TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO
VOLTADA AS PESSOAS.
Você que se dispôs a ler estas ideias,
empresários, funcionários, administradores, gerentes, professores ou
simplesmente pessoas que gostam de ler e analisar outras opiniões e ideias,
durante o decorrer de sua leitura encontrará algumas perguntas. Gostaria que se
fosse possível, respondessem estas perguntas e me enviassem para que eu tenha
noção das opiniões de cada um. Não é necessário identificar-se ou identificar a
empresa. Meu intuito é apenas de pesquisa de opiniões sobre essas ideias e
situações.
ADMINISTRAÇÃO HUMANA.
Antes de qualquer coisa, temos que
lembrar que vários modelos de administração são adotados e utilizados desde a
época da revolução industrial. Até hoje, com alguns aperfeiçoamentos, empresas
e organizações adotam as teorias de administração de Taylor e Fayol. De acordo
com alguns grandes administradores, isso se dá pelo fato de até o presente
momento, não ter aparecido nada que as substituas.
Em sua teoria de administração, Taylor
já acenava com essa preocupação, por isso um de seus estudos era a FADIGA
HUMANA, ele defendia o conceito da eliminação de movimentos que apenas
desgastavam os funcionários e que não eram eficientes; defendia a adaptação de
movimentos de acordo com a fisiologia humana. Segundo Taylor, a fadiga humana
produzia diversos efeitos maléficos como o aumento dos acidentes de trabalho, o
aumento de doenças, maior tempo de realização de tarefas, menor qualidade do
trabalho e maior rotatividade de pessoal com menor produtividade.
Outro conceito também avaliado por
Frederick Taylor era o do HOMO ECONOMICUS; os funcionários das empresas
eram movidos por recompensas salariais, econômicas e materiais, esses
funcionários trabalhavam porque precisavam, não obrigatoriamente porque
gostavam do que faziam. Deveriam ser selecionados por sua capacidade física, o
mais apto a realizar determinada tarefa, incentivos individuais, através da
racionalização do trabalho controlava-se o desempenho do operário.
Taylor abordava também em seus estudos
que, as condições ambientais oferecidas aos funcionários, influenciavam
diretamente na sua produtividade, condições ruins levavam a fadiga e a
diminuição da produtividade. Defendia o conceito de que melhores condições de
trabalho deveriam ser oferecidas aos funcionários ou operários. Isso resultaria
em maior produtividade e não na satisfação dos funcionários.
Não podemos esquecer também que,
Taylor defendia a padronização dos métodos de trabalho e de máquinas, que todos
os fatores que estavam envolvidos no processo produtivo de uma empresa deveriam
estar padronizados, visando à simplificação de tarefas e treinamentos,
reduzindo a variação do processo produtivo. A supervisão funcional deveria
acompanhar a especialização de seus subordinados, diversos supervisores
especialistas em determinadas áreas teriam autoridade sobre os mesmos
operários, objetivando aumentar a eficiência de cada homem para aumentar a
eficiência geral.
As principais críticas que as teorias
de Taylor sofriam era que tinha uma VISÃO MECANICISTA, uma abordagem mecânica,
lógica e determinística da organização. Basicamente, pregava que todo trabalho
pode ser reduzido a um conjunto simples, repetitivo e mecânico de atividades
que, até mesmo o funcionário mais desprovido de inteligência, seria capaz de
executar. Além disto, a proposta de determinar a única maneira certa de
realizar um trabalho ou função foi criticada, pois causava a desumanização do
homem, não aumentava a produtividade em longo prazo.
A abordagem de um sistema fechado
tratava a organização com sendo composta por poucas variáveis perfeitamente
conhecidas e previsíveis, que podiam ser manipuladas através de princípios e
normas. Abordagem simplificada da organização formal, pois somente preocupou-se
com a organização formal, dando ênfase na estrutura e concebia a organização
apenas em termos lógicos e formais sem considerar seu aspecto psicológico e
social.
Mas se pararmos para observar alguns
fatores que influenciam no desenvolvimento e desempenho de empresas, poderemos
notar que, quase todas estão voltadas para o máximo de eficiência com o mínimo
de desperdício; maior aumento da sua produção com o menor custo e por aí vai.
Podemos também observar que com o
advento da revolução industrial nos inicio dos anos de 1786, que se desenvolveu
em duas etapas distintas; a primeira entre 1780-1860 com a revolução do carvão
como fonte de energia, e a segunda entre os anos de 1860-1914 com a revolução
da eletricidade e derivados de petróleo. Surge também às relações humanas,
onde o bem estar dos trabalhadores era um dos fatores para o bom funcionamento
da organização e o alcance dos objetivos traçados por ela. Só que pelo meu
ponto de vista, este fator está esquecido no âmbito organizacional nos dias de
hoje.
Se observarmos a história, a partir
dos anos 80, começa o que eu particularmente chamo de uma nova revolução, só
que desta vez voltada à automatização e informatização de métodos e processos
em virtude a evolução tecnológica.
As máquinas começaram a substituir
funcionários nos escritórios e nas fábricas. Com essa evolução veio a
tecnologia, e pelo que podemos ver, para ficar, agilizar todos os processos
produtivos além de poder controlá-los com maior eficiência.
Com a adequação de máquinas e
equipamentos, houve o aparecimento de computadores de pequeno porte possíveis
de serem manuseados por uma única pessoa, os microcomputadores que hoje habitam
milhares de casas e escritórios, além é claro dos computadores portáteis, os
laptops ou notebooks, que podem ser levados a qualquer lugar. Com essa evolução
surgiu também o advento da globalização mundial e a rede mundial de computadores,
a Internet.
Hoje, podemos observar com clareza que
tudo e todos no mundo estão totalmente conectados a rede.
Qualquer fato ou noticia que aconteça,
por exemplo, na Inglaterra às 10 horas, às 10h02min, já ficamos por dentro de
todos os fatos aqui no Brasil, e vice-versa. E tenho certeza de que, esta
evolução tecnológica veio pra fazer parte do dia a dia das pessoas e organizações,
e a tendência mundial é que continue a evoluir cada vez mais rápido.
Pelo que tenho observado as empresas
estão atentas para essa evolução e surgimento de novas tecnologias,
modernizando-se e adaptando-se cada vez mais rápido também. Depois de tudo isso
analisado, pergunto: E o fator, ou ser humano, a onde está entrando nessa
evolução? Será que as organizações estão se dando conta que o fator humano esta
sendo deixado de lado? O que não podemos esquecer é de que, toda essa nova
tecnologia está sendo desenvolvida por seres humanos. Então o próprio ser
humano está acabando com sua importância dentro das organizações? Respondo: Não. Sempre haverá a
necessidade de pessoas para desenvolverem e comandarem essa tecnologia e as
novas máquinas que estão sendo geradas e colocadas à disposição das empresas e
pessoas.
É claro que a finalidade das empresas
é lucrar cada vez mais com o mínimo de desperdício, Maior produtividade com
menor custo. Isso sempre será o fator primordial para qualquer organização. Mas
só a tecnologia e equipamentos não bastam, há que se contar sempre com o fator
humano, não há como abrir mão disso, e com fatores externos, como clima,
políticas governamentais, recursos, meio ambiente etc. Hoje podemos notar que
as organizações espalhadas pelo mundo já estão se preocupando um pouco mais com
nosso meio ambiente e os recursos naturais.
Está na hora agora de começar a nos
preocuparmos com as pessoas que fazem parte dessas organizações. Aí é que eu
defendo uma Administração Voltada as Pessoas, ou como queiram, aos
Recursos Humanos das empresas.
Algumas empresas, não são todas,
possuem um Departamento de Recursos Humanos voltados a explorar, analisar e
avaliar seus funcionários com a finalidade de encontrar e ressaltar suas
competências e aptidões, para que possam ser chamados à exercerem todas suas
qualidades em funções compatíveis e que trazem rápido retorno e um baixo
investimento. Outras não o possuem e nem se preocupam com esse fator.
O que podemos notar é que na maioria
das empresas esse departamento não exerce a função para a qual foi criado. Mas
não é isso o que pretendo discutir, e sim, um diferencial na Administração que
poderá tornar as empresas e pessoas cada vez mais envolvidas no alcance dos
objetivos comuns.
Para isso os Empresários e
Responsáveis por Empresas terão que responder algumas perguntas;
-Olhe para seus
funcionários. O que você vê?
-Você sabe os nomes de
todas as pessoas que trabalham em sua empresa?
-Você sabe quais as funções
que eles exercem?
-O que eles pensam a
respeito da empresa?
-Como eles se sentem
dentro da empresa?
-Qual a importância de
cada um dentro da empresa?
-Eles estão exercendo as
funções, onde podem dar o melhor?
-Será que estão
satisfeitos com a remuneração e o tratamento que estão recebendo por parte da
empresa?
-Quais as dificuldades
que eles estão enfrentando?
-O que está sendo feito
pela empresa para melhorar o desempenho de cada um?
-O que você gostaria que
eles fizessem?
-Como você espera
alcançar os objetivos da empresa contando com a ajuda deles?
-O que a empresa esta
disposta a fazer para demonstrar aos seus funcionários que eles são
importantes?
E quanto ao fator
externo, não menos importante que são os consumidores dos produtos e serviços
das empresas.
-Como seus clientes vêem
a sua empresa?
-Como eles são atendidos
pela empresa?
-Quais as reais
necessidades de cada cliente?
-Esses clientes estão
sendo reconhecidos pela empresa?
-São realmente encarados
como parceiros de negócios?
-As opiniões e sugestões
são levadas ao conhecimento da empresa?
Existem outras perguntas, mas acho que
essas são fundamentais para que possamos começar a pensar nos recursos humanos
que existe dentro e fora da empresa e como conseguir extrair o máximo de
empenho dos funcionários e clientes para o alcance de metas e objetivos.
Uma estratégia, que penso ser de
extrema valia e muito importante para transformar o sistema fechado das
empresas, principalmente no mundo globalizado e competitivo que encontramos
hoje, tornando um diferencial fundamental e totalmente respeitado por todos que
estariam envolvidos, seria a divisão da Administração da empresa e 2 (dois)
setores; o primeiro seria responsável pela parte financeira e econômica da
empresa, onde contaríamos com especialistas nas matérias de economia,
matemática financeira, custos e contabilidade; o segundo seria responsável
pelos recursos humanos empregados em todos os departamentos da empresa, e seus
clientes compostos por: um administrador de empresas voltado ao fator humano,
com profissionais especialistas nas áreas de psicologia, recursos humanos,
jurídico, saúde e o departamento comercial.
Alguns empresários, professores,
administradores e outros profissionais, podem até pensar que isso seria de um
alto custo para a empresa, ou utopia de minha parte. Mas acredito que o recurso
dispensado para isso se justificaria plenamente, visto o retorno que teriam em
beneficio da empresa.
Em alguns contatos com donos e
diretores de empresas, eles me afirmaram o seguinte: Não conseguimos encontrar
profissionais que vistam a camisa da empresa. Como mudar esta frase?
Todos nós sabemos que, por mais que
tentemos deixar de lado a vida pessoal dos funcionários, esse é um fator que
influência diretamente no desempenho de suas funções dentro da empresa. Até
mesmo os empresários, por mais que tentem separá-las, dificilmente conseguiram,
pois afetará com maior ou menor intensidade no seu dia a dia.
Outro fator que pode influenciar no
desempenho das funções para as quais contratamos esses profissionais, é estarem
trabalhando naquilo que gostem e não só porque necessitem da remuneração que
esta função oferece.
Será que um médico que estudou
aproximadamente 10 anos, para tornar-se um especialista em sua área de atuação
estaria satisfeito, e exerceria com a mesma determinação e satisfação a função
de assistente de saúde em algum hospital, só porque necessita de trabalho? Ou
estaria mais feliz exercendo a profissão e pondo em prática tudo o que aprendeu
ao longo desses anos? E os professores que estudaram e ainda estudam para poder
transmitir o conhecimento as nossas crianças? Será que só o fator de
remuneração é suficiente; ou também, melhores condições de trabalho seria o
essencial?
Muitas empresas procuram profissionais
capacitados, altamente treinados para exercer cargos e funções vagas dentro da
organização. Será que investindo em seus funcionários, capacitando-os e criando
condições para que estes possam estudar desenvolverem-se e aplicarem no dia a
dia o que aprendem em beneficio da empresa, não se torna mais vantajoso?
O exemplo de grandes organizações que
estão investindo em parceria com outras instituições para formar profissionais
que serão utilizados dentro delas, deveria ser mais difundido e analisado a
fundo, afinal grupos empresariais de grande atuação no meio empresarial como VOLKS, GOOGLE, MICROSOFT e outros não mencionados aqui,
estariam errados? Acredito que não.
Defendo a ideia de que se a empresa apoia
seus funcionários dando liberdade de se manifestarem livremente poderiam
encontrar no próprio ambiente de trabalho as pessoas que estão à procura, profissionais
que vistam a camisa da empresa.
Muitas pessoas com quem conversei me
dizem que, por mais que se esforcem e dediquem-se a empresa, não são
reconhecidas por ela.
Imaginem hoje em dia o diferencial que
uma empresa pode proporcionar aos seus funcionários ajudando-os em seus
problemas profissionais e pessoais. Um funcionário que por algum motivo esta
enfrentando dificuldades em causas jurídicas com o apoio do departamento
jurídico da empresa na solução ou acompanhamento de suas questões, sabendo que
pode contar com o amparo jurídico da empresa, não exerceria suas funções com
maior tranquilidade?
Nas causas de saúde, se contar com o
apoio psicológico e até mesmo através de planos de saúde empresariais, não
estaria mais tranqüilo para exercer suas funções, sabendo que não ficará
desamparado, pois por trás dele existe uma organização preocupada com seu bem
estar?
As oportunidades de promoção que
aparecem dentro das empresas, seriam analisadas e avaliadas para encontrar
dentro da própria empresa um funcionário capacitado, ou até mesmo, capacitar um
funcionário para essa função, não faria com que estes se empenhassem ao máximo,
para que fossem notados e lembrados, ao invés de se dar a preferência a
encontrar alguém disponível no mercado de trabalho, ou até mesmo buscar em
outras organizações?
Conversando, lendo e analisando
diversas situações, chego a conclusão de que, o que as empresas realmente
procuram são profissionais comprometidos com as funções que exercem. Na maioria
das empresas existem 3 classes de funcionários atuando: a primeira classe é de
aproximadamente 70% do seu efetivo; são aqueles que entram no horário determinado,
cumprem as funções para qual foram contratados e saem no horário estabelecido;
a segunda classe é composta por 20% do seu efetivo; são aqueles que chegam um
pouco mais cedo, cumprem seus horários pré-determinados e ainda auxiliam outros
colegas; a terceira classe é composta por 10% do seu efetivo; aqueles que
chegam um pouco antes do horário, não se preocupam com a hora de sair, cumprem
suas funções com a maior eficiência possível, procuram sempre ajudar seus
colegas a desenvolverem suas funções e ainda participam ativamente, com
sugestões e atitudes que tornem a empresa o mais eficiente possível. Esta
classe de funcionários é exatamente o que a maioria das empresas procuram ter
em seu quadro de funcionários, são 100% dos excepcionais, todos comprometidos
para dar o melhor de si visando a evolução e o desenvolvimento da organização.
Tenho observado que, muitas empresas
procuram profissionais capacitados e experientes, capazes de melhorar o
desempenho desta, conseguir a fidelização de seus clientes, tornando a empresa
competitiva e um exemplo a ser seguido por outras.
É por isso que defendo também a
Administração Voltada às Pessoas. Não podemos nos esquecer do fator humano.
Quando em uma organização, temos todos
os funcionários comprometidos em alcançar as metas e objetivos determinados,
podemos notar que algo de diferente está sendo feito por essa organização.
Deve-se lembrar também que esses
funcionários, sejam eles operacionais ou administrativos, dispõem de
aproximadamente 8 (oito) horas diárias, às vezes até mais, contribuindo para o
desenvolvimento das empresas.
Basicamente estamos falando de um
convívio entre pessoas diferentes, com características diferentes, com sonhos e
objetivos diferentes, com necessidades diferentes, que nem sempre exercem as tarefas
e funções que gostem, e que necessitamos uni-las para darem o melhor de si em
busca de um objetivo maior que é o empresarial.
Assim como na atualidade as
organizações começaram a se preocupar com o meio ambiente, reciclagem e outras
coisas mais deveriam lembrar também das pessoas que formam a empresa. Desde seu
proprietário até o porteiro todos desempenham funções como as engrenagens de um
relógio. Quando alguma dessas engrenagens começa a apresentar problemas, o
relógio para ou atrasa.
Olhar para a empresa como uma grande
família, e cada funcionário uma pessoa integrante dessa família.
Há os que vão concordar e os que irão
com certeza discordar do exposto aqui, mas independentemente do ponto de vista
de cada um gostaria de saber a opinião de todos aqueles que se dispuseram a doar
um pouco de seu tempo lendo este documento.
Fonte e Sítios
Consultados
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