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9 de dezembro de 2013

Nelson Mandela, sua história (1918 - 2013)


Nelson Mandela, sua história (1918 - 2013)

 


Estadistas são raros. Mandela era um deles. Sua vida deveria servir de exemplo para muitos presidentes, políticos e seres humanos em geral.

 

Nelson Rolihlahla Mandela, o Madiba, morreu em cinco de dezembro de 2013, aos 95 anos em sua casa em Johanesburgo. Existem presidentes, estadistas e ditadores. Estadistas conseguem mudar a história de países e do mundo para melhor e ditadores para pior. Existem muitos ditadores e poucos estadistas.  Mandela era um verdadeiro estadista. Mandela nasceu em 18 de julho de 1918, na vilazinha de Mvezo, e foi o primeiro membro da família a frequentar uma escola, na qual ganhou o nome inglês “Nelson”.

Ele estudou cultura ocidental e iniciou o curso de direito na Universidade de Fort Hare.

Em 1944 – Fundou a Liga Jovem do Congresso Nacional Africano, com Oliver Tambo e Walter Sisulu. Casou-se com Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957, após 13 anos e com a qual teve dois filhos e duas filhas. Evelyn o acusou de violência doméstica.

Em 1948 o regime do apartheid começou a ser instalado na África do Sul pelo Partido Nacional. Segundo o historiador americano Thomas McClendon, da Universidade South Western, no Texas,” muitos de seus líderes foram influenciados pela ideologia nazista”. A ideia da superioridade branca estava intrinsecamente relacionada à história dos africâneres, descendentes dos holandeses que chegaram ao país no século XVI e lutaram pela sua independência, combatendo os ingleses. Entre eles, havia se disseminado a crença de que eram os escolhidos por Deus, e, portanto superiores a outras “raças”. Ao todo o Partido Nacional criou 148 leis para restringir os direitos dos negros.

Em 1949 entrou em vigor a lei que proibiu os casamentos inter-raciais.

No ano de 1952 Mandela foi processado de acordo com a Lei para a Supressão do Comunismo e recebeu sentença de prisão, depois suspensa. Foi eleito vice-presidente nacional do CNA.

Em 1953 foi instituída a segregação em lugares e serviços públicos. Os negros, que representavam 80% da população, revoltaram-se contra as imposições e começou a repressão.

No ano de 1956 Mandela foi preso e julgado com mais 155 pessoas por traição. Todos são absolvidos em março de 1961.

Já em 1958 ele casou-se com Winnie Madikizela, divorciando-se em 1996, após 38 anos. Com ela teve mais duas filhas. Winnie usou o poder do marido em benefício próprio.
 
 

Em 1960, no dia 21 de março em Shaperville, a polícia sul-africana abriu fogo contra um protesto pacífico, deixando 69 mortos, entre os quais mais de 40 mulheres e crianças, e 180 feridos.  O episódio convenceu vários líderes negros, entre eles Mandela, então um advogado que militava no Congresso Nacional Africano, de que a resistência civil não levaria o governo a negociar e decidiram enveredar pela luta armada.

No ano de 1961 Mandela foi um dos criadores do Umkhonto we Sizwe- MK, (“A Lança da Nação”), o braço armado do CNA – Congresso Nacional Africano, partido com o qual ele liderou a luta dos sul-africanos negros e alguns poucos brancos, contra o apartheid. Em 1961 passou para a clandestinidade. Mandela, já demonstrava sua admiração por revolucionários socialistas históricos, mas não pelo desejo de construir um Estado proletário, mas apenas por representarem a luta por uma transformação da sociedade.  Ele almejava para seu país uma “democracia burguesa”. Por isso, a aproximação do CNA com os comunistas no início da década de 60, era meramente estratégica.

Em 1962 Mandela deixou o país secretamente e recebeu treinamento militar no Marrocos e na Etiópia. De volta á África do Sul é preso e condenado a cinco anos por incitar revoltas. “A lei me transformou em criminoso, não pelo que fiz, mas pela causa que defendia”. O MK, entre 1961 e 1963, foi responsável por 134 ações violentas.

No ano de 1963 ele foi preso e acusado de conspiração e sabotagem.

Em 1964 Mandela e outros sete são condenados à prisão perpétua. Ele se tornou o prisioneiro 46.664 de Robben Island. Ele contraiu tuberculose na prisão devido ao regime de trabalho a que foi submetido nas pedreiras da ilha Robben. Como preso não recebeu indulto temporário nem para ir ao enterro de um de seus filhos e de sua mãe.

No julgamento que o condenou, já preso, definiu sua luta” Eu lutei contra a dominação branca e contra a dominação negra. Eu valorizo os ideais de uma sociedade livre e democrática, na qual todas as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver, para ser realizado. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual estou pronto para morrer”. No mesmo julgamento deixou claro: “Não nego, contudo, que planejei uma sabotagem”. Nelson Mandela passou 27 anos na prisão apenas por defender seus ideais. Mas não era uma pessoa normal, mas um “tesouro perdido”.

Nos anos 80 milhões de pessoas aderiram a uma campanha para libertá-lo da prisão, que incluiu shows de rock a pressões diplomáticas.

Em 1983 Mandela já estava há 21 anos na cadeia e membros do MK detonaram um carro com 40 quilos de explosivos em frente à sede administrativa da Força Aérea Sul-Africana, na Church Street, em Pretória. Morreram 19 pessoas e mais de 200 ficaram feridas.
 



No ano de 1985 ele rejeitou a oferta do presidente, Pieter Botha, de libertá-lo, com a condição de que renuncie ao uso da violência.

Já em 1985 Nelson Mandela encontrou-se com Kobie Coetsee, diretor do departamento carcerário e ministro da Justiça sul-africano. Segundo Coetsee, foi amor à primeira vista. Mandela, sob guarda e convalescendo de cirurgia na próstata, vestia um camisolão por cima do pijama. Coetsse, seu carcereiro, usava terno e gravata.

Mas o ministro percebeu, de imediato, que não estava no mesmo plano de Mandela. “Ele era carismático, por natureza – percebi, assim que o vi. Durante 90 minutos de entrevista Coetesee, chorou pelo menos seis vezes. “Para mim, Mandela personificava as grandes virtudes romanas. Honestas, gravitas, dignitas”.

Coetsee passou a fazer reuniões secretas com Mandela, a fim de explorar a possibilidade de transição negociada rumo ao governo democrático, até á sua libertação.

Frederick de Clerk em entrevista em 2009 explica porque não foi possível libertar Mandela e terminar o com o apartheid muito antes dos anos 1990 “Não teria sido possível fazer em 1980 o que fizemos em 1990 pelas seguintes razões: primeiro, foi só no fim da década de 80 que o CNA aceitou que não teria uma vitória revolucionária e que a única opção eram negociações genuínas. Segundo, o colapso da União Soviética ajudou muito. Nos anos 80, a maioria da direção-executiva do CNA, era também do Partido Comunista Sul-Africano, que lutava por uma clássica revolução comunista na África do Sul. Finalmente, em 1980 o eleitor branco não estava preparado para apoiar o processo de paz que eu iniciei em 1990”. Com De Klerk o movimento oposicionista Congresso Nacional Africano foi legalizado. Antes de assumir a presidência já havia um processo secreto de negociação entre Mandela e o governo. De Klerk deu os toques finais à democratização do país.

Em 1990 Frederick de Klerk derruba a proibição ao CNA e liberta Mandela em 11 de fevereiro. Sabendo que Frederick Willen de Klerk , o presidente , era um político do Partido Nacional que , como ministro da Educação, defendeu a existência de universidades exclusivas para brancos.

No ano de 1990, de uma tacada só, sem consultar o próprio partido, em um pronunciamento na TV, tirou o CNA e outros grupos políticos da clandestinidade, aboliu leis racistas e anunciou a libertação de Mandela.
 
 

Nelson Mandela era um revolucionário quando entrou na prisão e sai dela 27 anos depois como um estadista, disposto a negociar com o inimigo a construção de um país mais justo. Até a data da libertação de Mandela, 63 pessoas morreram pelas mãos do MK, na maioria civis. Mandela nunca se arrependeu de ter apoiado a luta armada, e mesmo após a sua libertação, só se comprometeu a interrompê-la quando a realização de eleições democráticas estava garantida. Para ele, não fosse isso, o governo nunca se veria forçado a reconhecer os direitos políticos dos negros.

Na verdade, o apartheid desmoronou mais por fatores externos e econômicos do que pela ação direta de grupos armados. A pressão internacional pelo fim da segregação era intensa, com as grandes potências aprovando sanções comerciais contra a África do Sul.  Em 1990 era época de derrocada das tiranias e o Muro de Berlim havia caído pouco antes da libertação de Mandela.

O investimento estrangeiro despencou e os empresários locais começaram a perceber que a situação do país se tornava inviável. O governo passou a temer a reação nacional e internacional caso Mandela morresse no cárcere e decidiu transferi-lo para presídios cada vez menos insalubres. No último deles, o colchão em que Mandela dormia era mais confortável que o de seus filhos e de sua mulher, Winnnie, em sua casa no bairro de Soweto.

Quando Nelson Mandela saiu da cadeia, ele saiu não para protestar, mas para apertar a mão de Frederik Willem de Klerk, então presidente do regime de apartheid, que segregava os negros de uma maneira tão brutal que quando começou a acabar , em 1995, havia no país, 750 mil piscinas, uma para cada duas famílias brancas e 10 milhões de famílias negras que não dispunham sequer de água potável em suas habitações.


Em 1991 Mandela foi eleito presidente da CNA.

Mandela e De Klerk comandaram em dois anos, tensas negociações para a formulação de uma nova Constituição e para a convocação de eleições, ao mesmo tempo em que tentavam conter os confrontos entre diferentes facções da população negra e a ação de radicais brancos.

No ano de 1993 Nelson Mandela e De Klerk acabaram ganhando juntos o Prêmio Nobel da Paz. Em entrevista ao jornalista Richard Stenger afirmou, “Estamos lutando por uma sociedade em que as pessoas deixem de pensar em termos de cor”.

As negociações para o fim do apartheid culminaram com a realização de eleições multirraciais em 1994, em um processo pacífico de transição que em seu final levou o CNA e Mandela ao poder.

“O processo de transição envolveu provavelmente o mais substancial realinhamento de poder político, militar, social e econômico jamais acertado numa mesa de negociações, em lugar do campo de batalha, incluindo o Oriente Médio, a Europa Oriental e a ex-União Soviética” relatório do Salomon Brothers.

Foi aprovada uma nova Constituição onde constam a democracia multipartidária, as liberdades civis, a garantia de emprego a militares e funcionários públicos brancos e indenizações a proprietários brancos em caso de reforma agrária. Os dez bantustões, enclaves da população negra deixaram de existir.

“Nós, os negros, temos que prestar muita atenção à nossa história se quisermos tornar-nos conscientes. Temos que reescrever nossa história e mostrar nossa resistência aos invasores brancos. Muita coisa tem que ser revelada e seríamos ingênuos se esperássemos que nossos conquistadores escrevessem uma história imparcial sobre nós. Temos que destruir o mito de que a nossa história começa com a chegada dos holandeses (Adaptado de Steve Biko, I write what I like: a selection of his writings. Johannesburg: Picador Africa, 2004, p. 105-106.)

Segundo Steve Biko, os negros deviam reescrever a história da colonização sul-africana para desenvolver sua consciência, uma vez que a história escrita pelos colonizadores brancos não era imparcial, omitindo a resistência negra à dominação e desconsiderando a história que precedeu a chegada dos holandeses.

 


PRESIDENTE MANDELA ABRIL 1994 JUNHO 1999.

Nelson Mandela foi eleito com 62% dos votos e seu partido o CNA conquistou 252 das 400 cadeiras do Congresso. Como presidente, perguntado se não haveria uma explosão de insatisfações, respondeu. “Quando dermos a primeira casa para quem não a tem, todos os seus vizinhos ficarão com a certeza de que também terão a sua, mais cedo ou mais tarde, e esperarão”. Esperaram mesmo. Mandela conseguiu evitar uma guerra tribal sangrenta e interminável e a fragmentação étnica e as “limpezas” de etnias minoritárias.

Mandela conseguiu convencer seu povo a renunciar à vingança, depois de séculos de humilhação racial e conseguiu persuadir os compatriotas brancos a entregar o poder pacificamente, evitando uma letal guerra civil. Mandela defendia o respeito, a igualdade, e a generosidade de espírito. Colocava estes valores em prática em cada detalhe de sua vida, mesmo distante das câmeras. Não era pacifista, mas buscava a paz. Abominava o regime de segregação, mas não guardou rancor de seus representantes. Ascendeu à Presidência nos braços da maioria, mas não se aproveitou dela para se eternizar no poder.

“Nossa tarefa como governo é garantir a existência de um ambiente que liberte as habilidades criativas dos nossos povos para que eles mesmos criem riqueza e promovam o desenvolvimento”.

Era tão cortês e respeitoso com o jardineiro, o garçom e o comissário de bordo, quanto com o presidente dos EUA e a rainha da Inglaterra, que o adorava.

Em Xangai, na suíte presidencial de um hotel de luxo, ao se levantar, arrumou a cama, como fazia em qualquer lugar que dormisse.  A camareira que cuidava de seu quarto ficou preocupada. Mandela foi informado disso e mandou chamá-la e por meio de um intérprete pediu desculpas dizendo que para ele, arrumar a cama era um reflexo tão natural, quanto escovar os dentes a cada manhã. Havia passado muito tempo na prisão, e arrumar a cama era um hábito que não conseguia abandonar. (John Carlin, F S P, 6.12.2013, Especial, p. 4).

Em cinco anos de governo construiu 100 mil novas salas de aula e 1,5 milhão de crianças passaram a frequentar a escola, mas a qualidade do ensino era precária e havia muita corrupção.       Terminado o mandato, não concorreu á reeleição e entregou o poder ao seu discípulo Thabi Mbeki.

Em 1995 o governo estabeleceu a Comissão de Verdade e Reconciliação, para analisar as violações de direitos humanos cometidas durante o apartheid. Ao contrário de diversas comissões semelhantes criadas posteriormente, como a brasileira Comissão Nacional da Verdade, a sul-africana não serviu apenas para apontar os crimes cometidos por um lado. Foram esclarecidos desde episódios de violência cometidos pelos agentes do apartheid, até a atuação da mulher do presidente, Winnie, no período em que Mandela esteve preso.  Os integrantes do Clube de Futebol Mandela, fundado por ela, cometeram diversos assaltos, sequestros e assassinatos, entre agosto de 1988 e fevereiro de 1989. Na comissão, as vítimas e os algozes de ambos os lados deram seus depoimentos em público, às vezes na televisão.  O objetivo era expor a dor causada e buscar uma reparação, sem revanchismos. Virar a página da história e mirar no futuro com os pés fincados na realidade presente foi um dos principais legados de Mandela.
 
 

A comissão permitiu depoimentos de agentes da repressão  que se apresentassem voluntariamente , em troca de uma possível anistia , numa espécie de auto-delação premiada . Essas confissões permitiram a localização de centenas de corpos . Nos casos que originaram processos  e condenações , as penas foram suspensas .

No ano de 1997 foi transferida a liderança do CNA, ao vice-presidente Thabo Mbeki.

Em 1998  aos 80 anos, Nelson Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel que foi presidente de Moçambique. Com ela, encontrou sua companheira definitiva. Teve seis filhos, 17 netos e 14 bisnetos.

Ainda em 1998 Mandela discurso na ONU, em Nova York destacou “Precisamos lutar continuamente para derrotar esse traço primitivo de glorificação das armas”.

“Com frequência, revolucionários do passado sucumbiram á ganância e acabaram sendo dominados pela inclinação de desviar recursos públicos para enriquecimento pessoal. Ao acumular vasta riqueza pessoal e ao trair os objetivos que os tornaram famosos, eles virtualmente desertaram do povo e se juntaram aos antigos opressores, que enriqueceram impiedosamente, roubando dos mais pobres dos pobres”.

No ano de 1999 terminou o seu mandato como presidente e não concorre á reeleição, mesmo sabendo que seria facilmente reeleito.

Em 2004 Nelson Mandela diminui as suas aparições públicas.

No ano de 2006 Manela recebe o prêmio de diretos humanos, da Anistia Internacional.

Em 2007 ele fundou o grupo internacional “The Elders”, que reúne líderes mais velhos, como o arcebispo sul-africano Desmond Tutu e Fernando Henrique Cardoso.

No ano de 2008 Os congressistas dos EUA apagam referências a Mandela como “terrorista”, em arquivos públicos do país.

O êxodo dos brancos da África do Sul começou em 1995 , logo após o fim do apartheid  e se intensificou por causa das altas taxas de criminalidade . Cerca de 800.000 brancos saíram do país entre 1995 e 2008 . Cerca de 9% da população do país é composta de brancos que formam a elite local . Cerca de 41% deles pensam em emigrar . Cerca de 38 em cada 100.000 sul-africanos são assassinados por ano , 5 vezes mais do que nos países ricos e 75 em cada 100.000 sul-africanas são estupradas por ano , 2 vezes mais do que na França .

Quando do fim do apartheid , economistas chegaram a prever que o país iria se equiparar a potências do mercado emergente como Brasil, China e índia , mas isso não aconteceu . A economia sul-africana continuou dominada pelos setores de mineração e financeiro e a pobreza continuou generalizada . A evasão dos brancos, combinada com a epidemia de Aids gerou escassez de profissionais qualificados . Em 2007 o país se tornou pela primeira vez importador líquido de alimentos .

No ano de 2009 o ex-presidente Frederick De Klerk em “entrevista em abril de 2009“ falou que: “os maiores sucessos foram consolidar nossa democracia constitucional , assegurar 14 anos de crescimento econômico sustentável (até a  atual crise global), diversificar nossa economia (no ano passado, turismo e produção de carros contribuíram tanto quanto a mineração) e reassumir nosso lugar de honra na comunidade das nações . Os maiores fracassos forma a maneira como o governo inicialmente lidou com a Aids e o catastrófico fracasso na educação dos negros e na criação de mais empregos...”

As relações raciais no geral são muito boas. A verdade é que integramos nossas escolas, universidades e locais de trabalho com uma tensão surpreendentemente pequena e, aliás, com grande dose de boa vontade. Não há nada particularmente estranho no fato de estudantes negros e brancos não se misturarem em algumas universidades. A tendência da maioria das sociedades multiculturais é que as pessoas se associem dentro de seus próprios grupos . O pré-requisito importante é que haja respeito mútuo e não barreiras artificiais .

Em julho de 2010 pouco antes da final da Copa do Mundo em Johanesburgo, Nelson Mandela desfilou no estádio Soccer City, sentado em um carrinho de golfe. Vestindo um gorro de pele escuro e luvas, acenou para 85.000 pessoas em delírio, Foi reverenciado ao som de vuvuzelas e a gritos de “Madiba”. Foi o último evento público do qual participou, já com a saúde fragilizada pela idade.


Em sua vida, segundo o Centro de Memória Nelson Mandela, ele recebeu mais de 1.115 prêmios e teve mais de cem logradouros batizados com o seu nome. Infelizmente, Mandela não conseguiu transmitir plenamente seus ideais aos herdeiros políticos e familiares mais próximos.

O seu partido, o CNA, está no quinto mandato presidencial consecutivo, apesar da alta criminalidade e dos escândalos de corrupção, e se esmera por consolidar sua hegemonia.

Nos últimos anos, os filhos e netos de Mandela, se dedicaram mais a explorar comercialmente o seu nome e a brigar pela administração dos seus bens do que propagar os seus ideais. O neto mais velho, Mandla, chegou ao ponto de transferir de Qunu, para sua aldeia, Mvezo, os corpos de três filhos do avô, na esperança de que ele decidisse ser enterrado lá. Por ordem judicial, os restos mortais foram devolvidos aos seus túmulos originais, e é em Qunu, onde passou a maior parte da infância, que Mandela também terá o seu jazigo, como foi sempre o seu desejo.

No dia 5 de dezembro de 2013, Nelson Mandela morreu em sua casa, aos 95 anos, onde era mantido vivo com a ajuda de aparelhos havia três meses, não resistiu a uma infecção pulmonar e morreu.

Estadistas são raros. Mandela era um deles. A sua história deveria servir de exemplo a muitos presidentes, políticos e seres humanos em geral.

 

Fonte e Sítios Consultados

Revista Veja, 04.05.1994, p. 39
Revista Veja, 29.10.2008 , p. 61
Revista Veja, 23.05.2012, p. 57
Revista Veja, 11.12.2013, p. 130,132,134,136
Folha de São Paulo, 26.10.2008, p. A-23
Folha de São Paulo, 27.04.2009, p. A-16
Folha de São Paulo, 6.12.2013, Especial, p. 2

6 de dezembro de 2013

Construindo uma Gestão eficiente em TI


 
Sabemos que a TI é utilizada para atender aos requisitos de negócios das empresas, porém uma gestão pouco eficaz de seus recursos pode comprometer toda a empresa. É praticamente impossível um CIO (Chief Information Officer) estar envolvido em cada etapa dos projetos e processos de TI, porém é essencial que tenha pleno domínio da organização.

 Para possibilitar essa gestão de TI os CIOs precisam focar em quadro dimensões: Pessoas, Projetos, Processos e Métricas. As tecnologias da informação se sofisticam para atender requisitos de integração de dados e processos e para garantir maior disponibilidade dos sistemas.

As transações em tempo real entre fornecedores e clientes trouxeram uma nova realidade para as empresas. O uso da Internet como ferramenta de integração trouxe também grandes vantagens para as empresas, porém o fator segurança chegou para ameaçar a integridade das informações. A redução dos custos de comunicação com o uso da Internet é compensada com os pesados investimentos com ferramentas de segurança.
 

 Para que uma organização de TI consiga desenvolver e operar as novas tecnologias é necessário um batalhão de especialistas, um contínuo aperfeiçoamento da equipe e um controle absoluto dos processos e do budget. Uma gestão competente é importante para garantir que os investimentos atinjam o ROI prometido, a confiabilidade e disponibilidade das informações.

O gerenciamento de projetos compreende cinco processos – Início, Planejamento, Execução, Controle e Fechamento, bem com nove áreas de conhecimento: Integração, escopo, tempo, custo, qualidade, recursos humanos, comunicação, análise de risco e aquisição. Esses padrões devem ser adotados pelas organizações de TI em maior ou menor escala, dependendo da complexidade do negócio. Quanto mais complexo o negócio mais formal devem ser a implementação dos processos e seu controle. Se analisarmos as técnicas e as práticas recomendadas por esses padrões chegaremos a conclusão que são óbvias para uma boa gestão de TI, entretanto se as ignorarmos colocaremos em risco a empresa.
 
 

A adoção de padrões requer um controle efetivo que avalie continuamente o desempenho das práticas e das pessoas, garantindo a eficiência da organização. Um método de acompanhamento das metas pré-definidas pela organização é o Balance Scorecard. Esse processo permite criar sinergia entre as pessoas, assegurar que a estratégia seja implementada e que ela avalie o desempenho da organização.

Encerrando este, afirmamos que para um CIO adotar uma gestão eficiente de TI ele terá que focar em quadro dimensões: Pessoas, Projetos, Processos e Métricas. Cada dimensão já possui um conjunto de práticas e técnicas para assegurar a eficiência da gestão. Basta aplicá-las! Simples! Nem tanto. A dimensão mais importante no processo é a que envolve as pessoas. Nessa dimensão é onde as habilidades do CIO serão colocadas à prova. Aqui é onde se investe mais tempo, procurando alinhar cada membro da equipe aos objetivos da organização e no aperfeiçoamento das habilidades técnicas e de comportamento.

 

Fonte e Sítios Consultados

http://www.efagundes.com

5 de dezembro de 2013

Estudo de caso: VAQUEIROS OPERÁRIOS - Sociologia e a Administracao


 SOCIOLOGIA E A ADMINISTRAÇÃO


Estudo de caso: VAQUEIROS OPERÁRIOS


As margens do rio São Francisco, em pleno agreste, geólogos de uma fábrica de refratários situada no Sul do país descobriram uma importante jazida de Magnesita. Inicialmente, foram construídas instalações industriais próximas a um vilarejo simples com o fim de extrair e dar uma primeira queima no minério antes de embarcá-lo. Com isso, surgiram oportunidades de trabalho, que passaram a ser uma verdadeira salvação para aqueles sertanejos sujeitos a uma vida de subemprego crônico na atividade pecuária extensiva ou na agricultura marginal.


Para as minas foi enviado um gerente sulista com sua capacidade de direção e organização já demonstrada, mas sua administração foi tão falha que nem ele sabia qual a razão de tantos erros. Seu substituto foi melhor selecionado, mas teve a mesma sorte do antecessor. Foram então mandados dois gerentes, um administrativo e outro técnico, porém o pouco que conseguiram produzir era irregular e de baixa qualidade. Um geólogo, contratado para estudar o problema da qualidade do minério, ao chegar, encontrou ambos bêbados e completamente entregues ao desânimo por não terem conseguido fazer pessoas ávidas por emprego a ser produtivas.


Aconteceu que, sendo natural do sertão de um Estado do Nordeste, o geólogo percebeu que o seu não entendimento dos valores e dos costumes dos habitantes da região impediam um relacionamento satisfatório da administração dos empregados, não obstante os trabalhadores estarem interessados no serviço. Assim, as coisas simples como o apito para iniciar e terminar a jornada diária não tinha o menor significado para aqueles sertanejos que nunca tiveram hora para o trabalho. Por outro lado, esperavam que o gerente, tal qual faziam os donos de fazendas, os atendesse em seus problemas financeiros, de saúde e até familiares.


Depois que os gerentes compreenderam tais aspectos peculiares e sem alterar a estrutura organizacional, foram feitas adaptações nas práticas administrativas, por exemplo, o número de horas de trabalho por dia deixou de ser fixo, pois o apito somente soava no caso de tudo estar efetivamente em condições para o início da jornada ou no fim do turno, se a descarga do forno tivesse sido completada. Com essa e outras medidas, as minas tornaram-se produtivas.





Constatação do caso: Vaqueiros Operários


COSTUMES- DEFINIÇÃO


Normas que especificam comportamentos de importância considerada vital para a sociedade e que englobam seus valores morais básicos, cuja transgressão é sujeita a sanções severas.

Ex.: Costume da Sociedade Ocidental – obrigação dos pais sustentarem os filhos


Caso: Vaqueiros Operários


Diversidade nos Costumes de duas Regiões


CONCLUSÃO:

Não basta o administrador conhecer técnicas de planejamento, de estruturação e outros assuntos relativos à organização do trabalho, é preciso entender as pessoas, a principal matéria-prima com que lida diariamente, não só, como indivíduos que são, mas principalmente como grupo, já que os serviços são levados a efeito coletivamente.

 

Fonte e Sítios Consultados

4 de dezembro de 2013

Conheça os erros clássicos dos recém-formados


 

 

Muitos são os fatores que ajudam os recém-formados a caírem em erros que podem comprometer a vida no mercado de trabalho, vamos falar um pouco sobre estes erros.

Depois de todos aqueles semestres puxados, feiras, grupos de estudos, palestras, apresentações, TCC e a tão esperada formatura, eis que surge o fim de uma era e o início de uma nova fase da vida: o momento em que se deixa para trás o status de estudante universitário e migra para a condição de profissional formado. É evidente que o tão conhecido frio na barriga diante desse novo horizonte é intenso nesta fase e a pressão, idem. O problema é que a combinação de medo, imaturidade e pressão podem acabar guiando muitos recém-formados para escolhas erradas de carreira.

 

Vamos discutir um pouco sobre isso: 

 

Os que atiram para todos os lados

Na transição entre a condição de estudante para a de profissional formado, muitos ex-universitários tendem a mergulhar em uma profunda ansiedade para encontrar logo um emprego para chamar de seu.

Aí é que está o problema.  No afã de carimbar logo a carteira de trabalho com a tão sonhada profissão ou cargo esperado, muitos atiram por todos os lados e tomam decisões apressadas capazes de comprometer todo um futuro profissional. 

“Eles precisam mapear o mercado e selecionar o que realmente tem a ver com ele”, é o que dizem os consultores do mercado. Neste momento, ainda não dá para ter um plano de carreira definido, explicam os especialistas, mas é essencial ter uma diretriz – uma direção de que tipo de rota o jovem profissional pretende caminhar.  

 


Fazer de tudo para ter um emprego em janeiro

Outro fator muito importante que muitos se esquecem: se você terminou a Universidade agora, não precisa necessariamente já estar com um emprego fixo no dia 1º de janeiro ou Julho.

“Muitos deles pensam que precisam ganhar dinheiro para se aposentar aos 30 anos com 1 bilhão de reais na conta”, brincam os consultores. Quando, na verdade, deveriam estar preocupados com uma única coisa: experimentar e viver coisas novas, de acordo com o especialista.

 “Em vez de já entrar no mercado, por que não viver uma experiência nova, conhecer outras expectativas e, provavelmente, melhorar muito como ser humano?”, questiona.

 

Se achar a última (ou a pior) bolacha do pacote 

“Alguns se acham muito especiais, pensam que são muito melhores do que realmente são”, dizem os especialistas. “Isso faz com que eles cometam erros nos processos”. 

Nesta fase, é essencial saber que “uma coisa é o conhecimento teórico, outra é a vida profissional na prática”, afirmam os ‘coachs’. Por isso, humildade é importante e, nesta fase, essencial. “É interessante que o formado baixe um pouco a bola”, diz o especialista. 

Na via oposta, há quem se muna de baixa autoestima e dê voz para a insegurança. O resultado é uma atitude paralisante e um medo intermitente diante de novos desafios – algo inerente aos primeiros passos da carreira.

O antídoto é o mesmo para os dois grupos: é preciso se conhecer melhor. Isso acontece por meio de processos de terapia, coaching ou conversas profundas com mentores, enumeram os consultores - ou outras estratégias que gerem feedback e um quadro claro das fraquezas e fortalezas de cada jovem profissional. 

 


Ainda não saber o que o diferencia na multidão

Para estrear no mercado, é preciso se destacar. Mas como isso pode acontecer se tudo o que se tem no currículo são os diplomas de ensino médio e superior? Neste ponto, o autoconhecimento entra novamente em cena. “Ele tem que ter claro em que agrega de valor e no que pode melhorar”, diz o consultor. 

Um caminho é olhar para o que você fez nos quatro, cinco anos universitários, além das aulas, que pode contar pontos para o seu trabalho como efetivo. Acredite, de atuar na empresa júnior até fazer voluntariado: muitas atividades da faculdade têm potencial para alavancar a sua carreira no futuro. E sabê-las de cor pode ser um diferencial. 

 

Escolher só a cereja do bolo 

Não se engane: início de carreira é “ralação”, como classificam os consultores. “Você precisa estar disponível para viver o interior do Brasil ou a área operacional”, dizem os especialistas. Segundo eles, são experiências assim que irão moldar os melhores profissionais. 

O problema é que boa parte dos recém-formados não vislumbra passar por isso. Pular etapas, rejeitar propostas mais desafiantes, não topar se esforçar um pouco mais – tudo isso pode comprometer o futuro profissional, sim. “Esta é a época da vida que é preciso roer o osso”, afirmam os consultores. 

 


Iniciar uma pós de cara 

Fazer uma pós-graduação sem ter muito claro o que se quer da carreira é um tiro no pé, segundo os consultores. "Às vezes, você não gosta de um assunto, mas se encanta ao trabalhar. Ou ama um assunto e na prática, não gosta. Por isso, partir direto para a pós é temerário", afirma. A exceção vai para quem já tem uma identidade profissional bem estruturada mesmo ao sair da faculdade. 

 

Não ter a persistência necessária para alcançar o sucesso esperado

Para a maior parte dos mortais, a subida profissional é lenta – talvez muito mais do que você imagine. E para vencê-la é preciso persistência e paciência (muita, diga-se de passagem). Segundo os consultores, a consolidação de um profissional no mercado leva de dois ou três anos.

"Precisa de paciência, estrutura, foco e disciplina. Quem não tem dificilmente irá se estabelecer no mercado", afirma. “Agora, não é como no videogame que você perde uma vida e já tem outra vida. A vida é uma só, desta vez”. E paciência para edificá-la é fundamental. 

 


 

Fonte e Sítios Consultados

http://exame.abril.com.br

3 de dezembro de 2013

Margem de Segurança de um Investimento, saiba mais





O segredo de um investimento sólido é a conhecida margem de segurança. Não por coincidência, esse princípio é utilizado pelos investidores mais bem-sucedidos do mundo.

Dizem que quem paga o preço de R$ 100 mil por algo que vale R$ 100 mil está fazendo uma simples troca de ativos e que isso não garante ao comprador nenhuma vantagem. Pior: como o bem adquirido será necessariamente menos líquido do que o dinheiro por ele pago, o preço do negócio tende a oscilar ao redor de seu valor intrínseco, e, presumindo-se que o correspondente mercado não esteja eufórico, frequentemente o preço pode estar abaixo do valor. Será mesmo?

Mas, vamos continuar, se o valor intrínseco é de R$ 100 mil, o preço no curto prazo pode variar, digamos, entre R$ 70 mil e R$ 130 mil. Além de se sujeitar a essa variação, o investidor ainda corre o risco de ter errado na avaliação do valor intrínseco. É aqui que entra em cena o princípio da margem de segurança. No caso descrito, ao limitar sua oferta a um máximo de R$ 70 mil, o investidor se protege contra os dois males ao mesmo tempo.

E esse princípio é tão simples que pode ser explicado a uma criança e aplicado a qualquer tipo de operação de investimento, seja ela a compra de valores mobiliários, de empresas inteiras, estoques, imóveis etc. Para sua utilização, basta a comparação de duas cifras: o preço de mercado e o valor intrínseco. O primeiro número é dado do problema. Já o segundo é traiçoeiro e tem de ser estimado. A capacidade de determinar o valor intrínseco de ativos é certamente uma das qualidades mais cobiçadas — senão a mais cobiçada — em Wall Street e nas demais comunidades financeiras do mundo. Ao avaliar uma empresa, sempre há fatores adicionais que o analista pode considerar em sua tese, e, mesmo que as condições atuais de um investimento pudessem ser completamente compreendidas, muitas vezes a avaliação depende de desdobramentos futuros que não podem ser rigorosamente antecipados.

Porém, quando utilizamos a margem de segurança, esses obstáculos perdem importância. Se determinamos que o valor intrínseco da empresa é algo entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão (utilizar uma faixa de valores é, pelos motivos já descritos, melhor do que estimar um número exato), a exigência de uma margem de segurança de pelo menos 40% nos obriga a pagar não mais do que R$ 600 milhões pela referida empresa — ou o preço equivalente por ação. Assim, nos desprendemos da necessidade de estimar um valor preciso. Garantimos a margem ao adotarmos avaliação conservadora e ao exigirmos um desconto com relação ao limite inferior da faixa de valores.

Depois de uma vez apresentado, o princípio da margem de segurança torna-se indispensável ao verdadeiro investidor. A comparação entre as variáveis preço e valor torna-se essencial e a esperança de que o preço suba, característica de quem compra o ativo sem saber quanto ele vale, é substituída pela referência do valor maior que o preço pago. Essa referência traz ao investidor a segurança psicológica e emocional para até mesmo aumentar sua exposição ao ativo, caso o mercado se mova na direção contrária (claro, presumindo-se que a análise esteja correta).

Quando falamos em investimentos, o risco frequentemente está no preço que se paga pelo ativo. Com a margem de segurança, o investidor pisa em chão firme: sabe quanto vale o que tem e que pagou menos do que esse valor. Em outras palavras, comprou bem. No pior dos casos, empata se tiver de vender mal, por condições adversas — nesse ramo, sempre é bom considerar o pior dos casos.

Digamos que a margem de segurança também ajuda a diferenciar entre investimento e especulação (pagar por um ativo um preço igual ou superior ao seu valor intrínseco, na expectativa de que se possa vendê-lo por um preço ainda mais alto). Claro que é possível fazer dinheiro com especulação. Só não é tão fácil fazê-lo consistentemente. Não é à toa que há muito mais investidores ricos do que especuladores ricos. Evitar a perda é a forma mais fácil de garantir um resultado lucrativo. É também a principal função da margem de segurança, que nos protege contra a redução do valor intrínseco, a volatilidade de mercado, o erro na análise e outros fatores imprevisíveis.

Aqui cabe uma advertência: a compra de um ativo por 60% de seu valor intrínseco, por exemplo, não impede que sua cotação no respectivo mercado possa cair ainda mais. Contudo, essas perdas não realizadas são recuperadas no fim das contas, e, temporariamente, oferecem ao investidor a já mencionada oportunidade de “average down” (abaixar o preço médio pago).
 

Fonte e Sítios Consultados


29 de novembro de 2013

Consumidores brasileiros buscam novas tecnologias para compras remotas


 

É fato que os consumidores latino-americanos estão cada vez mais optando pela agilidade, personalização e conveniência na hora de comprar, fato esse que só impulsiona um varejo mais inteligente a investir cada vez mais na tecnologia e na mobilidade.

Em uma pesquisa global da IBM com cerca de 30 mil pessoas (realizada em outubro de 2010 na Austrália, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Itália, México, Reino Unido e Estados Unidos), sendo 2.200 com brasileiros, apontou que os compradores da América Latina estão à frente dos demais consumidores do mundo quando o assunto é a velocidade na adoção de novas tecnologias. Neste cenário, o Brasil se destaca dos demais países latino-americanos, com 83% de seus consumidores fazendo compras online.

 

Resultados apontados pela Pesquisa Global da IBM

 

Móvel: Argentina (26%) / Brasil (38%) / Chile (37%) / Colômbia (39%) / México (37%)

Website: Argentina (77%) / Brasil (83%) / Chile (80%) / Colômbia (69%) / México (71%)

TV: Argentina (24%) / Brasil (44%) / Chile (37%) / Colômbia (34%) / México (10%)

Quiosque: Argentina (41%) / Brasil (57%) / Chile (43%) / Colômbia (45%) / México (47%)

 

Segundo a pesquisa, a quantidade de consumidores latino-americanos que usam duas ou mais tecnologias como website, dispositivo móvel ou quiosque na loja é a maior do mundo, superando até a China. Cerca de 70% dos brasileiros possuem algum dispositivo, comparado a 62% na China e apenas 48% nos Estados Unidos.
 



“Pode-se concluir que existe uma variedade enorme de tecnologias disponíveis para os varejistas ampliarem as oportunidades de compras para os consumidores da América Latina, principalmente por meio de websites e tecnologias remotas”, afirma o consultor de varejo da IBM. “Um exemplo dos mercados maduros que funcionaria bem na América Latina é a TV personalizada. Com o controle remoto, o consumidor pode pedir os mais recentes itens de varejo sem sair de casa. É tão simples quanto como nossas crianças hoje fazem download de jogos em seus consoles de videogame”, completa.

O estudo revela também que o perfil do comprador latino-americano é predominantemente de homens dispostos a gastar dinheiro com itens para se satisfazer, otimista sobre seus rendimentos e influenciado pela opinião de amigos, familiares e estranhos. Além disso, este consumidor tem muito pouco tempo e exige mais conveniência.

Destaca-se que no Brasil, as compras de eletrodomésticos, seguidas de livros e CDs/DVDs, seguem como os principais itens comprados online. “Outros segmentos, como roupas, sapatos, medicamentos, construção civil, alimentação e brinquedos, também têm despertando cada vez mais o interesse dos consumidores”, diz.

Outro dado revelado pela pesquisa mostra que os consumidores estão em busca de compras personalizadas, irão gastar mais e serão leais com varejistas que lhe oferecerem atendimento de qualidade e promoções em itens que eles compram regularmente. Também querem comprar de forma homogênea nos vários canais, verificar os preços dos produtos onde quer que estejam, obter promoções com base nos itens que eles examinam e usar um dispositivo remoto pessoal para evitar a fila do caixa.



Sobre a área de Smarter Commerce da IBM

A IBM estima que as oportunidades do mercado de SmarterCommerce sejam da ordem de US$ 70 bilhões, motivadas pela demanda de empresas que precisam estabelecer novos níveis de automação para operações de marketing, atração de clientes e vendas; processos de produção, atendimento e prestação de serviços. Este novo segmento dentro da companhia recebeu investimento de US$ 2,5 bilhões em softwares decorrentes das aquisições das empresas Sterling Commerce, Unica e Coremetrics e em times de consultores especializados.

“Hoje, não apenas as empresas varejistas precisam estabelecer relações comerciais mais ágeis e eficazes com sua cadeia produtiva, mas todos os segmentos de mercado, a fim de aprimorar a relação ‘empresa fornecedor’ e, principalmente, ‘empresa consumidor’”, destaca o diretor da divisão de software SmarterCommerce da IBM Brasil.

Integrados, os softwares da nova oferta oferecem recursos como análise baseada na nuvem, que permitem à empresa monitorar a presença de suas marcas em tempo real, por meio das mídias sociais, além da automatização de funções, como criação de campanhas e promoções, tanto online como por dispositivos móveis.

 

Fonte e Sítios Consultados


 

 
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