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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

28 de novembro de 2013

É a Incompetência do Governo que trava a economia


 


Vamos acompanhar a entrevista do economista José Alexandre Scheinkman, ele acredita que as políticas equivocadas, como controle de preços, e aversão a reformas explicam baixa eficiência da economia brasileira.  

José Alexandre Scheinkman, um dos mais respeitados economistas brasileiros, acompanhe o seu diagnóstico: a incompetência explica tanto parte das ações equivocadas quanto a falta de atitudes importantes por parte do governo.

Esse problema, somado à ideologia das administrações recentes contrária a reformas que poderiam aumentar a baixa eficiência da economia, ajuda a compreender as causas da desaceleração da atividade no país, segundo ele.

Scheinkman, que vive nos EUA é dono de uma vasta produção acadêmica, ele deixará a Universidade de Princeton, onde se tornará professor emérito, rumo à Universidade Columbia. Vamos acompanhar a entrevista que ele concedeu à Folha.

 


Folha - Que fatores têm se mostrado mais importantes para aumentar a produtividade do trabalho?

José Alexandre Scheinkman - Todos os fatores têm importância, mas a evidência mostra um papel muito importante da educação. Para cada ano a mais de educação, a produtividade do trabalhador aumenta muito. Obviamente, um trabalhador com mais capital à sua disposição também vai produzir mais. Mas há menos variação de capital por trabalhador entre os países do que de quantidade de educação. Também sabemos que a qualidade da educação importa, mas temos dificuldade de medir essa qualidade. A saúde também é muito importante. Nos países que têm melhores indicadores de saúde, os trabalhadores são mais produtivos. Há outro aspecto da produtividade que não conseguimos explicar pela quantidade de fatores. Se você pega duas firmas da mesma indústria, usando trabalhadores com o mesmo nível de educação e o mesmo tipo de capital, essas empresas produzem quantidades diferentes.

Isso é explicado pela eficiência no uso dos fatores, a chamada produtividade total dos fatores?

Exatamente. Há hoje muita atenção nos EUA para tentar entender quais são os fatores que tornam as empresas mais produtivas.

Como a eficiência da economia brasileira tem evoluído?

A produtividade total dos fatores, que pode ser traduzida como grau de eficiência, está estagnada ao menos desde 1989 para a economia como um todo. Mas há setores da economia brasileira que tiveram grandes ganhos de eficiência. Um é a agricultura. Obviamente há fatores que influenciam todos os setores e toda a economia. Mas, para entender a eficiência, é importante olhar o que está acontecendo com cada setor e com as firmas de cada setor. Um fenômeno interessante brasileiro é a existência de empresas pequenas que muitas vezes são informais, muito ineficientes e só sobrevivem por não pagar impostos. Elas trazem a produtividade média do setor em que atuam para baixo.

Mas a informalidade entre as empresas menores diminuiu.

Sim, e essas empresas melhoram ao se tornar formais. Mas, como há um tamanho máximo de faturamento para ficar dentro das faixas de tributação no Brasil, há um desestímulo na busca por crescimento por parte dessas empresas e isso prejudica a eficiência da economia. O ideal seria diminuir os impostos para as firmas maiores e trazê-las mais perto das outras.

Quais são as outras causas da baixa eficiência da economia brasileira?

Há os casos de proteção setorial. As pessoas esquecem que a política setorial dificulta a vida das indústrias que usam o insumo do setor protegido. Elas acabam não podendo se tornar tão eficientes quanto às de países que têm acesso ao mesmo insumo a preço relativamente menor. A outra questão importante é o investimento em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil tem uma estrutura científica bastante razoável se olharmos os números de doutorandos, as publicações em revistas científicas. Ainda não conseguimos criar uma estrutura de produção de pesquisa e desenvolvimento. Esse assunto já foi muito bem estudado pelos economistas. A taxa de retorno, ou seja, o aumento de produtividade gerado pelo investimento nessa área é enorme. E isso ocorre porque quem investe em pesquisa e desenvolvimento e recebe o retorno não é a única pessoa a lucrar. Boa parte dos ganhos vai para outras empresas, concorrentes, outros setores que começam a se beneficiar da tecnologia desenvolvida. Até a absorção da tecnologia vinda de fora em um país onde você já tem toda uma estrutura de pesquisa e desenvolvimento é maior. E os governos têm papel fundamental no investimento em pesquisa e desenvolvimento.
 
 

Se há tanta evidência desses benefícios, por que não se investe mais em pesquisa e desenvolvimento no Brasil?

Um amigo meu diz - e eu concordo-- que um dos grandes problemas do governo brasileiro é a incompetência. Eu não consigo explicar isso por malevolência, por um pensamento de que o governo quer um país atrasado. Às vezes as políticas são extremamente prejudiciais ao país por incompetência --por exemplo, quando o governo controla o preço da gasolina. Isso levou ao aumento do congestionamento e da poluição e prejudicou uma das poucas tecnologias importantes criadas no Brasil, a da indústria do etanol. Não imagino que o governo decidiu gerar essas consequências. Mas alguém teve a brilhante ideia de, entre aspas, controlar a inflação mantendo o preço da gasolina estável e não pensou nas consequências.

Há uma estagnação no processo de reformas importantes para o desenvolvimento econômico no Brasil?

As reformas começam no início do governo Collor com a abertura comercial. Depois houve um período de paralisia. E voltaram a acontecer com Itamar, o Plano Real. Em seguida, outras reformas importantes foram feitas. Esse processo foi freado a partir do segundo governo Lula. Há seis, sete anos poucas coisas importantes estão sendo feitas. O governo tem se concentrado muito mais em políticas industriais, em intervir nos preços, em diminuir impostos setoriais e menos em resolver as grandes questões que poderiam melhorar a eficiência no Brasil, como as que eu já mencionei, e outras, como o investimento em infraestrutura.

Essa letargia tem a ver com a questão da competência que o senhor mencionou?

Há uma questão também de ideologia. Há reformas que precisavam ser feitas, mas que não atendiam à ideologia do governo. Acho que agora o governo entendeu que precisa trazer mais investimento privado para áreas como ferrovias, portos etc. Outro problema importante é a baixa taxa de poupança. Então, o governo cobra muito imposto, mas tem gastos enormes e pouca capacidade financeira para investir, além da falta de capacidade que eu já mencionei de competência do setor público.

Esses fatores explicam a desaceleração econômica dos últimos anos?

Acho que há várias causas. Em 2008 e em 2009 a resposta à crise com política fiscal mais solta fazia sentido. O que não fez sentido foi achar que isso poderia ser permanente mesmo depois de a economia ter começado a se recuperar. A outra é o excesso de intervenção, como o controle do preço da gasolina. Cada uma dessas intervenções, de forma isolada, pode passar a impressão de que seus efeitos não são tão graves, mas, se você junta todas, começa a ter efeito na economia. E isso é parte do que estamos vendo agora. Além disso, também estamos sentindo o efeito da desaceleração da China, que, no entanto, não deve ser exagerado.

 

Fonte e Sítios Consultados

- Matéria: ÉRICA FRAGA


 

Os Grandes Formatos e os seus desafios


Os Grandes Formatos e os seus desafios
 
 

Devido as constantes mudanças nos hábitos e atitudes dos consumidores contemporâneos, vários segmentos do mercado estão encontrando cada vez mais dificuldades para cumprirem o seu papel de oferecer tudo num só local com um formato que continue encantando os consumidores com seu recém-adquirido poder de compra.

          Em todos os mercados esses formatos enfrentam os desafios da expansão da conectividade mundo a fora, devido ao avanço das soluções híbridas de internet e dos pontos de coleta de produtos. Isso por si só poderia ser o resumo de todas as discussões sobre os desafios dos grandes formatos que o mercado continua a tentar entender.

          Sabemos que nem todos os mercados estão passando pela mesma situação. Mas, de uma forma geral, os canais digitais e a conveniência das alternativas que estes oferecem, aliadas a uma crescente flexibilidade na avaliação de produtos, preços e promoções mexeram em todos os segmentos do mercado mundial.

          O resultado desse cenário é uma crescente junto com a irreversível pressão sobre a rentabilidade das operações de varejo, enfrentada pelo foco obsessivo na melhoria da eficiência e produtividade por parte de varejistas e seus fornecedores.

          Esse cenário em algumas categorias, como informática, livros,  eletrodomésticos e eletrônicos, já tirou do mercado muitas marcas que foram em algum momento ícones com sua proposta de oferecer tudo num só lugar. E muitas outras estão sofrendo para se reinventar por conta do forte crescimento das vendas via e-commerce que afetam particularmente o segmento de eletroeletrônicos.
 
 

          Por ser uma categoria de produtos quase que como commodities em sua concepção, diretamente comparáveis entre si em suas especificações e condições, o canal digital se mostra particularmente interessante para o consumidor que pode comparar diretamente ofertas e produtos e optar por aquela marca, site ou loja que ofereça o melhor binômio preço-valor. Esse processo enseja uma mudança estrutural nessa categoria, que se agrava com o movimento de algumas marcas, como recurso extremo, criando canais exclusivos, via lojas ou internet, próprias ou através de franquias.

          No setor de moda e vestuário, por exemplo, o quadro não tem sido muito diferente, afetando principalmente as lojas de departamentos que tentam há muitos anos se reinventar e com pouco ou relativo sucesso. A perda de mercado desses formatos nos EUA é absolutamente consistente nos últimos anos tanto assim que em muitos casos partiram para a busca de formatos mais compactos. Já em países como França, Itália, Espanha, Inglaterra, China, Índia, Japão, Singapura, Chile, México ou Austrália, o formato ainda mantém sua atração, mas enfrenta crescente concorrência de novos conceitos.

          Aqui no Brasil a história nos conta que lojas tradicionais de departamentos, como Mappin e Mesbla, sucumbiram por conta de sua incapacidade de se reinventarem, agravada pelos problemas de gestão e governança e foram substituídas pelos formatos orientados para moda. Atualmente, grandes empresas do setor, C&A, Riachuelo, Marisa e Renner, tiveram a competência de desenvolver formatos híbridos que incorporaram elementos do Fast Fashion, porém adequados às características locais do mercado, que exigiram extrema capacidade para atuar de forma agressiva no crédito, o que tornou o Brasil um exportador desse modelo para outros mercados emergentes.
 
 

          No presente essas redes têm dedicado crescente atenção ao desenvolvimento de formatos mais compactos e flexíveis que permita manter o ritmo de crescimento e estarem presentes em regiões com potencial em crescimento que não justificariam uma loja convencional, além de desenvolverem alternativas focadas em categorias, como é o caso da Marisa com roupa íntima, Renner com jeans e como C&A ensaiou no passado.

          Já no segmento de materiais para construção, podemos notar que o problema global não tem a mesma magnitude das outras categorias e isso de deve ao fato da demanda ser num só local, ou seja, quando existe uma concentração por conta de uma reforma ou construção isso é uma real demanda dos consumidores. Ainda assim, existe uma tendência de desenvolvimento de formatos mais compactos e focados, viabilizando visitas mais rápidas por consumidores que cada vez têm menos tempo.

          De forma geral, devemos considerar que em todos os segmentos o universo digital criou uma realidade que tenderá a acelerar a revisão dos modelos e formatos que, naturalmente, já seriam passíveis de revisões e quanto mais rápidos houver esse movimento estratégico pelas empresas, mais chances de continuar um player relevante no varejo micro orientado.
 

Fonte e Sítios Consultados

http://www.gsmd.com.br

27 de novembro de 2013

Diversificação – Necessidade dos Tempos Atuais


Diversificação – Necessidade dos Tempos Atuais
 
 

Vamos acompanhar uma necessidade empresarial dos tempos atuais, a diversificação. Um exemplo disso são os fabricantes de impressoras que estão migrando do papel para o serviço.

A estratégia é unir dados não estruturados com os sistemas de gestão das empresas.

Empresas como a Xerox e a Lexmark passaram a atuar também como fornecedoras de tecnologia de captura e gestão de conteúdo.

A redução dos documentos impressos é uma tendência em curso em qualquer país. Diretamente impactadas por esse cenário, as empresas de equipamentos e serviços de impressão estão buscando um novo papel no mercado: o de fornecedoras de tecnologias de captura e gestão de conteúdo, seja ele impresso ou digital.

O mercado brasileiro de serviços de impressão já é bastante maduro. Na gestão de conteúdo, porém, ainda há um campo virgem muito grande para ser explorado. Segundo a consultoria, o mercado brasileiro de serviços de impressão movimentou US$ 683,7 milhões em 2012. A gestão de conteúdo digital respondeu por US$ 85,2 milhões desse montante. Para 2013, a previsão é de que essa vertente gere uma receita de US$ 97,6 milhões, enquanto o mercado como um todo vai alcançar a marca de US$ 736,7 milhões.

O caminho para a expansão dessa oferta passa pelo investimento em aplicações e tecnologias capazes de tornar os diferentes processos e fluxos de informação mais ágeis e produtivos nas empresas. Os desafios para o setor são justamente entender as dores de seus clientes, conseguir customizar as soluções e fazer com que eles enxerguem que não se trata mais de um contrato de custo por página. Há um serviço mais sofisticado nessa oferta.
 

Para consolidar esse posicionamento, a americana Lexmark investiu na aquisição de empresas de software. A estratégia teve início em 2010, com a compra da Perceptive Software, especializada em sistema de gestão de documentos, por US$ 280 milhões. Desde então, a companhia adquiriu outras nove empresas.

Além de trazer o novo portfólio ao Brasil, a estratégia local da Lexmark está focada na consolidação de um novo modelo comercial. "Estamos estruturando a empresa por verticais, para ter mais profundidade e conhecer os processos específicos de cada setor", diz Luiz Claudio Menezes, gerente-geral da Lexmark no Brasil. "O plano global é de que, até 2017, 50% da receita venha de serviços. No Brasil, hoje esse índice é de 10%", observa. Uma das aplicações da Lexmark é a oferta de sistemas para hospitais, que permitem acessar dados como resultados de exames a partir de qualquer dispositivo e local. Além da saúde, a nova estrutura vai incluir unidades para finanças, manufatura, varejo, educação, governo e outros serviços.

A oferta de softwares e serviços para diferentes segmentos também é uma das bases da japonesa Canon nesse novo contexto. Uma das aplicações oferecidas pela empresa no Brasil - em parceria com a Totvs - é um scanner touch screen para digitalizar a abertura de contas jurídicas de um grande banco americano, de nome não revelado. Em outra ponta, a companhia tem projetos na área jurídica, com sistemas e equipamentos que digitalizam documentos e processos. "O avanço desse mercado depende da redução da burocracia pelo governo e da cultura - ainda muito presente nessa esfera - de lidar com o papel", avalia Eduardo Buck, gerente de Grandes Contas da Canon.

Nessa fase de transição, uma das iniciativas destacadas pela Xerox é um projeto com a TIM. Hoje, grande parte do processo de ativação dos clientes da operadora em suas lojas físicas é de responsabilidade da Xerox, o que envolve desde a captura dos documentos na ponta até a verificação e a validação digital do contrato. "O posicionamento da Xerox hoje vai muito além da página impressa", diz Cristiana Lannes, diretora de Marketing da Xerox no Brasil. "Com serviços mais sofisticados, você passa a ter uma discussão mais estratégica com o cliente. Hoje, o custo por página - base dos serviços de impressão - acaba sendo uma commodity."
 

Simpress criou nova unidade de negócios

Mesmo não produzindo equipamentos de impressão, a brasileira Simpress vive o mesmo desafio da transição digital que suas rivais multinacionais. Nesse contexto, a companhia de serviços de impressão criou em 2011 uma nova unidade de negócios, a qual responde pela implantação e busca de tecnologias para a gestão de todo fluxo de conteúdo dos clientes. "Queremos deixar de ser uma empresa que lida com documentos para ser uma companhia que trata de informação, seja qual for o formato ou o dispositivo", diz Vittorio Danesi, presidente da Simpress.

Hoje, a unidade responde por 4% da receita da empresa, que fechou 2012 com um faturamento de R$ 431 milhões e projeta encerrar 2013 com uma receita de R$ 480 milhões. "Ainda é uma unidade emergente, mas esperamos crescer 50% nessa vertente nos próximos anos, enquanto nossa oferta tradicional de outsourcing cresce, em média, 10%". Para impulsionar a nova divisão, a Simpress está apostando na evolução dessa oferta dentro de sua própria base de clientes, que hoje concentra cerca de 900 empresas, com contratos mensais que variam de R$ 15 mil a R$ 1 milhão.
 
 

Fonte e Sítios Consultados
http://brasileconomico.ig.com.br/noticias/fabricantes-de-impressoras-migram-do-papel-ao-servico_137370.html

26 de novembro de 2013

Verdades e Inverdades sobre a Arte da Negociação

 
Verdades e Inverdades sobre a Arte da Negociação
 
 

Quando o assunto é a habilidade de negociar, sempre aparecem vários especialistas com muitas receitas de sucesso. Sabemos que muitas destas receitas não passam de ‘achismo’, devido a isso, vamos discutir mais sobre este tema.

Sabendo que grande parte das inverdades decorre de visões distorcidas ou parciais sobre esse tema negociação, bem como a falta de competência na abordagem de um assunto em que a chamada prática ou experiência nos levam a cometer vários descuidos nessa relação tão comum em nossa vida.

 

Vamos a uma análise mais detalhada sobre o que foi mencionado.

 

"A maior pressão para fazer concessões é sempre para meu lado".

Duas pessoas que se propõem a negociar sempre têm pressões "ocultas"; uma precisa comprar, outra vender, etc.; a quantificação dessa necessidade é mais difícil, mas ela sempre existe. Procure negociar como se as pressões fossem equilibradas, assim você fará concessões mais parcimoniosamente. Busque também identificar as efetivas necessidades do outro lado, pois assim fazendo poderá ter uma ideia melhor das pressões a que ele está submetido.


 

"O segredo de uma negociação está no maior conhecimento possível de estratégias e táticas".

Uma negociação eficiente e eficaz requer conhecimento sobre o negociante com quem se negocia, sobre o assunto/negócio objeto de negociação, bem como sobre técnicas de negociação (etapas, estratégias e táticas, impasses, concessões, etc.) As estratégias e táticas são apenas um instrumento no arsenal da negociação; um instrumento perigoso, pois seu uso repetido pode tornar o outro negociador extremamente defensivo.

 

"Uma boa metodologia está sempre atrelada a determinado tipo de negociação (ou negócio)"

É exatamente o contrário; uma boa metodologia sempre servirá para qualquer tipo de negociação e para todo e qualquer tipo de negócio. É por isso que, em princípio, não somos muito favoráveis a seminários de negociação em compras, vendas, com bancos, etc. O que deve mudar é o tipo de negócio e não a metodologia para negociar; uma boa metodologia se aplica às negociações de qualquer área ou segmento!

 

"É impossível que duas partes saiam ganhando numa mesma negociação".

Esta é uma das maiores inverdades que temos encontrado. Em primeiro lugar vamos lembrar que há várias moedas envolvidas numa negociação, tais como dinheiro, status, consideração, prestígio, etc.; pode-se não ganhar tanto dinheiro como a outra parte, mas em prestígio, status, afinal eles também contam para o grau de satisfação. O ‘ganha ganha’ também está extremamente relacionado com a preocupação com os objetivos e necessidades do outro lado durante a negociação; quem tem este genuíno tipo de preocupação e transmite isto à outra parte, certamente contribuirá para uma solução de ganho comum. Por último, vale mencionar o item flexibilidade (disposição para mudar) que em muito contribui para a sinergia durante a negociação (2 x 2 = 5), quando o resultado final é maior que a soma das parcelas das contribuições individuais; aí o ‘ganha ganha’ fica mais fácil.

 


"Em negociação é mais importante falar do que ouvir"

Desde nossa infância somos educados para falar mais do que ouvir. Aquele que fala aparece mais do que quem é tímido e não fala. Nos programas de formação técnica e gerencial isto não é diferente. Enfatiza-se o falar, como se falando muito fosse possível convencer mais rapidamente a outra parte, nem que seja pelo cansaço. Na negociação ouvir é tão importante quanto falar. É ouvindo que se identificam as necessidades e as expectativas da outra parte, é quando se obtém informações valiosas para se estabelecer uma ponte entre a sua argumentação e as suas necessidades, e a argumentação e a necessidade da outra parte. Quem tem paciência para ouvir primeiro e falar depois, certamente terá maiores chances de fazer uma melhor negociação.

 

"Existe um estilo ideal para negociação"

Nossa metodologia de negociação trabalha com quatro estilos básicos: O Catalisador (criativo, superficial, sensível e elogios), Apoiador (bom de relacionamento, teme conflitos, interessa-se pelo bem estar do grupo), Controlador (enfatiza a tarefa, releva as pessoas a segundo plano, é muito objetivo) e Analítico (é detalhista, preza a segurança acima de tudo, sempre tem todas as informações necessárias). A experiência e as pesquisas comprovam que não há estilo ideal. O ideal seria ter na equipe os 4 estilos representados e usá-los de acordo com as características dos outros negociadores e do próprio momento da negociação. Usar o Controlador quando se quer resultados rápidos e palpáveis; o Analítico quando a segurança é o valor maior; o Catalisador quando a negociação empacar por falta de alternativas e o Apoiador quando o relacionamento humano necessitar ser incrementado. Em termos de distribuição estatística é importante que uma empresa tenha 25% de seus negociadores em cada estilo.

 

"É importante conhecer as fraquezas do outro negociador para poder usá-las durante a negociação"

As pesquisas provam que quaisquer argumentações calçadas nas fraquezas da outra parte tendem a tornar esta outra parte mais defensiva e menos propensa a negociar. Pode-se até conseguir uma vitória em curto prazo, mas isto a médio e longo prazo poderá representar uma vitória de custo mínimo alto. Outro aspecto importante a lembrado é o lado ético. Não nos parece saudável procurar saber das fraquezas da outra parte para usá-las em nosso próprio benefício, especialmente se essa outra parte é alguém com quem negociamos permanentemente, porém, essa é uma prática muito utilizada pelo mercado.

 

"A dimensão confiança não é importante no processo de negociação"

Confiança é algo que se adquire ou se perde a partir do primeiro contato na negociação, inclusive por telefone. Vários são os elementos que podem aumentar ou eliminar a confiança:

  • Credibilidade: cumprir o que se promete - fazer o que diz
  • Coerência; dizer o que pensa e sente sem procurar dourar a pílula.
  • Receptividade: conviver com valores, sentimentos, prioridades diferentes das suas, aceitar as pessoas como elas são.
  • Clareza: não esconder o jogo, passar aos outros as informações relevantes, embora não confidenciais.
  • A ausência de qualquer um desses comportamentos certamente afetará a confiança do outro negociador em você e vice-versa.
  • Sem confiança dificilmente poderá haver negociação. Se duvidar, procure aplicar os conceitos anteriores no âmbito de seu relacionamento conjugal.

 

"A maior flexibilidade prejudica a negociação"

A Flexibilidade pode ser definida como a capacidade do negociador ver a mudança (ou qualquer nova ideia) como uma oportunidade (e não como uma ameaça). Os negociadores flexíveis estão sempre abertos a novas alternativas, melhores do que aquelas já pensadas; mesmo que essas novas ideias venham da outra parte.

Negociadores flexíveis sempre serão capazes de efetuar negociações mais ricas. Outra característica do negociador flexível é a sua capacidade de se colocar no lugar do outro negociador e aí então examinar a viabilidade de sua própria argumentação. Na era da customização máxima a importância da flexibilidade é cada vez mais óbvia.

O fato é, tenham certeza de que algum ponto importante ficou fora dessa explanação, mas como dizem: um grande indicador de retenção do que se lê está no desejo de acrescentar algo a este texto.

Portanto a palavra final sobre esse assunto é sua, boa sorte em suas negociações!

 

Fonte e Sítios Consultados

http://www.institutomvc.com.br
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