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18 de abril de 2020

Pandemias do passado e a Covid-19





O mundo vive esse ano de 2020 num cenário que revela um alto número de pessoas infectadas e mortas pelo surto global conhecido por coronavírus (covid-19) que junto da sua letalidade ele tem provocado mudanças de comportamento, caos social e uma grande disseminação de boatos – será que é possível equiparar o momento que vivemos agora, o coronavírus, com algum outro fato histórico como a peste negra, a gripe espanhola  ou a gripe suína?

Vamos saber mais sobre essas semelhanças.


Ratos e pulgas assolam a Europa e a Ásia

      Segundo a obra ‘A História da Humanidade Contada pelos Vírus, Bactérias, Parasitas e Outros Micro-organismos’ é possível ver como esses seres microscópicos moldaram a evolução no planeta ao longo de milênios e, hoje, nos ajudam a entender nossa própria origem na Terra - no século 14, a peste negra gerou um pânico na população muito parecido ao que estamos vivendo agora. As pessoas ficaram isoladas, ninguém saia às ruas, com medo de entrar em contato com os miasmas, gases venenosos que supostamente estariam por trás da doença”. 
Claro que o ar não tinha nada a ver com a questão: a peste bubônica, nome correto da condição, foi provocada pela bactéria Yersinia pestis, que acaba transmitida ao ser humano por meio de pulgas que infestam ratos e outros roedores. 


Acontece que naquela época,  a Europa e a Ásia eram um verdadeiro lixão a céu aberto. Sem nenhum tipo de saneamento básico, as pessoas jogavam as próprias fezes no meio da rua. Se um indivíduo passasse distraído no momento do despejo de excrementos, corria o risco de voltar para casa completamente sujo e fedido. 


E esse cenário insalubre foi perfeito para que ratos, pulgas e bactérias fizessem a festa. Estimativas dão conta que a peste negra tenha matado entre 75 a 200 milhões de pessoas, praticamente um terço de toda a população que vivia nessa região do planeta - O quadro O Triunfo da Mortedo holandês Pieter Bruegel , dá uma noção poética e macabra do caos no período da peste negra: corpos amontoados são levados em carroças puxadas por caveiras. Mais dramático, impossível, não?



                                                        O quadro “O Triunfo da Morte”, do holandês Pieter Bruegel,  Museu do Prado, em Madrid  (Espanha) 


Ainda é possível ver outras coincidências entre o período da peste negra e os tempos atuais: No século 14, muita gente passou a adotar o hábito de pendurar dentes de alho no pescoço, para se proteger dos ares contaminados, conta. Pois é, apostar em soluções milagrosas (e aparentemente sem nexo) já é uma tradição de séculos… Hoje, para combater o coronavírus, é possível encontrar receitas caseiras que envolvem o mesmíssimo alho, ou outros ingredientes como o vinagre, o limão e a cúrcuma. Infelizmente, isso não passa de crendice popular. 


 Ainda vale mencionar que a própria noção de quarentena surgiu nesse período da história: a então República de Veneza, cujo território hoje pertence à Itália, foi bastante atingida pela peste negra (a epidemia provavelmente começou ali, acreditam alguns historiadores). Um membro do clero sugeriu que se adotasse a restrição de circulação livre das pessoas, especialmente daquelas que chegavam em barcos e navios.


 Sabe-se que a escolha de 40 dias (ou quaranta giorgi, no bom italiano) obedeceu a critérios bíblicos: algumas passagens do Velho Testamento falavam desse tempo de isolamento para surtos de lepra (ou hanseníase, nos tempos modernos). Claro que, hoje em dia, nem sempre o período de reclusão completo é respeitado: as pessoas são liberadas de acordo com a evolução da doença e quanto ela leva para provocar sintomas e ser transmissível.


É óbvio que existem inúmeras e evidentes diferenças entre a peste negra e a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Para começo de conversa, a primeira é causada por bactérias e a segunda por vírus. Também devemos levar em conta que a ciência evoluiu muito nos últimos séculos: em 1 300 e pouco, nem se sabia da existência de micro-organismos, que dirá de remédios ou vacinas eficazes de combatê-los. 



A gripe espanhola, que NÃO surgiu na Espanha e os conselhos ao povo da inspetoria de higiene: 



·         EVITAR aglomerações, principalmente à noite.

·         NÃO fazer visitas.

·         TOMAR cuidados higiênicos com o nariz e a garganta...

·         EVITAR toda fadiga ou excesso físico

·       O DOENTE, aos primeiros sintomas, deve ir para a cama, pois o repouso auxilia a cura e afasta as complicações e contágio. Não deve receber, absolutamente, nenhuma visita.

·      EVITAR as causas de resfriamento, é de necessidade tanto para os sãos, como para os doentes e convalescentes.

·      AS PESSOAS IDOSAS devem aplicar-se com mais rigor ainda todos esses cuidados.




Quem efetuar uma leitura rápida até pode pensar que essas recomendações foram publicadas em algum site nos últimos dias para uma campanha de prevenção contra o coronavírus, né? Porém, na verdade elas foram escritas em 1918 e veiculadas em jornais da época com o objetivo de conscientizar nossos bisavôs e bisavós sobre formas de se proteger da gripe espanhola, que causava terror no mundo todo.





A GRIPE ESPANHOLA É CONSIDERADA POR MUITOS ESPECIALISTAS A MÃE DAS PANDEMIAS:



Ela foi provocada pelo vírus influenza do tipo A H1N1, ele contaminou mais de 500 milhões de pessoas e provocou entre 17 e 50 milhões de mortes. Ao menos um quarto de toda a população do planeta se infectou com essa doença. No Brasil, estima-se que a gripe espanhola tenha matado ao menos 35 mil pessoas. Entre elas, destaca-se o então presidente eleito Rodrigues Alves, que estava pronto para iniciar um segundo mandato como chefe da república. O político paulista não resistiu às complicações e morreu no dia 16 de janeiro de 1919.


                                                  Livro da historiadora Christiane Maria Cruz de Souza

         De acordo com a historiadora Christiane Maria Cruz de Souza, do Núcleo de Tecnologia em Saúde do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, existe outro ponto em comum entre a gripe espanhola e a Covid-19. “A liturgia das grandes epidemias é sempre muito parecida. Primeiro, as autoridades negam que ela existe, uma vez que é algo desconhecido e com potencial de abalar a economia e os sistemas de saúde. Muitos dos discursos das autoridades no início da pandemia de 1918 se assemelham ao que vemos hoje”, compara. 


Em artigos científicos, a historiadora Christiane Maria Cruz de Souza explorou como a gripe espanhola mexeu com o povo baiano. “Bares fixaram anúncios dizendo que a cerveja curava a gripe. O povo, num ato de desobediência civil, ignorava as orientações e seguia participando de enterros ou indo às missas. A estátua do Nosso Senhor do Bonfim teve que ser retirada do altar porque as pessoas faziam peregrinação para beijar os pés do santo, o que virou um ponto de contágio”, relata. 


Outro fator que assemelha o episódio de 1918 a 2020 é a questão do nome da doença: a pandemia do passado não começou na Espanha. Acontece que esse país era um dos únicos estáveis e democráticos naquela época, uma vez que muitas de suas nações vizinhas estavam envolvidas na Primeira Guerra Mundial. Como a imprensa espanhola era relativamente livre, foi uma das poucas a noticiar o aumento do número de casos e de mortes, o que gerou esse estigma que perdura pelas décadas. Até hoje não se sabe ao certo onde foi o início do problema, mas a maior suspeita são campos de treinamento militar dos Estados Unidos.


Esse mesmo dilema é visto nos dias de hoje: apesar de a Organização Mundial da Saúde ter tomado o cuidado de botar um nome no vírus (Sars-Cov-2) e na doença (Covid-19) que não tenham nada a ver com o seu nascimento na cidade chinesa de Wuhan, alguns políticos insistem em fazer essaestigmatizaçãoo presidente americano Donald Trump já usou o termo “vírus chinês” algumas vezes. Esse discurso encontrou ressonância no parlamento brasileiro, foi comum ver muitas postagens de alguns políticos brasileiros fãs do Presidente Americano segundo seus equivocados passos. E alguns atos geraram uma crise diplomática entre Brasil e China, um de nossos maiores parceiros comerciais quando um político filho do presidente do Brasil postou comentários infundados sobre a China.

                                                   Políticos da época


Mas deixemos de lado a política para voltar ao mundo das curiosidades: um efeito colateral da gripe espanhola no nosso país foi a criação de uma das mais tradicionais receitas brasileiras: a caipirinha. Como informa a reportagem do jornal El Paísum dos remédios caseiros mais populares em São Paulo para combater o vírus era uma mistura de cachaça, limão e mel, os ingredientes básicos de nossa bebida mais famosa.



As diferenças da gripe espanhola para a covid-19 são muito evidentes

- A medicina passou por uma verdadeira revolução a partir da segunda metade do século 20. Os cuidados com a higiene também melhoraram muito. Hoje, a possibilidade de realizar pesquisas é significativamente maior, o que dá esperanças de um controle mais rápido e efetivo da pandemia.






A Gripe suína, o perigo de ontem

É bom saber que algumas medidas tomadas atualmente (como o isolamento social, quarentena…) são mais contundentes do que ocorreu em 2009, quando o mundo enfrentou a ameaça da gripe suína, provocada por uma variação extremamente violenta do vírus H1N1. 


O fato é que as pessoas não sabem ou não se lembram, mas há 11 anos também fecharam escolas, restringiram a circulação de pessoas… Claro que foi numa intensidade muito menor, mas isso aconteceu. Só que a grande diferença dessa pandemia de 2020 está no uso massivo dos meios digitais de comunicação. A covid-19 é a primeira em que temos uma quantidade de informação enorme, disseminada por meio de Whatsapp e redes sociais, o que pode ser bom ou muito ruim.


Para quem não se lembra bem dos estragos de 2009, aqui vai uma breve recordação: a crise se originou no México em março e abril daquele ano e se espalhou para mais de 75 países em três meses. Estima-se que foram de 700 milhões a 1,4 bilhão de casos e entre 150 mil e 575 mil mortessegundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos. 


A grande diferença é que em 2009 existia a possibilidade de uma vacina em curto prazo, coisa que não possuímos agora. As estimativas mais otimistas dão conta que um imunizante contra o coronavírus estará disponível dentro de 18 meses. Essa deve ser a solução para esse problema em longo prazo.


Apesar de todas essas comparações históricas, o fato é que nenhuma pandemia é 100% igual às anteriores. No cenário atual, temos mais incertezas que verdades absolutas. Só nos resta então, seguir as autoridades em saúde pública e respeitar as recomendações que parecem dar certo em outros países:


·        Lavar as mãos com regularidade,

·        Ficar isolado em casa e

·         Evitar o contato físico com outras pessoas.  






Pandemia da AIDS

No ano de 1981, uma das principais causas de morte no cenário mundial foi denominada Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS, na sigla em inglês). Originalmente, o vírus parecia atingir a comunidade masculina homossexual nos Estados Unidos, mas logo ficou claro que o vírus se espalhou despercebido, na maior parte do mundo. E não discriminou suas vítimas. Em 2007, já havia levado 25 milhões de vidas.


E a sua causa, o vírus da imunodeficiência humana (HIV), só foi identificada em 1983, quando ficou claro que ele se espalhava, principalmente, através da relação sexual desprotegida. E também foi identificado o contágio entre usuários de drogas através do compartilhamento de agulhas, bem como através de transfusões de sangue não filtrada. Nas décadas seguintes, a taxa de infecção aumentou drasticamente, assim como a taxa de vítimas mortais. Mas, eventualmente, novos tratamentos antirretrovirais começaram a estender as vidas daqueles que foram infectados.


Estimava-se que desde o seu começo, a pandemia de HIV/aids foi capaz de infectar quase 78 milhões pelo HIV e cerca de 39 milhões haviam morrido de aids. Em todo o mundo, estima-se que cerca de 35 milhões de pessoas viviam com aids ao final de 2013 – sabendo que a África Sub-Saariana era a região mais afetada do mundo, com quase 1 em cada 20 adultos vivendo com HIV e representava cerca de 71% das pessoas vivendo com HIV em todo mundo (OMS).


É fato que desde a detecção dos primeiros casos de aids nos EUA até o desenvolvimento de medicamentos eficazes no tratamento da doença assistiu-se em todo mundo a uma impressionante mobilização pela prevenção da infecção e cuidado das pessoas com HIV/aids, forjando um novo tipo de ativismo que teve profundo impacto no desenho da resposta à epidemia em todo o mundo, e especialmente aqui no Brasil.


Também é preciso registrar que o efeito paradoxal do desenvolvimento de respostas biomédicas eficazes, mais recrutamento de parte do ativismo como linha auxiliar de prestação de serviços ao Estado esvaziaram o ‘momentum’ político da mobilização ‘anti-aids’, o que se agravou ainda mais com a crise econômica global de 2008. A retração de tradicionais financiadores das atividades de organizações da sociedade civil, incluindo agências internacionais, agravou ainda mais o quadro, levando à situação presente de escassa mobilização e concentração da “ajuda internacional” nas mãos de poucas agências, em sua maioria privadas, criando um importante déficit democrático na possibilidade de negociação de iniciativas de políticas públicas, especialmente com países que dependem fortemente de recursos externos para a sua implementação, como é o caso justamente da parte do mundo mais fortemente afetada pela pandemia.


No final dos anos 90 e começo do século 21, governos passaram a buscar uma espécie de aliança para lidar com um tema urgente naquele momento: como garantir que milhões de pessoas contaminadas pelo vírus HIV tivessem acesso aos tratamentos que, gradativamente, começavam a prolongar a vida das pessoas.





AIDS X COVID-19


Alguns pesquisadores e médicos comentam de um paralelo histórico indireto do HIV. Em números e em comportamento dos vírus, as duas doenças não são iguais, ponderam especialistas. Ao longo das quatro décadas desde os primeiros casos registrados, mais de 30 milhões de pessoas morreram em decorrência da aids - dado que ainda não é concreto com relação à covid-19. Além disso, trata-se de formas distintas de contágio: o HIV pode ser transmitido de mãe para filho, no compartilhamento de agulhas e seringas ou pelo sexo, enquanto o Sars-CoV-2 se espalha por gotículas de saliva, em espirros e tosse, por exemplo. "O HIV usa nosso sistema imunológico para faz O HIV usa nosso sistema imunológico para fazer sua replicação, baixando a imunidade das pessoas. Isso acontece de forma bastante lenta, e a gente começa a ficar vulnerável a doenças oportunistas. Diferente do novo coronavírus, que penetra na via inalatória e vai predominantemente pro pulmão - onde faz uma cascata inflamatória, levantado a uma inflamação pulmonar maciça", explicam os infectologistas. "A gente sabe também que o corona pode invadir outras células, principalmente do coração, fazendo uma miocardite (inflamação do músculo do coração) e pode invadir células do sistema nervoso central - mas isso é mais raro e muito cedo para afirmarmos completamente.









A COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019) é uma doença infeciosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) - os sintomas mais comuns são febre, tosse e dificuldade em respirar. Cerca de 80% dos casos confirmados são ligeiros ou assintomáticos e a maioria recupera sem sequelas. No entanto, 15% são infeções graves que necessitam de oxigênio e 5% são infeções muito graves que necessitam de ventilação assistida em ambiente hospitalar.  Os casos mais graves podem evoluir para pneumonia grave com insuficiência respiratória grave, falência de vários órgãos e morte.

Essa doença é transmitida através de gotículas produzidas nas vias respiratórias das pessoas infetadas. Ao espirrar ou tossir, estas gotículas podem ser inaladas ou atingir diretamente a boca, nariz ou olhos de pessoas em contato próximo. Estas gotículas podem também depositar-se em objetos e superfícies próximos que podem infetar quem nelas toque e leve a mão aos olhos, nariz ou boca, embora esta forma de transmissão seja menos comum. O intervalo de tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas é de 2 a 14 dias, sendo em média 5 dias. Entre os fatores de risco estão a idade avançada e doenças crônicas graves como doenças cardiovasculares, diabetes ou doenças pulmonares. O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e fatores de risco e confirmado com ensaios em tempo real de reação em cadeia de polimerase para detecção de ARN do vírus em amostras de muco ou de sangue.

Entre as medidas de prevenção estão a lavagem frequente das mãos, evitar o contato próximo com outras pessoas e evitar tocar com as mãos na cara.  A utilização de máscaras cirúrgicas é recomendada apenas para pessoas suspeitas de estar infetadas ou para os cuidadores de pessoas infetadas, mas não para o público em geral. Nesta data (21/04/2020) ainda não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a doença. O tratamento consiste no alívio dos sintomas e cuidados de apoio.  As pessoas com casos ligeiros conseguem recuperar em casa. Os antibióticos não têm efeito contra vírus.

SARS-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em seres humanos em dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China. Pensa-se que o SARS-CoV-2 seja de origem animal. O surto inicial deu origem a uma pandemia global que à data de 21 de abril de 2020 tinha resultado em 2 544 770 casos confirmados e 175 622 mortes em todo o mundo. Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam várias doenças respiratórias, desde doenças ligeiras como a constipação até doenças mais graves como a síndrome respiratória aguda.  Entre outras epidemias causadas por coronavírus estão a epidemia de SARS em 2002-2003 e a epidemia de síndrome respiratória do Médio Oriente (MERS) em 2012.
















Fonte e Sítios Consultados


5 de abril de 2020

As Crises econômicas que abalaram o Mundo









1929 - A Grande Depressão




Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos entraram em uma fase de grande prosperidade econômica, particularmente nos anos 20. A Europa estava completamente arrasada pelo conflito. Mas os “anos felizes” não duraram muito. A partir de 1925, a Europa começou a se reerguer, recuperando mercados consumidores e passando a comprar menos dos norte-americanos. 

Embora as exportações americanas tenham diminuído, o ritmo de produção permaneceu o mesmo. Com os estoques em alta e os preços em queda, várias empresas foram à falência. O marco da crise de superprodução foi a queda das ações da Bolsa de Valores de Nova York, em 29 de outubro de 1929. 

Nos três anos seguintes, o PIB mundial encolheu 15%. Só nos Estados Unidos, a produção industrial encolheu 46% entre 1929 e 1932. O desemprego chegou a 25% - e para complicar o cenário, muitos países passaram a adotar medidas protecionistas, o que favoreceu uma maior retração. Nesses três anos, o comércio exterior americano encolheu 70%; o britânico, 6%; o francês, 54%; e o alemão, 61%. 

A recuperação nos Estados Unidos começou em 1933. Para superar a crise, o presidente Franklin Roosevelt (1933-1945) adotou um programa de medidas conhecido como New Deal, que rompia com o princípio da não intervenção do Estado na economia. Entre as medidas que foram adotadas estavam o controle dos preços de diversos produtos, a realização de obras públicas para oferecer trabalho aos desempregados, a criação de seguro-desemprego e o controle das produções agrícola e industrial, para que se tornassem compatíveis com o nível de consumo. 

Foram necessários 10 anos para que o PIB americano voltasse aos níveis de 1929. E mesmo no início da Segunda Guerra Mundial, o desemprego ainda era elevado: 15%, em 1940. 




1980 - A crise da dívida dos países da América Latina





Nos final dos anos 60 e em boa parte dos anos 70, países latino-americanos aproveitaram o crédito barato e abundante e se endividaram rapidamente. Os recursos foram aplicados principalmente em projetos de infraestrutura. Os países tiveram altas taxas de crescimento. Entre 1967 e 1974, o PIB brasileiro, por exemplo, dobrou de tamanho. 

Os problemas começaram no final da década com a explosão dos preços do petróleo, que causou um aumento na inflação americana. A maior economia global foi obrigada a aumentar os juros para conter a inflação. Isto pesou nos países em desenvolvimento porque boa parte dos recursos fora emprestado com base em taxas pós-fixadas (definidas no pagamento). E para agravar a situação, os EUA passaram por um processo de regulamentação do sistema financeiro, o que dificultou a concessão de novos empréstimos. 

Nesse cenário, as economias tiveram o crescimento limitado e passaram a enfrentar severos problemas de inflação. Segundo dados do IBGE, nos anos 70 a economia brasileira cresceu 131,3%. Nos 80, 33,5%. E, de acordo com a FGV, a inflação média anual passou de 29,9%, para, 243,9% nos anos 80. 



 1985 - A bolha imobiliária e das ações no Japão



Uma onda de euforia tomou conta do Japão nos anos 80. Segundo o FMI, entre 1980 e 1991, o PIB cresceu 66,2%. Para muitos economistas, era questão de tempo para que o país asiático se tornasse a maior economia mundial, motivada pela política de manter valorizado o iene. O otimismo tomou conta das empresas e os investimentos cresceram devido à abundância do crédito. Ao mesmo tempo, cresceu o consumo. Um quadro de Van Gogh foi vendido para um empresário por US$ 90 milhões, o maior valor pago por uma pintura até hoje - O crédito fácil impulsionou o mercado imobiliário. O preço dos imóveis chegou a dobrar em três anos. 

Os problemas começaram em 1989. Diante da alta nos preços do setor imobiliário, o BC japonês orientou as instituições financeiras a limitarem a taxa de crescimento dos empréstimos bancários. A farra dos refinanciamentos de imóveis acabou deixando muita gente em dificuldade financeira, pois muitos contavam com o elevado valor dos aluguéis para pagar os juros dos financiamentos. 

Os preços caíram pela metade entre 1990 e 1991. O efeito se estendeu pelo restante da economia: dificuldades financeiras levaram muita gente a vender imóveis. Os preços das propriedades caíram levando a reboque o preço das ações. Os reflexos são sentidos até hoje: desde 1992, só em seis anos a economia japonesa cresceu a um ritmo superior a 2% - A crise não se restringiu ao Japão. Praticamente no mesmo período, os países da Escandinávia e a Finlândia enfrentaram bolhas imobiliárias e de ações. 




1994 - A crise dos mercados emergentes



Uma série de crises atingiu os mercados emergentes a partir de 1994. O primeiro a sentir os problemas foi o México. A confiança dos investidores no país tinha crescido a partir dos anos 90, com a adesão do país ao Nafta. O PIB crescia próximo aos 4% ao ano. No período pré-eleitoral de 1994, adotou-se uma política fiscal e monetária expansiva. Títulos mexicanos de curto prazo, emitidos em pesos, garantiam seu pagamento em dólares. Mas a instabilidade política crescia: conflitos agrários e com movimentos indígenas no Sul do país e o assassinato do líder nas pesquisas para as eleições presidenciais, Luís Donaldo Colosio. 

O aumento no risco despertou a atenção dos investidores. O peso também estava sobrevalorizado e o país tinha déficits na balança comercial. O dinheiro investido no México começou a ser retirado rapidamente. Para manter o valor da moeda, o BC mexicano começou a queimar as reservas. E no final do ano, foi obrigado a desvalorizar o peso. Um consórcio financeiro liderado pelos EUA e FMI liberou US$ 50 bilhões para o país em 1995. Nesse ano, o país passou por uma violenta recessão, com o PIB encolhendo 6,3%. 

A segunda fase da crise dos mercados emergentes atingiu os países do Sudeste Asiático em 1997. Apesar das fortes taxas de crescimento – superiores a 6% ao ano a partir de 1987, as economias tinham sérios problemas. O endividamento externo era crescente e os países passavam por “bolhas de crédito”, com facilidade na liberação de recursos para estimular o crescimento. Os países também tinham déficits nas contas externas. 

A situação começou a se complicar a partir de 1995, quando um acordo internacional resultou na desvalorização do iene japonês e do renmimbi chinês frente ao dólar americano. E, diante do aumento na inflação nos EUA, o Fed (o BC americano) começou a elevar as taxas de juro. 


         A valorização da moeda americana criou um complicador para os países do Sudeste Asiático, que mantinham suas moedas atreladas ao dólar: suas exportações se tornaram menos competitivas. Não bastasse isso, o preço mundial dos semicondutores – um de seus principais produtos de exportação – começou a cair. 

Uma série de ataques especulativos passou a atingir as moedas da região. Os primeiros, em maio de 1997, atingiram a Tailândia. Inicialmente, o país resistiu a desvalorizar a moeda local, mas diante do esgotamento de reservas, foi obrigado a fazê-lo. O alvo seguinte foi a Indonésia. A taxa de câmbio despencou e uma ajuda do FMI foi insuficiente para conter o problema. A procura por dólar era grande e as empresas sentiram violentamente o impacto. Protestos nas ruas resultaram, em maio de 1998, na queda do ditador Suharto, que estava no poder a 31 anos. 

Outros países da Ásia, como a Coreia do Sul e a Malásia, também foram afetados. A partir de 1998, o foco mudou de atenção. A crise na Ásia diminuiu a demanda por commodities, o que acabou reduzindo os preços do petróleo e dos minerais não ferrosos, importante produtos de exportação da Rússia. O país teve uma saída problemática do comunismo. Dados do Fundo Monetário Internacional mostram que o PIB encolheu 40,1% entre 1991 e 1996. Com esse quadro, o país foi obrigado a desvalorizar o rublo e suspender o pagamento de dívidas a credores estrangeiros. A crise também marca a ascensão ao poder de Vladimir Putin, um ex-funcionário da KGB (a polícia secreta dos tempos do comunismo). E, de acordo com dados do Banco Mundial, somente em 2007 que a Rússia conseguiu que a sua economia voltasse aos níveis de 1989. 

O próximo país a ser atingido foi o Brasil. Apesar de o Plano Real, de 1994, ter sido bem sucedido para acabar com a forte inflação que marcara o país desde os anos 80, o país apresentava problemas estruturais, como juros elevados e câmbio sobrevalorizado. E mesmo com o corte de despesas e o aumento da carga tributária, o Brasil sofria com o aumento da dívida externa e a dívida pública. 

A situação piorou com as crises nos países asiáticos e na Rússia. O fluxo de recursos internacionais para os países emergentes se esvaiu. Sem opção, o Brasil foi obrigado a desvalorizar o real em janeiro de 1999. Por dois anos seguidos (1998 e 1999), a economia brasileira patinou. 



2008 -  A crise mundial do subprime



A crise mundial de 2007-8 é considerada pelos economistas como a pior desde o crash da Bolsa de Valores de Nova York. A economia mundial vinha crescendo a taxas próximas a 5% desde 2004, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas os problemas no mercado imobiliário americano se acentuaram, com o aumento da inadimplência por causa das altas taxas de juro, levando grandes instituições financeiras à falência, como os bancos de investimento Lehman Brothers, Bear Stearns e Merril Lynch. Isto contribuiu para causar uma grande crise global de confiança. 

Países como Estados Unidos e Reino Unido foram obrigados a intervir no sistema financeiro. O governo norte-americano saiu em socorro de suas instituições financeiras. O congresso daquele país aprovou um pacote de US$ 700 bilhões para comprar ações de instituições com problemas de liquidez. Na Inglaterra, o primeiro-ministro Gordon Brown anunciou um pacote de 500 bilhões de libras esterlinas (US$ 867 bilhões) para socorrer o sistema bancário do país. 

Na Islândia, os três maiores bancos privados tiveram de ser assumidos pelo governo. A cautela passou a ditar a ordem no sistema financeiro: fontes de crédito secaram, com o dinheiro indo para aplicações mais seguras, mas menos rentáveis, como os Treasuries americanos. O resultado foi um freio no crescimento: a economia mundial se expandiu 3% em 2008 e encolheu 0,15%, em 2009. 

O Brasil anunciou uma medida provisória que possibilitou que bancos oficiais pudessem comprar participações em instituições financeiras menores. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disse que ajudaria empresas exportadoras em dificuldades após perdas com operações de derivativos de câmbio. 


A crise teve consequências. Com a retração do crédito, países altamente endividados como Portugal, Espanha, Grécia e Itália passaram a enfrentar problemas para rolar suas dívidas. Em maior ou menor grau, tiveram de adotar medidas de ajuste. Entre 2008 e 2013, a economia grega encolheu 26,5%, não se recuperando, até hoje, aos níveis pré-2008. “E, politicamente, as fortes turbulências mundiais contribuíram para a expansão de movimentos populistas e antissistema.”















Fonte e Sítios Consultados


https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/5-grandes-crises-economicas-que-abalaram-o-mundo-atheycnpmtjjl1dfe9srhaapl/




26 de fevereiro de 2020

SISTEMAS ABERTOS NAS ORGANIZAÇÕES






 
            Não basta dizer que toda estrutura dos sistemas abertos é formada pela interação e intercâmbio da organização com o ambiente, é preciso reafirmar que uma empresa é um sistema criado pelo homem, que mantém uma dinâmica interação com seu meio ambiente e que isso Influi sobre o meio ambiente e também recebe influências dele, ou seja, estamos falando de um sistema integrado por diversas partes relacionadas entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de alcançar uma série de objetivos, tanto da organização como de seus participantes – isso significa que as organizações possuem as características dos sistemas abertos e é importante alinhar algumas características básicas das organizações enquanto sistemas.


Como já falamos toda estrutura dos sistemas abertos é formada pela interação e intercâmbio da organização com o ambiente. De acordo com as mudanças do ambiente externo, a organização se adapta para sobreviver mudando seus produtos, técnicas e estruturas.


A interação e intercâmbio da organização com o ambiente moldam a estrutura de sistemas abertos. Quando ocorrem mudanças no ambiente externo, a organização se transforma mudando seus produtos, técnicas e estruturas para se adaptar a essas mudanças e sobreviver.


As organizações, segundo a Teoria dos Sistemas, podem ser vistas como um sistema dinâmico e aberto, no qual o sistema é um conjunto de elementos mutuamente dependentes que interagem entre si com determinados objetivos e realizam determinadas funções.







As organizações são dependentes de fluxos de recursos do ambiente externo, assim como os sistemas abertos. Essa dependência pode ocorrer de duas maneiras. Por um lado, ela precisa do ambiente externo para conseguir os recursos humanos e materiais que vão garantir seu funcionamento. Por outro lado, ela precisa do ambiente externo para comprar e vender serviços e produtos. Desse modo, para a organização sobreviver ela precisa de ajustes como ambiente externo, além de ajustes no ambiente interno.


Isso quer dizer, assim como um sistema aberto, uma organização pode ser definida como uma associação de grupos de interesses, sendo esses formados por elementos distintos, onde cada um busca atingir seus objetivos no contexto do ambiente mais amplo.

  

 As ações que definem o comportamento organizacional dependem também de uma análise do ambiente em que ela se encontra e da maneira como a mesma se relaciona com o ambiente externo, respondendo à pressões, estabelecendo relações ou até evitando algumas Além disso, a teoria do sistema aberto também consiste em demonstrar o papel de um funcionário dentro de uma organização, expressando o conceito de “Homem Funcional”, ou seja, o homem tem um papel dentro das organizações, estabelecendo relações com outros indivíduos, exatamente como prega um sistema aberto.



Agora vamos pensar sobre suas ações, o próprio funcionário cria diversas expectativas, tanto para seu papel, quanto para o papel de todos os outros elementos que fazem parte da organização como um todo, e ainda transmitindo–as a todos os indivíduos participantes. Apesar de essa relação ser inevitável ela pode tanto alterar, como reforçar seu papel dentro da instituição. Logo, uma organização pode ser definida então como um sistema de papéis, nos quais indivíduos (ou no caso, funcionários), agem como verdadeiros transmissores de papel e pessoas focais.




AS ORGANIZAÇÕES COMO UM SISTEMA ABERTO

  
Até meados dos anos 50 a teoria administrativa clássica pouco considerava o ambiente externo das organizações. Não eram consideradas as questões de flexibilidade das organizações nem as mudanças do ambiente extra empresa. As organizações eram definidas com sistemas  muito fechados, sendo que a eficiência operacional era tida como o único meio para a empresa obter êxito e de se tornar eficaz.





Com o passar do tempo foi percebendo-se que as mudanças do ambiente externo à empresa além de frequentes, ocorriam de forma muito rápida. Por isso elas sempre terão um impacto de longo alcance nas organizações. Esses acontecimentos do meio externo podem facilmente afetar a empresa e vice-versa, ao ponto que as organizações não podem mais serem consideradas como sistemas fechados, mas como sistemas abertos. Neste novo cenário as organizações devem ser permeáveis às mudanças do volátil ambiente externo, ou seja, o ambiente externo deve ser considerado importantíssimo para que as empresas possam desenvolver as suas atividades.


As organizações são por definição sistemas abertos, pois não podem ser adequadamente compreendidas de forma isolada, mas sim pelo inter-relacionamento entre diversas variáveis internas e externas, que afetam o seu comportamento. Tal como os organismos vivos, as organizações têm seis funções primárias ou principais, que mantêm estreita relação entre si, mas que podem ser estudadas individualmente.

  


Funções primárias das organizações:



a) Ingestão: as organizações adquirem ou compram materiais para processá-los de alguma maneira. Para assistirem outras funções, como os organismos vivos que ingerem alimentos para suprirem outras funções e manter a energia.


b) Processamento: no animal, a comida é transformada em energia e suprimento das células. Na organização, a produção é equivalente a esse ciclo animal. Os materiais são processados havendo certa relação entre entradas e saídas no qual o excesso é o equivalente a energia necessária para a sobrevivência da organização (transformação em produtos).


c) Reação ao ambiente: o animal que reage frente a mudanças ambientais para sua sobrevivência deve adaptar-se as mudanças. Também nas organizações reage ao seu ambiente, mudando seus materiais, consumidores, empregados e recursos financeiros. As alterações podem se efetuar nos produtos, no processo ou na estrutura (mudanças face ao mercado).


d) Suprimento das partes: os participantes da organização são supridos, não só do significado de suas funções, mas também de dados de compras, produção, vendas ou contabilidade, e são recompensados principalmente sob a forma de salários e benefícios.



e) Regeneração das partes: as partes do organismo perdem sua eficiência, adoecem ou morrem e devem ser regenerados ou recolocados no sentido de sobreviver no conjunto. Os membros das organizações também podem adoecer, aposentar-se, desligar-se da firma ou então morrer. As máquinas podem tornar-se obsoletas. Ambos os homens e máquinas devem ser mantidos ou recolocados – manutenção e substituição.


f) Organização: administração e decisão sobre as funções;




E antes que você pergunte, veja as diferenças entre o sistema aberto e o fechado:





PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES


a) Comportamento probabilístico: as organizações são sempre afetadas pelas variáveis externas. O ambiente é potencialmente sem fronteiras e inclui variáveis desconhecidas e incontroladas. Por outro lado as consequências dos sistemas sociais são probabilísticas e não-determinadas. O comportamento humano nunca é totalmente previsível. As pessoas são complexas, respondendo a muitas variáveis. Por esta razão a administração não pode esperar que os consumidores, fornecedores, tenham um comportamento previsível e de acordo com suas expectativas. – sistema social num ambiente sem fronteiras, complexo e nem sempre previsível;



b) Parte de uma sociedade maior: as organizações são vistas como sistemas dentro de sistemas. Os sistemas são complexos de elementos colocados em interação. Essas interações entre os elementos produzem um todo que não pode ser compreendido pela simples investigação das várias partes tomadas isoladamente. – ajuste constante entre grupos internos e externos, como estudado mais propriamente na Sociologia, Antropologia ou Economia (econômico e cultural);



c) Interdependência entre as partes: uma organização não é um sistema mecânico, no qual uma das partes pode ser mudada sem um efeito concomitante sobre as outras. Em face da diferenciação das partes provocadas pela divisão do trabalho, as partes precisam ser coordenadas por meio de integração e de trabalho. As interações internas e externas do sistema refletem diferentes escalões de controle e da autonomia. Uma variedade de subsistema deve cumprir a função do sistema e as suas atividades devem ser coordenadas. – divisão de trabalho, coordenação, integração e controle;



d) Homeostasia versus adaptabilidade: a homeostasia(auto regulação) garante a rotina e a permanência do sistema, enquanto a adaptabilidade leva a ruptura, à mudança e à inovação. Rotina e ruptura. Estabilidade e mudança. Ambos os processos precisam ser levados a cabo pela organização para garantir a sua viabilidade. – tendência a estabilidade e equilíbrio X tendência ao atendimento de novos padrões;



e) Fronteiras ou limites: é a linha imaginária que serve para marcar o que está dentro e o que está fora do sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente. –fronteiras permeáveis- sobreposições e intercâmbios com os sistemas do ambiente;



f) Morfogênese – capacidade de se modificar, de determinar o crescimento e as formas da organização, de se corrigir e de obter novos e melhores resultados;



g) Resiliência - capacidade de o sistema superar o distúrbio imposto por um fenômeno externo. As organizações, como sistemas abertos, apresentam a capacidade de enfrentar e superar perturbações externas provocadas pela sociedade sem que desapareça seu potencial de auto-organização;



h) Sinergia - esforço simultâneo de vários órgãos que provoca um resultado ampliado. A soma das partes é maior do que o todo (2 + 2 = 5 ou mais);



i) Entropia - consequência da falta de relacionamento entre as partes de um sistema, o que provoca perdas e desperdícios. É um processo inverso a sinergia, a soma das partes é menor que o todo (2 + 2 = 3). A entropia leva o sistema à perda de energia, decomposição e desintegração.






ORGANIZAÇÕES SÃO SISTEMAS ABERTOS QUE AFETAM E SÃO AFETADAS PELO AMBIENTE EXTERNO.



macro ambiente: todas as organizações operam em um macro ambiente, que é definido pelos elementos mais gerais no ambiente externo que pode potencialmente influenciar decisões estratégicas. Embora uma equipe de altos executivos possa ter forças internas e ideias únicas sobre seus executivos, deve considerar os fatores externos antes de agir.



O macro ambiente é composto de forças políticas, econômicas, tecnológicas e sociais, e o ambiente Competitivo de forças mais próximas, como concorrentes atuais, ameaças de novos entrantes e substitutos, fornecedores e consumidores. A maior diferença entre os dois é a quantidade de controle dela sobre cada ambiente.



Ambiente Competitivo: o ambiente competitivo compreende organizações com as quais a organização interage. Administrar significa, além de reagir e adaptar-se aos ambientes, modificar ou moldar o ambiente da organização.













 Fonte e Sítios Consultados

Conteúdo do Curso Universitário de Administração de Empresas.

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