto acadêmico tomado por poder nazista, fugiu da Alemanha e passou pela Inglaterra e vai para EUA convidado para ensinar na Universidade de Stanford (Califórnia).

·      1934 - Professor de Psicologia na Universidade de Cornell –Nova York Cátedra de psicologia de da criança na Universidade de Iowa direção de um Centro de Pesquisa ligado ao departamento de Psicologia "Child welfare research center" Publicação de dois trabalhos Ä dynamic theory of personality" e "Principles of topological psycology".

·   1939 - Volta a Universidade de Stanford e faz orientação das pesquisas alteram-se para psicologias dos grupos que seja dinâmica e guestaltica.

·        1940 - Torna-se professor na Universidade de Harvard.

·      1945 - Funda a pedido do MIT um centro de pesquisas em dinâmica de grupo, que se torna o mais célebre nos EUA.

·        1947 (12 de fevereiro) – aos 56 anos morre Kurt Lewin.


Suas contribuições:

§    Criação da Teoria de Campo;

§    Criação da Pesquisa Ação;

§    Considerado o fundador de Dinâmica de Grupo;



A partir dele houve uma gradativa diversificação das ciências sociais, 

vejamos três ciências sociais:



·        Sociologia,

·        Antropologia cultural e

·   Psicologia social. Estabelecimento da distinção entre sócio grupo (grupo de tarefa) e o ‘psico grupo’ (grupo estruturado, polarizado e orientado em função dos próprios membros que constituem o grupo – grupo de formação).



Kurt Lewin é citado como o "pai" da pesquisa ação. Ele tinha muito interesse na relação da justiça social e a investigação rigorosa. (especialmente após perder sua família na Alemanha). Inicialmente ele queria criar uma mudança social positiva.

Ele lutava contra o racismo, estudava a democracia e a troca dos hábitos alimentares na guerra e desejava investigar algo que fosse relevante para a realidade e imediatamente aplicável e útil – sabe-se que ele estava interessado nas forças (valências como chamava): o que instiga ou desanima alguém a ir para ação ou a ter determinado comportamento.

Também tinha interesse nas formas como representamos graficamente a realidade - como percebemos o que esta acontecendo ao redor de nós e dentro de nós, ele queria desenvolver modelos úteis de investigação – modelos úteis para fazer e responder perguntas.

Baseado em seus interesses e trabalho de investigações prévias, conduziu com seus estudantes (1946) o desenvolvimento de uma metodologia de investigação chamada pesquisa-ação. A pesquisa-ação tem enfoque na informação, interação, colaboração. Constitui-se de múltiplos passos para investigação e solução de problemas. É uma forma de comprovar as ideias na prática como meio de melhorar e incrementar o conhecimento acerca de um tema. Consiste em quatro passos: Planejamento, Ação, Observação e Reflexão. É um processo colaborativo no qual os membros os membros de uma equipe de pesquisa-ação trabalham juntos para solucionar um problema refletindo criticamente sobre suas ações e suposições. Recompilam a informação acerca de seus comportamentos, ações, resultados e julgamentos.

Os participantes são ao mesmo tempo sujeitos e objeto da experiência. Seus experimentos demonstraram que as atitudes de liderança têm correlação direta com a moral e produtividade dos funcionários. Essas descobertas foram, no entanto, mais populares entre os funcionários que os empregadores. Considerado o precursor da dinâmica de grupo, suas ideias são até hoje estudadas e aplicadas como grandes forças propulsoras da administração. Seu interesse centrou-se em pequenos grupos, analisando as variáveis de coesão, padrões grupais, motivação, participação, processo decisório, produtividade, preconceitos, tensões, pressões e formas de coordenar um grupo. Seu interesse por esse campo é baseado na mesma teoria de Chester Barnard de que a empresa é composta de pequenos grupos estabelecidos formal e informalmente.



A dinâmica de grupo é o estudo das forças que agem no seio dos grupos, suas origens, consequências e condições modificadoras do comportamento do grupo. Sua importância para organização é a de que, considerando os grupos responsáveis pelos atingimento dos objetivos organizacionais, a variação no comportamento do grupo é de conhecimento vital para o administrador. A formação do grupo fundamenta-se na ideia de consenso nas relações interpessoais, ou seja, concordância comum sobre os objetivos e sobre os meios de alcança-los, resultando a solidariedade grupal.

Esses fatores psicológicos possuem autonomia, uma vez que o grupo não funciona num vácuo, mas é formado a partir de uma organização mais ampla. Isso dá a ideia genérica de que um grupo pode estar representado por uma empresa, governo, país, igreja. Outro fator que influencia a agregação de grupos são suas condições de igualdade quer ‘sócio econômica’, de religião, cor, raça, quer mesmo de ideias.



Consequências da teoria motivação

A Teoria de Campo Lewin

Para Kurt Lewin "o comportamento é produto de um campo de determinantes interdependentes (conhecidos como espaço de vida ou campo social). As características estruturais desse campo são representadas por conceitos extraídos da topologia e da teoria de conjuntos e as características dinâmicas são representadas através de conceitos de forças psicológicas e sociais" (ANTONELLO, PUJOL JUNIOR, SILVA, 2006),



Em 1935 Kurt Lewin já referia em suas pesquisas sobre o comportamento social ao importante papel da motivação. Para melhor explicar a motivação do comportamento, elaborou a teoria de campo que se baseia em duas suposições fundamentais:

a)  O comportamento é derivado da totalidade de fatos coexistentes ao seu redor;

b)  Esses fatos têm caráter de um campo dinâmico, no qual cada parte do campo depende de uma interação-relação com as demais outras partes.

O comportamento humano não depende somente do passado ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o "espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico".

A teoria de campo segundo a definição de Lewin, não é uma teoria no sentido habitual, mas um método de análise das relações causais e de elaboração dos construtos científicos. Está intimamente ligada à teoria da Gestalt, sobre tudo no que se refere à interdependência das diferentes relações causais entre o parcial e o global na experiência do comportamento. Entre os conceitos de base da teoria de campo figuram:

a)  Espaço de vida: todos os fatos que existem para o indivíduo ou grupo num dado momento;

b)  A tensão a energia, a necessidade, a valência e o vetor, que constituem conceitos dinâmicos essenciais para analisar o comportamento;

c)   Os processos como a percepção, a ação e a recordação, meios pelos quais as tensões de um sistema se igualam;

d)  A aprendizagem que provoca mudanças várias, por exemplo, da motivação (adquirir novos gostos ou aversões), ou a mudança do grau de pertença ao grupo, por exemplo, assimilar uma nova cultura.



     -  Lewin  propõe  a  seguinte  equação  para  explicar o

      comportamento humano:


 C = f (P,M) 


Onde:

C é função
f ou resultado da interação entre a pessoa
P e o meio ambiente
M que a rodeia.

Ambiente Psicológico: (ou ambiente comportamental) é tal como é percebido e interpretado pela pessoa. Ë relacionado com as atuais necessidades do indivíduo. Alguns objetos, pessoas ou situações, podem adquirir valência no ambiente psicológico, determinando um campo dinâmico de forcas psicológicas. Os objetos , pessoas ou situações adquirem para o indivíduo uma valência positiva (quando podem ou prometem satisfazer necessidades presentes do indivíduo) ou valência negativa (quando podem ou prometem ocasionar algum prejuízo) Os objetos, pessoas ou situações de valência positiva atraem o indivíduo e os de valência negativa o repelem.  A atração é a força ou vetor dirigido para o objeto, pessoa ou situação; a repulsa é a força ou vetor que o leva a se afastar do objeto, pessoa ou situação, tentando escapar.

Um vetor sempre tende a produzir locomoção em certa direção. Quando dois ou mais vetores atuam sobre uma mesma pessoa ao mesmo tempo, a locomoção é uma espécie de resultante de forças. Algumas vezes, a locomoção produzida pelos vetores pode ser impedida ou completamente bloqueada por uma barreira, que é algum impedimento ou de fuga ou repulsa em relação a um objeto, pessoa ou situação. A barreira não tem valência por si mesma e não exerce nenhuma força, ela oferece resistência sempre que alguma força ‘exercida sobre ela. Quando a barreira é rígida, ela exige do indivíduo tentativas de exploração de ultrapassá-la e, quando inultrapassável, adquire valência negativa.

Para Lewin, toda a necessidade cria um estado de tensão no indivíduo, uma predisposição à ação sem nenhuma direção específica.   Lewin utilizou uma combinação de análise topológica (mapear o espaço vital) e vetorial (para indicar a força dos motivos no comportamento) desenvolveu uma série de experimentos sobre a motivação, satisfação e a frustração, os efeitos da liderança autocrática e democrática em grupos de trabalho, etc.











Fonte e Sítios Consultados


www.unisalesiano.edu.br



31 de março de 2017

Juros Compostos e a ignorância dos brasileiros sobre este tema



A grande parte da população brasileira não tem a verdadeira compreensão do que seja uma taxa de juros e isso pode ser sentido claramente pelos professores universitários deste Brasil - se no ensino médio isso já acontece, imagina então quando esses alunos chegam ao ensino superior, inclusive na pós-graduação. Outro fator preocupante foi perceber que muitos profissionais ligados a finanças também desconhecem entendimentos de vários cálculos financeiros e isso acaba levando muitas empresas a perderem lucratividade por ignorância de seus gestores.

Um exemplo clássico é o cartão de crédito: apesar de toda mídia bater firme sobre os juros estratosféricos, ainda assim as pessoas pagam o mínimo ou parcial. Mas qual o motivo a fazerem isso? Um dos motivos está ligado a finanças comportamentais, outro é o total desconhecimento dos juros composto.

Vejamos um exemplo de orçamento doméstico com uma tabela do fluxo de pagamentos do cartão:

Saldo devedor =  Saldo Inicial + Despesa – Pagamentos + Total de Juros

Fluxo pagamento do Cartão de Crédito

Obs.: Taxa de juro mensal de 14% a.m

Pode-se notar um fato delicado no quadro acima - no período de 12 meses, foi gasto o total de 18.650 reais e pago 14.500 reais. Como houve muita distração, pagava-se de acordo com o próprio fluxo de caixa. E veja que nele já estavam abatidos os 14.500 reais pagos no decorrer do período. Uma coisa que pouca gente percebe, a não ser que esteja usando lupa, ou esteja acostumada com as artimanhas dos “duendes banqueiros”, é a pequena taxa de juro. Pequena só no corpo da letra, pois ela é bem significativa: 14% a.m. Assim ela a responsável pela mágica da multiplicação do saldo devedor.



Como podemos constatar, os juros se reproduzem de forma similar a uma bactéria - esse fenômeno é chamado de juros compostos ou, como é popularmente conhecido, “juros sobre juros”. Como disse Einsteinjuros compostos é a força mais poderosa do universo”. Do saldo devedor de 10.783.81,35 reais, os juros representavam 6.633,81 reais. A lógica desse exemplo pode ser aplicada para o uso indiscriminado do cheque especial.

Imagine a seguinte situação: com a taxa de 14% a.m. sobre os 10.783.81,35 reais, em mais um ano (suponha que durante esse período não seja contraída nem paga dívida nenhuma), ela teria de desembolsar a bagatela de:

Saldo devedor (t+12) = Saldo devedor (t) x (1 + taxa)12

Saldo devedor (t+12) =  10.783,81 x (1,14)12

Saldo devedor (t+12) = R$ 51.955,38

Não é à toa que os bancos lucram tanto no país, uma das razões é a má educação financeira, na qual se aplica a matemática financeira como um todo, pois se as pessoas não conhecem juros compostos, também não conhecem outros cálculos. Isto entra outra pesquisa que saiu em 06/07/2016 [2], na qual o Brasil é um dos piores na qualidade de ensino matemático. Não adianta nada sermos bombardeados diariamente sobre como deve ser gasto ou investido o dinheiro se a maioria das pessoas não sabe nem calcular porcentagem. Isso é extremamente preocupante, pois quem perde é a sociedade toda.

Não são só as pessoas que estão perdendo dinheiro, mas as empresas também - outro problema que a falta de conhecimento em matemática financeira causa é em empresas, vejam só este exemplo: uma empresa que prestadora de serviços na área de controladoria, fazia sua cotações no seu departamento de compras, mesmo com o procedimento correto, como avaliar o menor preço, e a qualidade do produto, havia um pequeno problema: o comprador não levava em conta o prazo de pagamento, só o custo do produto.

Exemplo:



Ao ver esta tabela, é possível concluir que o comprador estava comprando do Fornecedor A. Para saber se as compras estavam corretas, pediu-se ao departamento financeiro qual era a taxa que eles estavam pagando com desconto de duplicatas (esta empresa não estava nada bem financeiramente): era em torno de 3% a.m. a taxa de desconto. Após fazer um cálculo dos juros economizados em relação ao prazo de pagamento conforme a tabela abaixo, assim descontado do valor inicial do custo do produto, chegou-se a estes novos valores:



Concluiu-se que o fornecedor mais viável era o B, pois baseado nos juros economizados do custo financeiro, a empresa economizaria. Este produto era o segundo em consumo pela empresa, por causa deste erro a empresa perdeu em torno de R$ 35.000 em um ano.

Outro exemplo clássico são os empréstimos realizados pelos bancos, que “maquiam” as taxas de juros. As instituições financeiras começaram a divulgar uma taxa de juros e a embutir uma série de custos no valor financiado. Assim, você ia tomar o dinheiro e eles informavam que a taxa era de 2% ao mês, por exemplo, mas na hora de liberar os recursos, em lugar dos R$ 1.000,00 líquidos na conta para você pagar R$ 1.020,00 no final do mês, aparecia apenas RS 950,00 e informavam os R$ 50,00 eram custos diversos (tarifas, impostos, seguros etc.). Logo, a “taxa de juros” estava certa, mas o custo efetivo total era bem maior do que o que dizia a “taxa de juros”, chegando a mais de 7,3% ao mês, neste caso hipotético (RS 950,00 comparados com RS 1.020,00).




O resultado disso é que a instituição financeira, ao conhecer tal comportamento do consumidor, tem informação para administrar melhor o preço do crédito, aumentando ou diminuindo sua margem.
Resumindo: há três fatores decisivos para definir qual o “tamanho” das taxas de juros para os tomadores:

§    Variedade de oferta de recursos (concorrência);
§ Baixo risco do banco em não receber os recursos de volta (baixa inadimplência);
§ Conhecimento sobre empréstimos (cálculos matemáticos) e sobre funcionamento do sistema financeiro (educação financeira).

    No Brasil, somado à nossa ignorância matemática ainda há o nosso sistema "bizarro" tributário que faz surgir determinados fatos difíceis de acreditar, como o IOF (imposto sobre operações financeiras) ser maior do que os juros. Ele depende da taxa de juros e do prazo em que você fizer a operação de empréstimo. A taxa do IOF atualmente é de 1,10% sobre a operação. Vamos supor o seguinte: que você fique com 1 dia no limite da conta, (lembrando que é muito normal as pessoas deixarem descobertas suas contas,   não pela falta de dinheiro, mas por esquecimento, eu mesmo já cometi várias vezes este erro), sabendo que a taxa de juros é 7,6 % a.m., o juros pagos em 1 dia será de 0,24%, no qual é um valor menor que o IOF que é de 1,10%, ou seja, você pagará mais imposto do que juros na primeira configuração!

  O empréstimo das instituições financeiras brasileiras é uma das mais claras encarnações do que diz a Bíblia no capítulo 22, versículo 7, de Provérbios: “O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do que empresta”.

  É fácil constatar que o conhecimento é muito importante para traçar uma linha divisória entre as pessoas que conseguem aproveitar as oportunidades e aquelas que não sabem o que está acontecendo, seja com a própria conta bancária – microeconomia - seja com a economia nacional ou internacional - macroeconomia. Este conhecimento é o processo pelo qual os indivíduos melhoram sua compreensão sobre os produtos financeiros, seus conceitos e riscos, de maneira que possam desenvolver habilidades e confiança necessários para a tomada de decisões fundamentadas e com segurança, melhorando seu bem-estar financeiro.
















Fonte e Sítios Consultados


http://terracoeconomico.com.br/994-dos-brasileiros-nao-conhece-o-conceito-de-juros-compostos


14 de março de 2017

Smartphone, uma Droga do Século 21?



Os EUA vivenciam neste inicio do século 21 um quadro de epidemia de opiáceos (*substâncias derivadas da papoula) somado da ascensão das drogas sintéticas mortíferas e do alargamento da legalização da maconha - e este cenário preocupante só facilita o caminho da juventude americana às drogas. Inclusive, alguns especialistas teorizam que as taxas de queda do tabagismo estão se transformando em uma entrada-chave para as drogas - visto que as campanhas de educação antidrogas fracassaram.

O interessante é que esses mesmos pesquisadores começaram a refletir sobre uma questão intrigante: os adolescentes americanos estão usando menos drogas e isso se dá em parte pelo fato deles serem constantemente estimulados e entretidos por seus computadores e smartphones. Eles dizem que vale a pena explorar essa hipótese pelo fato que o uso dos smartphones e tablets teve um aumento vertiginosamente no mesmo período em que o uso das drogas diminuiu. Esta correlação não se basta para afirmar que um fenômeno está afetando diretamente o outro, mas os cientistas dizem que a mídia interativa parece jogar impulsos similares à experimentação de drogas.


New York Times publicou uma reportagem no dia 13/03/2017, com a opinião de vários especialistas, tanto em psicologia quanto em drogas. Apesar de haver certo ceticismo — até porque o mercado de smartphones é muito novo — ninguém descarta que pode haver uma ligação entre os vícios.  O fato é que houve uma queda no uso de drogas pelos adolescentes daquele país na última década, e justamente nesse mesmo período aconteceu à explosão da tecnologia pessoal - com o surgimento dos smartphones e das redes sociais. E o que reforça mais ainda essa ideia é que as campanhas de prevenção as drogas americanas apresentaram resultados muito tímidos e isso fez com que os especialistas enxergassem essa nova possibilidade.

Um dos fatores que impulsionam tal corrente é o fato de que o consumo constante de mídia interativa causa impulsos similares aos que são proporcionados pelas drogas. O usuário também se tornaria mais apático, sem muita motivação para socializar pessoalmente, e é justamente em eventos sociais (como festas) que costuma ocorrer o contato com substâncias como álcool, maconha e cocaína.

Além disso, o desinteresse nas substâncias tem sido visto de maneira generalizada, não importando a classe social, se são meninos ou meninas, o que reforça a ideia de um agente universal — que seria o smartphone.

New York Times  entrevistou adolescentes que confirmaram usar o smartphone como escudo antidrogas. Curiosamente, a possível troca de uma coisa pela outra não é algo que os especialistas comemoram com pleno entusiasmo, tanto que alguns deles disseram ao NYT que ainda têm esperança de que as quedas no uso de drogas estejam relacionadas a campanhas de prevenção.

O fato é que o consumo de maconha veio baixando na última década para os alunos do oitavo e décimo grau lá nos EUA, mesmo com a sua aceitação social aumentando, segundo estudos. Embora o uso de maconha tenha aumentado entre os alunos do 12º ano, o uso de cocaína, alucinógenos, ecstasy e crack também estão baixos, enquanto o uso de LSD tem se mantido estável. Mesmo que o uso de heroína tenha se tornado uma epidemia entre os adultos em algumas comunidades americanas, ele caiu entre os alunos de ensino médio na última década segundo esse estudo - esses achados são consistentes com outros estudos mostrando declínios constantes na última década no uso de drogas por adolescentes.




E no Brasil

De acordo com um estudo da Flurry, consultoria do Yahoo, existem 280 milhões de “viciados” em aplicativos para celular no mundo, muitos são brasileiros, 10% do total de internautas segundo especialistas do Hospital das Clínicas (SP), já foram diagnosticados com um vício real: é a dependência de tecnologia, que faz suas vítimas passarem até 12 horas conectadas e, quando estão off-line, tremerem, suarem, terem taquicardia e, em casos extremos, chegarem até a tentar suicídio. O G1 conversou com alguns deles e especialistas na área.

         “Muitos confundem dependência com tempo de conexão. Não é o tempo que passa conectado, mas a perda de controle sobre tecnologia que define um dependente”. (Eduardo Guedes, pesquisador e diretor do Instituto Delete, da UFRJ).



‘Um estudo da Flurry, por exemplo, "viciado" é aquele que abre um aplicativo mais de 60 vezes por dia’.

A pessoa não percebe que a necessidade de estar conectado é cada vez maior e, para obter o mesmo prazer, ela tem que usar cada vez mais. É como se fosse uma droga”, explica a psicóloga Sylvia von Enck, do núcleo de dependência tecnológica do Hospital das Clínicas. “Na medida em que a pessoa não consegue controlar esses impulsos na busca do prazer, ela vai aumentando esses estímulos.”

Por isso, explica, a dependência tecnológica é considerada um dos transtornos do controle dos impulsos, assim como a cleptomania (furtar compulsivamente), piromania (prazer em atear fogo) e tricotilomania (arrancar os cabelos).

Sem internet = abstinência
A psicóloga diz que a privação da internet funciona como uma abstinência forçada e pode gerar violência. “Nós já atendemos alguns casos de pais que foram buscar ajuda porque o ponto máximo que o filho, de 15 anos, chegou, depois de ter jogado objetos pela janela do apartamento, foi ameaçar se jogar. Em outro caso, um garoto de 17 anos pegou uma faca e tentou machucar a mãe.”

Lidando com o transtorno
Sem desgrudar do celular ou do PC, (relato de um paciente) eu estava sempre à espera de informações sobre trabalho e alerta ao menor sinal de notificações de aplicativos. “Se o smartphone vibrava, eu já estava olhando.” Depois de passar pelo instituto, ele conseguiu lidar com o transtorno. O paciente brinca dizendo que virou “copsicólogo” dos amigos e já até indicou o tratamento a dois conhecidos - A psicóloga do HC diz, no entanto, diz que os pacientes nessa condição sempre terão de ficar alertas. “Ás vezes, acontecem situações em que a pessoa acaba reincidindo e  voltam a apresentar os comportamentos compulsivos.

Use a tecnologia com moderação, alertam os médicos
Deve-se ficar alerta quando a pessoa deixa de ter um convívio social e quer ficar apenas conectada. “As pessoas ficam dentro delas mesmas, sem amigos, sem compartilhar momentos. Isso pode ser um problema”. Os médicos  dizem que isso também vale para as crianças.
















Fonte e Sítios Consultados


https://olhardigital.uol.com.br/noticia/adolescentes-podem-estar-trocando-drogas-pelo-smartphone/66760

https://www.nytimes.com/2017/03/13/health/teenagers-drugs-smartphones.html?_r=0

http://g1.globo.com




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