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Administração no Blog

Conteúdos de Administração e assuntos atuais.

8 de outubro de 2016

Viabilidade de Projetos - VPL x TIR






O nosso objetivo será investigar os dois critérios mais utilizados para analisar a viabilidade de projetos, são eles: o VPL e a TIR – serão apresentadas as suas vantagens e desvantagens e assim, procuraremos uma forma de justificar a sua aplicabilidade no apoio das tomadas de decisões por parte dos gestores. É importante ressaltar que existem outras técnicas de análise de investimento como o payback, índice de lucratividade líquida, ponto de equilíbrio e algumas outras que podem ser utilizadas em conjunto para ajudar na tomada de decisão, apoiando e enriquecendo ainda mais essas análises – portanto, é preciso considerar que um critério isolado pode não ser suficiente para efeito de comparação, afinal, as variáveis devem ser utilizadas levando em consideração o tipo do projeto e a visão estratégica.

Devido ao seu método ser de fácil interpretação, o VPL é largamente utilizado no mercado financeiro, afinal com ele pode-se medir o lucro em termos absolutos - uma vez que ele é obtido com a soma do valor presente das entradas e saídas do fluxo de caixa, a diferença para o nosso outro critério em análise é que a TIR apresenta seu resultado em termos percentuais. Com o VPL podemos analisar se o investimento será aprovado ou não dependendo do resultado do cálculo, se positivo significa que o valor obtido no projeto pagará o investimento inicial, caso contrário, se negativo, o retorno do projeto será menor que o investimento inicial, neste caso, portanto, temos um forte indicativo de que não devemos selecionar este projeto para investimento.  .
 
Já no caso da Taxa Interna de Retorno – TIR – ela é utilizada para analisar os investimentos e identificar se o projeto irá atender as metas estabelecidas pelos patrocinadores, e, portanto é um indicativo se a empresa terá valorização, a interpretação deste critério se dá pela comparação com o custo do capital, se a TIR for maior ou igual este custo significa que há viabilidade no investimento.


Vantagens da VPL

Uma grande vantagem do VPL é considerar a depreciação - uma vez que utiliza o fluxo de caixa, incluindo, portanto, os lucros líquidos e a depreciação.

A outra vantagem de se utilizar o VPL é a possibilidade de analisarmos dois projetos separadamente e compara-los para saber qual deles é o mais lucrativo, e assim, poderemos obter visões isoladas possibilitando uma classificação de projetos, sendo muito útil para o apoio na tomada de decisões.

A simplicidade também é uma vantagem deste critério - uma vez que dependemos somente dos fluxos de caixa e do custo de oportunidade, e, além disso, é possível estabelecer o retorno mínimo a ser obtido para manter inalterado o valor da empresa, sendo que o ganho extra só aparecerá se o VPL for maior que ZERO (0).


As ‘desvantagens’ do VPL 

A 1º. desvantagem é em relação a determinação da Taxa Mínima de Atratividade, considerando que esta taxa é a representação mínima do retorno que um investidor espera e o risco é uma das bases consideradas, este valor se não for realístico pode comprometer a análise.

O outro ponto que precisamos considerar é em relação ao fluxo de caixa de longo prazo, que deverá ser estimado e, portanto seu dimensionamento deve ser criterioso, na pratica quanto mais distante se estiver do fim do fluxo mais difícil será a estimativa, esta análise de longo prazo também compromete o pressuposto de que os fluxos de caixa serão reinvestidos na mesma taxa, sabemos que ao longo do tempo alternativas mais atrativas de investimento podem surgir.

E ainda existe uma 3º. Desvantagem é preciso considerar a constância no tempo da taxa de atualização, sabemos que isto não é realista uma vez que o custo do capital varia no tempo, uma alternativa para atenuar o problema é estipular valores de TMA para cada ano do fluxo de caixa, entretanto devemos considerar que o grau de incerteza aumenta conforme a duração da vida útil do projeto.




As ‘vantagens’ da TIR

Este é um indicador de larga aceitação e um dos mais utilizados como parâmetro de decisão, talvez por ele ‘ser’ de fácil compreensão, uma vez que este método retorna uma taxa de juros e é utilizado para determinar a rentabilidade do projeto por período – uma ‘outra’ vantagem da TIR é apresentar informações referentes à margem de segurança de um determinado projeto, representando assim, uma alternativa segura baseada em números para que o gestor saiba até que ponto pode confrontar as taxas do próprio projeto com o que o mercado pratica.

A possibilidade de medir o retorno do projeto em relação ao investimento realizado é uma vantagem da TIR e justifica que ela seja usada como o principal indicador dos executivos para rejeitar ou aprovar um projeto.

Também é válido destacar que o método da TIR pressupõe que todos os fluxos de caixa positivos serão reinvestidos à taxa interna de retorno do projeto - essa premissa é válida desde que não haja uma grande discrepância entre a taxa interna de retorno e a taxa de desconto utilizada para o projeto


Desvantagens da TIR

         Uma das desvantagens da TIR é que apesar dela apresentar o percentual de retorno de um projeto ela não considera o risco para obter este retorno, para exemplificar podemos imaginar dois projetos com o mesmo fluxo de caixa e prazo esperado, poderemos ter perdas consideráveis nos investimentos se tudo não ocorrer como o planejado, portanto o foco da TIR é apenas nos retornos esperados e não nas perdas potenciais dos investimentos.

A 2º. desvantagem aparece pela TIR gerar problemas quando o fluxo de caixa não é convencional, ou seja, quando houver mais de uma mudança de sinal no fluxo de caixa isto irá acarretar em dois pontos onde o VPL é igual a zero, com isso podemos ter múltiplas taxas internas para um mesmo projeto.


E a 3º. desvantagem fica visível pelo fato do valor da TIR não poder ser diretamente traduzido em ganhos líquidos efetivos, por exemplo quando se estima uma TIR anual de 10%, o projeto pode não manter sua atratividade ou nível de risco e o investidor pode optar até por um investimento menos lucrativo mas mais seguro.


7 de outubro de 2016

Pequenas e Micros Empresas - e o Capital de Giro



A falta de conhecimento sobre como fazer a gestão do capital de giro é a responsável pela grande parte das falências das pequenas e médias empresas brasileiras e isso só acontece devido à falta de capital de giro – sabendo que o capital de giro é a reserva financeira feita para ser utilizada nos momentos de necessidade. Um fato curioso é que mesmo as empresas que apresentam uma lucratividade podem se enrolar se não mantiverem a sua atenção ao quanto é guardado, e isso pode acontecer porque no faturamento de todo mês existem algumas variáveis como datas melhores ou piores de vendas.
Todo empreendedor bem sucedido já vivenciou problemas de capital desse tipo, mas conseguiram aprender com os erros e melhoraram o negócio.  então, baseando nisso, não desanime: faça desse equívoco uma oportunidade para fazer melhor.

Vejamos como gerenciar bem o capital de giro:
 A importância de formar o seu capital de giro
Para conseguir uma quantia que seja capaz de garantir o seu empreendimento quando precisar é importante conhecer bem os processos do negócio e ter a noção de onde se pode investir e onde é possível cortar gastos. Também é essencial verificar os valores e as medidas que são tomadas no ciclo econômico - relacionado ao processo produtivo, no ciclo financeiro do pagamento aos fornecedores e o recebimento pós a venda. Estando atento a esses quesitos, ficará mais fácil localizar onde se é possível economizar e onde não se pode mexer para ‘tentar’ aumentar o capital de giro.
Um fator importante é saber que não é apenas aumentando a produção que o faturamento aumentará. É importante saber que qualquer crescimento irá afetar o pagamento dos insumos necessários primeiramente, e somente após a venda do produto final é que o caixa do empreendimento receberá por esse aumento. Se isso não for considerado a tempo, a necessidade do total de capital de giro vai crescer de uma hora para outra com a produção, assim como a chance da empresa enforcar-se no aperto das contas pendentes.
Importante - aos iniciantes nos negócios, uma forma segura para esse cálculo do capital de giro é estimar a soma dos gastos fixos em três vezes, para, assim, ter uma margem.
Registrar tudo para não ficar no vermelho
É importante ter um sistema de gestão online que concentre todas as informações empresariais, isso só facilitará muito a rotina do empreendedor: coloque nele quantias sobre os recebimentos previstos, como parcelas de uma compra e os pagamentos que deverão ser feitos – valores fixos, como o aluguel ou salários, e variáveis, como impostos ou comissões.

O famoso Fluxo de Caixa
Após calcular a diferença entre os valores a receber e os que deverão ser pagos, restará os saldos para mostrar em que período a empresa ficará no azul ou no vermelho e quais as quantias. Isso dá a chance de antecipar medidas que, se tomadas tarde, poderão não adiantar mais para salvar o negócio.
Caso seu capital a ser recebido e os estoques tenha uma soma maior do que você tem no banco, temos aí um alerta: seu capital de giro precisa de um ‘melhor’ gerenciamento, ampliado e mantido para cobrir as eventualidades da sua produção.


Saiba quem são seus stakeholders
Todos que, ‘de alguma forma’ se envolvem na rotina de uma empresa são importantes para o seu bom ou o seu mau funcionamento. Por isso, fique atento aos stakeholders: eles são os fornecedores, clientes, instituições financeiras, aqueles que também influenciam nos rumos do capital do seu negócio:
·     Acerte o prazo com seus fornecedores, para que os recebimentos dos produtos fiquem emparelhados com as vendas;
·   Certifique-se de que os clientes são capazes de pagar as compras efetuadas dentro do prazo – isso para não haver dependência de pagamento para prosseguir as atividades;
·   Verifique como as instituições financeiras que oferecem empréstimos podem baratear os valores dos juros cobrados;
·         Mantenha atualizados os contratos com fornecedores, clientes, bancos e outros, para localizar pontos a serem renegociados - o que pode diminuir custos.
O fato é que mesmo que um empreendimento apresente um saldo negativo por um tempo, se o gestor estiver se preparado para essas situações difíceis no caixa nos meses bons, é possível tornar o negócio lucrativo.
Uma dica importante para o aumento da receita – e, por consequência, dos valores que podem ir para o capital de giro – é vender. Se o produto ficar parado por muito tempo, desvaloriza, e os ganhos ficam estacionados juntamente com o estoque que não vende – estoque parado é prejuízo certo.
Esteja sempre atento a necessidade de ampliação do capital de giro
Toda empresa precisa controlar bem o fluxo de caixa para operar com um saldo positivo e com um capital de giro suficiente. Quando a empresa está no início de suas operações, especialmente até o terceiro ano, essa formação torna-se mais essencial e trabalhosa. Nesse caso, é preciso contar com capital externo ou economias feitas anteriormente para que no primeiro ano de funcionamento a empresa possa ter um capital de giro que cubra cerca de 60% do total de suas despesas.
Por outro lado, se o empreendimento já está evoluindo com bons sinais de lucratividade, o controle financeiro deve ser continuado não só para manter o capital de giro, mas também para se investir - dessa forma, se já temos um capital de giro suficiente, é preciso se focar mais na gestão, manter um bom plano de negócios e um fluxo de caixa positivo - o ideal é partir para investimentos no próprio negócio.

É importante saber que não existe segredo para uma gestão eficiente do capital de giro e sim, manter o controle das finanças gerais sempre em dia.











Fonte e Sítios Consultados
https://blog.contaazul.com



O Poder e as Culturas de Liderança



Cultura da Liderança

É comum que a cultura de uma Organização aponte a forma correta de poder que se enquadra melhor naquela instituição, isso significa dizer que quanto mais um ‘candidato’ à líder se identificar com essa cultura organizacional, mais chances ele terá de subir hierarquicamente dentro dessa Organização - ao mesmo tempo ele estará reforçando a cultura organizacional existente.




No livro da foto acima: ‘Compartilhando o Poder nas Organizações’, a escritora Rosa Krausz apresenta quatro (4) tipos de liderança:

Liderança coercitiva: baseia seus atos de influência de forma predominante no poder de coerção e de posição. A filosofia básica desse estilo de liderança é a falta de respeito pelo ser humano, por seus sentimentos, necessidades e capacidades. Quem utiliza esse estilo reduz as pessoas a coisas, meras peças de uma máquina, sem vontade própria, sem dignidade e sem iniciativa própria, reduzem a inúteis, enfim.

Liderança controladora: se apoia no poder de posição e recompensa, usando de vez em quando o poder de coerção. A filosofia básica deste tipo de liderança é a falta de confiança nas pessoas, que existe apenas uma maneira de fazer as coisas certas e de que as pessoas são incompetentes, não têm vontade de trabalhar, daí à necessidade de controlar suas atividades. Este estilo de liderança gera burocracia, segmentação de tarefas, controles que incentivam desinteresse, multiplicação excessiva de normas, regras e procedimentos.

Liderança orientadora: tem conotação paternalista. Facilita a criação de uma rede de relacionamentos informais que aumenta a compreensão, a divulgação de objetivos e missão da empresa, podendo levar a uma maior integração dos esforços conjuntos e à diminuição da competição entre pessoas e setores.

Liderança integradora: emprega o poder de recompensa, além do poder de conhecimento, enfatizando o poder de conexão e de competência interpessoal. Utiliza todas as forças do poder pessoal e uma pequena parcela do poder contextual

Nenhuma organização é capaz de sobreviver sem um mínimo de disciplina, sem algum tipo de estrutura, normas, procedimentos que garantam homogeneidade básica que oriente as ações coletivas. A estrutura organizacional e o poder contextual que esta gera, na medida em que distribui indivíduos com diferentes atribuições, são fundamentais para orientar e direcionar as ações e os atos de influencia que dão certo grau de dinamismo a esta estrutura.

Finalizamos com o pensamento de que as empresas são realidades sociais complexas e elas se constituem em cenários onde as redes de relacionamentos interpessoais e ‘intergrupal’ criam ‘de forma espontânea’ um sistema de troca contínua e constante de atos influenciais, no qual as relações de poder contextual e pessoal estão e estarão sempre presentes.











Fonte e Sítios Consultados
http://www.sciencedirect.com


30 de setembro de 2016

Atribuições dos Prefeitos




O prefeito é quem chefiará o poder executivo municipal durante o período do seu mandato, sendo ele o responsável por administrar os interesses da cidade em conjunto com a Câmara Municipal dos vereadores. No Brasil, o prefeito é eleito a cada quatro anos, podendo ser reeleito mais uma vez em sequência ou por mais vezes em mandatos não consecutivos - como liderança municipal, o prefeito possui várias atribuições, dentre as quais, podemos enumerar estas:

Administrar os impostos recolhidos, bem como os orçamentos recebidos das esferas estadual e federal para aplicá-los em melhorias nas cidades;

Tomar medidas para melhor zelar pela limpeza da cidade, além de atender as demandas das áreas da educação, da saúde, do transporte, da cultura e outros;

Atuar nas áreas burocráticas administrativas e executivas referentes ao âmbito das cidades;

Reivindicar junto às esferas públicas e privadas o recebimento de benefícios para o município, além de convênios e outras ações que visem à execução de serviços e à captação e destino de recursos;

Apresentar projetos de lei à Câmara Municipal, além de promulgar, sancionar ou vetar leis que já tenham passado por votação entre os vereadores. Caso uma decisão legislativa seja inconstitucional, é dever do prefeito vetar o artigo em questão;

Representar o município de forma legal;

Ouvir e atender a comunidade, no sentido de atender as suas necessidades.

E como sabemos o prefeito não atua sozinho – na sua equipe de governo estão o vice-prefeito, uma série de funcionários que atuam tanto no gabinete quanto nas secretarias municipais. Além dos secretários que são escolhidos pelo mandato do próprio prefeito e, que geralmente estão vinculados aos partidos políticos que apoiaram a candidatura durante as eleições – isso quer dizer que são os secretários municipais que executam boa parte das ações requeridas pela prefeitura, ações essas sob a coordenação do próprio prefeito, por exemplo: o secretário de educação deve preocupar-se com os salários dos professores da rede municipal e demais profissionais, além das condições das escolas e creches e todos os elementos relacionados com a esfera educacional da cidade.




   Relembre as atribuições que cabem ao prefeito executar:


·     Desenvolver as funções sociais da cidade e garantir o bem estar dos seus habitantes.

·         Organizar os serviços públicos de interesse local.

·         Proteger o patrimônio histórico-cultural do município.

·         Garantir o transporte público e a organização do trânsito.

·         Atender à comunidade, ouvindo suas reivindicações e anseios.

·     Pavimentar ruas, preservar e construir espaços públicos, como praças e parques.

·        Promover o desenvolvimento urbano e o ordenamento territorial.

·       Buscar convênios, benefícios e auxílios para o município que representa.

·    Apresentar projetos de lei à câmara municipal, além de sancionar ou vetar.

·   Intermediar politicamente com outras esferas do poder, sempre com intuito de beneficiar a população local.

·     Zelar pelo meio ambiente, pela limpeza da cidade e pelo saneamento básico.

·      Implementar e manter, em boas condições de funcionamento, postos de saúde, escolas e creches municipais, além de assumir o transporte escolar das crianças.

·        Arrecadar, administrar e aplicar os impostos municipais da melhor forma.

· Planejar, comandar, coordenar, controlar, entre outras atividades relacionadas ao cargo.














Fonte e Sítios Consultados

http://www.tre-ap.jus.br

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br


25 de setembro de 2016

Os Primórdios da Administração



Talvez muitos não saibam, mas os conceitos e as técnicas da Administração já são utilizados desde muito tempo, mesmo que de formas inconscientes, por exemplo, relata-se que Moisés utilizava alguns princípios da administração durante o Êxodo do Egito em 1250 a.Cisso contribuiu para ele desenvolver características de liderança. Afinal, o fato de viver os conhecimentos do povo egípcio só favoreceu na forma de lidar com o faraó no momento da libertação de seu povo, e na fixação por 40 anos numa região desértica desenvolvendo nela habilidades para enfrentar desafios futuros aparentemente difíceis de vencer. Moisés é apontado como um grande legislador do povo hebreu, um gênio militar e sem dúvida, um dos maiores lideres da história mundial.


       Vamos pensar um pouco, se já existiam alguns conceitos do pensamento administrativo, porque os pensamentos administrativos demoraram tanto tempo para se desenvolver? 


Existem várias razões para isso, vejamos algumas:

·        Em primeiro lugar, desde o tempo dos filósofos gregos até a Idade Média, e mesmo em um período mais moderno, as atividades comerciais ou industriais não eram aceitas como profissões respeitáveis.

·        Em segundo lugar, os primeiros economistas e cientistas políticos não se preocuparam com os aspectos empreendedores ou administrativos das empresas.

·  Em terceiro, os próprios administradores não ajudaram no desenvolvimento da administração, pois eles consideravam a sua profissão como uma arte e não uma ciência, explicando que princípios científicos não podem ser aplicados à administração, como o eram nas outras ciências.

·        Em quarto lugar, até quase o fim do século XIX, os negócios eram operados principalmente em bases pessoais e escala reduzida, com alguns proprietários e poucos sócios. Portando não havia incentivo para o desenvolvimento da teoria da administração.




As diversas influências na História da Administração:

Influência da Filosofia:

*    Sócrates (400 a.C. na Grécia) em sua discussão com ‘Nicomaquides’ expõe seu ponto de vista sobre a Administração como uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência. Também foi o primeiro a afirmar a Universalidade da Administração.

*    Platão (370 a.C. na Grécia) discípulo de Sócrates analisou os problemas políticos e sociais decorrentes do desenvolvimento social e cultural do povo grego. Em sua obra, a República, expõe a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos.

*    Aristóteles (300 a.C. Grécia) discípulo de Platão deu o impulso inicial à filosofia, Cosmologia, Nosologia, Metafísica, Lógica e Ciências naturais, abrindo as perspectivas do conhecimento humano. No livro Política, sobre a organização do Estado, distinguem as três formas de administração pública:

o   Monarquia ou governo de um só (que pode redundar em tirania);
o   Aristocracia ou governo de uma elite (que pode descambar para oligarquia);
o   Democracia ou governo do povo (que pode degenerar em anarquia).

*    Idade das Trevas - Período silencioso em produção e criatividade científico administrativo – Domínio católico romano até a reforma protestante e início da Renascença. (325 a 1520 d.C.)

*    Francis Bacon (1561-1626), filósofo e estadista inglês e fundador da Lógica Moderna baseada no método experimental e indutivo, mostra a preocupação prática de se separar experimentalmente o que é essencial do que é acidental ou acessório. Bacon antecipou-se ao princípio conhecido em Administração como princípio da prevalência do principal sobre o acessório.

*    René Descartes (1596-1650), filósofo, matemático e físico francês, considerado o fundador da Filosofia Moderna, criou as coordenadas cartesianas e deu impulso à Matemática e a Geometria da época. Na Filosofia, celebrizou-se pelo livro O Discurso do Método, no qual descreve seu método filosófico denominado “Método Cartesiano”. Sob sua influência outros filósofos aumentaram a abrangência na ordem e no controle do trabalho pelos princípios cartesianos.

*    Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo político inglês, no livro Leviatã, assinala que o povo renuncia a seus direitos naturais em favor de um governo que, investido do poder a ele conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a paz, porém o mesmo (estado) ao crescer alcança as dimensões de um dinossauro, ameaçando a liberdade de todos.

*    Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) grande pensador e político; desenvolveu a teoria do Contrato Social. Contrato social é um acordo entre os membros de uma sociedade pelo qual reconhecem a autoridade igual sobre todos de um regime político, governante através de regras.

*    Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), eles propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O poder político e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. No Manifesto Comunista, afirmam que a história da humanidade é uma história da luta de classes.


A influência da Organização da Igreja Católica:

A história relata que durante vários séculos, as normas administrativas e os princípios de organização pública foram se transferindo das instituições das instituições dos Estados (como Atenas e Roma) para as instituições da Igreja Católica - à medida que o cristianismo se espalhava e surgiam diferentes seitas, ela precisava definir com mais clareza sua missão, fins objetivos, diretrizes, regras e regulamentos, assim como sua hierarquia organizacional. Desenvolveu-se um relacionamento altamente centralizado de autoridade e responsabilidade. Entretanto o conflito entre a autoridade centralizada e descentralizada continua até hoje. Este ponto é um dos principais fatores de diferenciação das seitas cristãs; além do grau de imposição de diretrizes, procedimentos, doutrinas, regras e regulamentos.


A influência da Ética protestante (do trabalho)

Vários ministros protestantes, liderados por Martinho Lutero (Alemanha) e João Calvino (Inglaterra), começaram a desafiar algumas doutrinas católicas. Embora eles não fossem capitalistas, seus ensinamentos levaram a mudanças radicais – até no mundo dos negócios - Lutero e Calvino desenvolveram então, a crença de que “Deus ajuda a quem se ajuda”, o que passou a ser chamado de Ética Protestante ou Ética do Trabalho. Mais tarde, o sociólogo Max Weber afirma que a Ética Protestante teve grande impacto no desenvolvimento do capitalismo, pois liberou as pessoas do estigma de fazer negócios e de lidar com o comercio. Inúmeros corolários apareceram, apoiando a Ética Protestante, com, por exemplo: “Perda de tempo é um pecado mortal” e “Quem não quiser trabalhar, também não deve comer”.



A influência da Organização Militar

A organização militar influenciou o aparecimento das teorias da Administração - A organização linear. O princípio da unidade de comando. A Escala hierárquica. Como o crescimento das guerras, cresceu a necessidade de se delegar autoridade ara os níveis mais baixos da organização militar. Outra contribuição foi o princípio de direção, que preceitua que todo soldado deve saber perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer. O general prussiano Karl von Clausewitz, é considerado o pai do pensamento estratégico. Clausewitz considerava a disciplina um requisito básico para uma boa organização. Para ele, a organização requer um cuidadoso planejamento, no qual as decisões devem ser científicas e não apenas intuitivas. O administrador deve aceitar a incerteza e planejar de maneira a minimizar seus efeitos.


A influência da Primeira Revolução Industrial

Depois da invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social que, em um lapso de um século, foram maiores do que as mudanças, ocorridas em todo o milênio anterior.


  Foram quatro fases até alcançar o século XIX e acelerar com ímpeto, vejamos:

1ª fase: Mecanização da indústria e da agricultura, em fins do século XVIII, com a máquina de fiar (Hargreaves – Inglaterra/1767), do tear hidráulico (Arkwright – Inglaterra/1769), do tear mecânico (Cartwright – Inglaterra/1785) e do descaroçador de algodão (Whitney – Inglaterra/1792). O descaroçador de algodão trabalhava mil libras de algodão, enquanto, no mesmo tempo, um escravo conseguia trabalhar apenas cinco libras.

2ª fase: Aplicação da força motriz à indústria. Com a aplicação do vapor às máquinas, iniciam-se grandes transformações nas oficinas (que se converteram em fábricas), nos transportes, nas comunicações e na agricultura.

3ª fase: O desenvolvimento do sistema fabril. Fábricas e usinas baseadas na divisão do trabalho. A migração de grandes massas das áreas agrícolas para as proximidades das fábricas. Urbanização.

4ª fase: Um espetacular aceleramento dos transportes e das comunicações. Navegação a vapor (1807). A locomotiva a vapor foi aperfeiçoada por Stephenson, surgindo à primeira estrada de ferro na Inglaterra (1825) e logo depois nos EUA (1829) e no Japão (1832). Graham Bell inventa o telefone (1876).



Influências da Segunda Revolução Industrial

Isso só ocorreu devido a três fatos importantes:
- O aparecimento do processo de fabricação do Aço (1856);
- O aperfeiçoamento do dínamo (1873) e
- A invenção do motor a combustão interna (1873).

As características da 2ª Revolução Industrial são as seguintes:

·        Substituição do ferro pelo aço como material industrial básico.
·        Substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes de energia.
·        Desenvolvimento da maquinaria automática e da especialização do trabalho.
·        Crescente domínio da indústria pela ciência.
·        Transformações radicais nos transportes e nas comunicações.
·        Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista.
·        Expansão da industrialização desde a Europa até o Extremo Oriente.
·        Transferência da habilidade do artesão para a máquina.
·        Substituição da força do animal ou do músculo humano pela potencial da máquina a vapor e depois pelo motor elétrico, permitindo maior produção e economia.


A organização e a empresa moderna nasceram graças a vários fatores, como:

-  A ruptura das estruturas corporativas da Idade Média.

- O avanço tecnológico e a aplicação dos progressos científicos à produção, a descoberta de novas formas de energias e a enorme ampliação de mercados.

-  A substituição do tipo artesanal por um tipo industrial de produção.



A influência dos Economistas Liberais:

Foram as ideias básicas dos economistas clássicos liberais que serviram para constituir os fragmentos iniciais do pensamento administrativo de nossos dias. O novo sistema era baseado no conceito econômico francês da livre empresa. Adam Smith, um professor escocês de filosofia moral – e o primeiro economista do mundo – usou essa expressão em seu livro: “A Riqueza das Nações”, para enfatizar que o governo não deveria interferir no comércio. Ele achava que se os empresários tivessem liberdade de procurar seu próprio interesse, seriam guiados por uma “mão invisível” que os faria agir “no interesse da sociedade total”.  Smith reforçou a importância do planejamento e da organização dentro das funções da Administração. A partir da metade do século XIX, o liberalismo econômico começou a perder sua influência, enfraquecendo na medida em que o capitalismo se agigantou com o despontar dos Dupont, Rockefeller, Morgan, Krupp, etc.

O novo capitalismo se inicia com a produção em larga escala de grandes concentrações de maquinaria e de mão de obra, criando situações problemáticas de organização de trabalho, de concorrência econômica, de padrão de vida, etc.





Sabe-se que Karl Marx (filósofo, sociólogo, jornalista e revolucionário socialista, nascido na Prússia) com o seu conceito de “Mais valia” exerceu enorme influência tanto por sua obra como por sua intensa militância política. O Socialismo e o sindicalismo obrigaram o capitalismo no início do século XX a enveredar pelo caminho do aperfeiçoamento de todos os fatores de produção envolvidos e sua adequada remuneração. Dentro dessa situação, surgem os primeiros esforços nas empresas capitalistas para a implantação de métodos e processos de racionalização do trabalho, cujo estudo metódico e exposição teórica coincidiram com o início do século XX.


A influência dos Pioneiros e Empreendedores:

Os maiores negócios empresariais do início do século XIX, nos EUA, foram às estradas de ferro - antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura administrativa que exigisse os serviços de um administrador em tempo integral, pois, em geral, as empresas industriais eram pequenas e familiares, exemplo: O presidente era o tesoureiro, o comprador ou o vendedor e atendia aos agentes comissionados. Se o negócio crescia, os agentes se tornavam sócios da firma, integrando produção e distribuição. Em 1871, a Inglaterra era a maior potencia econômica mundial. Em 1865, John D. Rockefeller fundou a Standard Oil, Carnegie funda o truste de aço, ultrapassando rapidamente a produção de toda a Inglaterra. Swift e Armour formam o truste das conservas. Guggenheim do cobre e Melo o truste do alumínio. Logo a seguir, teve o início a integração vertical nas empresas. Os “criadores de impérios” passaram a comprar e a integrar concorrentes, fornecedores ou distribuidores para garantir seus interesses.

Em1880, a Westinghouse e a General Eletric dominavam o ramo de bens duráveis e criaram organizações próprias de vendas com vendedores treinados, dando início ao que hoje denominamos “marketing”. Ambas assumiram a organização do tipo funcional que seria adotada pela maioria das empresas americanas, a saber:

-  Departamento de Produção para cuidar da manufatura de fábricas isoladas;

- Departamento de Vendas para administrar um sistema nacional de escritórios distritais;

-  Departamento Financeiro.

Por volta de 1889, o capital da Westinghouse Electric e da General Electric já ultrapassavam a marca dos 40 milhões de dólares em cada uma delas. (Nesse mesmo período o Brasil ainda estava livrando da Monarquia e das influências portuguesas para proclamar a República). Os grandes capitães de indústrias, como Rockefeller, Westinghouse Daimler e Bens, Henry Ford e outros – não tinham condições de sistematizar seus muitos negócios com eficiência em razão de serem empreendedores e não organizadores. Naquele momento da história, a organização era um desafio em fase da magnitude dos recursos que conseguiram reunir.

 Estava chegando à era da competição e da concorrência como decorrência de fatores como:

-  Desenvolvimento tecnológico, que proporcionou um crescente número de empresas e nações concorrendo nos mercados mundiais;
-  Livre comércio;
-  Mudança dos mercados vendedores para mercados compradores;
-  Aumento da capacidade de investimento de capital e elevação dos níveis de ponto de equilíbrio;
-  Rapidez do ritmo de mudança tecnológica que rapidamente torna obsoleto um produto ou reduz drasticamente seus custos de produção.

Sabendo que foram estes os fatores que propiciaram uma busca de bases científicas para a melhoria da prática empresarial e para o surgimento da teoria administrativa.

Veja mais um pouco sobre este tema.

Os PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO, versão 2


Nas universidades ensinam que a história da Administração é recente porque ela é um produto típico do século XX – isso em razão da Administração ter pouco mais de cem anos e constituir o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa de vários precursores como: filósofos, físicos, economistas, estadistas e empresários que, no decorrer dos tempos, foram cada qual em seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando suas obras e teorias.

Apesar dos progressos no conhecimento humano, a chamada Ciência da Administração somente surgiu no início do século XX. A TGA é uma área nova e recente do conhecimento humano. Para que ela surgisse foram necessários séculos de preparação e antecedentes históricos capazes de permitir e viabilizar as condições indispensáveis ao seu aparecimento. Uma das razões para tanto é que nos dias de hoje a sociedade pluralista de organizações, na qual a maior parte das obrigações sociais (como a produção de bens e serviços em geral) é confiada a organizações (como indústrias, universidades e escolas, hospitais, comércios, comunicações, serviços públicos, etc.) que precisam ser administradas para se tornarem mais eficientes e eficazes. Pouco antes, em meados do século XIX, a sociedade era completamente diferente.

As organizações eram poucas e pequenas e predominavam:

·        Pequenas oficinas,

·        Artesãos independentes,

·        Pequenas escolas e

·      Profissionais autônomos-como médicos, advogados e artistas que trabalhavam por conta própria – o lavrador, o armazém da esquina etc.

Apesar do trabalho sempre ter existido na história da humanidade, as organizações e sua administração formam um capítulo que teve seu início há pouco tempo.

Influência dos Filósofos:

 • Sócrates

 • Platão

• Aristóteles: livro- Política – três formas de administração pública: Monarquia, Aristocracia e Democracia.

• René Descartes: livro – O Discurso do Método – (método cartesiano)


Influência da Organização da Igreja Católica: Ao longo dos séculos, a Igreja Católica foi estruturando sua organização, sua hierarquia de autoridade, seu estado-maior e sua coordenação funcional. Hoje a igreja tem uma organização hierárquica simples e eficiente, podendo funcionar satisfatoriamente sob o comando de uma só cabeça executiva. De qualquer forma, a estrutura da organização eclesiástica serviu de modelo para muitas organizações que, ávidas de experiências bem sucedidas, passaram a incorporar uma infinidade de princípios e normas administrativas utilizadas na Igreja católica.


Influência da Organização Militar: A Organização Militar tem influenciado enormemente no desenvolvimento das teorias da Administração ao longo do tempo.


A escala hierárquica, ou seja, a escalas de níveis de comando de acordo com o grau de autoridade e responsabilidade correspondente é tipicamente um aspecto da organização militar utilizado em outras organizações.


Princípio da Unidade de Comando (pelo qual cada subordinado só pode ter um superior) – fundamental para a função da Direção.


Princípio da Direção


Influência da Revolução Industrial:


• 1780 a 1860- 1ª Revolução Industrial do carvão e do ferro:

1-   Mecanização da indústria e da agricultura.
2-   A aplicação da força motriz à indústria.
3-   O desenvolvimento do sistema fabril.
4-   Espetacular crescimento dos transportes e das comunicações.


• 1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial ou do aço e da eletricidade:

1-   Substituição do fero pelo aço.
2-   Substituição do vapor pela eletricidade.
3-   Especialização do trabalhador.
4-   Crescente domínio da indústria pela ciência.
5-   Transformação radical nos transportes e nas comunicações.
6-   Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista.
7-   Expansão da industrialização.
















Fonte e Sítios Consultados

www.novosolhos.com.br

http://www.ceap.br





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