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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

20 de maio de 2020

A Covid-19 e o Mito da Caverna







Vivemos atualmente meados do mês de maio de 2020 e o mundo está enfrentando uma das piores pandemias (Covid-19) já vistas, e o preocupante é que isso ainda está bem longe de acabar, já que atualmente não existe nenhum remédio para o seu tratamento e nem vacina capaz de impedir o seu contágio – a única forma eficaz de proteção visando impedir um contágio maior é o isolamento social. E para entendemos a gravidade disso, é preciso citar que em todo o planeta (até a data de 25/05/2020), a OMS (Organização Mundial da Saúde) já contabilizava 5,2 milhões de casos de infecção pelo novo ‘coronavírus’ e 337.736 mortes pela Covid-19 - a América  despontou em relação à Europa, com 3,33 milhões de infectados, sendo 1,6 milhão (até essa data) nos Estados Unidos.




          Em meio a esse estado de calamidade mundial que estamos passando, faremos um (ensaio de estudo) visando encontrar a  existência de algum algum paralelo dessa situação com a obra literária, Imagens da organização, obra literária do escritor Gareth Morgan (*1). Iremos nos fixar exatamente no capitulo o qual é de grande utilidade para que todos aqueles interessados em administração que buscam compreender o subconsciente e os seus reflexos nas organizações.  Neste capítulo o autor cita Sócrates (*2) e seu discípulo Platão (*3) por meio da alegoria do “mito da caverna” buscando ilustrar como os seres humanos podem se tornar prisioneiros de seus medos e incertezas; como é possível que eles prefiram viver num ambiente hostil para não serem lançados ao desconhecido que eles consideram mais assustador do que a realidade dura com a qual estão acostumados.



Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego Platão, que consiste na tentativa de explicar a condição de ignorância em que vivem os seres humanos e o que seria necessário para atingir o verdadeiro “mundo real”, baseado na razão acima dos sentidos. Também conhecida como Alegoria da Caverna ou Parábola da Caverna, esta história está presente na obra “A República”, criada por Platão e que discute, essencialmente, a teoria do conhecimento, linguagem e educação para a construção de um Estado ideal - o Mito da Caverna é um dos textos filosóficos mais debatidos e conhecidos pela humanidade, servindo de base para explicar o conceito do senso comum em oposição ao que seria a definição do senso crítico - segundo o pensamento platônico, que foi bastante influenciado pelos ensinamentos de Sócrates, o mundo sensível era aquele experimentado a partir dos sentidos, onde residia a falsa percepção da realidade; já o chamado mundo inteligível era atingido apenas através das ideias, ou seja, da razão.





O fato é que atualmente, no ano de 2020 é fácil encontrar muitas pessoas (aqui no Brasil) que ainda não acreditam na fatalidade desse vírus Covid-19, isso em razão de ser comum ver pessoas circulando sem máscaras (proteção de propagação desse vírus pelo ar) também é comum ver muitas pessoas juntas (o que só fortalece o contágio desse vírus) sem nenhum cuidado com o próximo em pleno estado de alienação total. Até parece que essas pessoas vivem em um mundo particular, eles parecem seres alienados nas suas cavernas particulares – e como mostra esse capítulo do livro, estas são as escolhas que trazem renúncias e as renúncias que possibilitam as vitórias. A diferença entre o ilusório, as aparências e o que é real, o conhecimento da verdade. Muitos preferem viver na ignorância, pensando que assim não irão se colocar em situações das quais não se acham preparados para enfrentar ou que até duvidem da existência delas, esse seria sempre o medo do desconhecido falando mais alto do que a racionalidade do ser.



Um dos grandes problemas do pensamento de grupo é que quando todos enxergam da mesma forma uma situação, fica difícil que percebam as nuances dos problemas, cabendo sempre para alguém de fora a incumbência de lhes mostrar o quão equivocados podem estar. É o mesmo sentimento que um escritor tem de sua obra, ele a escreve, mas não percebe os erros de ortografia, gramática e etc. – e isso só acontece porque seus olhos leem o que está no subconsciente e não o que foi impresso, sendo imprescindível então, delegar essa revisão ortográfica a alguém que domine a língua. Não estamos dizendo que um escritor não saiba escrever corretamente, só estamos alertando que ele é passível de erros como qualquer outro ser humano, ainda mais quando a sua mente muitas vezes o condiciona a enxergar da forma que ele pensa e não da forma que ele escreve naquele momento.




Ainda pode-se recorrer a Sigmund Freud (*4) sobre isso, ele apontou que o inconsciente se revela na medida em que reprimimos nossos desejos interiores e pensamentos secretos quando tentamos nos adaptar a vida em sociedade e seguir suas ideologias. Dizem que Freud e Jung (*5) acreditavam que o passado influenciava o presente através do inconsciente, e assim buscaram meios para que os seres humanos se liberassem, através de diferentes métodos de autocompreensão que indicam como nas suas trocas com o mundo exterior estes estão, na verdade, encarando dimensões ocultas deles mesmos. O nosso autor Gareth, ainda cita as neuroses de Taylor (*6)  que vivia na sua busca da forma perfeita de realizar qualquer atividade, desde uma simples brincadeira até chegar aos princípios da Administração Científica, da repressão da sexualidade que nos é imposta e a influência maléfica que isso causa. Cita também o historiador francês Michel Foucault (*7) que nos fala que o domínio e controle do corpo são fundamentais para controle da vida política e social.



Todas essas influências são levadas aos diversos meios em que vivemos: família, clubes e, também, as organizações onde trabalhamos. O Instituto Tavistock, representado aqui por Wilfred Bion (*8), mostrou que grupos frequentemente regridem a padrões de comportamento infantil para se protegerem de aspectos desconfortáveis do mundo real. Adotando um dos três padrões de resposta: dependência; líder; emparelhamento. Também é citada a dependência do grupo em uma figura messiânica, salvadora, fuga e luta: a projeção dos seus medos em um inimigo imaginário (paranoia que não deixa enxergar com clareza as reais necessidades de agir e como agir).




É fato que em meio a essa pandemia do Coronavírus (Covid-19) estamos assistindo diariamente, aqui no Brasil e em países como os EUA uma sucessão de mandos e desmandos dos seus então, gestores políticos – por muitas vezes eles agem de forma inconsequente, como incentivar o uso de medicamentos sem nenhuma comprovação cientifica no tratamento do Covid-19, como a cloroquina e a hidroxicloroquina, é importante salientar que a  Organização Mundial da Saúde (OMS) não reconhece, até este momento, nenhum medicamento ou vacina para a covid-19. O Comitê Científico e a Diretoria da Sociedade Brasileira de Imunologia divulgou um documento em que afirma que "ainda é precoce a recomendação de uso deste medicamento na covid-19, visto que diferentes estudos mostram não haver benefícios para os pacientes que utilizaram hidroxicloroquina". Já o Conselho Federal de Medicina condiciona seu uso ao critério médico e consentimento do paciente. Até outro dia, aqui no Brasil, o seu uso era autorizado só em pacientes em estado crítico e moderado já internados em hospitais, quando médico e paciente concordam com o uso. O presidente do Brasil, falou no dia (19/05/20) sobre o uso da cloroquina para os pacientes que apresentarem sintomas leves de coronavírus. Ele afirmou que será assinado pelo interino do Ministério da Saúde, um novo protocolo de uso da cloroquina no país – e esse chefe do Executivo disse mais, “Quem for de direita toma cloroquina, quem for de esquerda toma Tubaína. Viu como sou educado? Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma Tubaína”, disse, rindo.


 Ficou claro como estão os dias atuais, onde fica fácil de perceber as organizações modernas com suas lutas internas pela selvageria da competição existente - que se transformam em impulsos destrutivos capazes de se desencadear a partir do interior e criam uma cultura permeada de sadismo. A inveja de seus companheiros pode levar a um bloqueio na aceitação do sucesso deles, por temer não ser capaz de alcançar o mesmo sucesso. Este processo oculto pode minar a capacidade de desenvolver o espírito cooperativo do grupo. 



Segundo Winnicott (*9criamos fetiches para nos dar conforto e segurança. Daí porque somos tão resistentes à mudança.  E nessa obra, Morgan ainda cita JungRobert Denhardt e Weber para nos falar das armadilhas do subconsciente humano. Jung criou a interação dos contrários, esquema utilizado por Ian Mitroff e outros para analisar estilos gerenciais e de tomada de decisão e para desenvolver abordagens dialéticas no planejamento e na tomada de decisão que tentava conciliar os pontos de vista rivais. O mesmo esquema também foi utilizado por Ingalls como fundamento para uma ‘análise junguiana’ do uso e direção da energia humana em organizações e por Myers e Briggs para o desenvolvimento de um teste de personalidade que apresenta inúmeras aplicações gerenciais, dentre outras utilidades.





Finalizamos este percebendo que sempre buscamos no passado uma inspiração para viver o presente, como disse Ian Mitroff  (*10), somos todos primitivos de coração, reproduzindo relações arquetípicas para dar sentido aos dilemas fundamentais da vida. Se para os filósofos a liberdade é a visão do conhecimento, para os psicanalistas a liberdade é o conhecimento do inconsciente para criar um mundo melhor e interagir de forma mais completa com o ambiente e transformá-lo em algo mais agradável e seguro aos nossos olhos. Esperamos que alguns desses pensamentos da psicanalise/filosofia/administração possam nos ajudar a encontrar um caminho que seja capaz de nos levar para bem longe dessa visão limitada e cega desses Mitos da Caverna.






(*1) Gareth Morgan é um Teórico Organizacional britânico, Consultor de Administração e professor Emérito da Universidade de York em Toronto, conhecido como criador do conceito da "Metáfora Organizacional" e autor do best-seller Imagens da Organização.

(*2) Sócrates , Atenas 399 a.C.  foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga, creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma figura enigmática.

(*3) Platão  foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia em Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.

(*4) Sigmund Freud foi um médico neurologista e psiquiatra criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco.

(*5) Carl Gustav Jung foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica. Jung propôs e desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na psiquiatria, psicologia, ciência da religião, literatura e áreas afins.

(*6) Frederick Winslow Taylor foi um engenheiro mecânico estadunidense. Era técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico estudando à noite. Escreveu o livro "Os Princípios da Administração Científica", publicado em 1911.

(*7) Michel Foucault; Poitiers, 15 de outubro de 1926 — Paris, 25 de junho de 1984 foi um filósofo, historiador das ideias, teórico social, filólogo, crítico literário e professor da cátedra História dos Sistemas do Pensamento, no célebre Collège de France, de 1970 até 1984.

(*8) Wilfred Ruprecht Bion foi um psicanalista britânico, pioneiro em dinâmica de grupo. Escreveu Experiências com Grupos, um importante guia para os movimentos da psicoterapia de grupo e de encontro.

(*9) Donald Woods Winnicott foi um pediatra e psicanalista inglês que acreditava que o objeto externo é muito mais do que um modulador das projeções da criança ele ainda afirmava que a mãe suficientemente boa é aquela que possibilita ao bebê a ilusão de que o mundo é criado por ele, concedendo-lhe, assim, a experiência da onipotência primária, base do fazer-criativo.

(*10) Ian Irving Mitroff é um teórico organizacional americano, consultor e professor emérito da Escola de Negócios Marshall da USC e da Escola de Comunicação Annenberg da Universidade do Sul da Califórnia.






Do autor, esse texto é um dos efeitos dessa quarentena!




15 de maio de 2020

Lockdown ao longo da história






A forma de isolamento, também conhecido como lockdown ou quarentena, não é nenhuma novidade no mundo e quanto a palavra quarentena, ela começou a ser usada na Itália do século XIV, durante a epidemia da peste bubônica no país, quando houve a suspeita de que havia uma pessoa infectada em um navio e a solução foi isolar a tripulação e os passageiros para fumigar a embarcação por 40 dias. Com essa medida, o barco não chegaria a terra firme até que não apresentasse mais risco para outras pessoas.

Essa mesma medida de prevenção também foi utilizada em 1884, por exemplo, durante a epidemia de cólera e quando em algumas regiões da Itália, como a Calábria, autoridades máximas instruíram a população a não entrar em estações de trem. Além disso, muito tempo antes, entre os anos de 1347 e 1348, cidades italianas criaram um sistema de saúde complexo contra a Peste Negra, que se tornou referência a outros países da Europa, envolvendo quarentenas, descontaminação de locais públicos, cordões sanitários (barreiras) e estações de isolamento.

Outro episódio aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial com a Gripe Espanhola, em 1918, quando escolas, cinemas, teatros e outros pontos de encontro foram fechados na Itália, com a proibição de agrupamento de pessoas nas ruas, funerais e cerimônias religiosas, além de restaurantes funcionando com horários reduzidos. Algo muito semelhante ao momento no qual estamos vivendo.

A quarentena também fez história nos Estados Unidos no século XVIII, em 1793, logo depois de uma epidemia de febre amarela chegar à Filadélfia e matar cinco mil pessoas. Com o acontecimento, foi criada uma estação de quarentena de mais de 40 mil metros quadrados próxima ao lago Delaware. Quase 100 anos depois, com a epidemia voltando em 1878, o Congresso norte-americano criou a Lei Nacional de Quarentena (National Quarantine Act), envolvendo o governo federal com as leis dos estados. Com isso, em 1921, as estações de quarentena foram entregues ao governo de vez - algum tempo depois, no ano de 1967, o departamento de saúde dos Estados Unidos transferiu as responsabilidades de quarentena ao National Communicable Disease Center, hoje conhecido como Centers for Disease Control and Prevention, o CDC. Com um novo comando, estações de quarentenas começaram a aparecer em diversas às fronteiras aéreas e terrestres.

Lá nos anos 1970, foi preciso reduzir o número dessas estações de 55 para 8 pelo governo acreditar que doenças infecciosas eram "coisa do passado". Até que aconteceu a tragédia do 11 de setembro, em 2011, que criou um alerta ao governo sobre a possibilidade de bioterrorismo, aparecendo ainda, dois anos depois, o surto do SARS. Isso fez com que as estações de quarentena subissem a 20.

Também é fato que muitas pessoas sairão prejudicadas com o isolamento horizontal, sejam trabalhadores informais, empregados com CLT, comerciantes, micro e pequenos empresários, estudantes, entre outras atividades e profissões. Mas, neste momento, governos do mundo todo estão traçando estratégias para tentar controlar não só a propagação do vírus, como também discutir formas de fazer a economia continuar movimentando, com menos prejuízo possível e menos pessoas desempregadas.

Em 2020, é fato que o coronavírus se espalha com muita facilidade, como:
·        cumprimentos,
·        conversas próximas,
·        toques em objetos contaminados e ou
·         falta de higienização das mãos  e etc...


Então, é certo que quanto mais pessoas contraírem o novo coronavírus rapidamente mais gente doente coexistirá no mesmo intervalo de tempo, e com isso, os sistemas de saúde do mundo todo não terão suporte para abrigar todos os casos graves, nem será possível fazer exames em todos os pacientes que sentirem, ao menos, um dos sintomas. Pela COVID-19 se tratar de uma doença nova, nenhum local do mundo tem um tratamento 100% efetivo, pois não há medicação cientificamente comprovada como eficaz, muito menos uma vacina para a prevenção. Então, a maior arma existente no momento é a prevenção.







Fonte e Sítios Consultados




30 de abril de 2020

Criatividade Corporativa








Este artigo tem por objetivo demonstrar como a criatividade corporativa tornou-se um bem tão valioso dentro das corporações atuais e o quanto a sociedade depende do seu sucesso para resolver desde os problemas mais comuns até os aparentemente sem solução. Sabendo que para se cumprir tais tarefas, serão necessárias a utilização dos conceitos mais modernos de estratégia e competitividade empresariais. Buscaremos justificar a necessidade de equipes comprometidas em buscar as grandes ideias, os produtos inovadores e a obtenção do sucesso com o resultado dos projetos. Tendo o conhecimento da existência dos temores com o fracasso das ideias criativas dentro das corporações, foram se formando grupos de trabalhos com indivíduos criativos e utilizadas técnicas para conseguir superar e neutralizar esses temores com o fracasso. Vamos expor as estratégias, as necessidades que as Corporações têm durante o processo de encontrar as soluções para os diversos problemas e veremos mais sobre as equipes estratégicas de criatividade e da arte da inovação

Palavra Chave: Criatividade, Corporativa, Problemas, Soluções, Inovação.




Introdução

O principal objetivo dentro das corporações é a busca pela solução dos problemas e das necessidades dos seus clientes. Isso nos leva a pensar que a única solução para se pôr um fim nas angustias dos clientes, só pode vir através das soluções que são encontradas dentro das corporações. Logo, podemos deduzir que a criatividade corporativa, a inovação de produtos ou até mesmo o lançamento de novas ideias só aparecem devido à pressão que o mercado consumidor exerce sobre as corporações e mais especificamente, sobre as equipes de funcionários criativos.


São nos momentos de necessidade extrema que procuramos encontrar uma solução criativa para resolver algumas pendências ou sanar os problemas com mais agilidade. Devido a estes fatores, as corporações tiveram que adequar-se para receber as novas ideias criativas e as novas formas de se fazer o mesmo melhor, inovando e redescobrindo novos caminhos. E já que sabemos que a criatividade está em alta no mundo corporativo, iremos nos aprofundar mais nas técnicas que são utilizadas durante o processo criativo. Vamos aproveitar este momento para conhecer melhor sobre uma das várias definições que tem a palavra criatividade. “A palavra criatividade tem sido razoavelmente confundida com a técnica de criar anúncios. Mas não é só isso. Criatividade é uma técnica de resolver problemas. Essa técnica pode ser aplicada a todas as atividades humanas, não apenas à atividade específica de criar boa comunicação.” (Duailibi & Simonsen, 2000:16).




                                                                     Santos Dumond


1. Os problemas dos clientes.

 Todos nos deparamos com problemas, sejam eles quais forem. Pode ser no local de trabalho, com o elevador do nosso prédio, com o aparelho de TV que acabamos de comprar, devido ao horário de verão, com alguma atividade na Universidade, com um novo projeto na empresa em que trabalhamos ou outros diversos tipos de problemas. Pensando em resolver esses problemas, as empresas por diversas vezes vão além das expectativas e encontram soluções que em determinadas ocasiões surpreendem aos próprios criadores dessas ideias. “Produzido pela primeira vez por Cartier a pedido de seu amigo Santos Dumond, que não podia usar um relógio de bolso enquanto manobrava seus balões, o relógio de pulso é um dos acessórios mais disseminados em todo o planeta.” (Duailibi & Simonsen, 2000:59).

    
   
       Existem alguns problemas que são encarados como pequenos, mas que ninguém consegue elimina-los, como no caso desta empresa que tinha um estacionamento muito pequeno - já trabalhei em uma empresa que tinha um estacionamento privativo pequeno. Os funcionários queriam que ela construísse uma nova área de estacionamento, embora o custo fosse de milhões de dólares. A gerência respondeu que não dispunha de orçamento para isso. Ninguém da empresa pensou em alternativas de resolver o problema de estacionamento, como por exemplo: incentivar o trabalho em casa via terminal de computador, criar turnos variados, fazer uma divisão de tarefas, um rodízio de carros ou contratar um ônibus para levar os funcionários em casa ou até o estacionamento mais próximo. A questão poderia ter sido facilmente contornada se tivesse sido considerada sob diferentes perspectivas e se as possibilidades fossem exploradas de forma criativa. (Nelson, Bob 1956:53).



                                                                                                   Aruba

  
1.1 Soluções para grandes problemas

    
          Em algumas ocasiões de nossas vidas, certamente um determinado problema mostrou-se ser maior do que outro isso só acontece devido à urgência que existe em se resolver esse ou aquele problema. Lógico que existem problemas de todos os níveis e em diversos segmentos da sociedade, não é exclusividade do consumidor final a procura pela solução dos seus problemas. Quando surgem as necessidades é que procuramos a melhor maneira para resolvê-las, mesmo que para isso seja preciso uma mudança radical. “Com a crise do petróleo, a pequena Aruba trocou as refinarias de petróleo pelo turismo e hoje tem o maior PIB per capita da América Latina”. (Dualibi & Simonsen, 2000:50). Afinal, traçando um comparativo, problemas são como uma dor de dente cada pessoa tem a sua dor e a intensidade dela é sem sombra de dúvidas infinitamente maior do que qualquer outra, com os problemas acontecem o mesmo, sempre será encarado com maior importância o que nos aflige diretamente.



                                 

                                                                                              

2.  AS Soluções Inovadoras
     
          As ideias e soluções inovadoras são bem vistas no mundo corporativo e tem uma grande procura, claro que esse fato acontece nas instituições que tem uma política interna voltada e preparada para receber estas boas ideias. Vamos expor a necessidade do surgimento de soluções criativas e inovadoras dentro de alguns segmentos corporativos existentes, mas que em algumas oportunidades essas ideias não alcançaram os resultados esperados. Porém existiram ocasiões em que o resultado foi totalmente surpreendente e deixou a todos sem entender o real motivo do estrondoso sucesso. “Os Beatles foram às primeiras pessoas a mudar o mundo sem fazer guerra. Eles mudaram tudo fazendo música. E o mundo talvez para se desculpar de toda a sua violência, transformou os quatro rapazes que falavam de amor e paz num dos maiores sucessos de crítica e de público do século XX.” (Duailibi & Simonsen, 2000:53).


  
       Para se conseguir obter ideias criativas foram necessárias algumas mudanças estruturais nas corporações. Em outros tempos, nem tão distantes dos dias de hoje, nada mais produtivo em termos de novas ideias e inteligência corporativa como se sentar num restaurante da moda para um longo almoço. Muitos profissionais de marketing, de departamentos de criação e de inovação se dividiam em espaços de restaurantes badalados ou em outros espaços do gênero, lá eram discutidas ideias, projetos e muito se comentava sobre os últimos lançamentos do mercado. Na maioria das oportunidades ninguém dava a mínima importância para aquele jovem sentado à mesa ao lado. Alguns, por sua vez, usavam à audição e a memória aguçada para pescar as melhores informações e voltar para o trabalho com as últimas novidades do mercado. Não se sabe ao certo por quantas vezes algumas boas ideias nasceram desta forma, mas pessoas ligadas às grandes corporações contam algumas histórias interessantes sobre este tema.

      Sabendo que as pessoas se sentem à vontade para falar sobre concorrentes, estratégias, propostas e trabalho quando olham em volta e veem apenas pessoas com jeito de turista, as corporações sentiram a necessidade em ter equipes criativas ou grupos determinados. Toda equipe criativa é motivada principalmente pela paixão. Acredita-se que as equipes mais fortes se estabelecem quando as pessoas têm a chance de escolher em que grupo vão trabalhar e podem compartilhar da paixão que sentem pela busca do objetivo. Veremos a seguir as providencias que as corporações tiveram de adotar depois da constatação da existência de vazamento de informações durante os processos de trabalho.


                                                                                                Equipe


2.1 Equipes de Inteligência Corporativa

        Com a necessidade das empresas em montar equipes criativas devido ao acirramento da concorrência e da necessidade de ter profissionais concentrados em projetos criativos, com o comprometimento de manter o sigilo e a discrição sobre os projetos em andamento dentro empresa, surgiram às primeiras equipes de inteligência corporativa dentro das empresas. Desde que foram montadas estas equipes de inteligência no interior das corporações, elas utilizam técnicas próprias, veremos como elas trabalham e conheceremos algumas destas técnicas utilizadas para se obter os resultados esperados. Existem relatos de projetos de sucesso e de bons produtos que invariavelmente demonstraram que são resultados de uma boa equipe criativa, acompanharemos o relato da reconhecida empresa IDEO, empresa norte-americana de design, que entre tantos sucessos, foi a que projetou o mouse para a empresa Apple.

        A criação de uma equipe determinada é resultado em parte de disposição de espírito. As equipes determinadas não têm necessariamente de começar com o projeto mais emocionante. A equipe e o líder certos podem criar sua própria energia em torno da tarefa presente. Meu primeiro LP (lembram-se do vinil?) foi à trilha sonora do Filme Mary Poppins, e eu ainda me lembro de ouvi-lo dizendo que em cada tarefa que precisa ser feita, há um elemento de diversão. “Você acha a graça e – zás – o trabalho passa a ser um jogo.” Estou sugerindo a sério que você cite Mary Poppins para a equipe – mas a ideia de fazer sua própria brincadeira ainda se aplica. (Kelley, Tom, 2000:93)

        A Gestão dessas equipes criativas dentro das Corporações nada mais é do que a manipulação dos elementos disponíveis dentro da própria Corporação. Isso é possível através do bom gerenciamento dos recursos humanos, da utilização plena dos recursos materiais disponíveis, da boa gerência das informações e do uso de toda a estrutura disponível na empresa com o fim de propiciar que a mesma se ajuste ao seu meio, de modo a poder encontrar as vias de menos atrito durante o processo de criação e que proporcionem o melhor rendimento dos seus recursos. Para isso existe a necessidade de que o profissional responsável pela liderança conheça bastante bem não só a empresa como o meio em que atua o que só é possível através de uma boa gestão dessa equipe, o que no mundo corporativo de hoje é imprescindível.




                                                                         Incertezas


2.2 As incertezas da Criatividade Corporativa

       Após alguns relatos de sucesso que aconteceram devido à criatividade corporativa, existem exemplos de que a necessidade foi a principal responsável pelo surgimento de uma ideia criativa. Claro que nos dias atuais as necessidades são outras e cada vez mais elas são urgentes, mas não podemos esquecer que a necessidade sempre existirá e a procura por idéias criativas também. Mas nem sempre as idéias e os produtos novos são prontamente aceitos pelo público em geral. “Gillette. No seu primeiro ano de fabricação vendeu apenas 51 aparelhos e 168 lâminas. Depois disso, sua produção atingiu um valor incalculável. Da ideia inicial surgiram várias outras.” (Duailibi & Simonsen, 2000:51). Sabe-se que mudanças e novidades na maioria das vezes, não têm rápida aceitação pelo mercado e que nestas horas, todo o trabalho de desenvolvimento do projeto se mostra fundamental, afinal, houve todo um estudo para saber da aceitação ou não do produto pelo mercado consumidor.


       Muitas ideias por mais criativas que sejam, nem sempre tiveram o objetivo de alcançar o que elas realmente alcançaram. “Quando o Sr. Levi Strauss transformou o brim de barracas em calças para os mineiros, na Califórnia, talvez não soubesse que viria a ser o mais poderoso agente modificador em todos os tempos.” (Duailibi & Simonsen, 2000: 51).

       Em diversas oportunidades em que as expectativas de algum produto não são alcançadas, o mercado divulga estudos, pesquisas e uma série de dados concretos a esse respeito. Agora, em determinados casos como, por exemplo, o do Sr. Levi Strauss, não existe nenhum dado oficial de como esta ou outras ideias caíram no gosto da população e se tornaram produtos indispensáveis.




                                                                                                  Temor
                     

2.3 O temor Corporativo

Existe um temor dentro das empresas quanto ao fracasso dos novos produtos, alguns desses temores tornaram-se famosos e foram relatados em algumas passagens históricas, aonde os próprios inventores foram os autores desses comentários negativos ou ainda, tiveram que conviver com alguns comentários desanimadores sobre suas descobertas.



“A teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ridícula ficção” (Pierre Pochet, professor de Filosofia em Toulouse, 1872). (Duailibi & Simonsen, 2000: 74).

  
“O cinema será encarado por algum tempo como uma curiosidade científica, mas não tem futuro comercial.” (Auguste Lumiére, 1895, a respeito de seu próprio invento). (Duailibi & Simonsen, 2000: 74).

  
“O avião é um invento interessante, mas não vejo nele qualquer utilidade militar.”(Marechal Ferdinand Foch, titular de estratégia na Escola Superior de Guerra da França, 1911). (Duailibi & Simonsen, 2000: 75).
  

“Até julho sai de moda.” (Revista Variety, a propósito do rock´n´roll, março de 1956). (Duailibi & Simonsen, 2000: 75).

  
“A televisão não dará certo. As pessoas terão de ficar olhando sua tela, e a família americana média não tem tempo para isso.” (The New York Times, 18 de abril de 1939, na apresentação do protótipo de um aparelho de TV). (Duailibi & Simonsen, 2000: 75).



O excessivo temor de errar em novas experiências envolvendo o nome da empresa, constitui em uma das grandes barreiras à criatividade. Não só pelos possíveis prejuízos financeiros, mas muito pelo temor que os executivos têm em carregarem o estigma de uma ação malsucedida. Tentando solucionar isso, tornou-se frequente e comum o uso de técnicas dirigidas em ajudar os profissionais a superar temores, veremos algumas delas logo mais a frente.







3. Treinamento para se alcançar a Criatividade


     O treinamento é o meio utilizado para se melhorar a capacitação das pessoas para desempenharem melhor as suas funções e fazer com que os objetivos sejam alcançados. Sabe-se que renomados profissionais do mundo criativo adotaram algumas técnicas e eliminaram fatores que causavam a inibição durante o processo de trabalho das suas equipes, isso virou um roteiro dentro do mundo corporativo.

  
          “A criação e o julgamento – nunca devem ser exercidos ao mesmo tempo. O medo do ridículo - quando o executivo se recusa a correr riscos por temor as opiniões. A pressão para conformar-se – quando novas idéias são sempre recebidas com temor e desconfiança. A falta de tempo para se pensar – há empresas que sobrecarregam seus executivos de tal forma e por longos períodos, que não lhes sobra tempo para dedicar-se a soluções novas ou mesmo para enunciar novos problemas”. (Duailibi & Simonsen, 2000:80).




                                                                                                         Estágio processo criativo



3.1 Estágios do processo criativo

       A criatividade não aparece tão facilmente como o ato de se escovar os dentes, nenhum profissional pega um pedaço de papel em branco ou liga um computador e logo a seguir cria algo de sucesso. Não é tão simples assim, existe um longo caminho a seguir até que surjam as ideias criativas e essa preparação pode se dar por via direta ou indireta. É por via direta quando acumulamos informações pertinentes ao problema que deve ser resolvido. Isto é, quando buscamos somente informações que contribuam para uma possível solução. Na segunda hipótese é pela via indireta, quando podemos buscar informações sobre tudo o que possa vir a colaborar para uma solução, mesmo que não tenha nada a ver com o problema, a primeira vista.

    Iremos agora conhecer a técnica do Brainstorm, muito utilizado nas Agências de Propaganda e Publicidade. Segundo Duailibi & Simonsen (2000), se trata de uma reunião de interessados em resolver um problema que a eles foi exposto, mantendo sempre à ausência completa de crítica e o julgamento final adiado. Esta técnica está muito difundida hoje em dia, inclusive está presente nos livros e nas aulas que fazem parte do ensino superior de muitas Universidades aqui no Brasil. Para Tom Kelley (2001) as sessões de Brainstorm entusiastas chegam a gerar cem ou mais ideias, dez das quais provavelmente ótimas.




4. Considerações Finais
  
    Esperamos que com as informações obtidas durante a leitura deste artigo sobre a Inteligência Corporativa, tenha sido possível encontrar as respostas para os nossos questionamentos iniciais e, sobretudo termos chegado a uma conclusão sobre este tema. Baseados nesses novos conhecimentos que adquirimos, tornou-se bem mais claro o fato de que a criatividade corporativa veio para melhorar a nossa vida em vários segmentos e trazer mais conforto e facilidades nas nossas tarefas diárias. Afinal, conhecemos algumas estruturas, e até algumas soluções aplicadas na solução de problemas, comparamos os problemas grandes com os pequenos, vimos também como se executam uma boa gestão de equipes criativas e da sua importância para se alcançar os bons resultados. Mediante todos esses fatos que foram expostos até agora, temos que enaltecer todos os profissionais que atuam nesta área de criatividade corporativa e saber que eles se baseiam nas experiências de pessoas comuns para buscar as soluções ou a criação de algum novo produto. Consideramos que ficou bem claro o fato da criatividade corporativa ser a responsável pelas soluções encontradas para a maioria dos nossos problemas cotidianos. “A simples existência de uma empresa supõe que houve uma crise em determinado momento – a empresa é em si mesma, a solução que foi encontrada através de uma abordagem criativa para o problema sugerido.” (Duailibi & Simonsen, 2000: 2).















 Fonte e Sítios Consultados


DUAILIBI, Roberto; SIMONSEN Jr., Harry, Criatividade & Marketing. Nova Ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000

KELLY, Tom, A Arte da Inovação. 2º.Ed. São Paulo: Futura 2001

NELSON, Bob, Faça o que tem de ser feito e não apenas o que lhe pedem. 1º.Ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2000




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