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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

23 de fevereiro de 2013

Administrar uma Empresa com Sucesso


Os passos para administrar uma empresa com sucesso

 

A Administração de um negócio exige conhecimentos de mercado e gerenciamento. Não existem fórmulas mágicas, mas alguns conceitos são fundamentais.
 
 
 


Antigamente, para se administrar uma empresa com sucesso era preciso somente capital de giro e muita competência. Hoje, a acirrada briga por destaque no mercado faz que o que a administração empresarial faça mais exigências que envolvem gerenciamento, produtos e profissionais. Para organizar uma empresa é preciso pensar em um conjunto de ideias, processos, organização, direção, controle, metas e foco.

 

Planejamento


Antes de tudo, faça um planejamento focando objetivos a curto e a longo prazo. Analise, primeiramente, o mercado de atuação e os pontos positivos, definindo o público-alvo, suas metas, políticas internas e não se esqueça: mantenha um planejamento flexível, que se adapte às tendências e modificações, comuns no mercado.

 

Competitividade


É de grande importância que se analise quais são as empresas que estão próximas da sua ou de sua cidade, e as que realizem o mesmo tipo de serviço ou produto oferecido que o seu. Também aproveite e analise quais são as probabilidades e a porcentagem que a sua loja tem em ser bem recebida e aceita pela população em geral, avalie também o processo de inovação com propostas atraentes, para que você não perca tempo e dinheiro e caminhe ao fracasso.

 

Capital


Faça uma lista do que você irá precisar para abrir uma empresa com todos os aparelhos, mesas, balcões, armários, peças, manequins, computador e quadro de funcionários, analisando vários fornecedores e a quantia de capital e em quanto tempo é possível adquirir renda para compensação do investimento, o que não é lucro. Há diversos pontos importantes para administrar uma empresa com muito sucesso, por isso, há profissionais competentes como administradores e contadores.

E como já foi o tempo em que administrar uma empresa precisaria apenas de capital de giro e competência. Os tempos mudaram e as exigências são outras.

 

- Como a concorrência sempre inova e busca se sobressair, faz-se necessário que o gestor, administrador de toda e qualquer empresa, possa investir sempre em:

1. Conhecimentos – porque tudo muda o tempo todo.

2. Novas habilidades – porque o cliente exige isso de toda empresa.

3. Competências duráveis – pois fazem toda a diferença.

 


4. Soluções práticas – porque o cliente moderno não perdoa a demora da empresa em resolver problemas.

5. Inovação – pois é o que mais o cliente deseja.

6. Criatividade – outra característica importante para o cliente, pois com ela tudo pode ser resolvido de forma mais dinâmica e rápida, satisfazendo, assim, as necessidades do cliente moderno e exigente.

7. Valor agregado – outro diferencial notado pelos clientes mais experientes e que gostam de levar vantagem em tudo o que compra.
 

8. Flexibilidade – pois empresas rígidas não conseguem sobreviver muito tempo.

9. Motivação e compromisso – pois uma equipe desmotivada e sem compromisso perde uma excelente oportunidade de encantar e realizar todas as vontades e exigências do cliente.
 



Fonte e Sítios Consultados

O Brasileiro adora automóveis


 
 
Gasolina em SP custa 70% mais que em NY, diz estudo

 

Entenda qual a razão do Brasil ser um País totalmente voltado para o mercado de automóveis. O governo Brasileiro tem todo o interesse em que esse negócio esteja sempre em alta. Acompanhe a matéria de reportagem da revista Exame.com de 15/04/2011.

Os Tributos fazem com que apesar de sair da refinaria 25% mais barata do que de uma refinaria norte-americana, o combustível chegue ao consumidor muito mais caro do que em qualquer posto de lá



São Paulo - O litro da gasolina custa, em média, US$ 1,73 na cidade de São Paulo, valor 70% maior que em Nova York, ou 105% maior que na Rússia, um dos países emergentes que integram o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Os dados são de estudo realizado pela Airinc, consultoria norte-americana especializada em preços globais.

·                    A tributação da gasolina no Brasil cria distorções em seu preço e faz com que, apesar de sair da refinaria da Petrobras 25% mais barata do que de uma refinaria norte-americana, o combustível chegue ao consumidor muito mais caro do que em qualquer posto de combustível de lá. A carga tributária no País representa 57% do valor do litro do combustível, uma das mais altas do mundo, perdendo apenas para os países europeus, onde a política de desestímulo ao uso de carros puxa para 70% o tributo sobre a gasolina.



A pesquisa considera a cotação do dólar em R$ 1,67. Sendo assim, o preço médio do litro do combustível na capital paulista foi de R$ 2,89. No ranking das Américas, preparado pela consultoria, o Brasil possui o maior preço entre seus vizinhos, todos com tributação menor. Na Venezuela, os fortes subsídios de Hugo Chávez fazem com que o litro da gasolina custe US$ 0,01, o mais barato do mundo.

Neste ranking mundial, países com reservas gigantescas, como Arábia Saudita e Líbia, estão entre os que apresentam os preços mais baixos do mundo, respectivamente com US$ 0,11 e US$ 0,14. Na outra ponta, os maiores preços estão na Turquia, com o litro da gasolina custando US$ 2,54, e na Eritreia, país africano que vive em conflito com sua vizinha Etiópia, a US$ 2,53.

Nas Américas, atrás do Brasil estão o Chile (US$ 1,57), Cuba (US$ 1,35) e Canadá (US$ 1,31). Nos Brics, o Brasil também lidera o ranking: China cobra US$ 1,11; Índia US$ 1,26 e a recém incluída África do Sul, US$ 1,27.
 



"Os impostos sobre a gasolina no Brasil sempre estiveram lá em cima", lembra o diretor jurídico do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis. Além do PIS e Cofins, que representam cerca de 20% do total dos tributos que incidem sobre a gasolina, há ainda o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), determinado pelas secretarias de Fazenda de cada Estado, e ainda a Contribuição por Intervenção de Domínio Econômico (Cide), criada em 2001 como colchão para amortecer eventuais aumentos que o combustível tivesse ao acompanhar o mercado internacional.

 
Fonte e Sítios Consultados

Ética é a área da Filosofia que estuda o Comportamento Humano




O que ética?  O que é moral?  O que ela estuda?

 Estas são perguntas rotineiras, feita por muitos, e de suma importância para as relações humanas. Todo dia ouvimos falar de ética e falta de ética, mas o que isso significa afinal?

A ética faz parte de uma das três grandes áreas da filosofia, mais especificamente, é o estudo da ação – práxis. Ao lado do estudo sobre o “conhecimento” – como a ciência, ou a lógica – e do estudo sobre o “valor” – seja ele artístico, moral, ou científico – o estudo sobre a ação engloba a totalidade do saber e da cultura humana. Está presente no nosso cotidiano o tempo todo, seja nas decisões familiares, políticas, ou no trabalho por exemplo.

 Ética e Moral são a mesma coisa ou há distinções a serem feitas?

Na linguagem comum e mesmo culta ética e moral são sinônimos. Assim dizemos: Aqui há um problema ético ou um problema moral. Com isso emitimos um juízo de valor sobre alguma prática pessoal ou social, se boa, se má ou duvidosa.

   Porém, percebemos que ética e moral não são sinônimos.

·        A ética é parte da filosofia – ela considera concepções de fundo, princípios e valores que orientam pessoas e sociedades. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções. Dizemos, então, que tem caráter e boa índole.

·        A moral é parte da vida concreta – ela trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores aceitos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com os costumes e valores estabelecidos que podem ser, eventualmente, questionados pela ética. Uma pessoa pode ser moral (segue costumes), mas não necessariamente ética (obedece a princípios).







           De acordo Waren Buffet as fraudes nas empresas são cometidas por funcionários que têm algum tempo de casa e conhecem os controles internos – para Buffet, Na busca de Pessoas para contratar você deve procurar três qualidades: Integridade, Inteligência e Energia. Sabendo que se essas duas últimas não estiverem acompanhadas da primeira, elas irão liquida-lo”.


A palavra ética tem origem no termo grego ethos, que significava “bom costume”, “costume superior”, ou “portador de caráter”. Impulsionado pelo crescimento da filosofia fora da antiga Grécia o conceito de ethos se proliferou pelas diversas civilizações que mantiveram contato com sua cultura. A contribuição mais relevante se deu com os filósofos latinos. Em Roma o termo grego foi traduzido como “mor-morus” que também significava “costume mor” ou “costume superior”. É dessa tradução latina que surge a palavra “moral” em português.


No decorrer da história do pensamento a ética se tornou cada vez mais um assunto rico, complexo e abrangente. Com a expansão da filosofia, e em especial do pensamento sobre a ação, foi preciso distinguir os termos ética e moral. No século XX o filósofo espanhol Adolfo Sanches Vásquez cria uma famosa diferenciação entre os dois conceitos. Para ele o termo moral se refere a uma reflexão que a pessoa faz de sua própria ação. Já o ‘termo’ ética abrange o estudo dos discursos morais, bem como os critérios de escolha para valorar e padronizar as condutas numa família, empresa ou sociedade.


Definir o que é um agir ético, moral, correto ou virtuoso é se inscrever em uma disputa social pela definição legítima da boa conduta. Da conduta verdadeira e necessária. Avaliar a melhor maneira de agir pode ser visto de pontos de vista totalmente diversos. Marxistas, liberais, mulçumanos, psicanalistas, jornalistas e políticos agem e valoram as ações de maneira diferente. Porém todos eles lutam pela definição mais legitima de uma “boa ação” ou da “ação correta” - sem pretensões de impor uma definição legítima sobre a conduta moral, neste espaço, deixaremos os filósofos falarem por eles mesmos. Elencamos o que cada um dos principais pensadores tem a dizer sobre o assunto.




Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) “Ética a Nicomacos”

A excelência moral se relaciona com as emoções e ações, e somente as emoções e ações voluntárias são louvadas e censuradas, enquanto as involuntárias são perdoadas, e às vezes inspiram piedade; logo, a distinção entre o voluntário e o involuntário parece necessária aos estudiosos da natureza da excelência moral, e será útil também aos legisladores com vistas à atribuição de honrarias e à aplicação de punições. (…)


Mas há algumas dúvidas quanto ás ações praticadas em consequência do medo de males maiores com vistas a algum objetivo elevado [1097b] (por exemplo, um tirano que tendo em seu poder os pais e filhos de uma pessoa, desse uma ordem ignóbil a esta, tendo em vista que o não cumprimento acarretasse na morte dos reféns); é discutível se tais ações são involuntárias ou voluntárias. (…) Tais ações, então, são mistas, mas se assemelham mais as voluntárias, pois são objeto de escolha no momento de serem praticadas, e a finalidade de uma ação varia de acordo com a oportunidade, de tal forma que as palavras “voluntário” e “involuntário” devem ser usadas com referência ao momento da ação; com efeito, nos atos em questão as pessoas agem voluntariamente, portanto são voluntárias, embora talvez sejam involuntárias de maneira geral, pois ninguém escolheria qualquer destes atos por si mesmos.


Fundamentação da Metafísica dos Costumes
     Immanuel Kant (1724-1804) 


Neste mundo, e se houver um fora dele, nada é possível pensar eu que possa ser considerado como bom sem limitação, a não ser uma só coisa: uma boa vontade. Discernimento, argúcia de espírito, capacidade de julgar, e como quer que possam chamar-se os demais talentos do espírito, ou ainda coragem, decisão constância de propósito, como qualidades do temperamento, são sem dúvida, a muitos respeitos, coisas boas e desejáveis; mas também podem tornar-se extremamente más e prejudiciais se a vontade, que haja de fazer uso destes dons naturais, constituintes do caráter, não for boa.

Na constituição natural de um ser organizado para a vida, admitimos, por princípio, que nele não haja nenhum órgão destinado à realização de um fim que não seja o mais adequado e adaptado a este fim. Ora, se num ser dotado de razão e de vontade a natureza tivesse por finalidade última sua conservação, seu bem-estar ou, em uma palavra, sua felicidade, ela teria se equivocado ao escolher a razão para alcançá-la. Isto porque, todas as ações que este ser deverá realizar nesse sentido, bem como a regra completa de sua conduta, ser-lhe-iam indicadas com muito maior precisão pelo instinto.


Uma vez que despojei a vontade de todos os estímulos que lhe poderiam advir da obediência a qualquer lei, nada mais resta do que a conformidade a uma lei universal das ações em geral que possam servir de único princípio à vontade, isto é: devo proceder sempre da mesma maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal. Aqui é pois a simples conformidade a lei em geral, o que serve de princípio à vontade, o também o que tem de lhe servir de princípio, para que o dever não seja por toda parte uma vã ilusão e um conceito quimérico.; e com isto está perfeitamente de acordo com a comum ação humana nos seus juízos práticos e também sempre diante dos olhos este princípio.



Uma Introdução aos Princípios da Moral 
          Jeremy Bentham (1748 – 1832) 

          Pode-se dizer que uma pessoa é partidária de uma ética utilitarista quando afirma que a aprovação ou desaprovação de alguma conduta foi determinada pela tendência de tal conduta a aumentar ou diminuir a felicidade da comunidade e a sua própria. 






Catecismo Positivista
Augusto Comte (1798-1875)

 É verdade que o positivismo não reconhece a ninguém outro direito senão o de sempre cumprir seu dever. Em termos mais corretos, nossa religião (positivista) impõe a todos a obrigação de ajudar cada um a preencher sua própria função. A noção de direito deve desaparecer do campo político, como a noção de causa do campo filosófico. Porque ambas se reportam a vontades indiscutíveis. Assim, quaisquer direitos supõem necessariamente uma fonte sobrenatural, única que pode subtraí-los á discussão humana.

O positivismo não admite nunca senão deveres de todos em relação a todos. Porque seu ponto de vista sempre social não pode comportar nenhuma noção de direito, constantemente fundada na individualidade. Em que fundamento humano deveria, pois, se assentar a ideia de direito, que suporia racionalmente uma eficácia prévia? Quaisquer que sejam nossos esforços, a mais longa vida bem empregada não nos permitirá nunca devolver senão uma porção imperceptível do que recebemos. Não seria senão, contudo, só depois de uma restituição completa que estaríamos dignamente autorizados a reclamar a reciprocidade de novos serviços. Todo direito humano é, pois, tão absurdo quanto imoral. Posto que não há mais direitos divinos, esta noção deve se apagar completamente, como puramente relativa ao regime preliminar, e diretamente incompatível com o estado final, que só admite deveres segundo as funções.



Moral da Ambiguidade
Simone de Beauvoir (1909 – 1986)

Existir é fazer-se carência de ser, é lançar-se no mundo: pode-se considerar como sub-humanos os que se ocupam em paralisar esse movimento original; eles têm olhos e ouvidos, mas fazem-se desde a infância cegos e surdos, sem desejo. Essa apatia demonstra um medo fundamental diante da existência, diante dos riscos e da tensão que ela implica; o ‘sub-homem’ recusa essa paixão que é a sua condição de homem, o dilaceramento e o fracasso deste impulso em direção do ser que nunca alcança seu fim; mas com isso, é a existência mesma que ele recusa - a má-fé do homem sério provém de que ele é obrigado, sem cessar, a renovar a renegação dessa liberdade. Ele escolhe viver num mundo infantil, mas à criança, os valores são realmente dados. O homem sério deve mascarar esse movimento através do qual se dá os valores, tal como a mitômana, que lendo uma carta de amor, finge esquecer que essa lhe foi enviada por si mesma.



Ética: A área da filosofia que estuda o comportamento humano

A palavra ética se origina do termo grego ethos, que significa "modo de ser", "caráter", "costume", "comportamento". De fato, a ética é o estudo desses aspectos do ser humano: por um lado, procurando descobrir o que está por trás do nosso modo de ser e de agir; por outro, procurando estabelecer as maneiras mais convenientes de sermos e agirmos. Assim, pode-se dizer que a ética trata do que é "bom" e do que é "mau" para nós.


Bom e mau, ou melhor, Bem e Mal, entretanto, são valores que não apresentam, para o ser humano, um caráter absoluto. Ao longo dos tempos, nas mais diversas civilizações, várias interpretações serão dadas a essas duas noções. A ética acompanha esse desenvolvimento histórico, para que isso sirva de base para uma reflexão sobre como ser ético no tempo presente.


Considera também como esses valores se aplicam no relacionamento interpessoal, pois a noção de um modo correto de se comportar e posicionar na vida pressupõe que isso seja feito para que cada um conviva em harmonia com os outros. A ética, portanto, trata de convivência entre seres humanos na sociedade. Num sentido mais restrito, ela se restringe às relações pessoais de cada um. Num sentido mais amplo - já que ninguém vive numa pequena comunidade isolada -, ela se relaciona com a política - da cidade, do país e do mundo. Nesse sentido, ela é possivelmente a área mais prática da filosofia.


Antes de qualquer, coisa qual o significado da palavra ética, em termos filosóficos?


O filósofo contemporâneo espanhol Fernando Savater apresenta uma resposta para essa questão em termos muito simples, num livro intitulado Ética para meu filho, da Editora Martins Fontes. Como diz o título, ele escreveu com o intuito de explicar a questão para o seu filho adolescente. A seguir, você pode ler um breve trecho da resposta de Savater para a questão "o que é ética?".



 Esse é um excelente ponto de partida para você pensar no assunto:

Existem ciências que estudamos pelo simples interesse de saber coisas novas. Já existem outras que são para adquirir uma habilidade que nos permita fazer ou utilizar alguma coisa – a maioria é utilizada para conseguir um oficio e ganhar a vida com ele. Se não sentirmos curiosidade nem necessidade de realizar esses estudos, poderemos prescindir deles tranquilamente. Há uma infinidade de conhecimentos muito interessantes, mas sem os quais podemos nos arranjar muito bem para viver. Eu, por exemplo, lamento muito não ter nem ideia de astrofísica ou de marcenaria, que dão tanta satisfação a outras pessoas, embora essa ignorância nunca me tenha impedido de ir sobrevivendo até hoje. E você, se não me engano, conhece as regras do futebol, mas é bem fraco em beisebol. Não tem maior importância, você desfruta os campeonatos mundiais, dispensa olimpicamente a liga americana e todo o mundo sai satisfeito.



O que eu quero dizer é que certas coisas a pessoa pode aprender ou não, conforme sua vontade. Como ninguém é capaz de saber tudo, o remédio é escolher e aceitar com humildade o muito que ignoramos. É possível viver sem saber astrofísica, marcenaria, futebol e até mesmo sem saber ler e escrever: vive-se pior, decerto, mas vive- se. No entanto, há outras coisas que é preciso saber porque, por assim dizer, são fundamentais para nossa vida. E preciso saber, por exemplo, que saltar de uma varanda do sexto andar não é bom para a saúde; ou que uma dieta de pregos (perdoem-me os faquires!) e ácido prússico não nos permitirá chegar à velhice. Também não é aconselhável ignorar que, se dermos um safanão no vizinho cada vez que cruzarmos com ele, mais cedo ou mais tarde haverá consequências muito desagradáveis. Pequenezas desse tipo são importantes. Podemos viver de muitos modos, mas há modos que não nos deixam viver.




Isso significa que entre todos os saberes possíveis existe pelo menos um imprescindível: o de que certas coisas nos convêm e outras não. Certos alimentos não nos convêm, assim como certos comportamentos e certas atitudes. Quero dizer, é claro, que não nos convêm se desejamos continuar vivendo. Se alguém quiser arrebentar-se o quanto antes, beber lixívia poderá ser muito adequado, ou também cercar-se do maior número possível de inimigos. Mas, de momento, vamos supor que preferimos viver, deixando de lado, por enquanto, os respeitáveis gostos do suicida. Assim, há coisas que nos convêm, e o que nos convém costumamos dizer que é “bom”, pois nos cai bem; outras, em compensação, não nos convêm, caem-nos muito mal, e o que não nos convém dizer que é “mau”. Saber o que nos convém, ou seja, distinguir entre o bom e o mau é um conhecimento que todos nós tentamos adquirir – todos, sem exceção – pela compensação que nos traz.



Como afirmado antes, há coisas boas e más para a saúde: é necessário saber o que devemos comer, ou que o fogo às vezes aquece e outras vezes pode queimar, ou ainda que a água que pode matar a sede e também nos afogar. No entanto, às vezes as coisas não são tão simples: certas drogas, por exemplo, aumentam nossa energia ou produzem sensações agradáveis, mas seu abuso contínuo pode ser nocivo. Em alguns aspectos são boas, mas em outros são más: elas nos convêm e ao mesmo tempo não nos convêm. No terreno das relações humanas, essas ambiguidades ocorrem com maior frequência ainda. A mentira é, em geral, algo mau, porque destrói a confiança na palavra – e todos nós precisamos falar para viver em sociedade – e provoca inimizade entre as pessoas; mas às vezes pode parecer útil ou benéfico mentir para obter alguma vantagem, ou até para fazer um favor a alguém. Por exemplo, é melhor dizer ao doente de câncer incurável a verdade sobre seu estado, ou deve-se enganá-lo para que ele viva suas últimas horas sem angústia? A mentira não nos convém, é má, mas às vezes parece acabar sendo boa. Procurar briga com os outros, como já dissemos, em geral é inconveniente, mas devemos consentir que violentem uma garota diante de nós sem interferir, sob pretexto de não nos metermos em confusão? Por outro lado, quem sempre diz a verdade – doa a quem doer – costuma colher a antipatia de todo o mundo; e quem interfere ao estilo Indiana Jones para salvar a garota agredida tem maior probabilidade de arrebentar a cabeça do que quem segue para casa assobiando. O que é mau às vezes parece ser mais ou menos bom e o que é bom tem, em certas ocasiões, aparência de mau. 


Haja confusão!



Resumindo: ao contrário de outros seres, animados ou inanimados, nós homens podemos inventar e escolher, em parte, nossa forma de vida. Podemos optar pelo que nos parece bom, ou seja, conveniente para nós, em oposição ao que nos parece mal e inconveniente. Como podemos inventar e escolher, podemos nos enganar, o que não acontece com os castores, às abelhas e as formigas. De modo que parece prudente atentarmos bem para o que fazemos, procurando adquirir um certo saber-viver que nos permita acertar. Esse saber-viver, ou arte de viver, se você preferir, é o que se chama de ética.













Fonte e Sítios consultados

22 de fevereiro de 2013

Jogos de Empresas no Ensino da Administração



A Utilização de Jogos de Empresas no Ensino da Administração

 
 
Os jogos de empresas, primeiramente utilizados em universidades americanas na década de 50, têm se mostrado, a partir da década de 80, como uma alternativa didática altamente viável e muito utilizada no ensino superior brasileiro. Tal método, fortemente caracterizado pela aprendizagem vivencial, apresenta diversos elementos que complementam as técnicas de ensino tradicional. O caráter lúdico dos jogos somado ao ambiente fortemente participativo e centrado no educando, proporciona aos docentes uma possibilidade de aprendizagem satisfatória e efetiva.


Acompanhando o crescimento do ensino brasileiro, os métodos didáticos também se desenvolveram e hoje são utilizadas diversas variações nas diferentes universidades e faculdades brasileiras.


O desenvolvimento tecnológico trouxe para nossa realidade um grande aparato de recursos multissensoriais e, nas últimas décadas, eles foram as "vedetes" em nossos programas: a vídeo-comunicação, as transparências, o flip-chart, os microcomputadores e a multimídia são alguns dos mais comumente usados. Em tecnologia avançamos. Entretanto, em metodologia ainda estamos a pesquisar, correndo contra o tempo, tentando adequar os recursos disponíveis às práticas que conhecemos.


A técnica de ensino mais antiga e difundida é a aula expositiva. Trata-se de um tempo de ensino ocupado inteiramente ou principalmente pela exposição contínua de um conferencista. Os estudantes podem ter a oportunidade de perguntar ou participar numa pequena discussão, mas em geral não fazem mais que ouvir e tomar apontamentos.

 

Entre as técnicas alternativas à aula expositiva destaca-se o ensino em pequenos grupos, dentre os quais as técnicas de seminários, métodos de caso e jogos de empresas.

 

Os jogos de empresas têm sido um importante instrumento no ensino de Política dos Negócios, nos cursos de Administração de Empresas e outros cursos afins. Além disso, eles têm desempenhado um importante papel no treinamento de estudantes e executivos de empresas, apresentando uma grande contribuição ao exercício da tomada de decisões e ao desenvolvimento de habilidades fundamentais à atividade eficaz de um executivo.

 

Este método, muito bem aceito pelos educandos por combinar satisfação e aprendizagem, representa um recurso valioso que, se bem explorado, pode contribuir grandemente para o avanço da educação gerencial.
 
 


Para atingir objetivos, os jogadores passam por um processo de comunicação intra e intergrupal, em que é exigido de todos a utilização de suas habilidades como:



1. Ouvir, processar, entender e repassar informações;


2. Dar e receber feedback de forma efetiva;

 
3. Discordar com cortesia, respeitando a opinião dos outros;

 
4. Adotar posturas de cooperação;
 


5. Ceder espaço para os colegas;

 
6. Mudar de opinião; Tratar ideias conflitivas com flexibilidade e neutralidade.



A utilização de jogos de empresas se tornou cada vez mais presente nas universidades americanas em 1963, um estudo da Universidade do Texas mostrou que a maioria das escolas dedicava 40% do tempo do curso de Política de Negócios aos estudos de caso, 30% às leituras e 20% aos os jogos de empresas.

Devido aos resultados positivos, seu uso estendeu-se a outras áreas, chegando ao Brasil com força total na década de 1980. Os primeiros jogos que surgiram no Brasil foram traduzidos, e os modelos eram importados. Atualmente, já existem equipes de profissionais e consultores desenvolvendo simuladores que retratam com fidedignidade as principais situações empresariais brasileiras.

 

Objetivos dos Jogos de Empresas


1. Treinamento: desenvolver nos participantes a habilidade de tomar decisões através do exercício e experiências num ambiente simulado, tão parecido quanto possível ao ambiente no qual as mesmas terão que ser realmente desempenhadas;

 
2. Didático: transmitir conhecimentos específicos (conhecimentos, técnicas e instrumentos) do campo da Administração de Empresas de um modo prático e experimental;

 
3. Pesquisa: utilizar o cenário propiciado pelo jogo de empresas como um laboratório para: descobrir soluções para problemas empresariais; esclarecer e testar aspectos da Teoria Econômica; pesquisar aspectos da Teoria da Administração e investigar o comportamento individual e grupal em condições de tomada de decisões sob pressão de tempo e incerteza;


4. Práticas que estimulam aumentos de performance;


5. A efetividade dos jogos de empresas; e


6. O quê jogos de empresas ensina.

 

 

Características básicas dos jogos de empresas:


1. Os jogos de empresas apresentam um meio ambiente simulado que substitui os
 elementos do sistema real não explicitamente representados por pessoas nos jogos.

 
2. Todas as variáveis de decisão estão expressas no modelo, embora algumas de
 forma clara e definida, enquanto outras só são reveladas de modo bastante vago e superficial.

 
3. Procuram desenvolver as interações entre os participantes e o meio simulado e deles entre si, como firmas disputando um mercado.


4. Os jogos de empresas, por mais complexos que sejam, serão sempre mais
 simples que o mundo real.

5. Definição de papéis claros sejam estes estruturados ou não;


6. Regras claras e bem entendidas pelos participantes;


7. Criação de condições para um jogo atrativo e envolvente.



O jogo de empresa é, por si só, um processo extremamente dinâmico. Sua flexibilidade permite que o professor possa adaptá-lo não só às tendências econômicas e sociais, mas também às mudanças que a legislação obedece. Em quase todos os jogos de empresas, as diferenças entre os grupos e participantes já são suficientes para torná-los diferentes de um curso para outro, visto que os aspectos de comportamento humano dos membros dos grupos serão sempre diferentes, por mais que se tente padronizá-los.

As fases de um jogo de empresas:

 
1.
 Preparação: criação de um clima adequado, com um exercício, debate, ou mesmo alguma simulação. Esclarecimento do objetivo do jogo, como ele pode ajudar o curso, a atitude desejável, a atenção para certos comportamentos etc.

 
2.
 Instruções: definição de papéis, definição do cenário e regras do jogo.


3.
 Ensaio: em jogos complexos, faz-se uso de ensaios, para o "aquecimento" do grupo.


4.
 O jogo em si: o professor e eventuais coordenadores deve acompanhar o transcorrer do jogo, para observar pormenores da dinâmica para posterior discussão e para fornecer eventuais esclarecimentos aos participantes e monitorar o andamento do jogo.

 
5.
 Análise do jogo: troca de percepções dos participantes sobre o que ocorreu, com comentários neutros do professor. Assegura envolvimento e assimilação.

 
6.
 Generalizações: o grupo envolvido procura transpor a vivência do jogo para situações da vida real.

7.
 Fechamento e complementação: balanço geral do jogo pelo professor com um resumo das principais conclusões do grupo. A complementação a fornecer aos participantes todo material que venha a reforçar a aprendizagem recém-obtida pelo grupo.

 
 

Tipos de Jogos


Não há um referencial único para classificar os métodos de jogos de empresas. Para efeito didático, apresenta uma sugestão:


1.
 Jogos de comportamento: são aqueles cujo tema central permite que se trabalhem temas voltados às habilidades comportamentais. Neles, o facilitador enfatiza questões como: cooperação, relacionamento inter e intragrupal, flexibilidade, cortesia, afetividade, confiança e autoconfiança, dentre outras. Os jogos de comportamento são aqueles que compõem os programas de Desenvolvimento Pessoal;


2.
 Jogos de Processo: nos jogos de processo a ênfase maior é dada às habilidades técnicas. São preparados de tal forma que, para atingir seus objetivos, as equipes passam por processos simulados, como negociar, liderar grupos, montar estratégias, administrar finanças e outros;


3.
 Jogos de mercado: reúnem as mesmas características dos jogos de processo, mas são direcionados para atividades que reproduzem situações de mercado, tais como concorrências, pesquisa de mercado, relação empresa fornecedores, terceirização etc.;

 
Um outro prisma de classificação dos jogos de empresas com base em um modelo de aprendizagem:



1.
 Jogos sistêmicos: são os que abordam a empresa como um todo, incluindo decisões na maioria das principais áreas organizacionais e que requerem integração dessas funções com o acompanhamento do ambiente econômico e da flutuação da taxa de juros;

 
2.
 Jogos funcionais: são os que focalizam a problemática de uma das grandes áreas funcionais da empresa como marketing, finanças, produção, operações, recursos humanos ou contabilidade. Mesmo havendo decisões oriundas de outras áreas de interesse secundário, o foco da aprendizagem se concentra apenas na área escolhida.


Impactos na aprendizagem


De forma simplificada, os teóricos do condicionamento estímulo-resposta consideram que a aprendizagem é um processo de mudança no comportamento, ocorrendo através de estímulos e respostas que se relacionam e obedecem aos princípios mecanicistas. Para os praticantes da teoria de campo gestalt, a aprendizagem é um processo de aquisição ou mudança de insights, isto é, de perspectivas ou padrões de pensamento.


A aprendizagem é uma mudança marcante no comportamento ou na capacidade de se comportar numa dada situação, decorrente da prática ou outras formas de experimentação.



 

Alguns pontos ou princípios que são comuns a todos os que se preocupam com a aprendizagem do aluno. São eles:

 
1. Toda aprendizagem, para que realmente aconteça, precisa ser significativa para o aprendiz, isto é, precisa envolvê-lo como pessoa, como um todo (ideias, sentimentos, cultura, sociedade).

 
2. Toda aprendizagem é pessoal. A aprendizagem envolve mudança de comportamento ou de situação do aprendiz, e isso só acontece na pessoa do aprendiz e pela pessoa do aprendiz. É um pouco a afirmação do óbvio: "ninguém aprende pelo outro".


3. Toda aprendizagem precisa visar objetivos realísticos. Isto é, que possam de fato ser significativos para aqueles alunos e que possam concretamente ser atingidos nas circunstâncias em que o curso é ministrado.

4. Toda aprendizagem precisa ser acompanhada de feedback imediato. A aprendizagem se faz num processo contínuo e o feedback é elemento integrante desse processo, pois deverá fornecer ao aluno e ao professor dados para corrigir e iniciar a aprendizagem.


5. Toda aprendizagem precisa ser embasada em um bom relacionamento interpessoal entre os elementos que participam do processo, ou seja, aluno, professor, colegas de turma. São características deste relacionamento o comportamento de diálogo, colaboração, participação, trabalho em conjunto, clima de confiança, o professor não sendo um obstáculo à consecução dos objetivos propostos e não sendo percebido como tal.

 

Todas as escolas buscam não apenas transmitir informações, mas também desenvolver em cada estudante uma forma disciplinada de pensar sobre os problemas característicos da carreira. A partir deste fato, o ensino através de jogos de empresas pode atingir diversos objetivos.

 
Objetivos educacionais nos diferentes programas com Jogos de Empresas:


1. Graduação:

 
a) Recuperar uma visão sistêmica das organizações


b) Incluir o ambiente econômico no foco gerencial


c) Desenvolver espírito crítico nas decisões

 
d) Estimular a transposição da aprendizagem

 

2. Pós-Graduação


a) Aplicar os conceitos de gestão em ambiente empresarial, tratados nas demais disciplinas do programa


b) Interagir com os demais participantes que desempenham diferentes papéis em sua vida profissional e atuam nos variados setores da economia.



3. Treinamento Gerencial


a) Desenvolver, nos participantes, uma visão gerencial do ponto de vista do seu cliente


b) Criar visão aplicada de administração mercadológica

 
c) Criar visão sistêmica de uma organização



4. Desenvolvimento Gerencial


a) Despertar atenção para uma gestão estratégica

 
b) Orientar para uma administração competitiva


c) Formar uma visão sistêmica de uma organização



Nota-se que, em termos de aprendizagem, os resultados da utilização de jogos de empresas são efetivos. Uma interessante análise pode ser feita considerando-se os sete princípios da boa prática na educação de ensino superior.



 
Existem 10 mitos em torno dos jogos e classifica-os como forças restritivas, que precisam ser desmistificadas:

1. "Se brinco não aprendo": na realidade, aprende-se com mais facilidade quando se gosta do que faz e quando o ambiente favorece a espontaneidade e a brincadeira.

 
2. "Jogos demandam muito tempo de planejamento": existem algumas ações preventivas que podem evitar tal desgaste.


3. "Tenho medo de os treinando não entrarem no jogo": por maior que seja a resistência de um, o grupo o contamina e ele acabará se envolvendo nas atividades.

 
4. "Não gosto de incentivar a competição, ela já é muito forte nas empresas": a competição existe nas pessoas. Camuflá-la não é a melhor maneira de superá-la.


5. "O jogo torna as pessoas agressivas": o clima permissivo faz com que as pessoas se comportem de forma natural e expressem seus sentimentos reais, fato que no dia a dia têm de esconder para atender um padrão social de comportamento.

 

6. "Com uma boa teoria, as pessoas aprendem mais": a teoria é importante e indispensável e pode ser mais bem compreendida quando cominada com situações práticas.


7. "No jogo, não tenho controle da aprendizagem": é impossível controlar a aprendizagem de outra pessoa em qualquer situação.


8. "Fico inseguro por não possuir referencial teórico sobre jogos": basta ao aplicador bom conhecimento sobre processos empresariais, experiência na condução de trabalhos vivenciais e segurança na metodologia de aplicação.


9. "Não tenho habilidade criativa, logo não posso usar jogos": todas as pessoas têm potencial criativo, o qual só pode ser desenvolvido através da prática.


10. "Adulto não gosta de atividades lúdicas": buscar a alegria e o prazer é inerente ao ser humano, independente de sua idade.

 
Avaliação dos jogos de empresas de acordo com os sete princípios da boa prática na educação de ensino superior:

 


Na Prática, como os Jogos de Empresas Tratam o assunto:

 
1. Encorajar o contato do estudante com a faculdade: Os jogos de empresas estimulam comportamentos pessoais que encorajam o contato do estudante com a faculdade ou universidade na medida em que a preparação para as "rodadas" do jogo se mostra imprescindível.


2. Encorajar cooperação entre os estudantes: A formação de grupos para a participação dos jogos estimula a cooperação entre os alunos.

 
3. Encorajar aprendizado ativo: Como os jogos de empresas demandam a demonstração de habilidades, muitas vezes a busca de conhecimentos específicos é demandada e o aprendizado ativo é necessário por parte dos estudantes.


4. Fornecer feedback instantâneo: O feedback é oferecido na forma dos resultados das simulações. Da mesma forma, a atuação do professor fornecendo feedback aos alunos e grupos é atividade incentivada

5. Enfatizar engajamento de tempo dedicado: A participação nos jogos de empresas demandam a dedicação não só nas "aulas", onde as decisões são tomadas, mas também nos intervalos entre as rodadas de decisão, onde é feita a preparação preliminar


6. Comunicar altas expectativas: A preparação para o jogo é fundamental. Neste momento são acertados os critérios para a pontuação nos jogos e o método de avaliação do aprendizado.


7. Respeitar a diversidade de talentos e modos de aprendizagem: Cada estudante pode estudar da sua maneira. Os jogos privilegiam a maneira pela qual o conhecimento é demonstrado, na forma de decisões.



Desenvolvimento de um Curso Aplicando-se Jogos de Empresas


1.
 Iniciação do jogo – Regras do Jogo: A primeira atividade necessária é a de fazer os alunos se familiarizarem com o meio ambiente simulado no qual irão, posteriormente, atuar. Para tanto, praticamente todos os jogos de empresas são providos de um "manual do participante" que contém as "regras do jogo". Nesta fase, o administrador do jogo procura esclarecer as dúvidas que restarem do estudo do manual. Além dessa leitura os estudantes podem ser estimulados a analisar os dados retrospectivos fornecidos e a descobrirem, por si mesmos, usando técnicas aprendidas em outros cursos, relações e parâmetros importantes nas suas decisões.

 

2.
 Formação de Equipes: Familiarizados os participantes com o ambiente simulado, são, em seguida, divididos em equipes de tamanho tão igual quanto possível, constituindo, cada uma delas uma empresa. Uma vez formadas as equipes, solicita-se às mesmas que elaborem um planejamento de longo prazo no qual devem estabelecer os objetivos, as metas e as políticas da empresa, bem como compor a sua diretoria distribuindo os cargos criados entre si, após definir a estrutura organizacional supostamente capaz de levar a empresa aos seus objetivos.



3.
 As Decisões dos Jogos de Empresas: Cumpridas estas etapas preparatórias, tem início o jogo. Ele se constitui da repetição de tantos ciclos quantos o administrador do jogo julgar conveniente aos objetivos educacionais. Em cada sessão, fornece-se a cada empresa, um conjunto de relatórios que consubstanciam os resultados alcançados pela equipe em função das suas decisões e das dos seus concorrentes na aula anterior.



Analisados os resultados anteriores, os alunos discutem as alternativas de ação e tomam as decisões pertinentes, visando aproveitar oportunidades surgidas, corrigir falhas e atingir o planejado. Tendo decidido o que fazer,registram suas decisões num formulário apropriado que lhes é fornecido pelo administrador do jogo.

 

4.
 Processamento das Decisões: O cálculo dos valores das variáveis a serem determinados pelas decisões tomadas pelas equipes e a apuração dos resultados são feitos através das equações que compõem o modelo. Neste momento, o uso de aparato tecnológico mostra-se como uma ferramenta que confere agilidade na alimentação e cálculo dos resultados, assim como precisão e confiabilidade dos dados gerados2. Tais resultados são os relatórios a serem distribuídos às equipes e os novos dados históricos.

Este ciclo é repetido durante o curso, tantas vezes quanto forem necessárias ao cumprimento dos objetivos didáticos. O administrador do jogo procura através do diálogo e da análise, orientar as equipes no sentido de fazê-las reconhecerem os instrumentos e técnicas da administração que as ajudariam em cada uma das situações que vão sucessivamente se configurando ao longo da simulação, incentivando-as, assim, a aplicarem e testarem os conhecimentos adquiridos durante o curso de Administração de Empresas. Além disso solicita, periodicamente, relatórios de gestão e trabalhos específicos com a finalidade de forçá-los à reflexão sobre as atividades que estão desenvolvendo, procurando, assim, evitar que o instinto de "ganhar o jogo" se sobreponha ao aprendizado que deve derivar da participação na simulação.

No ensino tradicional, observa-se que o papel principal é desempenhado pelo educador, personagem com elevado grau de envolvimento e que deseja ensinar, para seus discípulos, apoiado em suas próprias experiências. Estabelece objetivos educacionais coletivos, orientados para a classe como um todo. Mantém a aula em andamento mediante a geração permanente de estímulos externos. Atuando desta forma, cria um ambiente eminentemente individualista e competitivo.

 

Na aprendizagem vivencial (através de jogos de empresas), o papel principal desloca-se para o educando, que passa a ser o centro do processo, diferentemente do ensino. Isto facilita um envolvimento maior, pelo desejo fomentado na busca de aprendizagem competitiva e cooperativa. O trabalho em grupo prevalece sobre a apresentação expositiva e individual do instrutor. São exercitados conteúdos do educando e do educador. O processo é calcado nos motivos dos educandos, em um ambiente que desafia, ao mesmo tempo em que acolhe, combinando momentos de disputa e de união entre os educandos e entre eles e o educador.



Muito se evoluiu na produção científica brasileira dos últimos 15 anos a respeito de jogos de empresas e aprendizagem vivencial. Apesar de se tratar de uma técnica cinquentenária, sua aplicação se intensificou nas últimas duas décadas, principalmente pelas facilidades provenientes dos avanços computacionais. Este texto procurou fazer uma breve revisão bibliográfica das opiniões dos principais autores brasileiros a respeito da técnica didática de ensino e aprendizagem proporcionada por jogos de empresas.


 
 
 
Fonte e Sítios Consultados

 http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_15849/artigo_sobre_a_utilizacao_de_jogos_de_empresas_no_ensino_da_administracao

 
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